Governo cria grupo de trabalho para avaliar impacto da venda de barragens à Engie
O grupo de trabalho tem representantes do Governo e dos 10 municípios afectados pela venda das barragens.
CONSTRUIR
Arquitectos do Norte lançam ‘InterSecções’ e inauguram exposição sobre edifício sede
Exportações portuguesas de madeira e mobiliário ganham destaque no Reino Unido
Ricardo Valente nomeado novo director-geral da Savills Porto
Porta da Frente Christie’s integra ferramenta de IA Agentforce
APJAR atribuí prémio ex-aequo a duas obras
Sierra e BTG Pactual lançam joint venture de crédito imobiliário
ALP: Maioria dos inquiridos não pediu compensação prevista na Lei
Efacec assina contrato com 3ª maior empresa de energia alemã
Produção do sector da Construção deverá acelerar em 2025
Madalena Pereira é a nova head of marketing da JLL
O Governo criou um grupo de trabalho para analisar o impacto da venda de 10 barragens da EDP à Engie, que inclui representantes de várias áreas governativas e dos 10 municípios abrangidos pela operação.
De acordo com um comunicado do Ministério do Ambiente e da Ação Climática, “foi criado um grupo de trabalho com representantes do Governo e dos 10 municípios afetados pela transmissão dos Títulos de Utilização de Recursos Hídricos relativos aos aproveitamentos hidroelétricos de Miranda, Bemposta, Picote, Baixo Sabor, Feiticeiro e Foz Tua”.
O grupo de trabalho terá como função analisar e aprofundar os impactos da venda das 10 barragens situadas na bacia hidrográfica do Douro, bem como apurar “os reais benefícios de que aqueles municípios poderão beneficiar” e elencar “eventuais medidas que permitam, da melhor forma, executar a norma acolhida na Lei do Orçamento de Estado para 2021”, apontou o Ministério do Ambiente.
Segundo o Governo, o grupo é constituído por representantes dos ministérios do Ambiente, das Finanças e da Modernização do Estado, de organismos da administração pública e dos municípios de Alijó, Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Murça, Torre de Moncorvo e Vila Flor.
O primeiro relatório terá de ser entregue pelo grupo de trabalho no prazo de 90 dias e a sua primeira reunião tem lugar em Miranda do Douro, no dia 28 de dezembro.
O Ministério do Ambiente e da Ação Climática anunciou, em 13 de novembro, que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tinha aprovado a venda de barragens da EDP (Miranda, Bemposta, Picote, Baixo Sabor e Foz-Tua) à Engie, ficando esta obrigada a um conjunto de obrigações ambientais e de gestão das massas de água. “A Engie comprometeu-se a registar em Portugal as empresas relacionadas com a propriedade e operação das barragens. A Engie declarou, ainda, que valorizará a empregabilidade, contratando e aumentando o número de fornecedores locais”, segundo a APA.
Por outro lado, continua, a empresa assegurou também que a entidade responsável pela operação e manutenção dos aproveitamentos hidroelétricos, com cerca de 60 trabalhadores (aos quais prevê juntar mais 22, correspondentes a novos postos de trabalho), ficará sedeada em Miranda do Douro.
A transmissão dos Títulos de Utilização de Recursos Hídricos destes empreendimentos resultará, em termos fiscais, em potenciais receitas para os municípios, que podem lançar uma derrama anual até ao limite máximo de 1,5% do lucro tributável em função dos gastos com a massa salarial de cada estabelecimento estável ou representação local e têm ainda direito a parte da receita do IVA liquidado na respetiva circunscrição territorial relativa a determinadas atividades que aí se desenvolvem, de acordo com os critérios de distribuição legalmente definidos.