Mondego: TUU fiscaliza Linha do Hospital
A empresa de base tecnológica sedeada em Coimbra assume a fiscalização, coordenação de segurança em obra e gestão ambiental e do património cultural de uma fase crucial do projecto Metro Bus, o qual irá revolucionar a mobilidade nos três concelhos abrangidos

Manuela Sousa Guerreiro
CCB quer alcançar a neutralidade de carbono até 2030
Trienal: ‘Conversas et Al’ junta fundador da Noarq e ilustrador Gémeo Luís
Edifício C do projecto em Lordelo do Ouro já está em construção
Edifício Boavista 2949 encontra-se em comercialização
Sandra Daza é a nova CEO do Grupo Gesvalt
“Mais Campera Outlet Shopping” quer modernizar o factory outlet
Preços das casas em Lisboa aumentaram 5,5% em 2024 e vendas cresceram 13,8%
BPI e CBRE em parceria para alavancar sustentabilidade no imobiliário comercial
PortalPRO e AvaiBook em parceria para oferecer serviços aos gestores de alojamentos turísticos
Retalho português atrai investimentos de 1,2 MM€ em 2024 e antecipa um 2025 “animador”
Arrancou a empreitada de construção da Linha do Hospital do Metro Mondego que ligará a Avenida Aeminium ao Hospital Pediátrico, a qual inclui a construção de um canal com 3,5 quilómetros de extensão e uma largura de sete metros, a criação de nove estações para passageiros, a realização de uma zona terminal de carregamento eléctrico, vai obrigar à intervenção em cinco rotundas e 20 intersecções e inclui a construção de um elevador entre a estação dos Hospitais da Universidade de Coimbra e a Av. Bissaya Barreto. Uma obra orçada em 15,5 milhões de euros e tem um prazo de execução de 18 meses. A empreitada, a cargo da Cimontubo – Tubagens e Soldadura, será fiscalizada pela TUU. A empresa de engenharia de Coimbra será responsável ainda pela coordenação de segurança em obra e gestão ambiental e do património cultural.
A empreitada envolve ainda a remodelação das redes de drenagem de águas residuais e é promovida em conjunto e coordenada entre a IP e a Águas de Coimbra, a qual irá promover a remodelação das redes de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais domésticas e pluviais, envolvendo a intervenção na rede de abastecimento de água, criação de novas redes de drenagem doméstica e de novas redes de drenagem pluvial.
Esta é uma importante etapa do Metro Bus, o qual uma vez concluído irá ligar os concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, numa extensão total de 42 quilómetros que reabilita o antigo ramal da Lousã. Mas está é também uma obra com impacto para a empresa sedeada em Coimbra e que saiu da incubadora de empresas inovadores e tecnológicas do Instituto Pedro Nunes e que hoje está instalada no URUBO.
Cria em 2016, “a ideia da TUU – Building Design Management era ser um centro de conhecimento na área da construção, tendo como principais objectivos fazer a gestão de projectos e o desenvolvimento de tecnologia para a construção, mas evoluiu para muito mais. Hoje, os serviços da TUU vão desde a arquitectura, fiscalização e acompanhamento de obras, negociação de empreitadas e o desenvolvimento de plataformas de software de gestão de projectos e investimentos, com a Buildtoo”, explica Hélder Loio, CEO da TUU. A Buildtoo é a plataforma criada para fazer a gestão de projectos de investimento imobiliário, design, remodelação ou construção e que permite coordenar investidores, projectistas, empreiteiros e fornecedores, com impacto ao nível da redução de custos, derrapagens de tempo e de custos e que permite uma visão tempo real da obra/projecto.
Apesar de sedeada em Coimbra a empresa tem hoje uma actuação alargada a todo o território nacional, o que é espelhado pela sua carteira de obras. “Este ano prevemos ultrapassar os três milhões de facturação. “A Linha do Hospital do Metro Mondego é de facto um projecto muito relevante para a TUU e para Coimbra porque irá mudar a forma como se vive uma cidade, no no entanto, estamos envolvidos em outros importantes projectos, como a Remodelação do Arco do Cego ou a Nova Residência Universitária em Lisboa, o Hospital Beatriz Godinho em Leiria ou os CHUC em Coimbra, os projectos de Arquitectura para o IHRU e IEFP, os projectos na área do ambiente com a CIM Região de Coimbra, LIPOR ou ERSUC, ou o acompanhamento das obras da APIN, ABMG, ADRA ou Águas do Centro Litoral, que são alguns dos projectos que vão marcar definitivamente o ano de 2022”, inúmera o responsável.
O desafio da digitalização
Em Julho a empresa organizou a Academia Summer Edition, com o tema ‘O Futuro da Construção’ a dominar uma semana pensada e criada para os mais jovens, na qual através da partilha de experiências, proporcionou um primeiro contacto com o mercado de trabalho de uma forma dinâmica, informativa e motivadora. “Acreditamos que o futuro da construção está nesta geração e com iniciativas destas propomo-nos a trazer talento para a TUU e ao mesmo tempo para Coimbra, afirmando-nos como centro do conhecimento na área da construção”, sustenta Hélder Loio.
Se é verdade que uma grande maioria de empresas do sector AEC vão ser obrigadas a implementar reformas e a capacitarem os seus quadros para responder ao desafio da digitalização do sector outras há, como a TUU, que são o resultado dessa inovação e essa é “seguramente, uma das maiores valias, estamos sempre à procura de como podemos inovar num sector tradicionalmente resistente à inovação. Mas a nossa maior valia é a equipa que conseguimos reunir numa altura em que o talento é tão escasso, são os TUU que levam esta vontade de inovar para os projectos e as obras”, considera o ceo da tecnológica.
“Nunca se falou tanto de digitalização da construção como actualmente, mas em Portugal tardamos a implementar metodologias que há muito são obrigatórias noutros países como as metodologias BIM no desenvolvimento de projectos ou as plataformas de gestão de projectos que incentivam à colaboração e transparência entre todos os intervenientes. Acreditamos que estamos a fazer a nossa parte ao divulgar e implementar estas soluções, mas a sua implementação massiva depende de legislação e de uma verdadeira revolução de mentalidades que ainda só está a começar”, defende.