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    Pedro Mêda

    Engenharia

    GrowingCircle: Trabalhar a economia circular a partir da informação e dos dados

    O projecto Growing Circle pretende sensibilizar os agentes do sector da construção para o papel fundamental dos “Data Templates”e da digitalização. A ideia passa por ter mais conhecimento sobre os materiais, seja os que estão em fim de vida, seja os que estão agora a iniciar a sua utilização, e perceber de que forma é que, através do conhecimento desta informação, é possível melhorar a economia circular

    Cidália Lopes

    Pedro Mêda

    Engenharia

    GrowingCircle: Trabalhar a economia circular a partir da informação e dos dados

    O projecto Growing Circle pretende sensibilizar os agentes do sector da construção para o papel fundamental dos “Data Templates”e da digitalização. A ideia passa por ter mais conhecimento sobre os materiais, seja os que estão em fim de vida, seja os que estão agora a iniciar a sua utilização, e perceber de que forma é que, através do conhecimento desta informação, é possível melhorar a economia circular

    Cidália Lopes
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    Cidália Lopes
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    O sector da construção tem um papel fundamental para as economias dos países, mas carece de modernização de modo a ser mais eficiente e ter menores impactos no ambiente. Estas preocupações têm encontrado eco em documentos estratégicos para o sector que sistematizam duas grandes áreas de actuação: a digitalização e a sustentabilidade e, nomeadamente, a implementação de iniciativas que abordem as sinergias existentes entre ambas. O projecto Growing Circle é uma dessas iniciativas. Ao Construir, Pedro Mêda, engenheiro pela FEUP e com funções de investigador no Instituto da Construção (IC), fala-nos deste projecto e do caso de estudo que estão a acompanhar em conjunto com a Matosinhos Habit e que irá permitir cumprir critérios de eficiência através da melhor relação custo-preço, além de contribuir para o catálogo de produtos que o projecto também pretende desenvolver

    Como é surgiu o projecto Growing Circle?

    Este projecto surge no âmbito do programa que é o EEA Grants, um programa de financiamento bilateral que tinha como objectivo a melhoria e a implementação de práticas de economia circular no sector da construção. Um dos aspectos, uma das dinâmicas que nós identificamos como necessárias e que até estava no seguimento daquilo que são as preocupações da gestão de informação que nós temos é que a economia circular na construção só poderá existir na sua plenitude se nós tivermos uma circularidade da informação e dos dados da construção. A ideia surgiu na sequência de várias parcerias com outros países e outras entidades e do contacto com o professor Eilif Hjelseth, da NTNU, que na altura estava na Universidade de Oslo, na Noruega, e que actualmente trabalha na Universidade de Trondheim.

    Digamos que vimos aqui uma oportunidade de trabalhar a economia circular, não do lado da reutilização dos materiais, mas do conhecimento, da informação e dos dados e de que forma é que esse conhecimento poderia alavancar práticas mais circulares. A nossa ideia é ter mais conhecimento sobre os materiais, seja os que estão em fim de vida, seja os que estão agora a iniciar a sua utilização, e perceber de que forma é que, através do conhecimento desta informação, conseguimos melhorar a economia circular.

    De que forma é o projecto prevê transformar a informação através dos “data templates”?

    Há muita pressão por parte da UE para que sejam adoptadas práticas mais ecológicas e a economia circular no sector da construção é uma parte dessas práticas. Por outro lado, existem as tendências da indústria 4.0 que se materializam na digitalização. Aquilo que fizemos no Growing Circle e uma vez que o objectivo era a sustentabilidade, ou seja, maiores práticas de economia circular, nos pegámos no sector da digitalização e dos dados e congregamos os dois para que produzissem sinergias e mais valias que pudesse acumular nos desideratos e os objectivos do sector da construção.

    Como é que isso se faz?

    Os “data templates” são estruturas, são esqueletos que podem ser interpretados por máquinas e, portanto, são interoperáveis e são verdadeiramente digitais. Basicamente o que se pretende é que através dessas estruturas de metadados se consiga caracterizar produtos de construção, que depois estabelecem uma ligação com softwares e com sistemas que me fazem uma análise de desempenho ambiental, uma análise de eficiência energética e outras. Por exemplo, no âmbito de um projecto de engenharia, quando faço uma análise para ter um certificado energético, tenho que dizer que tenho lá uma parede dupla. Na realidade, deixamos de ter esta inserção da informação, mas ela passa a estar ligada às características dos produtos. Portanto, a metodologia BIM, do lado da digitalização, permite-me fazer isso, ou seja, em vez de eu estar a fazer o modelo 3D e de estar a colocar a informação ‘à mão’, através dos “data templates”, eu consigo que exista uma comunicação entre o modelo tridimensional e o catálogo de produtos, que são os produtos que eu vou utilizar na construção.

    Em que é que isto permite melhorar a economia circular?

    Permite porque, além de fazer a análise da eficiência energética de uma forma mais rápida, consigo fazer outro tipo de análises, como por exemplo, a composição dos materiais, o potencial de reciclagem desses materiais logo no início. Ou seja, se eu escolher um cerâmico no final de vida esse produto vai para determinados usos ou até pode ser reutilizado. É esta ligação que quisemos estabelecer e estamos a estabelecer através dos “data templates”. Claro que o projecto, além de fazer esta ligação, tem uma componente que é fundamental, que é explicar isto às pessoas, explicar isto ao sector da construção.

    A ideia é que quando se vai fazer o projecto em BIM, por exemplo, a informação dos materiais já esteja disponível e descarregada é isso?

    É exactamente isso. Ou seja, hoje em dia quando estamos a iniciar um projecto temos que inserir as propriedades à mão dos produtos e as suas características. Do ponto de vista geométrico as aplicações já fazem isso porque ao desenhar eu já estou a ter as dimensões, mas depois há que caracterizar, ao nível do coeficiente de transmissibilidade térmica, da cor, entre outros. Há uma série de parâmetros que eu posso “arrumar” em vários sítios e descrever de várias formas, dependendo até da zona ou região do País. O facto de eu ter estes metadados interpretáveis por máquinas, organizados, permite-me fazer essa associação directa e sem qualquer perda de informação ou má interpretação dessa informação. Isto aplica-se na fase de projecto, mas também na fase de construção, se tiver que substituir alguma coisa, e até na fase de utilização da obra. Isto funciona como fonte de informação, algo que ainda não é comum em Portugal, mas que foi introduzido em Inglaterra depois do incêndio na Torre Grenfell, em Londres, em 2017 e que veio demonstrar a necessidade de existir aquilo a que os que os especialistas chamam de Golden Thread Information, que basicamente é assegurar que não se perde informação e que se consegue perceber ao longo do processo construtivo quando é que existe alterações de informação e como é que elas ocorreram e quem é o responsável.

    Até agora que feedback é que tem sentido por parte das empresas em relação ao Growing Circle? Há uma maior preocupação em relação a estas matérias?

    Há vários níveis de preocupações e de situações. Uma é que os agentes, independentemente de onde estão, e estou a falar de toda a fileira da construção, desde os produtos até a quem gere activos, todos têm a noção de que é preciso passar para a digitalização, por um lado, e implementar práticas mais circulares, por outro. Outra dificuldade tem a ver com outra componente tecnológica, que é facto de muitas vezes termos os sistemas em silos, ou seja, funcionam bem para um determinado tipo de obra, mas se tentamos generalizar não conseguimos. Mostrar também que tem que se optar por tecnologias que sejam abertas, interoperáveis e que permitam outra evolução. Ou melhor, outra escalabilidade. Depois há uma outra questão que é conhecimento, a formação e a disponibilidade para, digamos, de uma forma quase altruísta, abraçar estes desafios. Há agentes que já estão a perceber para onde é que isto vai e já estão a tomar decisões que têm que ser tomadas, há outros que ainda não. Não há milagres, isto é sempre um processo que obriga a dedicação, obriga a conhecimento e obriga a alteração de práticas.

    A Growing Circle está a desenvolver um caso de estudo em conjunto com a Matosinhos Habit. No que é que consiste este processo?

    Os produtos que iremos colocar nesse catálogo serão os que forem necessários à reabilitação de um conjunto habitacional que é da Matosinhos Habit. Portanto, a partir deste trabalho preliminar vamos fazer vários casos de estudo, com diferentes tipos de análises. Portanto, nós temos o catálogo de produtos e vamos carregar esse catálogo e depois vamos desenvolver uma serie de análises. Uma delas é perceber qual é a informação, outra é perceber quais são os “data templates” mais importantes do ponto de vista ambiental, do ponto de vista económico. Porque isso ajuda um dono de obra ou um projectista quando tem que escolher os materiais. Portanto, o que vamos fazer e de acordo com este documento e para cumprir com estes requisitos podemos fazer um edifício mais eficiente, mas isso vai ter um custo muito maior, e por isso o que vamos fazer através da melhor relação custo-preço atingir as metas de eficiência energética e de habitabilidade.

    Por exemplo, se conseguirmos mudar o revestimento da cobertura, que representa 80% do valor do investimento, então se calhar é por aí que vamos começar a reabilitação. Se a cobertura tem esse ganho, ajuda-me a fazer as análises e eu consigo e ajuda-me a fazer só um “data template” porque é só um produto, eu vou então escolher esse produto, vou digitalizar esse produto e vou incorporar no meu projecto, em vez de estar a digitalizar um conjunto maior de produtos.

    Neste caso, como é o dono de obra que está a fazer um processo de reabilitação e que depois vai gerir o edifício, é perceber de que forma é que ele consegue ficar com um maior conhecimento do edifício e para a longo prazo de essa informação para a própria gestão do seus activos. Por exemplo, saber quando é que é preciso fazer operações de manutenção ou substituição de materiais e saber que quando chegar a esse momento, aquele objecto ou produto que vai ser removido para onde é que pode ir e como é que é constituído. Isto é mais difícil nos edifícios, mas é mais fácil nas infraestruturas, nomeadamente nas ferrovias onde estão as ser feitas várias obras de reabilitação em várias linhas em todo o País. Nestes casos, os agregados podem ser reutilizados noutro sítio ou na própria obra, se for uma renovação de via. Da mesma forma é possível perceber em relação às travessas, em betão, em ferro ou madeira, que destino é que posso dar-lhes ou que reutilização é que podem ter. Este é um dos casos em que nós queremos demonstrar como uma infraestrutura pode ter elevadíssimos índices de reutilização ou de reciclagem.

    Sendo este programa realizado com países do Norte da Europa, que normalmente são conhecimentos como sendo mais pioneiros neste tipo de práticas e de soluções no que diz respeito à construção e à sustentabilidade, em que medida é que Portugal pode aprender com estes países?

    Eu diria que a principal diferença está no investimento nos sectores da construção dos diferentes países. Nós passamos por uma crise muito grande na construção e durante esse período este sector perdeu “gás” para inovar, enquanto outros países não. Por exemplo, países como a Noruega está muito mais organizada naquilo que diz respeito à digitalização e que está muito à frente de Portugal, até porque já têm um impulso e requisitos que o Governo coloca que nós cá não temos. Esse é um aspecto. Depois em termos de economia circular, como a Noruega está fora do perímetro europeu não recebe este empurrão que nós estamos a receber em termos de práticas de economia circular, embora sejam positivamente contaminados com esta influência, porque são um país periférico espaço europeu, mas têm uma presença dentro do espaço económico europeu que percebe que esta dinâmica é necessária.

    De certa forma estes projectos são o olhar mais prático do lado mais teórico dos vectores….

    As práticas de economia circular são como uma escadaria, ou seja, podemos galgar os degraus todos ou ir passo a passo e o nosso objectivo aqui é subir passo a passo de forma consistente e de forma que se perceba que há coisas muito simples que trazem um grande benefício. Não estamos aqui a entrar em disrupções, mas em evoluções que de forma muito simples permitem cumprir os objectivos. Depois estamos a tentar cumprir estes objectivos tendo como background uma das melhores universidades da Noruega, estamos sempre em contacto com os projectos que estão a decorrer a nível europeu que estão a trabalhar estas matérias. Temos estado, de certa forma, a acompanhar, dentro da Comissão Europeia, quais vão ser as políticas e já a tentar trazer essas directrizes e articulá-las e temos, também, estado a fazer alguma formação à própria CE no sentido de demonstrar que aquilo que têm sido os vectores da digitalização e da sustentabilidade têm que também estar consolidados e que os documentos que vêm emitidos têm que olhar para estas duas perspectivas.

    Já conseguimos demonstrar que aquilo que é o vector da digitalização e o vector da sustentabilidade, sem prejuízo de poderem ser trabalhados de forma individual e em silo, que se cruzam e que são muito relevantes e que podem ajudar e muito na implementação de práticas mais circulares. Fizemos um trabalho científico que foi apresentado a algumas pessoas da CE e por isso a CE está também ela mais atenta que quando faz um documento que olha para a economia circular tem que conseguir colocar lá algumas coisas consistentes sobre digitalização.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

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    ‘Brick to Innovation’ desafia futuro da habitação 

    Competição criada pela OERS incentiva estudantes de engenharia civil a desenvolver soluções inovadoras para a habitação sustentável, com recurso a tecnologias avançadas como impressão 3D, inteligência artificial ou realidade aumentada

    CONSTRUIR

    A Ordem dos Engenheiros – Região Sul (OERS) lança a ‘Brick to Innovation’, uma competição desafia estudantes de engenharia civil a “pensar e a construir” o futuro da habitação, com foco na “sustentabilidade e na inovação”. A sessão de apresentação desta competição vai decorrer no dia 19 de Novembro, às 18 horas, no auditório da OERS.

    ‘Brick to Innovation’ oferece aos estudantes a oportunidade de aplicar os seus conhecimentos académicos e desenvolver competências essenciais para o mercado de trabalho, como análise de custos, colaboração interdisciplinar com arquitectos, engenheiros e profissionais de áreas relacionadas, bem como apresentação de projectos.

    Com recurso a diversas tecnologias avançadas como impressão 3D, inteligência artificial ou realidade aumentada, esta competição visa encontrar soluções energeticamente eficientes e económicas para a habitação, desenvolver ambientes interiores mais saudáveis e reduzir a pegada de carbono comparativamente às soluções tradicionais.

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    Canal condutor geral do Mira

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    Reabilitação de canal de rega no Alentejo a cargo da Sotecnisol

    A obra, com um valor de 4,1 M€, contempla a impermeabilização do canal condutor geral, numa extensão de 18 km, o que corresponde a uma área total de intervenção de 180 mil m2

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    A Sotecnisol Engenharia & Ambiente foi a empresa vencedora do concurso público para a reabilitação do canal de rega e abastecimento para águas públicas do Alentejo, um projecto da responsabilidade da Associação de Beneficiários do Mira.

    A obra, com um valor de 4,1 milhões de euros, contempla a impermeabilização do canal condutor geral, numa extensão de 18 km, o que corresponde a uma área total de intervenção de 180 mil metros quadrados (m2).

    O projecto, que teve início em Setembro de 2024, apresenta um prazo de execução de oito meses, prevendo-se a sua conclusão em Abril de 2025. A reabilitação deste canal é fundamental para garantir a eficiência e a sustentabilidade do sistema de rega, que irá contribuir para a otimização dos recursos hídricos na região.

    “Estamos muito orgulhosos por contribuir para a modernização da infraestrutura hídrica do Alentejo. Esta obra permitirá uma gestão mais eficiente e sustentável da água, um recurso tão precioso para a região. Trabalharemos em estreita colaboração com a Associação de Beneficiários do Mira para garantir que esta obra seja concluída dentro do prazo e com os mais elevados padrões de qualidade”, comenta José Luís Castro, CEO do Grupo Sotecnisol.

    A obra terá um impacto significativo na região ao contribuir para o aumento da eficiência do sistema de rega uma vez que irá reduzir as perdas de água, melhorar a qualidade da água fornecida aos agricultores, promover a sustentabilidade ambiental, através da preservação dos recursos hídricos e dinamizar a economia local, com a criação de emprego na região.

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    José Eduardo Martins

    Engenharia

    José Eduardo Martins é o novo Provedor da Ordem dos Engenheiros

    O Provedor dos destinatários dos serviços da Ordem dos Engenheiros é uma personalidade independente, não inscrita na Ordem e cuja função é a de defender os interesses dos destinatários dos serviços profissionais de engenharia

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    José Eduardo Martins tomou posse como Provedor dos Destinatários dos Serviços da Ordem dos Engenheiros, numa cerimónia que decorreu na Sede nacional desta associação pública e que contou com a presença do Bastonário, Fernando de Almeida Santos, do presidente do Conselho de Supervisão, António Saraiva, dos vice-presidentes nacionais e de vários outros membros eleitos.

    José Eduardo Martins é Sócio da Abreu Advogados desde 2005, trabalhando essencialmente nas áreas de Direito do Ambiente, Comercial e Imobiliário. Conta, também, com uma vasta experiência no sector público, tendo exercido funções de Secretário de Estado do Ambiente no XV Governo Constitucional Português, entre 2002-2004, e tendo sido membro do Parlamento Português entre 1999 e 2012. Mais recentemente, em 2021, foi nomeado Presidente da Comissão de Ambiente e Energia da Câmara de Comércio Internacional Portugal (ICC Portugal).

    “É uma enorme honra assumir este cargo, é uma carreira de mais de 30 anos quase sempre em contacto com a Engenharia, é dos momentos de que mais me orgulho na minha carreira, assumir esta responsabilidade”, sublinhou o novo Provedor dos Destinatários dos Serviços da Ordem dos Engenheiros.

    O Provedor dos destinatários dos serviços da Ordem dos Engenheiros é uma personalidade independente, não inscrita na Ordem, designada pela mesma, sob proposta do órgão de supervisão, e cuja função é a de defender os interesses dos destinatários dos serviços profissionais de engenharia.

    Sem prejuízo das demais competências previstas na lei ou nos estatutos, compete ao Provedor analisar as queixas apresentadas pelos destinatários dos serviços e fazer recomendações para a sua resolução, bem como em geral para o aperfeiçoamento do desempenho da Ordem.

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    Engenharia

    Prospectiva e VN2R constituem consórcio BIM Portugal

    Numa comunicação conjunta, as companhias lideradas por Luís Brito e Vítor Carvalho explicam que a constituição do consórcio BIM Portugal assenta na experiência de ambas as empresas e na necessidade oferecer uma solução holística ao problema que resulta da falta de preparação, sobretudo de organismos públicos, para lidar com um conjunto de novas práticas, nomeadamente os processos digitais

    CONSTRUIR

    A Prospectiva, liderada por Luís Brito, e a VN2R, que tem Vitor Carvalho como CEO, juntaram esforços para constituir o consórcio BIM Portugal. A experiência acumulada pelas duas companhia permite perceber um conjunto de fragilidades no mercado, que se vão agudizar com a obrigatoriedade do recurso ao BIM. Para responder a esses desafios formaram esta parceria

    CONSTRUIR: O que é a BIM Portugal?
    BIM Portugal: O consórcio BIM Portugal resulta de uma parceria frutífera e duradoura entre o grupo Prospectiva e a VN2R na área do BIM. Ao perceber a dimensão dos desafios que se avizinham para a administração pública e seus fornecedores no contexto do Urbanismo e a inexistência no mercado de soluções que respondam por completo aos problemas que já existem e que se agudizarão, decidimos juntar recursos e capacidades complementares das nossas empresas e criar uma oferta integrada nesta área, focada principalmente em responder aos desafios que a administração pública, particularmente a administração local, já está a enfrentar. Ambas as empresas têm uma vasta experiência na grande maioria das especialidades de engenharia civil, em processos de arquitectura e urbanismo, bem como em BIM. As equipas estão habituadas a trabalhar em colaboração e ambas as empresas têm uma presença muito considerável na administração local, conhecendo os seus problemas). Este consórcio surgiu naturalmente, impulsionado pela visão comum de promover e constituir uma referência no contexto da adopção do BIM em Portugal, mas com o objectivo de resolver os problemas concretos e de curto e médio prazo dos seus clientes, nas suas várias vertentes.

    Dentro dos enormes desafios que se avizinham com a nova legislação e mudança de paradigma no contexto dos projectos de engenharia, dos próprios processos de gestão urbanística e de gestão e manutenção do edificado, como é que a BIM Portugal se posiciona e como consegue ajudar os seus clientes e parceiros nestas novas áreas?
    O pacote legislativo que já foi aprovado, em particular pela Lei 10/2024, vai requerer uma mudança cultural e organizacional considerável na administração local. É necessário formar os colaboradores, actualizar procedimentos e adaptar fluxos e ferramentas de trabalho. No entanto, se bem estruturada e implementada, esta transformação organizacional que se impõe poderá acelerar consideravelmente a análise dos projectos, contribuir para maior conformidade e eficiência, reduzindo custos diversos para todas as partes.

    O Building Information Modelling (BIM) revoluciona a forma como os edifícios e infraestruturas são concebidos, projectados, construídos e geridos. Baseia-se na desmaterialização de processos, permitindo uma utilização colaborativa da representação digital de activos de construção em todas as fases do ciclo de vida do projecto. O BIM oferece oportunidades em diversas áreas, desde o licenciamento à gestão e manutenção de edifícios. A submissão electrónica de projectos, a coordenação e compatibilização durante a obra, e a monitorização do desempenho são apenas algumas das vantagens que o BIM pode trazer para as autarquias.

    Neste sentido, desenhámos o consórcio BIM Portugal de início para ser capaz de oferecer uma solução holística ao problema. A experiência da VN2R em transformação digital, o conhecimento da Prospectiva em obras públicas e urbanismo e o departamento de I&D criado especificamente para o desenvolvimento de tecnologias e ferramentas BIM para a administração pública, permitem que a BIM Portugal ofereça um conjunto integrado de serviços que se estende da definição de regulamentos e processos até à operação, integrando o BIM em todas as fases do ciclo de vida do projecto com a capacitação de todos os seus intervenientes. A BIM Portugal oferece soluções integradas de consultoria personalizada com vista à conformidade legal e regulamentar suportada nas boas práticas BIM, apoio na aquisição e implementação de ferramentas BIM, culminando na formação adaptada às necessidades específicas de cada entidade e apoio ao arranque. Desde o diagnóstico inicial até ao projecto piloto e acompanhamento da implementação, estamos formatados para ajudar a administração local a desbloquear todo o potencial do BIM.
    Acreditamos que a implementação de BIM nas organizações, se bem realizada, resultará sempre em mais eficiência e transparência, menor retrabalho e melhores resultados. Não temos dúvida de que o futuro das autarquias será cada vez mais digital, e estamos aqui para ser o parceiro da administração pública nessa (r)evolução.

    O BIM não é algo assim tão recente no mercado internacional. Que obstáculos consideram que mais têm abrandado o crescimento do BIM em Portugal?
    BIM Portugal: Um dos principais desafios que enfrentamos é, sem dúvida, a mudança de mentalidade. Embora o BIM esteja a ganhar terreno em Portugal (fruto do novo pacote legislativo), ainda há uma necessidade contínua de educar o sector sobre os seus benefícios e potencial. É por essa razão que as nossas direcções e administrações, em conjunto com os nossos parceiros, têm estado comprometidas em promover workshops, seminários e sessões práticas para disseminar conhecimento sobre BIM e as vantagens na sua adopção.

    Consideramos que a interoperabilidade é também um desafio constante. A comunicação e compatibilidade entre sistemas informáticos sempre foi um problema na administração local e a adopção do BIM pressupõe o trabalho com várias ferramentas e plataformas. Garantir que estas consigam trocar informações entre si de forma eficiente é fundamental. Investimos em normas e formatos abertos e colaboramos com outros players do sector para superar essas barreiras. Contudo, consideramos que o mais importante é a mudança cultural. Convencer as partes interessadas de que o BIM não é apenas uma tecnologia, mas uma mudança fundamental na forma como projectamos, construímos e gerimos activos é um processo contínuo.

    O que motivou a constituição da iniciativa BIM Portugal e o que a destaca no mercado?
    A constituição da iniciativa BIM Portugal foi motivada pela necessidade de apoiar a administração pública e os seus fornecedores na adopção do BIM, um desafio que requer uma abordagem integrada e especializada. A união das empresas Prospectiva e VN2R resulta de uma visão comum e complementar nas áreas da consultoria, engenharia, tecnologias de informação e BIM. Esta colaboração permite-nos oferecer uma solução abrangente e focada nos desafios específicos da administração pública. O que realmente destaca a BIM Portugal é a combinação de competências e experiência das empresas fundadoras. Com mais de 40 anos de experiência acumulada em engenharia civil, construção, e transformação digital, as nossas equipas estão bem preparadas para enfrentar os desafios do BIM. Além disso, temos uma forte presença em projectos de engenharia civil, fiscalização e gestão de obras, tanto a nível nacional como internacional. A nossa equipa é composta por técnicos altamente qualificados e especializados em I&D de ferramentas BIM, o que nos permite estar na vanguarda das inovações tecnológicas e oferecer soluções personalizadas aos nossos clientes. A abordagem prática e adaptada às necessidades específicas de cada autarquia garante que a transição para o BIM seja eficiente, eficaz e sustentável. A BIM Portugal foi criada com o objectivo de oferecer uma oferta integrada que suporte a administração pública nos vários desafios e receios que a mudança para o BIM implica. A nossa principal força reside na capacidade de combinar recursos e know-how direccionados para este contexto específico, proporcionando um apoio próximo e contínuo que promove a modernização digital de forma segura e confiável.

    Referiram as Autarquias e Administração local. Quais os principais desafios que estas enfrentam na adopção do BIM?
    A obrigatoriedade dos processos de licenciamento em BIM está prevista para 2030. Embora esta data possa parecer distante, é crucial compreender que a transição não é imediata e requer um amadurecimento progressivo dentro das equipas das autarquias. Esta mudança não é apenas tecnológica, mas uma transformação cultural que promove a digitalização e desmaterialização de processos, exigindo acompanhamento e experiência prática na implementação destes métodos.
    Para que as autarquias possam enfrentar este desafio, a adopção do BIM de forma obrigatória nos processos de licenciamento impõe a definição clara de um plano estratégico e de requisitos a nível nacional. Contudo, este processo pode e deve ser iniciado de imediato através da contratação pública com requisitos BIM e da capacitação das autarquias e das suas equipas. É fundamental que estas entidades compreendam as potencialidades e limitações do BIM para estabelecer requisitos pertinentes para cada obra ou processo urbanístico, avaliando se conseguem utilizar e extrair valor da informação obtida.

    Outro desafio crucial é a transmissão de conhecimento técnico especializado. É sabido que isto é feito pelo legado de experiência dos colaboradores, não se apoiando apenas nos conhecimentos de formação de base. Desta forma, são evitados erros e é transmitida a confiança necessária para a correcta tomada de decisões. No que diz respeito ao BIM, não existe essa experiência nas autarquias, ou é muito reduzida, ficando os processos de implementação sujeitos a experimentalismos e incertezas que não se coadunam com a necessidade actual de digitalização e urgência do processo de transição. Torna-se, portanto, essencial o acompanhamento especializado e experiente, com base na implementação prática e real.

    Este acompanhamento assegura que as autarquias não só recuperem o tempo perdido, mas também se posicionem na vanguarda da modernização digital na administração pública. Com a nossa abordagem prática e adaptada às necessidades específicas de cada autarquia, garantimos que a transição para o BIM seja eficiente, eficaz e sustentável.

    De que forma a iniciativa BIM Portugal pode ajudar as autarquias a superar esses desafios?
    BIM Portugal: A iniciativa BIM Portugal foi preparada com este propósito e reúne técnicos especializados em vertentes complementares nas áreas de engenharia, arquitectura e digitalização, com experiência comprovada e perfeitamente capacitados para este desafio. Prestamos apoio próximo e consultoria especializada para a definição estratégica da adopção e implementação do BIM, bem como para o desenvolvimento técnico de recursos e a promoção sustentada de uma cultura de digitalização dentro das autarquias.

    Além disso, proporcionamos programas de capacitação para as equipas das autarquias, com base na experiência prática e adaptados aos diferentes perfis de função. Dotamos as equipas não só da capacidade de compreensão, mas também de uma perspectiva de aplicação em processos de verificação e validação, gestão e coordenação BIM.

    Apoiamos os processos de avaliação detalhados e o desenvolvimento de recursos, acompanhando cada etapa do processo de contratação, avaliação e gestão de obra. O nosso apoio técnico especializado permite assegurar que as decisões tomadas são informadas, adaptadas às melhores práticas e à normalização existente, e adequadas à realidade do mercado. Isso promove resultados realistas e úteis, bem como um crescimento sustentado das capacidades das autarquias.

    O nosso acompanhamento próximo e personalizado permite desenvolver o processo de transição de forma confiável, reduzindo a incerteza e o erro, e assegurando que as autarquias possam extrair o máximo valor da informação e dos processos digitais. Implementamos as melhores práticas em processos de implementação BIM, baseando-nos em experiências e aprendizagens resultantes de outros processos e adaptando-as às necessidades específicas de cada autarquia.

    Com a nossa abordagem prática e adaptada às necessidades específicas de cada autarquia, ajudamos a garantir que a transição para o BIM seja não apenas uma obrigação, mas uma oportunidade de modernização eficiente e eficaz. Através deste acompanhamento, as autarquias não só recuperam o tempo perdido, mas também se posicionam na vanguarda da modernização digital na administração pública.

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    Equipa Instituto de Sistemas e Robótica

    Engenharia

    UC integra consórcio internacional que pretende “revolucionar” eficiência energética na Europa

    O foco do projecto ‘BungEES’ é o desenvolvimento de um pacote integrado de serviços de eficiência energética, que combina eficiência no consumo, produção de energia resposta à procura, mobilidade eléctrica e armazenamento

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    O Instituto de Sistemas e Robótica (ISR), centro de investigação associado da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), pretende “revolucionar” o panorama da eficiência energética, ao “promover o desenvolvimento de novos serviços inteligentes” que visam a “optimização e redução” dos consumos de energia de forma global.

    O projecto ‘BungEES – Building Up Next-Generation Smart Energy Services Offer and Market Up-take Valorising Energy Efficiency and Flexibility at Demand-Side’ foca-se, não apenas na redução de consumos, mas também na integração de benefícios não energéticos, potenciando ainda mais a eficiência no uso de energia.

    “Um dos objectivos iniciais é identificar barreiras, sejam regulamentares, técnicas ou de mercado, que dificultam a aplicação em larga escala de serviços de eficiência energética de forma integrada. Neste âmbito, serão elaboradas recomendações a nível jurídico, financeiro e regulamentar para ajudar a superar estas barreiras e promover um mercado mais competitivo de serviços de energia”, elucida Nuno Quaresma, investigador do ISR

    Este projecto também se debruçará sobre as condições regulamentares que podem libertar o potencial total desses serviços, propondo, se necessário, reformas no mercado energético.

    Segundo Nuno Quaresma, “o principal foco do projecto é o desenvolvimento de um pacote integrado de serviços de eficiência energética, que combina a eficiência no consumo, a produção de energia distribuída, a resposta à procura, a mobilidade elétrica e o armazenamento de energia”.

    Além disso, o BungEES visa integrar diversos sectores energéticos, como a electricidade, aquecimento e arrefecimento, criando assim soluções inovadoras de financiamento e recompensa para os consumidores mais eficientes.

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    Sacyr Neopul conquista contrato de 76 M€ na Irlanda

    A empresa portuguesa do grupo Sacyr vai ser responsável pela manutenção da rede eléctrica do Dublin Area Rapid Transit (DART), por um período de oito anos, prorrogável por mais dois anos

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    A Sacyr Neopul, empresa portuguesa do grupo Sacyr, acaba de ganhar um contrato de 76,3 milhões de euros para a manutenção da rede eléctrica do Dublin Area Rapid Transit (DART) na Irlanda, por um período de oito anos, prorrogável por mais dois anos.

    A rede DART serve a cidade de Dublin e a costa da capital irlandesa, recebendo anualmente cerca de 20 milhões de passageiros. Desde 2008 que a Sacyr Neopul é responsável pela manutenção de toda a rede electrificada da Irlanda, com cerca de 130km, sendo que o actual contrato conquistado inclui também a renovação de 80 quilómetros de catenária.

    “A vasta experiência da Sacyr Neopul em distintos mercados permitiram a esta empresa portuguesa acumular uma experiência e capacidade únicas no sector ferroviário, fazendo com que a mesma seja hoje em dia a especialista do Grupo Sacyr para trabalhos neste sector em todos os mercados do Grupo”, comenta Marcos Rubio, administrador do Grupo Sacyr em Portugal.

    A Sacyr Neopul actua na manutenção de infraestruturas ferroviárias da rede convencional e de alta velocidade em Espanha, Portugal e Irlanda, tendo também obras ferroviárias noutros mercados como Reino Unido, Brasil e Uruguai.

    A República da Irlanda e a Irlanda do Norte fazem parte dos mercados estratégicos da Sacyr, tendo sido inaugurada, em setembro, a estação intermodal de Belfast, construída pelo Grupo.

    Em Portugal, a Sacyr Neopul e o Parque de Manutenção de Pegões obtiveram a certificação como Entidade Responsável pela Manutenção, de acordo com o Regulamento de Execução (UE) 2019/779 da Comissão Europeia, realizada pela Certifer Belgorail, e que garante a manutenção de todos os veículos e equipamentos ferroviários.

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    Delegação Sul da Ordem dos Engenheiros promove conferência sobre PRR

    O estado da implementação do PRR no distrito de Setúbal e o papel crucial da engenharia para o sucesso do programa na região vai estar em debate no dia 15 de Outubro, às 17h30, no Fórum Cultural de Alcochete

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    A Delegação Distrital de Setúbal da Ordem dos Engenheiros, com o apoio da Ordem dos Engenheiros – Região Sul (OERS), traz a debate o estado da implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no distrito e o papel crucial da engenharia para o sucesso do programa na região. A conferência terá lugar no dia 15 de Outubro, às 17h30, no Fórum Cultural de Alcochete.

    A sessão de abertura estará a cargo de André Vilelas, delegado distrital de Setúbal da OERS, e de António Carias de Sousa, presidente do Conselho Directivo da OERS e será seguida de uma apresentação por parte de Pedro Dominguinhos, presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR. 

    O evento contará ainda com um painel de discussão composto por representantes de destaque da região, com a participação da The Navigator Company, Ascenza e do Instituto Politécnico de Setúbal. Estas instituições partilharão as suas experiências e perspectivas sobre a aplicação do PRR e o impacto deste plano estratégico no desenvolvimento local. A moderação estará a cargo de Carlos Mineiro Aires, representante da recém-criada Fundação da Construção.

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    Governo aprova investimento de 83M€ para produção de hidrogénio renovável

    Aprovadas 22 candidaturas, com um total de financiamento de 83 milhões de euros, que permitirão alcançar capacidade total de 178,5 MW na produção de hidrogénio e outros gases renováveis

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    O ministério do Ambiente e Energia, através do Fundo Ambiental, aprovou 22 projectos para a produção de hidrogénio renovável e outros gases renováveis. Este investimento, no valor de 83 milhões de euros, enquadra-se no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e representa um passo importante para a descarbonização da economia portuguesa.

    O financiamento do PRR permitirá a instalação de uma capacidade de produção de hidrogénio renovável e outros gases renováveis de 178,5 MW. A execução destes projectos contribuirá directamente para a meta de 200 MW de capacidade adicional instalada, prevista para ser atingida até ao primeiro trimestre de 2026.

    Em causa estão projectos que abrangem diferentes tecnologias e sectores, desde a produção de hidrogénio a partir de fontes renováveis até à sua utilização nos transportes e na indústria.

    “Com este investimento, estamos a dar um passo decisivo para a transição energética em Portugal, promovendo a produção de hidrogénio renovável e outros gases renováveis, que são essenciais para a descarbonização de diversos setores da economia”, considera a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.

    A ministra sublinha a importância de apoiar a inovação e a criação de novas oportunidades de negócio neste setor em crescimento. “O hidrogénio renovável é uma das tecnologias- chave para a transição energética e para a descarbonização da economia. Com este investimento, estamos a criar as condições para que Portugal se posicione na vanguarda deste setor”, afirmou.

    O Governo acredita que a execução destes projetos contribuirá para o cumprimento das metas nacionais de descarbonização e para a promoção de uma economia mais circular e sustentável.

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    Premiar jovens engenheiros para reduzir emigração de talentos

    As candidaturas para os Prémios Excelência na Academia, o Prémio Inovação Jovem Engenheiro (PIJE) e a Bolsa de Mérito OERS/Bankinter decorrem até 31 de Dezembro. Três iniciativas que pretendem incentivar e promover o talento e a dedicação dos jovens engenheiros portugueses e contribuir para a redução da elevada taxa de emigração de talento

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    A Ordem dos Engenheiros – Região Sul (OERS) promove três iniciativas que pretendem incentivar e promover o talento e a dedicação dos jovens engenheiros: o Prémio Inovação Jovem Engenheiro (PIJE), os Prémios Excelência na Academia, e a Bolsa de Mérito OERS/Bankinter.

    Para a OERS “estas iniciativas reforçam o compromisso da OERS no reconhecimento do talento dos jovens estudantes e engenheiros, impulsionando assim o crescimento destes jovens através da inovação, e das ferramentas adequadas para que se possam afirmar como futuros líderes nos mais diversos ramos da engenharia”. Segundo o presidente da Ordem dos Engenheiros Região Sul, António Carias de Sousa, “30% a 40% dos engenheiros civis vão para o estrangeiro”. Pelo que “investir nos jovens engenheiros é investir no futuro da engenharia em Portugal. Através destas iniciativas, pretendemos não só reconhecer e premiar a excelência académica e profissional, mas também proporcionar oportunidades concretas para o desenvolvimento de competências, o contacto com o mundo empresarial e a progressão na carreira”, afirma.

    Os Prémios Excelência na Academia, são dirigidos a membros estudantes, finalistas de licenciatura ou mestrado no ano lectivo de 2023/2024, com média final igual ou superior a 16 valores, e inscritos na OERS. Estes prémios, no valor de 1.500 euros cada, vão distinguir os 12 melhores alunos por especialidade:  Agronómica, Ambiente, Civil, Electrotécnica, Florestal, Geográfica, Geológica e Minas, Informática, Materiais, Mecânica, Naval, Química e Biológica. Está ainda contemplada a possibilidade de estágio profissional numa empresa de engenharia.

    No que toca à Bolsa de Mérito, a parceria entre a OERS e o Bankinter, tem como objectivo a atribuição de três bolsas de mérito no valor de 1.500 euros, 1.250 euros, e 1.000 euros, aos estudantes que fiquem em primeiro, segundo e terceiro lugar. Estas bolsas destinam-se aos membros estudantes inscritos na Região Sul, com melhor aproveitamento e que tenham beneficiado de medidas de acção social no ensino superior, no ano letivo 2023/2024.

    Ao Prémio Inovação Jovem Engenheiro podem candidatar-se jovens engenheiros, estagiários ou efectivos com idade até 35 anos, inscritos na Ordem dos Engenheiros, em qualquer região, com trabalhos individuais ou em coautoria. Através da divulgação dos trabalhos diferenciadores, a OERS pretende potenciar futuros profissionais e reconhecer o desempenho dos membros da Ordem dos Engenheiros. O PIJE vai premiar os primeiros três classificados, com valores de 10.000, 5.000 e 2.500 euros, respectivamente.

    As candidaturas para os três prémios já se encontram abertas e vão decorrer até dia 31 de Dezembro. Os regulamentos com todas as informações podem ser consultados no site da OERS.

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    Nuno Costa, CEO do Grupo Quadrante e Enric Font, CEO da Meta Engineering

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    Quadrante adquire espanhola Meta Engineering

    A portuguesa Quadrante anuncia a expansão das suas operações com aquisição estratégica da espanhola Meta Engineering. O novo grupo, resultante desta aquisição, pretende tornar-se uma referência mundial, com presença significativa na Europa, Estados Unidos, África e América Latina, prevê atingir um volume de negócios em 2024 de cerca de 100 milhões de euros com cerca de 1.100 colaboradores

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    A Quadrante, empresa multidisciplinar portuguesa de consultoria e design multidisciplinar em engenharia, arquitectura, digital, ambiente e sustentabilidade, anuncia a integração estratégica da Meta Engineering, grupo espanhol líder em serviços de consultoria e engenharia, mobilidade sustentável e produção de energia renovável. Esta aquisição constitui um marco no sector, combinando e complementando as capacidades de ambas as empresas para formar um dos grupos de engenharia mais importantes da Península Ibérica.

    A união das duas empresas, que também inclui a empresa de energias renováveis Izharia, integrada na Meta Engineering a partir de 2022, reflecte a vontade conjunta de ambas as empresas de expandir a sua presença internacional e consolidar a sua capacidade técnica para assumir grandes projectos na Europa, Estados Unidos, África e América Latina. Com esta integração, o novo grupo atingirá em 2024 um volume de negócios acima dos 100 milhões de euros e um número de colaboradores de cerca de 1.100, nos seus principais escritórios localizados em Lisboa, Porto, Barcelona, São Paulo e Cidade do México.

    O novo grupo será liderado por Nuno Costa, actual CEO da Quadrante, que ficará à frente de uma equipa de gestão formada por executivos de ambas as empresas. Enric Font, o actual CEO da Meta Engineering, irá integrar-se como accionista no novo grupo e continuará a desempenhar uma função executiva na Meta. Esta estrutura assegura uma governação sólida, integrando a experiência e a visão dos executivos de ambos os grupos.

    “A união de forças entre a Quadrante e a Meta traduz-se num enorme reforço mútuo de competências e uma complementaridade geográfica que nos posiciona como um dos principais players ibéricos do sector. Num momento de transformação económica global, esta união reforça a nossa estratégia de expansão internacional e nosso compromisso com a sustentabilidade nos vários sectores e mercados em que actuamos”, declara Nuno Costa, CEO do Grupo Quadrante.

    A união entre a Quadrante e a Meta não só duplicará a dimensão actual do grupo, como também reforçará as suas competências técnicas e geográficas. O grupo disponibilizará aos seus clientes uma gama ainda mais alargada de serviços de alta qualidade, privilegiando a proximidade e a flexibilidade e uma capacidade acrescida para assumir projectos de grande complexidade e escala.

    Além disso, esta integração abre novas oportunidades para os colaboradores de ambas as empresas, oferecendo um crescimento profissional mais ágil, a possibilidade de desenvolver carreiras internacionais e a participação no desenvolvimento de infraestruturas que contribuirão para tornar o mundo mais sustentável.

    A conclusão final da transacção, que foi assessorada pela Deloitte e pela Bird&Bird, em nome dos compradores Henko Partners e Quadrante, e pela JB Capital Markets, KPMG e Cuatrecasas, em nome dos accionistas vendedores da Meta Engineering, deverá ocorrer em Outubro, assim que cumpridas as condições necessárias e correntes neste tipo de operações

    “A aliança estratégica entre a Meta Engineering e a Quadrante aumenta consideravelmente a nossa presença internacional, elevando para 23, o número de países em que estaremos presentes, o que contribuirá, sem dúvida, para nos posicionarmos em mais mercados como uma referência na mobilidade e energia sustentáveis. Juntos, não só reforçaremos a presença em mercados-chave, como também ganharemos dimensão e capacidade técnica e operacional, o que nos permitirá participar em projectos de maior dimensão e realizar novas aquisições”,  acrescenta Enric Font, CEO da Meta Engineering.

    Com a transição energética, a mobilidade positiva e as cidades sustentáveis na vanguarda, o novo grupo tem um papel crucial a desempenhar no cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento das Nações Unidas, que exigem uma profunda transformação das infraestruturas actuais.

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