Flashpoint da JLL aponta para regresso do optimismo ao mercado de escritórios
O mês de Março foi marcado pela realização de vários negócios de grande dimensão em Lisboa, um mercado onde oito das 14 operações concretizadas envolveram áreas com mais de 1.000 m2, impulsionando a área média por operação para 1.400 m2
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O mês de Março trouxe resultados mais positivos para os mercados de ocupação de escritórios em Lisboa e Porto, de acordo com o último Office Flashpoint da JLL, relatório mensal que acompanha o desempenho deste sector nas duas cidades.
O mês de Março foi marcado pela realização de vários negócios de grande dimensão em Lisboa, um mercado onde oito das 14 operações concretizadas envolveram áreas com mais de 1.000 m2, impulsionando a área média por operação para 1.400 m2. A maior transacção foi a ocupação de mais de 4.000 m2 pela Whitestar no Almirante Gago Coutinho, 30, destacando-se ainda operações de arrendamento no patamar dos 2.000 m2 por uma entidade financeira no Tagus Park, pela Armatis no edifício Cidade de Goa 22 e pela Damco Logistics na Torre Oriente, além da absorção de 1.800 m2 no Café Lisboa pela Finsight Labs. Março terminou, assim, com a absorção de 19.500 m2 de escritórios em Lisboa, um take-up que cresce 102% face ao mesmo período do ano passado e quase triplica a actividade do mês anterior.
No Porto, Março trouxe também uma absorção a quatro dígitos, atingindo 1.800 m2, igualmente em forte crescimento face ao mês anterior, embora ainda bastante abaixo do observado em igual mês de 2020. O mês contabilizou quatro operações, a maior das quais com cerca de 600 m2.
“Ainda que o trimestre apresente resultados claramente pressionados pelo novo confinamento, a absorção tem exibido um comportamento de crescimento de mês para mês. E mais, é importante frisar que Março evidenciou o regresso de operações de maior dimensão. Esta situação abre perspectivas mais animadoras para o futuro do mercado, comprovando que o grande entrave à actividade está, neste momento, na conjuntura pandémica. Prova deste facto é a actividade no Parque das Nações ao longo do trimestre. Esta foi a zona mais dinâmica de Lisboa, com quase um terço da actividade trimestral, em resultado de negócios de pré-arrendamento para projectos que ainda estão em desenvolvimento”, comenta Mariana Rosa, Head of Leasing Markets Advisory da JLL.