“Vamos até ao fim e vamos explorar até ao fim o potencial desta grande região, das mais bonitas do mundo, explorar e aproveitar sempre com grande respeito ambiental este nosso diamante e com isso beneficiar toda a nossa população», disse o Ministro.
O Ministro disse também que “os estudos de viabilidade, os estudos prévios são o primeiro passo para podermos avançar para este investimento”.
Ana Abrunhosa afirmou, por sua vez, que o estudo representa um passo importante na reactivação do troço da linha férrea do Douro que liga o Pocinho à Barca d’Alva, referindo, ainda, a viabilidade do projecto não só em termos económicos e financeiros como também técnicos e ambientais.
“Obviamente que temos muitos passos a dar pelo caminho. Tecnicamente pode até ser um caso de estudo. Estes estudos são imprescindíveis para nós termos sustentabilidade para se começar a trabalhar no projecto”, frisou.
O estudo apresentado aponta para uma estimativa global de custos na ordem dos 75 milhões de euros, dos quais 60 milhões de euros serão destinados à obra de reabilitação, 3,5 milhões de euros para projectos e 11,2 milhões de euros para fiscalização e estaleiro.
Revela ainda que os benefícios totais são de 84,2 milhões de euros e que o troço reaberto irá gerar importantes impactos no sector do turismo, nomeadamente, hotelaria, restauração e transportes, permitindo mitigar a tendência de decréscimo da população residente.
Outro aspecto importante é a sua dimensão regional, com impactos económicos nos municípios directamente servidos por este troço, designadamente, Figueira de Castelo Rodrigo, Vila Nova de Foz Côa, Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta, mas que se estendem a todo o território do Douro e a concelhos da região Centro, que totalizam 22 municípios beneficiados.
A reabertura deste troço da Linha do Douro representa ainda uma redução do tempo de viagem em cerca de 30 minutos, quando comparado com a alternativa rodoviária existente.
Recorde-se que a Linha Ferroviária do Douro liga actualmente o Porto ao Pocinho (171,522 quilómetros), tendo sido desactivado, em 1988, troço entre o Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) e Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo).