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    Open House 2022: “O interior dos edifícios é, muito mais do que o exterior, um campo de exploração arquitectónica”

    Apartamentos, edifícios, palácios, palacetes, escritórios, hotéis, restaurantes, num total de 70, entre Lisboa e Almada, são algumas das muitas possibilidades que podem ser visitadas na Open House de 2022. A partir da pergunta: Se retirássemos as fachadas, que cidade ficaria à vista?, a “A Rebeldia do Invisível”, procura explorar o que está no interior, o que não se vê

    Cidália Lopes
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    Open House 2022: “O interior dos edifícios é, muito mais do que o exterior, um campo de exploração arquitectónica”

    Apartamentos, edifícios, palácios, palacetes, escritórios, hotéis, restaurantes, num total de 70, entre Lisboa e Almada, são algumas das muitas possibilidades que podem ser visitadas na Open House de 2022. A partir da pergunta: Se retirássemos as fachadas, que cidade ficaria à vista?, a “A Rebeldia do Invisível”, procura explorar o que está no interior, o que não se vê

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    A dupla de arquitectos do atelier Aurora são os curadores convidados da 11ª Open House. Ao Construir, Sérgio Antunes revela-nos de que forma esta edição nos pode mostrar o que está além das fachadas dos edifícios, “a dissociação entre o interior e o exterior, a identidade invisível das cidades e que só está acessível a alguns e que esconde, na sua maioria das vezes, novas formas de habitar a cidade”.

    Como é que surgiu o convite para serem os curadores da edição de 2022 da Open House?

    O convite foi feito pela Trienal e normalmente a escolha recai em gabinetes de arquitectos com um plano mais teórico. Mas, pela segunda vez, (julgo que com as irmãs Almada Negreiros foi a primeira) voltaram a apostar em alguém que vem da prática e como nós temos tido alguma atenção na nossa prática profissional no que diz respeito às questões relacionadas com o património, à identidade da cidade e as cidades de uma forma geral, talvez isso tenha pesado na decisão da Trienal. Mas confesso que nunca explorei muito porque é que isso aconteceu, mas imagino que tenha sido algo deste género.

    Mais uma vez o público é convidado a conhecer a arquitectura, mas também as ruas e a sua envolvência. Qual o tema que definiram para esta edição?

    O texto que nós produzimos como sinopse acho que é revelador do próprio tema, “A Rebeldia do Invisível”, no sentido daquilo que está no interior, do que não se vê. Em todo em caso e, explicando um pouco a ideia, é que há de facto nas cidades todas, e em Lisboa também, características que são próprias da cidade, que fazem com que, quando vemos uma fotografia desta cidade, nós a reconheçamos pelas características dos edifícios, dos materiais e da luz. Portanto, a nós interessava-nos explorar esta ideia de que existe uma arquitectura que é mais ou menos anónima, que é mais ou menos não excepcional, portanto contínua, quase se quisermos, igualitária e que, depois, a pouco e pouco, por dentro, no interior destes edifícios, tem-se alterado. O interior dos edifícios é, muito mais do que o exterior, um campo de exploração arquitectónica. Há uma maior liberdade no interior porque é menos controlado e por isso mesmo o interior tem sido fonte de exploração arquitectónica muito mais do que o exterior. E a nós interessa-nos esta dissociação entre interior e exterior e pouco e pouco os edifícios são cada vez mais diferentes por dentro do que são por fora e interessa-nos explorar, nessas visitas que fazemos, estes edifícios.

    É também por isso que lançam, na própria sinopse da página oficial da Open House 2022, a questão “Se retirássemos as fachadas, que Lisboa ficaria à vista?”

    Exacto. Provavelmente os nossos interiores já não correspondem, nem sociologicamente, nem arquitectonicamente, à imagem que temos do exterior. É frequente, hoje em dia, existirem casas em prédios de rendimento com uma única fracção por piso, onde cada pessoa tinha o seu apartamento. Sociologicamente há mudanças que depois do exterior são invisíveis. E, portanto, a pergunta que queremos fazer é: Que identidade de Lisboa é essa agora que está por trás das fachadas?

    No fundo a identidade dessa Lisboa tem muito a ver com todas as mudanças sociologias e turísticas que a cidade tem vindo a sofrer?

    Claro, e também com um esvaziamento dos bairros tradicionais, porque as pessoas formam família e muitas vezes não tem capacidade económica para se manterem nos bairros e isso a pouco e pouco esvazia as cidades das suas soluções tradicionais. E depois, os novos habitantes, quem vem, transforma o interior das habitações muitas vezes, mas não é autorizado a fazê-lo no exterior, porque não pode fazê-lo e, portanto, o exterior não é um espelho desses novos habitantes. Há uma dissociação entre o interior e o exterior.

    Não se consegue olhar para o exterior e perceber o que está no interior….

    Exacto, há uma dissociação entre estes dois aspectos. Por outro lado, percebemos também que esta dissociação acontece não só em edifícios mais contemporâneos, fruto dessas mudanças sociológicas, também em edifícios mais antigos, por exemplo. Alguns dos edifícios escolhidos para a Open House reforçam exactamente esta ideia. Edifícios, que nos séculos XVII ou XVIII, estavam integrados na cidade, em que não havia nada de reconhecível no exterior e que eram iguais aos edifícios que estavam ao lado e que depois por dentro eram palacetes e edifícios extraordinários e, portanto, construídos assim de raiz. Não foi só a transformação ao longo do tempo que fez essa dissociação entre o exterior e o interior, mas é que verificamos que há edifícios que sempre o foram.

    Haveria nessas situações então alguma intenção?

    Havia claramente. Um dos edifícios que faz parte da Open House este ano é o do Manteigueiro, que é um palacete no Chiado, onde hoje funciona o Ministério da Economia, que do exterior não difere em nada de um prédio de rendimento, mas depois quando se entra é que se nota a diferença logo a começar pela escadaria fantástica. Em si mesmo já construído para ser continuo e discreto, mas depois quem entra tem essa explosão e é interessante termos essa perspectiva também.

    Pelo segundo ano, a Open House atravessa o Tejo e divide os seus percursos com a cidade de Almada. Que semelhanças e diferenças podemos esperar em relação à edição do ano passado?

    Não há propriamente diferenças entre Lisboa e Almada no que diz respeito a este lado conceptual, essa diferença entre o interior e o exterior, aliás as tipologias construtivas repetem-se de um lado e doutro. Portanto, se víssemos uma fotografia de Almada iriamos confundi-la com uma Lisboa neste sentido conceptual e, em muitas coisas, é uma cidade só. Como é evidente há menos disponibilidade de edifícios em Almada do em que em Lisboa, por ser uma cidade com muito maior diversidade, ainda assim, nós repetimos alguns edifícios que já tinham estado na edição anterior e acrescentamos outros que são muito particulares, alguns palacetes e algumas quintas que vão ser possíveis ver este ano.

    Além do Tejo, que une ambas as cidades, qual o fio condutor que une as edições?

    Prende-se com aquilo que dizia: com o facto de procuramos uma Lisboa e uma Almada onde não existem grandes diferenças, onde as tipologias habitacionais são basicamente as mesmas e que, à semelhança de Lisboa, também sofreu com a saída da população do centro e uma alteração dos usos dos edifícios.

    Tal como qualquer centro histórico, Almada acaba por ter que manter as suas fachadas e isso acaba até por ser transversal a todas as cidades de certa forma…

    O que eventualmente existirá em Lisboa de forma mais acentuada e de forma muito particular é de facto esta obrigação de continuidade, que tem sido sempre defendida pelas políticas publicas, de preservação das fachadas e com isso uma certa preservação da imagem da cidade e isso tem sido de facto muito de forte em Lisboa e essa diferença entre o interior e o exterior é mais marcante por causa disso. Ou seja, Lisboa acaba por transmitir uma imagem que de facto já não existe…

    Em termos programáticos, é possível avançar qual o roteiro ou os percursos previstos para este ano?

    São por volta de 70 edifícios ou fracções de edifícios, no conjunto entre Lisboa e Almada. À semelhança dos anos anteriores existem edifícios que são de visita livre e outros que necessitam de marcação para poderem ser visitados. Vamos manter o percurso sonoro e para este ano foram convidados quatro especialistas, que não pertencem necessariamente ao mundo da arquitectura, que vão fazer roteiros e visitas guiadas na rua, são também artistas plásticos, jornalistas. Não é só uma Lisboa de arquitectos.

    No fundo, a programação será muito idêntica ao modelo pré-pandemia, altura em que excepcionalmente o programa teve que ser muito mais fechado e circunscrito.

    Sofia Couto e Sérgio Antunes, Aurora Arquitectos
    @Elia Diez

    BIO

    Fundado em 2010 por Sofia Couto e Sérgio Antunes, o atelier Aurora Arquitectos foi a consequência natural de um trabalho desenvolvido em conjunto nos anos anteriores. O percurso começou durante o período académico, tendo-se fortalecido com a experiência profissional com o colectivo Kaputt!

    Actualmente com uma equipa ampliada a outros elementos, o atelier tem como objecto de trabalho projectos das mais variadas escalas, de pequenas casas a edifícios de habitação, bem como equipamentos culturais. Recentemente, a área mais desenvolvida é a reabilitação urbana, que representa um foco de especialização e investigação para o atelier.

    Na sua abordagem é particularmente importante a reacção ao local que se encontra, daquilo que faz parte da existência desse espaço e de outros elementos da construção (por vezes, com centenas de anos). O desafio é, por isso, interpretar, esmiuçar, copiar, distorcer e até ironizar essas matérias-primas, para que sejam devolvidas ao local de uma forma nova e inesperada.

    Cada caso é acompanhado de uma forma atenta e personalizada, procurando-se assim uma solução distinta, que torna cada projecto uma experiência singular. Perante os condicionalismos encontrados (legais, orçamentais, programáticos ou de constrangimentos de obra), os esforços vão no sentido de vencer os momentos chave do projecto, momentos esses que culminam no espaço construído, dando sentido a tudo o resto.

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    Trienal: ‘Conversas et Al’ junta fundador da Noarq e ilustrador Gémeo Luís
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    Trienal: ‘Conversas et Al’ junta fundador da Noarq e ilustrador Gémeo Luís

    Este terceiro momento do ciclo de tertúlias, acontece esta quinta-feira, dia 20 de Fevereiro, A conversa constrói-se em torno de uma peça de puzzle, símbolo da importância da unidade para a construção do todo

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    Em 2025, a Trienal iniciou mais um ciclo de tertúlias em torno da arquitectura e os seus desdobramentos em que participam quatro ateliers com prática estabelecida. Estes contam com um vasto leque de obras construídas de diversas escalas, que vai desde um plano de requalificação de arquitectura paisagista a um restaurante de acção social que convidam figuras cúmplices que se cruzam com a disciplina para conversas informais em torno de um objecto.
    Esta quinta-feira, dia 20 de Fevereiro, acontece o terceiro momento das conversas de arquitectura ‘Conversas et Al.’ que junta José Carlos Oliveira, fundador do atelier portuense Noarq, e Gémeo Luís, ilustrador consagrado em diversos formatos nacionais e internacionais. A conversa constrói-se em torno de uma peça de puzzle, símbolo da importância da unidade para a construção do todo. O desafio deste momento, aberto à participação do público, é “explorar as pertinências dos contributos numa equipa e como cada pessoa não só é imprescindível como se torna antídoto para uma solidão intelectual e processual que tende a tornar-se viciada e estéril”.

    Fundado há 23 anos, o Noarq concentra a sua pesquisa no desenho da paisagem, arquitectura e objectos quotidianos e conta com vitórias em concursos nacionais e internacionais, destacando-se as Piscinas na praia de Vila Garcia de Arousa e o Ascensor Público Halo de Vigo, em Espanha, ou a Ponte Ferreirinha sobre o Douro para o Metro do Porto.

    O último momento da terceira ronda de Conversas et Al., marcada para dia 6 de Março, conta com o atelier SIA e a presença da escultora Fernanda Fragateiro.

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    crédito Ricardo Cruz

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    Arquitecto Gonçalo Pires Marques finalista no “Building of the Year 2025”

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional

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    O arquitecto português Gonçalo Pires Marques está entre os finalistas do prestigiado prémio “Building of the Year 2025” do ArchDaily, um dos mais importantes reconhecimentos internacionais na área da arquitectura. O seu projecto, a Casa Donavan, destaca-se pelo uso inovador da madeira e pelo compromisso com a sustentabilidade, tornando-se um exemplo de excelência na arquitectura contemporânea.

    A Casa Donavan distingue-se pela sua abordagem única à construção em madeira, um processo que o próprio arquitecto descreve como “quase artesanal”. O trabalho próximo com o mestre carpinteiro foi essencial para garantir a precisão e a qualidade da execução. Além disso, a escolha da madeira termotratada, sem utilização de químicos, reforça o compromisso com a sustentabilidade.

    Além dos materiais escolhidos, o desenho da casa foi pensado para reduzir a necessidade de sistemas de climatização. O aproveitamento inteligente da exposição solar e a ventilação natural transversal contribuem para um menor impacto ambiental. Houve também um esforço consciente na selecção de fornecedores locais, minimizando deslocações e importações para reduzir a pegada ecológica.

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional. O arquitecto entende que “arquitectura portuguesa é uma área reconhecida entre pares a nível mundial como poucas áreas. Como no cinema português, é regularmente mencionada e até premiada. Aliás, Portugal é o único país do mundo com dois vencedores do Prémio Pritzker ainda vivos, o que reflecte a qualidade e a influência do nosso trabalho.”

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    OASRA promove debates sobre requalificação do património da Sinaga

    Discussão pública pretende discutir a intervenção e requalificação da Fábrica do Açúcar, no concelho de Ponta Delgada, e da Fábrica do Álcool, no concelho da Lagoa, ambas na ilha de São Miguel

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    A Ordem dos Arquitectos – Secção Regional dos Açores, no âmbito do Protocolo de Colaboração celebrado com a Secretaria Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública do Governo dos Açores, de 11 de Novembro de 2024, promove a discussão pública sobre a intervenção e requalificação da Fábrica do Açúcar, no concelho de Ponta Delgada, e da Fábrica do Álcool, no concelho da Lagoa, ambas na ilha de São Miguel.

    O período para a discussão pública sobre a intervenção e requalificação das antigas Fábricas do Açúcar e do Álcool já teve início e pode ser feito através da plataforma www.sinaga.pt. Este é um espaço dedicado à participação activa da comunidade na reflexão sobre o futuro das antigas Fábricas do Açúcar e do Álcool, com vista a enriquecer o debates e ajudar a definir soluções viáveis para a requalificação destes espaços industriais.

    Os encontros para o debate de ideias irão ocorrer nas próprias fábricas, sendo que a 22 de Fevereiro acontece um primeiro na Fábrica do Álcool e a 22 de Março na Fábrica do Açúcar e que contarão com a participação de especialistas nas áreas disciplinares da arquitectura, do património industrial e cultural, do turismo industrial, da economia, da museologia e da sustentabilidade.

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    Segunda edição do “Porto de Arquitectura” regressa entre Março e Julho

    São seis os edifícios representativos da arquitectura contemporânea portuense que integram a segunda edição do projecto e que serão apresentados esta quarta-feira em conferência no bar do Cinema Batalha

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    A Câmara Municipal do Porto e a Casa da Arquitectura apresentam esta quarta-feira, dia 12 de fevereiro, às 11 horas, em conferência de imprensa, a segunda edição do projecto “Porto de Arquitetura”. O objectivo passa por desenvolver, entre Março e Julho de 2025, um ciclo de visitas de arquitectura gratuitas e abertas ao público, num conjunto de seis edifícios representativos da arquitectura contemporânea portuense. A apresentação decorre no bar do Batalha Centro de Cinema.

    O ciclo de visitas tem como principal objetivo aproximar a comunidade da arquitectura portuense, dando a conhecer de forma privilegiada o processo de concepção, construção e recuperação de espaços icónicos da cidade.

    Os edifícios seleccionados representam algumas das mais relevantes intervenções recentes na cidade, desde a habitação até às infraestruturas, passando por edifícios destinados ao desporto, turismo, cultura e economia.

    A conferência de imprensa é seguida de uma visita guiada ao Batalha Centro de Cinema, reaberto em Dezembro de 2022, acompanhada dos arquitectos responsáveis pela requalificação, Alexandre Alves da Costa e Sérgio Fernandez.

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    ‘How to Build the Future?’ dá o mote para o novo ciclo de talks da Masslab

    A segunda edição das Mass Talks, o ciclo de conversas organizadas pelo atelier de arquitectura Masslab, inícia esta sexta-feira, dia 31 de Janeiro, pelas 17 horas, no Porto. Nuno Sampaio e Ana Neiva são os convidados desta sessão que irá explorar como a arquitectura, a educação e a cultura influenciam a forma como vivemos, aprendemos e construímos

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    O primeiro mês do ano de 2025 começa com a segunda edição das Mass Talks, o ciclo de conversas organizadas pelo atelier de arquitectura Masslab, que partem da investigação e curiosidade em explorar uma questão central: Como vamos construir o futuro?

    Com o tema “How to Build the Future?” como pano de fundo, a segunda edição gira em torno da Educação e da Cultura enquanto disciplinas essenciais para moldar o futuro e terá lugar no escritório da Masslab no Porto, esta sexta-feira, dia 31 Janeiro, pelas 17 horas.

    A conversa contará com a participação de Nuno Sampaio, arquitecto e director da Casa da Arquitectura, e Ana Neiva, investigadora, curadora e professora e irá explorar como a arquitectura, a educação e a cultura influenciam a forma como vivemos, aprendemos e construímos. Os convidados abordarão o papel destas áreas como catalisadores de transformação social e urbana, assim como o “paradoxo” de olhar para o futuro enquanto aprendemos com o legado do passado.

    Na primeira edição, o debate centrou-se nos desafios da indústria da construção, explorando o equilíbrio entre a necessidade de crescimento urbano e a responsabilidade ambiental com dois convidados: Sílvia Mota, CEO da MEXT: Mota-Engil Next e Francisco Rocha Antunes, presidente da MOME.

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    Passive House Institute certifica primeira Passive House Plus em Portugal

    Um edifício certificado como Passivhaus Plus não apenas reduz drasticamente o uso de energia, mas também produz a mesma quantidade de energia que os ocupantes consomem

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    É o segundo projecto certificado pela norma Passivhaus no Distrito de Lisboa, o primeiro no Concelho de Mafra e o primeiro em Portugal a receber a classificação Passive House Plus, ambos, da autoria do arquitecto passive house designer João Pedro Quaresma, da Nurture-AD.

    Passivhaus é um conceito construtivo que define um padrão de elevado desempenho, eficiente do ponto de vista energético, saudável, confortável e economicamente acessível e sustentável. A diferença entre uma Passivhaus Classic e uma Passivhaus Plus está relacionada principalmente à produção e ao consumo de energia renovável e ao grau de auto-suficiência energética. Ambos os tipos de casas seguem os rigorosos critérios de eficiência energética estabelecidos pelo padrão passivhaus, mas o nível de sustentabilidade e a integração de sistemas de energia renovável diferem.

    Um edifício certificado como Passivhaus Plus não apenas reduz drasticamente o uso de energia, mas também produz a mesma quantidade de energia que os ocupantes consomem.

    A moradia localizada em Mafra já havia obtido a classificação A+ e nZEB pelo sistema de Certificação Energética, e a comunicação do Passive House Institute (PHI) confirmando esta certificação validou todos os objectivos propostos.

    Este projecto de arquitectura foi desenvolvido, desde o início, com a determinação do cliente de obter a certificação pela norma Passivhaus. Em Portugal continental, os valores máximos de radiação ocorrem na região de Lisboa, com mais de 3.000 horas de sol por ano, factor que foi determinante no conceito programático do projecto. A geometria particular do terreno, com o lado maior e a inclinação natural orientados a sul, favoreceu a adopção de uma estratégia bioclimática e a optimização de um padrão de elevado desempenho passivo. Esse conceito esteve presente desde o início, tanto como desejo do proprietário quanto como estratégia do projecto.

    Na organização funcional da moradia, essa realidade climática permitiu que as zonas de permanência da casa fossem todas orientadas a sul, enquanto as circulações e os espaços complementares de uso foram posicionados a norte.
    Dessa forma, optimizou-se os ganhos solares através de vãos envidraçados generosos, garantindo o sombreamento permanente ou temporário durante os meses de Verão com alpendres e pérgulas solares. Essa solução também reduz a necessidade de iluminação artificial durante o Inverno, garantindo excelentes níveis de luminosidade natural.
    A moradia foi construída com o sistema construtivo ICF (Insulated Concrete Form), que permitiu eliminar pilares no interior, favorecendo maior flexibilidade espacial.

     

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    © Studio Ossidiana, Bird’s Palace Vondelpark, Riccardo de Vecchi

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    CCB lança bolsas de arquitectura Diogo Seixas Lopes

    Diogo Seixas Lopes, figura central do pensamento arquitectónico português e primeiro consultor da Garagem Sul, dá o nome às Bolsas de Criação, com o objectivo de “consolidar e incentivar” a construção colectiva de pensamento crítico e conhecimento em torno das linhas temáticas anuais. As propostas podem ser enviadas até 16 de Fevereiro

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    Destinadas a apoiar a “criação, investigação e experimentação”, o CCB lançou as primeiras duas  Bolsas de Criação ‘Diogo Seixas Lopes’. As candidaturas decorrem de 17 de Janeiro a 16 de Fevereiro de 2025, devendo ser formalizadas em formulário próprio. A linha temática da primeira edição é ‘Interespécies’.

    Criadas pelo Centro de Arquitectura MAC/CCB em homenagem ao arquitecto Diogo Seixas Lopes, falecido em 2016 e figura central do pensamento arquitectónico português e primeiro consultor da Garagem Sul, estas bolsas de criação, atribuídas por concurso, procuram “consolidar e incentivar” a construção colectiva de pensamento crítico e conhecimento em torno das linhas temáticas anuais do Centro de Arquitectura.

    O concurso, aberto a todas as pessoas ou colectivos cuja investigação incida sobre a arquitectura, procura proporcionar apoio financeiro à investigação ou criação e execução de projectos, com um valor anual de 10 mil euros, com acompanhamento da curadora-chefe do Centro de Arquitectura do MAC/CCB, Mariana Pestana.

    O processo de avaliação e selecção de candidaturas decorre durante os meses de Fevereiro e Março de 2025. O júri é composto por Julia Albani (externo), Marta Mestre (curadora, MAC/CCB) e Sofia Passadouro (educação e mediação, MAC/CCB). Os projectos seleccionados serão anunciados no dia de reabertura do Centro de Arquitectura, a 2 de Abril de 2025.

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    OA discute alteração ao RJIGT

    Este evento reunirá, hoje, 21 de Janeiro, a partir das 18H, na sede nacional da OA, em Lisboa, diferentes personalidades de relevo nas áreas do ordenamento do território, do urbanismo e da habitação. Debate poderá ser acompanhado em directo através do canal de YouTube da Ordem

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    A Ordem dos Arquitectos discute hoje, 21 de Janeiro, as alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, RJIGT. Debate poderá ser acompanhado em directo através do canal de YouTube da OA.

    Este evento reunirá, a partir das 18H, na sede nacional da OA, em Lisboa, diferentes personalidades de relevo nas áreas do ordenamento do território, do urbanismo e da habitação para uma discussão aprofundada sobre as alterações propostas ao regime jurídico que orienta os instrumentos de gestão territorial, com impacto significativo na gestão urbanística e no ordenamento do território.

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    Créditos: Santos Diez

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    Habitação em Vila do Conde premiada em diferentes iniciativas internacionais

    A obra de habitação colectiva, da autoria do arquitecto Raulino Silva foi distinguida em quatro prémios internacionais, tendo recebido o primeiro prémio no 2A Architectural Awards no Dubai, o Architecture Masterprize 2024 nos USA, o BLT Awards 2024 na Suiça e, recentemente, o IDA Design Awards 2024, nos USA

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    A obra de habitação colectiva, situada no centro de Vila do Conde, da autoria do arquitecto Raulino Silva foi distinguida em quatro prémios internacionais. No final do ano passado venceu o primeiro prémio no 2A Architectural Awards no Dubai, o Architecture Masterprize 2024 nos USA, o BLT Awards 2024 na Suiça e, agora, o IDA Design Awards 2024, nos USA.

    A intervenção no Gaveto das ‘Alminhas’ de São José, no centro da cidade de Vila do Conde, tem como programa a construção de uma habitação unifamiliar e de um edifício de habitação colectiva para arrendamento com dois apartamentos e uma loja para comércio ou serviços.

    A habitação unifamiliar implanta-se no local da construção existente que tinha apenas um piso, e mantém a fachada antiga para a rua Comendador António Fernandes da Costa, sendo que o segundo piso ficou recuado em relação à rua para se afastar da fachada da casa do Instituto de S. José da Congregação das Irmãs Doroteias, permitindo assim visualizar também a cobertura da Capela Dos Passos que se encontra no lado Norte do quarteirão.

    As fotografias da obra de Héctor Santos-Díez mostram a inserção dos dois edifícios no centro histórico da cidade de Vila do Conde, em duas ruas com escalas distintas, mas unidas pelo gaveto do muro de granito.

    No piso térreo temos a garagem para dois carros, a lavandaria, a sala comum que comunica com a cozinha, um sanitário, a área técnica e o quarto das visitas com quarto de banho privativo. No piso superior, temos a suite principal com quarto de banho e dois quartos de vestir, três quartos mais pequenos também com quarto de banho privativo, e o escritório no topo Sul que se abre para um grande terraço e espreita a cidade.

    O segundo edifício, para arrendamento, foi construído na rua Conde D. Mendo, um arruamento mais movimentado e com vários pequenos prédios com comércio no rés-do-chão.

    No piso térreo temos, ainda, o estacionamento automóvel atrás do muro e uma loja para comércio ou serviços com entrada independente.

    Raulino Silva, nascido em Vila do Conde em 1981, abriu seu atelier em 2011. Além do seu trabalho enquanto arquitecto, tem participado em diversas exposições internacionais e em publicações sobre arquitectura habitacional. Participou, ainda, como orador em diversos eventos e integrou júris de concursos e prémios internacionais. Em 2019, recebeu a medalha de mérito de Vila do Conde.

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    Assinatura do Protocolo

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    OA e FAUL celebram protocolo de cooperação para “Nova Geração de Habitação”

    No âmbito do projecto formativo Aliança “Nova Geração de Habitação”, estão previstas condições especiais para os membros da OA. A oferta formativa para 2025 já está decidida e a primeira edição tem início a 1 de Abril com término a 27 de Maio, com o tema ‘Inovação em Habitação’

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    A Ordem dos Arquitectos (OA) celebrou um Protocolo de Cooperação com a Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa (FAUL), no âmbito do projecto formativo Aliança “Nova Geração de Habitação”, que prevê condições especiais para os membros da OA.

    A inscrição nos cursos é efectuada directamente pelo membro da OA junto da FAUL/CIAUD, devendo este indicar o respectivo número, ficando a gestão e organização das inscrições nos cursos de formação a cargo da FAUL/CIAUD.

    A oferta formativa para 2025 já está decidida e a primeira edição tem início a 1 de Abril com término a 27 de Maio, com o tema ‘Inovação em Habitação’, de 21 de Abril a 26 de Junho está prevista a formação sobre ‘Instrumentos de Politica de Habitação’ e a seguinte será de 23 de Abril a 16 de Julho, sobre ‘Cartas Municipais de Habitação’.

    Depois, entre Setembro e Dezembro, ainda sem data definida, está previsto formação sobre ‘Reabilitação Habitacional’.

    No âmbito das pós-graduações abrangidas pelo Protocolo, serão atribuídos prémios de mérito académico aos três estudantes que tenham obtido uma das três melhores classificações da edição do curso em causa, desde que esta seja superior a 16 valores.

    O Prémio de Mérito Académico FA.ULisboa “Impulso Adultos” é de natureza pecuniária, consistindo na atribuição de uma verba de valor igual a duas vezes o montante dos custos totais  fixados para a frequência do curso a que respeita no ano lectivo de atribuição do prémio.

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