Preço da energia com impacto na metalurgia na Europa: Portugal entre os países em risco elevado
Análise do Crédito y Caución alerta que o sector abrande e o risco é elevado, ou muito elevado, para um conjunto de países onde se inclui Espanha, Japão, México, Portugal, Singapura, Taiwan, Tailândia e Turquia

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Após um forte crescimento em 2021, a Crédito y Caución prevê que o mercado mundial de metais atravesse um período de abrandamento em 2022 e 2023. De acordo com o recente relatório divulgado pela seguradora de crédito, o impacto da invasão russa da Ucrânia está a afectar negativamente o desempenho do sector na Europa, onde a maior parte dos países apresenta um risco moderado.
Nos mercados avançados, as empresas metalúrgicas e siderúrgicas beneficiaram da forte procura acumulada e da acentuada subida dos preços dos metais em 2021 e princípios de 2022. Isto traduziu-se em margens acrescidas e numa maior resistência financeira. Além disso, a redução parcial das tarifas alfandegárias para as importações de alumínio e aço por parte dos Estados Unidos apoiou a produção e as exportações da União Europeia. Um terceiro motor para o recente crescimento do sector foram os estímulos fiscais que apoiaram a procura de metais e de aço em mercados chave como os Estados Unidos e a China.
Contudo, o sector enfrenta alguns riscos no curto prazo. O principal é a invasão russa da Ucrânia. Uma guerra mais prolongada afectará negativamente o rendimento do sector na Europa até 2023, na medida em que os elevados preços da energia continuarão a pesar sobre a produção metalúrgica e siderúrgica, enquanto o pior desempenho económico de muitos países tem impacto sobre a procura dos principais sectores compradores. Um segundo factor desestabilizador passa pelos problemas na cadeia de fornecimento. A procura de metais e de aço poderia aumentar se os constrangimentos na cadeia de fornecimento afectassem as indústrias compradoras chave, como o sector automóvel ou a construção. Além disso, o endurecimento progressivo da política monetária poderá debilitar ainda mais os gastos dos consumidores e os investimentos em sectores como a construção, a engenharia ou o sector automóvel.
Assim, o sector metalúrgico e a siderurgia apresentam um risco elevado e muito elevado em Espanha, no Brasil, China, Coreia do Sul, Japão, México, Portugal, Singapura, Taiwan, Tailândia e Turquia. Apenas Itália e Suécia apresentam um risco baixo ou muito baixo. O risco situa-se em níveis moderados na Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Eslováquia, EUA, França, Hungria, Índia, Indonésia, Irlanda, Nova Zelândia, Países Baixos, Polónia, Reino Unido, República Checa e Suíça.