Atelier Contencioso vence a 1ª edição do ‘A Arte Chegou ao Colombo’
Com recurso a uma técnica mista sobre chapas de alumínio, a obra vencedora faz uma analogia entre o vírus Covid-19 e a erva daninha Dente-de-Leão

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Instalação de arte ‘Sopro’ (vencedor da 1ª edição do prémio ‘A Arte Chegou ao Colombo’)
O Atelier Contencioso, com a instalação de arte ‘Sopro’, é o grande vencedor da 1ª edição do prémio ”A Arte Chegou ao Colombo’, lançado com o objectivo de apoiar artistas emergentes.
Enquanto vencedor, o Atelier Contencioso vai receber um prémio monetário de 20 mil euros e vai ver a sua obra exposta, juntamente com os outros nove trabalhos finalistas, numa exposição aberta ao grande público, entre os dias 27 de Janeiro e 7 de Março, no Museu Berardo.
Com recurso a uma técnica mista sobre chapas de alumínio, a obra vencedora faz uma analogia entre o vírus Covid-19 e a erva daninha Dente-de-Leão, como explica Maria Sassetti do Atelier Contencioso: “O vírus assemelha-se a uma erva daninha, pela rapidez com que se propaga e chega a qualquer território, mesmo que a erva se corte e se arranque pela raiz, é difícil controlar. O Dente-de-Leão é uma erva invasora. Soprada pelo vento, ou propagada através de sementes pelo solo, coloniza e multiplica-se. É uma erva amarga, numa perfeita analogia com estes tempos amargos.”
A instalação artística ‘Sopro’ é formada por 27 chapas de alumínio de diferentes recortes, referenciando as diversas fases do desabrochar da flor do Dente-de-Leão, mimetizando na sua composição o mapa mundial de propagação da Covid-19. Cada uma das quatro artistas, do Atelier Contencioso, intervém em seis chapas diferentes, utilizando tinta de esmalte, grafite, betume, folha de ouro e vinil autocolante. A metamorfose final do Dente-de-Leão está intimamente ligada à esperança. Soprar um Dente-de-Leão para obter um desejo é um simbolismo positivo e, aqui, simboliza o desejo comum do regresso à normalidade.
Fundado em 2015, o Atelier Contencioso é o espaço de trabalho de quatro artistas, Ana Velez, Joana Gomes, Maria Sassetti e Xana Sousa. A sua criação nasceu da necessidade comum de encontrar um espaço de trabalho e de partilhar cumplicidades e paralelismos na produção pictórica.
O apuramento do vencedor teve como base a votação do Júri, constituído pelos representantes dos parceiros do Prémio – a Fundação Arpad-Szenes Vieira da Silva, a Fundação D. Luís I, o Museu Coleção Berardo, o Museu Nacional de Arte Antiga, o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado e, ainda, um representante da Sonae Sierra – e da votação pública que decorreu no site do Centro Colombo, que teve um peso de 40%.
“O trabalho do Atelier Contencioso conjuga na perfeição todos os elementos que estavam a ser avaliados, desde a interpretação da temática do prémio ‘O Impacto da pandemia de Covid-19’, à estética, à técnica e à originalidade.” afirma Dra. Rita Lougares, directora artística do Museu Coleção Berardo e membro do júri.
Adriana Proganó, Amante, Ana Malta Aka Numpàra, Duarte Perry, Henrique Neves, Manuel Rodrigues Almeida, Maria de Brito Matias, Nicoleta Sandulescu e Tomé Capa são os restantes nove finalistas que vão ver os seus trabalhos de escultura, pintura e instalações de arte expostos. Cada um dos finalistas recebeu uma verba de mil euros, para apoio à produção do trabalho para a exposição.