dstelecom lança cabo submarino inteligente em Tróia
E se além de autoestradas de dados, os cabos submarinos tivessem capacidade de monitorização? A questão esteve na base do projecto do K2D – Knowledge and Data from the Deep to the Space, desenvolvido pela dstelecom, em colaboração com a Marinha Portuguesa e com o INESC-TEC. O primeiro protótipo foi lançado na Zona Livre Tecnológica Portuguesa Infante D. Henrique, em Tróia
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Com um sistema único no mundo, este cabo submarino inteligente vai permitir monitorizar os dados vitais da terra e validar a arquitectura do sistema, composto por um repetidor de sinal e nós de monitorização que permitem a instalação de um número alargado de sensores.
Neste protótipo foram instalados quatro sensores, para captar imagens e recolher dados de temperatura, pressão e acústica marítima, possibilitando a localização de cetáceos como baleias e golfinhos.
A aquisição de dados potenciados pelo sistema irá permitir criar modelos de análise baseados em geoinformática e inteligência artificial, de forma a ampliar o alcance da monitorização e do espectro do conhecimento até ao interior dos oceanos.
A dstelecom iniciou este projecto tendo em vista a criação do smartcable como um produto diferenciador e de valor acrescentado, que ainda não existe a nível mundial. “A nossa estratégia passa por aumentar o valor acrescentado dos cabos submarinos, convertendo-os não só em autoestradas de dados, mas também acrescentar a capacidade de monitorização, associando uma camada de sensorização a estes elementos que estão alojados no fundo do oceano. Isto vai permitir-nos apresentar uma solução única a este mercado e que esperamos uma disseminação global”, afirma Sérgio Fernandes, CTO da dstelecom.
A estrutura já foi instalada no início de Setembro e ficou submersa durante várias semanas para validar o conceito. “Já estamos a trabalhar num novo protótipo, com mais sensores, que poderá ser instalado a maiores profundidades, de forma a testar a resistência a condições mais adversas de profundidade e pressões elevadas. Adicionalmente, nesta segunda fase, o espectro de monitorização será alargado de forma a permitir a recolha de dados adicionais, nomeadamente da actividade sísmica”, conclui o mesmo responsável.
O projecto liderado pela dstelecom, em co-promoção com a Universidade do Minho e o INESC-TEC e em parceria com o CINTAL, o AIRCentre e a Universidade dos Açores, conta com um investimento de cerca de 1.4 milhões de euros e está a ser desenvolvido com o objectivo de monitorizar as condições físicas e biológicas das profundezas dos oceanos, dados que os actuais sistemas de previsão meteorológica – satélites, aviões e estações terrestres – não conseguem recolher. O projecto K2D, desenvolvido em parceria com o MIT – Massachusetts Institute of Technology, deverá estar concluído em Junho de 2023.