‘Terra’ é o tema da Trienal de Lisboa 2022
A decorrer entre Outubro e Dezembro de 2022, o programa promove uma reflexão a partir dos diferentes significados de Terra consoante a escala e o observador

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Foto: Tito Mouraz
A decorrer entre Outubro e Dezembro de 2022, com curadoria geral da dupla Cristina Veríssimo e Diogo Burnay, a Trienal 2022 promove uma reflexão a partir dos diferentes significados de Terra consoante a escala e o observador. Terra expressa o território, a urbe, a paisagem, o lugar ao qual pertencemos ou um continente visto do mar. Pode ser um planeta habitável ou matéria para cultivo. Pode estar em excesso ou fazer falta e pode ser um obstáculo ou um elemento na construção de comunidades.
Re-equacionando o futuro a partir destas leituras e do cruzamento e intercâmbio de saberes e fazeres, a equipa curatorial declara uma intenção de acção, propondo a mudança de um modelo de sistema fragmentado e linear, caracterizado pelo uso excessivo de recursos, para um modelo de sistema circular e holístico motivado por um maior e mais profundo equilíbrio entre comunidades, recursos e processos.
Numa perspectiva que procurou deliberadamente convocar vozes que pudessem trazer uma alternativa ao olhar do hemisfério Norte, a dupla de curadoria-geral convocou Anastassia Smirnova (Rússia/Holanda), Loreta Castro Reguera e Jose Pablo Ambrosi (México), Pamela Prado e Pedro Ignacio Alonso (Chile), Tau Tavengwa (Zimbabué/Reino Unido) e Vyjayanthi Rao (Índia/EUA).
Nas palavras da dupla curatorial, “Terra explora como os paradigmas recentes estão a mudar a nossa percepção de criação de lugares num planeta globalizado. Nessa conjuntura crítica, a arquitectura pode ligar-nos ao chão tanto quanto pode elevar-nos. Terra aborda como as (alter)acções climáticas, a pressão sobre os recursos e as desigualdades socioeconómicas e ambientais estão profundamente interligadas. Compreender estas situações complexas requer uma mudança de paradigma de modelos de crescimento linear das «cidades-máquina» para modelos de desenvolvimento circular das «cidades-organismo».
Já para José Mateus, presidente da Trienal de Lisboa, “na sua 6ª edição, a Trienal pretende investigar o modo como podemos pensar, desenhar, organizar ou construir, contribuindo de forma decisiva para a sustentabilidade ambiental e, em última análise, para a sobrevivência da humanidade e do próprio planeta.”
O programa Terra é composto por 4 exposições, 4 publicações, 3 prémios, 3 dias de conferências e uma selecção de Projectos Associados independentes.