Prémio Concreta Under 40 2022
O atelier Inês Brandão Arquitectura foi o vencedor da edição deste ano do Concreta Under 40, distinguido pela obra “Casa no Crato”. O prémio foi entregue esta quinta-feira, dia 13 de Outubro, no primeiro dia do certame

CONSTRUIR
IP lança concurso de 150M€ para alargar ferrovia Contumil-Ermesinde
CCB quer alcançar a neutralidade de carbono até 2030
Trienal: ‘Conversas et Al’ junta fundador da Noarq e ilustrador Gémeo Luís
Edifício C do projecto em Lordelo do Ouro já está em construção
Edifício Boavista 2949 encontra-se em comercialização
Sandra Daza é a nova CEO do Grupo Gesvalt
“Mais Campera Outlet Shopping” quer modernizar o factory outlet
Preços das casas em Lisboa aumentaram 5,5% em 2024 e vendas cresceram 13,8%
BPI e CBRE em parceria para alavancar sustentabilidade no imobiliário comercial
PortalPRO e AvaiBook em parceria para oferecer serviços aos gestores de alojamentos turísticos
(Na imagem: A equipa do atelier Inês Brandão Arquitectura com Amélia Estevão, directora de Marketing da Exponor)
“Casa no Crato” é o projecto vencedor da 3º edição da prémio de arquitectura Concreta Under 40. O projecto da autoria do atelier da arquitecta Inês Brandão tem como pano de fundo a paisagem alentejana, inserido numa propriedade com 70 hectares, onde os carvalhos, as azinheiras, os sobreiros e as giestas povoam os diversos montes e criam uma paisagem idílica. Um projecto que privilegia o contacto com a natureza e que buscou na arquitectura tradicional alentejana um segundo foco de inspiração.
“Este é um projecto residencial, com 400 m2. Os clientes não sabiam ao certo o que é que queriam, para além de que queriam uma casa onde se usufruíssem ao máximo desta qualidade de vida de campo. A ideia foi explorar ao máximo a natureza”, sublinha Inês Brandão. E neste cenário a Casa foi idealizada como que “dançasse à volta da natureza”. “A nível formal uma das imagens de referência foi a típica casa branca, com grandes chaminés”, conta Inês Brandão. Destas duas premissas resultou a sua forma em cruz. “Ao moldar a construção em torno das árvores, permitiu-se que cada um dos seus quatros braços fosse inteiramente rodeado pela paisagem envolvente que penetra no interior de cada espaço, criando a ilusão de uma construção de escala mais reduzida”, descreve.
Mas esta terceira edição ficou ainda marcada pela entrega de um segundo prémio ao projecto “Aldeamento Turístico da Paradinha”, um complexo hoteleiro de estruturas pré-fabricadas, composto por 11 casas independentes e eficientes, a cerca de 20 km de Arouca, um projecto liderado pelo arquitecto Samuel Gonçalves, do atelier SUMMARY. Um projecto que é uma mistura de habitação e turismo e que compreende a construção de pequenas casas na natureza idílica de Arouca e que tem a particularidade de fazer uso de estruturas pré-fabricadas, a única solução possível dada a situação remota e a irregularidade da topografia do terreno de implantação.
Foram ainda atribuídas três Menções Honrosas aos projectos “Casa na Rua Direita de Francos”, de João Sousa, José Mendanha e Nádia Santos; “Apartamento da Santos Pousada”, assinado pelo Hinterland Studio, de Filipa Figueira e Tiago Vieira e “Escritório de Arquitectura, Coimbra”, de João Branco do atelier Branco Del Río Arquitectos.
A iniciativa promovida pela Exponor, conta com o apoio técnico do Conselho Directivo Regional do Norte (CDRN) da Ordem dos Arquitectos e que conta, à semelhança de outros anos, com o patrocínio da CIN. “Comprometida com a inovação e desde sempre apoiando a arquitectura, esta é a principal razão para a CIN estar envolvida de uma forma profunda e imersiva, neste que já é um evento de referência no mercado nacional”, justifica Liliana Leis Soares, directora-adjunta de marketing da CIN.
A 3ª edição do Prémio Concreta UNDER 40 é lançada com o objectivo de promover e reconhecer o trabalho desenvolvido pelas novas gerações de arquitectos, cujo patamar de idades não ultrapassará, em média, os 40 anos, e que têm exercido a sua profissão à luz de uma realidade económica, social, tecnológica e jurídica bem diferente das gerações anteriores. Uma iniciativa que pretende promover e reconhecer o trabalho das novas gerações de arquitectos portugueses, com obras desenvolvidas em território nacional.
Para Diogo Aguiar, membro do júri e Comissário do evento, “já vamos na terceira edição do Prémio Concreta Under 40 by CIN e, a cada ano,sentimos uma maior adesão e entusiasmo nas propostas apresentadas. Enquanto feira que antecipa tendências e soluções, a Concreta pretende ser também uma plataforma de valorização do talento e da visão disruptiva, inovadora e identitária que caracteriza a arquitetura contemporânea portuguesa”, sublinha.