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    Mercado nacional no centro da estratégia da TPF Consultores

    Carlos Baião é, desde Maio, presidente do Conselho de Administração da TPF Consultores de Engenharia e Arquitetura, empresa que celebra este ano quatro décadas de vida. 2020 e a situação de pandemia que vivemos volta a trocar as voltas à estratégia da empresa que em 2019 tinha no mercado externo 70% da sua actividade

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    Mercado nacional no centro da estratégia da TPF Consultores

    Carlos Baião é, desde Maio, presidente do Conselho de Administração da TPF Consultores de Engenharia e Arquitetura, empresa que celebra este ano quatro décadas de vida. 2020 e a situação de pandemia que vivemos volta a trocar as voltas à estratégia da empresa que em 2019 tinha no mercado externo 70% da sua actividade

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    Carlos Baião é, desde Maio, presidente do Conselho de Administração da TPF Consultores de Engenharia e Arquitetura, empresa que celebra este ano quatro décadas de vida. O novo PCA assume as rédeas da empresa numa altura em que esta enfrenta o maior desafio da sua história.

    Detida a 100% pelo grupo belga TPF, a empresa herdou ao longo dos últimos 40 anos a experiência acumulada de algumas das mais antigas empresas de engenharia nacionais que, ano após ano a foram integrando. A história da TPF Consultores de Engenharia e Arquitetura é uma história de sucesso mas também de sobrevivência.

    2020 e a situação de pandemia que vivemos volta a trocar as voltas à estratégia da empresa que em 2019  tinha no mercado externo 70% da sua actividade. Sem pensar duas vezes, a estratégia da nova administração passa por um maior incremento da actividade no mercado nacional, de olho nas infraestruturas defendidas pelos planos de recuperação nacional e europeu e financiadas, maioritariamente por fundos europeus. A empresa não estará sozinha nesta estratégia mas a sua experiência pode fazer a diferença.

    Como terminou o último ano fiscal para a TPF Consultores de Engenharia e Arquitetura e qual o peso da empresa no seio do grupo TPF?

    A TPF Consultores facturou em 2019, em termos consolidados 28,2 milhões de euros. Nesse mesmo ano o Grupo TPF facturou 248 milhões de euros. Embora em termos de facturação o nosso peso tenha sido de 11,4%, em termos de EBITDA do Grupo TPF, foi de mais de 25%.

    A última aquisição do grupo em Portugal, a Cenor em 2016, permitiu à empresa crescer quanto?

    A aquisição em 2016 conduziu a um aumento de 30% a 60%, variando nos últimos quatro anos em função da menor ou maior exportação. No entanto, mais do que esses valores, a aquisição veio proporcionar uma dimensão internacional mais robusta à empresa, tendo, simultaneamente, alargado significativamente as nossas áreas técnicas de atuação, tornando-nos, actualmente, na maior empresa de consultoria nacional na actividade conjunta de engenharia e arquitectura.

    Hoje estão presentes em quantos mercados? Qual o peso destes nas contas da empresa? 

    A TPF Consultores, para além do mercado nacional, está presente em Angola, Argélia, Camarões, Macau, Moçambique, Timor-Leste e Turquia, mas trabalhamos activamente no Brasil em parcerias com empresas do Grupo TPF, e actuamos de uma forma geral nos mercados onde vão surgindo as oportunidades, como sejam os exemplos de contratos em curso no Quénia e na Guiné Conacri, correspondendo o mercado internacional a cerca de 70% da nossa actividade.

     Quantos colaboradores empregam?

    A TPF Consultores, portuguesa, tem cerca de 310 colaboradores, incluindo participadas, e o Grupo integra cerca de 4000 colaboradores permanentes.

    Linha Ferroviária OTT, Argélia

     Quais as principais obras onde estão a operar?

    No mercado internacional, trabalhamos sobretudo na área de instalações de saúde (hospitais), sistemas de abastecimento de água e de energia hídrica, em Angola, em infraestruturas de transporte (rodovias, ferrovias e sistemas de metro), na Argélia, em ordenamento e planeamento do território e em estudos de infraestruturas hidráulicas, em Moçambique, e no imobiliário, em Macau. Em Timor-Leste, nos Camarões e na Turquia trabalhamos em projectos diversificados, sejam na área das infraestruturas urbanas e rodoviárias, seja na área de instalações de saúde, ou, ainda, na área da engenharia geotécnica. Esta última área é também o caso do Brasil, onde temos vários contratos em curso de consultoria no sector mineiro.

    A TPF Consultores é, actualmente, com grande probabilidade, a empresa portuguesa de engenharia e arquitetura mais pluridisciplinar, tendo profissionais permanentes que lhe permite intervir nas áreas de Edifícios, Estruturas e Instalações Técnicas, de Ambiente, de Hidráulica, de Desenvolvimento Agrícola, de Transportes, de Geologia e Geotécnia, bem como na Gestão e Fiscalização de Obras, tanto a nível de Engenharia como também de Arquitectura e da cada vez mais ativa modelação BIM.

    De que forma está repartido o capital da empresa e qual o peso do Grupo TPF? Existe autonomia de decisão?

    O capital da empresa é neste momento detido a 100% pelo Grupo TPF. Contudo, existe autonomia de decisão até ao limite que a própria administração da TPF Consultores entenda que a deve assumir. Por outras palavras, é com total naturalidade que a Administração coloca os problemas ao accionista sempre que entende que estes, pela sua delicadeza ou relevância no futuro da empresa, requerem a sua opinião ou intervenção.

    A TPF Consultores integra o Comité Executivo do Grupo TPF, que reúne com frequência. No início de cada ano são estabelecidos os KPI estratégicos da empresa, sendo a gestão totalmente orientada para o seu cumprimento.

    Como vêm o actual momento, do ponto de vista do sector onde actuam, e dos desafios que hoje se colocam, tendo em conta a vossa exposição ao mercado exterior?

    O actual momento do nosso sector de atuação é critico e já nos acarretou graves problemas, principalmente em toda a actividade de exportação da empresa. O volume da nossa faturação no mercado internacional, no ano de 2019, correspondia a cerca de 70% e, este ano, dificilmente atingirá 50%. Estamos, de forma empenhada, a procurar adaptarmo-nos a esta nova realidade, sendo que, presentemente, o que verdadeiramente nos preocupa são as dívidas pendentes de pagamentos já vencidos que possuímos no exterior e a visível tendência para o respectivo pagamento se protelar, dadas as dificuldades sentidas pelos nossos diferentes clientes estrangeiros, quer privados quer do sector público.

    Aumentar a presença no mercado nacional pode ser uma solução?

    A procura da compensação da redução das exportações  através do incremento de actividade no mercado nacional tem sido um objectivo estratégico da Administração, contudo, é necessário ter em consideração que as margens libertadas pela actividade no mercado nacional não são comparáveis com as de certos mercados exteriores, sendo na realidade bastante inferiores. Tal significa que, para a empresa apresentar resultados positivos semelhantes aos de anos anteriores, terá de angariar uma carteira de negócios substancialmente maior. Para que tal objectivo seja atingido muito se depende da implementação com sucesso do Plano de Recuperação Económica de Portugal, recentemente divulgado. Este Plano prevê um significativo incremento da actividade no sector onde nos inserimos, englobando os programas PT 2020, o Plano de Recuperação Europeu, bem como os fundos disponibilizados ao abrigo do Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027 europeu.

    TPF Consultores: A herdeira da engenharia portuguesa

    Hospital Cuf Sintra

    Contar a história da TPF Consultores é percorrer alguns dos marcos da engenharia do nosso país com intervenções em grandes projectos e obras. A história da TPF Consultores inicia-se em 1980, com a constituição da Planege, que resultou da  cisão de uma empresa de consultoria de engenharia hidráulica, a Sanaqua. Ao longo de quatro décadas a empresa viria a agregar, por aquisição e fusão, várias entidades: a Partex-CE, a P&V, a ProSistemas, a Provia e, mais recentemente, a Cenor.

    A Planege foi constituída com doze sócios, dos quais dez eram ex-acionistas da Sanaqua todos com capital accionista praticamente igual, ao jeito de uma cooperativa, tão em voga na altura.

    De uma empresa que tinha iniciado a sua actividade no ramo praticamente exclusivo da engenharia sanitária e dos projectos de engenharia, o mercado encaminhou-a, aos poucos, para a área pluridisciplinar de coordenação e fiscalização de obras. Durante um largo período de tempo e até uma nova fase, a empresa foi-se especializando essencialmente em gestão e fiscalização de obras, mantendo nichos de actividade de projecto de engenharia em áreas industriais, como a cimenteira.

    Em 2001 a história desta empresa toma um novo rumo. Nesse ano a empresa foi adquirida pela TPF CE. A empresa de consultoria belga tinha entrado no país um ano antes, com a aquisição de 65% da Partex CE. A TPF-CE decidiu reforçar a sua posição no mercado nacional e “persuadiu” o accionista a adquirir também a Planege, passando a empresa a designar-se, então, TPF Planege.

    A TPF Planege ganhou projecção no mercado interno, tendo estado envolvida na construção dos estádios para o Euro 2004. A partir de 2006  o mercado externo começa a tomar dimensão na actividade da empresa. A rota internacional inicia-se na Argélia e depois em Angola, ambos os mercados em 2006, e em 2019 surge Moçambique.

    O reforço das áreas de engenharia de projectos levou, primeiro, à aquisição da P&V, que à data tinha estado envolvida na ampliação do Hotel Savoy na Madeira, de forma a garantir a área de engenharia de estruturas. Seguiu-se a ProSistemas, para garantir a área de engenharia hidráulica  e, finalmente, a Provia, para suprir a área de infraestruturas de transportes.

    Em 2012, graças a estas aquisições, a TPF Planege  tinha já uma facturação de 35% a 40% em projectos e de 60% a 65% em coordenação e fiscalização de obras, correspondendo a actividade exportada a cerca de 70% da sua faturação total. O peso do mercado externo fez com que a empresa ultrapassa-se razoavelmente bem as crises em Portugal de 2008 e 2012.

    No cada vez mais internacional Grupo TPF a empresa mantinha uma posição importante, fazendo parte do Comité Executivo conjuntamente com colegas belgas, franceses, indianos e brasileiros. À data, a empresa nacional representava entre 25% e 30% da facturação do Grupo Belga.

    Mas a casa mãe estava ela própria empenhada na sua estratégia de expansão internacional em países como a Índia, o Senegal, o Brasil, Marrocos ou Espanha. Desde 2001, altura em que o Grupo TPF adquiriu a Planege, até 2014, quando o Grupo adquiriu duas empresas espanholas, o crescimento foi da ordem de 100%. A aquisição pelo Grupo TPF de ambas as empresas, a Getinsa e a Euroestudios, reduziu a influência da TPF Planege a cerca de 10%.

    Foi nessa ocasião que a TPF Planege decidiu encetar conversações com a Cenor. As duas empresas cooperavam havia já alguns anos através de parcerias específicas para determinados trabalhos, tanto em Portugal continental, como na Região Autónoma da Madeira, e até mesmo em Angola, no construção da Cimenteira do Cacuaco. A Cenor possuía também clusters de especialização que a TPF Planege continuava a não deter, em especial nas áreas da geologia e geotecnia. Em 2016 é formalizada a fusão entre a TPF Planege e a Cenor, da qual resultou a TPF Planege Cenor.

    Em 2018 a empresa assume a designação TPF – Consultores de Engenharia e Arquitectura e assume-se como uma empresa portuguesa, que integra um grupo de dimensão internacional mas com gestão “integralmente” nacional, constituindo hoje um importante subgrupo dentro do Grupo TPF com  sucursais em Angola, Argélia, Camarões, Macau, Moçambique, Turquia e Timor-Leste.

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    Acciona Energia Pavilhão

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    Arquitectos catalães assinam construção efémera com carbono negativo

    A madeira e os têxteis reciclados incorporados no pavilhão da Acciona Energia, em Barcelona, permitiu reduzir a pegada de carbono na sua construção até 50 vezes menos, do que se tivesse sido fabricado com materiais tradicionais. Além disso, a sua modularidade garante que este possa ser reutilizado em eventos futuros

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    Localizado no Moll de la Fusta, no Porto de Barcelona, ​​​​o pavilhão da Acciona Energía é uma plataforma física e digital pensada para interagir com os visitantes. Aproveitando o seu design modular e leve, a estrutura pode ser montada e desmontada com facilidade, segundo o conceito de arquitectura efémera.

    A instalação, projectada e construída pelo Instituto de Arquitectura Avançada da Catalunha (IAAC), com 100 metros quadrados, destaca-se pelo seu design vanguardista que capta o movimento do vento, a circularidade dos materiais e a utilização de energias renováveis. Entre os elementos mais inovadores da estrutura estão as pás recicladas do parque eólico El Cabrito, em Tarifa (Cádiz), um dos mais antigos de Espanha, que foram reutilizadas como parte da estrutura, mostrando como as pás dos aerogeradores podem ter uma segunda vida em novas infraestruturas.

    O IAAC é um centro de investigação, formação, produção e comunicação, localizado em Barcelona com 22 anos de actividade e que tem como objectivo “liderar a missão de imaginar o futuro habitat” da sociedade.

    Instalação temporária com impacto duradouro

    O primeiro piso do Pavilhão é um espaço acolhedor com exposições interactivas, enquanto oferece um refúgio do sol do Mediterrâneo. O nível superior está reservado para convidados e reuniões corporativas.

    Embora o pavilhão seja uma instalação temporária, transporta uma mensagem com um impacto duradouro. Os seus princípios de design ecológico, a utilização de materiais biológicos e o foco na circularidade reflectem uma visão para o futuro da arquitetura, uma visão onde os edifícios não sejam apenas estruturas, mas actores responsáveis ​​no desafio climático.

    Além disso, a modularidade do pavilhão garante que este possa ser reutilizado em eventos futuros.

    A instalação, projectada e construída pelo Instituto de Arquitectura Avançada da Catalunha (IAAC), com 100 metros quadrados, destaca-se pelo seu design vanguardista que capta o movimento do vento, a circularidade dos materiais e a utilização de energias renováveis

    Pegada de carbono até 50 vezes menos

    A utilização de um material natural como a madeira e os têxteis reciclados fez com que a construção deste pavilhão tivesse uma pegada de carbono até 50 vezes menor do que se tivesse sido fabricado com materiais tradicionais como o aço, o alumínio, os plásticos e os têxteis não reciclados. Além disso, a integração de painéis fotovoltaicos na cobertura permite ao pavilhão gerar a sua própria energia, um gesto de auto-suficiência que reflecte o espírito de produção de energia renovável.

    A madeira utilizada na construção do pavilhão provém de florestas geridas de forma sustentável, sendo o CLT da Xilonor utilizado no pódio e o Glam da Madergia na estrutura principal.

    Estas escolhas de design resultam num pavilhão com carbono negativo, que armazena mais CO2 do que o emitido durante a sua construção.

    As emissões geradas na construção do pavilhão são de aproximadamente 25 toneladas de CO2. Um valor muito abaixo do que seria de esperar ao fazê-lo com outros materiais como o alumínio, o aço, os têxteis não reciclados e o plástico, que teriam atingido emissões até 50 vezes superiores.

    Além da construção em madeira, o Acciona Energia incorpora outras estratégias que permitem contribuir para a sua sustentabilidade. As pás de turbinas eólicas são reutilizadas contribuindo para o design circular ao reaproveitar componentes desativados e o design do pavilhão maximiza a utilização do fluxo de ar natural do mar próximo, reduzindo a necessidade de sistemas de arrefecimento com utilização intensiva de energia. As aberturas da fachada e um pódio elevado potenciam ainda mais o efeito de arrefecimento, garantindo conforto térmico aos visitantes.

    Números:

    – 28 mil kg de madeira laminada de abeto que absorveu mais de 70 toneladas de CO2 durante o seu ciclo de vida

    – 110kg de tecido de poliéster reciclado de alta tenacidade

    – Quatro pás eólicas que evitaram 2.045 toneladas de CO2 cada uma durante a sua vida útil

    – Uma instalação solar na sua cobertura com uma capacidade de 12kWp

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    Prospectiva STP ganha consultoria para concepção e construção de pontes em São Tomé

    O consórcio assumirá a função de ‘engenheiro” da FIDIC e terá como principais tarefas a revisão da documentação de projecto e concurso, o controle e supervisão da construção das pontes de Lembá e Brigoma, assim como a assistência técnica ao período de garantia

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    A Agência Fiduciária de Administração de Projectos (AFAP) de São Tomé e Príncipe, assinou contrato com a Prospectiva, em consórcio com a Prospectiva STP, tendo adjudicado serviços de consultoria para supervisão de engenharia e construção para concepção e construção das pontes de Lembá e Brigoma, no distrito de Lembá, São Tomé.

    O consórcio assumirá a função de ‘engenheiro” da FIDIC e terá como principais tarefas a revisão da documentação de projecto e concurso, o controle e supervisão da construção e a assistência técnica ao período de garantia.

    Com apoio do Banco Mundial, o Governo de São Tomé e Príncipe elaborou um Plano de Acção de Emergência para reabilitar as pontes danificadas, como parte do Projceto de Desenvolvimento do Sector dos Transportes. A Ponte ‘Paga Fogo’ já foi reconstruída, e o foco actual está na reabilitação das pontes Lembá e Brigoma, divididas em dois lotes. Os projectos de execução deverão ser elaborados pelo contratado, com estudos preliminares confirmados e aprovados pelas autoridades competentes antes do início das obras.

    De recordar que a Ponte do Lembá conta com um comprimento total de 110 metros, com duas faixas de quatro metros cada, calçadas laterais de 1,5 metros e acessos de 250 metros reabilitados. A estrutura é composta por vigas de betão armado e pré-esforçado, com fundações baseadas em blocos de concreto ciclópico. Já a Ponte Brigoma tem um total de 68,3 metros, com duas faixas de 3,5 metros cada e calçadas laterais de um metro. Também com a estrutura com vigas de betão armado, os pilares centrais são em blocos de concreto ciclópico, além de 200 metros de acessos reabilitados.

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    Concluído primeiro edifício do projecto Sines Data Center

    Este edifício piloto é o menor de um total de seis edifícios planeados para o campus, que no seu estágio final contará com 1,2 GW de capacidade instalada e um investimento superior a oito mil milhões de euros

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    O primeiro edifício do projecto Sines Data Center, o SIN01, já se encontra concluído. Numa operação coordenada pela Engexpor, o que reforça a posição da empresa “como referência em projectos de elevada complexidade técnica e impacto global”.

    Destacando-se pela integração de tecnologia de ponta e soluções sustentáveis, este primeiro edifício marca o início de um dos maiores data centers da Europa, desenvolvido pela Start Campus, que se encontra a nascer na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS).

    “Este projecto destacou-se não apenas pela sua complexidade técnica, mas também pelo seu impacto global. A dedicação da nossa equipa foi determinante para garantir o sucesso da obra.” afirma Tiago Barros, managing director da Engexpor em Portugal. “O Sines DC é um projecto diferenciador que coloca Portugal na vanguarda da transformação digital e da sustentabilidade. Na Engexpor, estamos empenhados em entregar soluções integradas e especializadas que atendam aos desafios do presente e do futuro”.

    Com uma área de 21.600 metros quadrados (m2), distribuída em um único piso, e uma capacidade instalada de 14 MW, o SIN01 oferece diversas zonas funcionais, incluindo áreas informáticas, eléctricas, mecânicas e de apoio.

    Este edifício piloto é o menor de um total de seis edifícios planeados para o campus, que no seu estágio final contará com 1,2 GW de capacidade instalada e um investimento superior a oito mil milhões de euros.

    “A conclusão do SIN01 é um marco que posiciona Portugal como líder em inovação e sustentabilidade nos data centers. Trabalhar com a Engexpor permitiu-nos concretizar com sucesso um projeto certificado LEED, desde o conceito até à conclusão, gerindo desafios diários com fornecedores e empreiteiros. A flexibilidade, a mente aberta e a resiliência da Engexpor foram cruciais neste processo”, destaca, também, Rob Dunn, chief executive da Start Campus.

    O Sines DC será o mais extenso e ambientalmente sustentável ecossistema de dados na Europa, que irá oferecer uma ampla gama de opções aos clientes, incluindo soluções powered shell, turn-key e build-to-suit. Adaptado para atender à crescente procura no setor, as ofertas de última geração da empresa estão preparadas para a Inteligência Artificial e incorporam as mais avançadas tecnologias de refrigeração líquida num modelo versátil e evolutivo.

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    Fotografias cedidas pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua

    Engenharia

    IP Engenharia reforça cooperação internacional com São Tomé e Príncipe

    A iniciativa, apoiada pela Cooperação Portuguesa enquadra-se no Programa Estratégico de Cooperação Portugal – São Tomé e Príncipe (2021-2025), que prevê o desenvolvimento de acções de capacitação nas áreas da gestão da rede de estradas e de transportes

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    A IP Engenharia (IPE), do grupo Infraestruturas de Portugal (IP), celebrou um acordo pioneiro com o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e o Ministério das Infraestruturas, Recursos Naturais e Ambiente de São Tomé e Príncipe, para a realização dum programa de formação destinado ao Instituto Nacional de Estradas (INAE) de São Tomé e Príncipe.

    Este projecto marca um novo capítulo na cooperação portuguesa, evidenciando o impacto da partilha de conhecimento técnico para o desenvolvimento sustentável das infraestruturas de transporte e que tem perspectivas de alargamento a outros países de língua portuguesa.

    A iniciativa, apoiada pela Cooperação Portuguesa enquadra-se no Programa Estratégico de Cooperação Portugal – São Tomé e Príncipe (2021-2025), que prevê o desenvolvimento de acções de capacitação no âmbito das infraestruturas, incluindo na área da gestão da rede de estradas e de transportes.

    A desenrolar-se durante 2025, as acções formativas, com vista à capacitação técnica dos quadros do INAE, serão realizadas em território santomense e português e têm como objectivo contribuir para que as estradas de São Tomé e Príncipe possam ser “mais eficientes, mais resilientes e alinhadas com as necessidades socioeconómicas locais”.

    Os participantes terão acesso a conhecimentos especializados no contexto da área da Gestão de Activos, que lhes possibilitem desenvolver ferramentas com as quais possam enfrentar os desafios da gestão de uma rede viária em desenvolvimento, com recursos limitados, e sob forte pressão climática.

    Na cerimónia de assinatura, Florbela Paraíba, presidente do Instituto Camões, destacou a importância de iniciativas como esta para “alavancar a cooperação na área das infraestruturas, sector essencial para a alavancagem económica dos países”. Por sua vez, Alexandra Barbosa, administradora da IP/IPE, reforçou o compromisso do Grupo em contribuir com a sua experiência técnica para a melhoria da gestão e da sustentabilidade dos sistemas de transporte na CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

    A assinatura do acordo contou, ainda, com a presença de Gonçalo Oliveira, gestor da Representação e do Negócio Internacional da IP/IPE, e em representação do Instituto Camões, Pedro Oliveira, vice-presidente, Carolina Estoia, directora de Serviços de Cooperação Bilateral, e Ana Pereira, chefe da Divisão de Assuntos Bilaterais.

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    Prospectiva e Sondeos fiscalizam construção de dessalinizadora no Algarve

    A futura dessalinizadora do Algarve deverá estar construída no final de 2026 ou início de 2027, depois de a obra ter sido adjudicada a um consórcio luso-espanhol de empresas, anunciou a Águas do Algarve

    Ricardo Batista

    A Prospectiva e a Sondeos vão ser responsáveis pelos trabalhos de fiscalização, gestão de qualidade, coordenação de segurança em obra, gestão ambiental e acompanhamento arqueológico das empreitadas de concepção-construção do Sistema de Dessalinização na região do Algarve (edam) e da central fotovoltaica para autoconsumo (upac), com um prazo previsível de 1.245 dias, pelo valor de 2,9 milhões de euros.

    A adjudicação agora revelada faz parte de um conjunto de trabalhos promovidos pela Águas do Algarve avaliados globalmente em 108 milhões de euros e que têm como principal objectivo dotar o Sistema Municipal de Abastecimento de Água e de Saneamento do Algarve de uma maior resiliência, ao adoptar uma nova origem de água para abastecimento de agua para consumo humano a agua do mar, origem de agua robusta, que não se encontra dependente de situações de escassez hídrica, considerando-se uma fonte inesgotável.

    O objectivo único do projecto baseia-se na necessidade de uma solução integrada que garanta, de forma sustentada, o abastecimento público de água na região do Algarve, necessidade já há muito identificada

    Solução integrada e sustentada de abastecimento

    O objectivo único do projecto baseia-se na necessidade de uma solução integrada que garanta, de forma sustentada, o abastecimento público de água na região do Algarve, necessidade já há muito identificada. A principal razão para a concretização deste projecto é, segundo a Águas do Algarve, a necessidade de criar uma alternativa capaz de garantir a resiliência do abastecimento público à população da região, mesmo em períodos de seca prolongada. A construção de uma dessalinizadora no concelho de Albufeira é uma das medidas de resposta à seca que afecta a região sul de Portugal. A infra-estrutura terá como capacidade inicial 16 milhões de metros cúbicos (m3), mas a empresa está a projectá-la para que tenha capacidade para tratar até três vezes mais do que esse volume, ou seja até aos 24 milhões m3 de água.

    A região do Algarve sofre, ao longo dos últimos anos, ciclos de seca prolongada associada a uma situação de escassez hídrica já considerada estrutural, resultando numa diminuição dos volumes de água armazenada nas várias origens disponíveis. O Sistema de Dessalinização a implementar na Fase 1 (Ano 0, ou Ano de Arranque da instalação) permitirá a produção de 500 Us = 1800 m3/h = 43.200 m3/dia = 16 hm3/ano de água potável.  O sistema ficará preparado para ser ampliado no futuro (Fase 2 – Ano Horizonte), através da instalação dos equipamentos necessários na estacão elevatória de água bruta (EE1) e Estacão de Dessalinização de Água do Mar (EDAM), para a produção de 750 Us = 2.700 m3/h = 64.800 m3/dia = 24 hm3/ano de água potável.

    Toda a construção civil, captação, condutas de água bruta e água tratada e restantes infraestruturas serão desde ja executadas para a Fase 2. O sistema de captação e transporte de água bruta compreende duas estruturas de tomada de água, situadas no mar, a cerca de 2 km da costa, protegidas com grelhas contra a entrada de corpos de grande dimensão e por duas condutas em PEAD, com diâmetros DN1000 e DN1200, entre as tomadas de água e a estação elevatória de água bruta (EE1) situada a curta distância da praia. O transporte da salmoura até ao mar será feito por uma conduta (emissário) com origem no reservatório de salmoura na EDAM com diâmetro DN 1200 na zona terrestre e DN 1000, no troço offshore, com um comprimento de 2,130 km de extensão.  A conduta de ligação de água tratada ao SMAAAA será executada em ferro fundido DN700, com um comprimento estimado de 250 metros.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

    Director Editorial
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    Colt e Ciena estabelecem novos standards de conectividade transatlântica

    As duas empresas alcançaram um novo marco histórico ao ultrapassarem os limites de velocidade e de capacidade de rede em cabos submarinos transatlânticos de 6.400 km, ao concluírem com sucesso o primeiro teste do mundo de transmissão de comprimento de onda de 1,2 terabits por segundo (Tb/s) através do Atlântico e ao reduzirem em 50% o consumo de energia

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    A Colt Technology Services (Colt), empresa líder mundial em infraestruturas digitais, e a Ciena (NYSE: CIEN), líder global em sistemas, serviços e software de rede, acabam de anunciar um novo marco na conectividade transatlântica ao concluírem com sucesso o primeiro teste de transmissão de dados em comprimento de onda de 1,2 Tb/s através do Atlântico, usando o cabo submarino Grace Hopper da Colt. O teste recorreu à tecnologia avançada, coerente e programável de 1.6Tb/s da Ciena WaveLogic 6 Extreme (WL6e) e teve como principal objectivo estabelecer novos standards de desempenho e eficiência energética nas redes submarinas transatlânticas.

    O sucesso desta transmissão assinala uma evolução determinante na infraestrutura de telecomunicações à escala mundial, já que ao utilizar a tecnologia WL6e, a Colt conseguiu duplicar a capacidade de comprimento de onda por comparação com os resultados obtidos nos testes com a tecnologia coerente da geração anterior, reduzindo adicionalmente o consumo de energia em 50%. Este avanço estabelece um novo marco nas redes transatlânticas, não só melhora os níveis de eficiência espectral (quantidade de informação transmitida através da rede), mas também otimiza a capacidade total da rota em cerca de 15%.

    Buddy Bayer, chief operating officer da Colt Technology Services, referiu a este propósito: “temos um longo histórico em testes e no fornecimento de tecnologias pioneiras de infraestrutura digital. É fantástico podermos ampliar estas valências aos nossos recursos submarinos com este teste. Actualmente é essencial que disponibilizemos tecnologias capazes de equilibrarem menores consumos de energia e níveis mais elevados de desempenho. Ao fazê-lo, estamos a capacitar as empresas para prosperarem na economia digital, sem deixarem de ser ambientalmente responsáveis”.

    O cabo submarino Grace Hopper, assim apelidado em homenagem à cientista pioneira em computação e oficial da marinha dos EUA, liga o Reino Unido aos EUA, através de uma estação de amarração em Bude, na Cornualha, e desembarca em Nova York. Este é um dos dez sistemas submarinos e as doze estações de amarração que a Lumen EMEA detinha e que integram agora os activos da Colt, após a conclusão da aquisição em Novembro de 2023.

    A significativa capacidade de comprimento de onda na rota Grace Hopper da Colt, oferece aos clientes a possibilidade de acederem a serviços comerciais de 400Gbe, e está pronta para serviços de 800Gbe com potencial para incluir ofertas Optical On Demand no futuro. As melhorias alcançadas na largura de banda e na eficiência espectral em toda a rede, também permitiram operar a rede de forma mais económica, reduzindo os custos dos clientes finais.

    “A colaboração entre a Colt e a Ciena neste teste de transmissão através do Grace Hopper produziu resultados sem precedentes no que diz respeito ao desempenho da rede transatlântica e à eficiência energética. Ao duplicarmos a capacidade e reduzirmos para metade o consumo de energia, elevámos a fasquia no fornecimento de soluções inovadoras e sustentáveis que respondem às necessidades das empresas em constante evolução”, sublinhou  Jamie Jefferies, VP and general manager, international, da Ciena, sublinhou

    O WL6e da Ciena é a primeira solução ótica coerente de banda larga da indústria. Usando a mais avançada tecnologia de silício 3nm de última geração, tem capacidade para transportar até 1,6 terabits por segundo.

    O sucesso deste teste da Colt numa das rotas submarinas mais populares do mundo demonstra a viabilidade da tecnologia WL6e no mercado e sublinha as capacidades de transporte de largura de banda larga na rota transatlântica, introduzindo os melhores recursos da rede de fibra óptica da Colt para ligar os mercados europeu e norte-americano.

    Após o teste bem-sucedido, a Colt planeia implementar o WL6e na sua rede de produção para que os clientes possam aceder aos vários serviços de 400Gbe e aos de 800Gbe no futuro, acelerando assim os planos de transformação dos seus negócios.

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    ‘Brick to Innovation’ desafia futuro da habitação 

    Competição criada pela OERS incentiva estudantes de engenharia civil a desenvolver soluções inovadoras para a habitação sustentável, com recurso a tecnologias avançadas como impressão 3D, inteligência artificial ou realidade aumentada

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    A Ordem dos Engenheiros – Região Sul (OERS) lança a ‘Brick to Innovation’, uma competição desafia estudantes de engenharia civil a “pensar e a construir” o futuro da habitação, com foco na “sustentabilidade e na inovação”. A sessão de apresentação desta competição vai decorrer no dia 19 de Novembro, às 18 horas, no auditório da OERS.

    ‘Brick to Innovation’ oferece aos estudantes a oportunidade de aplicar os seus conhecimentos académicos e desenvolver competências essenciais para o mercado de trabalho, como análise de custos, colaboração interdisciplinar com arquitectos, engenheiros e profissionais de áreas relacionadas, bem como apresentação de projectos.

    Com recurso a diversas tecnologias avançadas como impressão 3D, inteligência artificial ou realidade aumentada, esta competição visa encontrar soluções energeticamente eficientes e económicas para a habitação, desenvolver ambientes interiores mais saudáveis e reduzir a pegada de carbono comparativamente às soluções tradicionais.

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    Canal condutor geral do Mira

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    Reabilitação de canal de rega no Alentejo a cargo da Sotecnisol

    A obra, com um valor de 4,1 M€, contempla a impermeabilização do canal condutor geral, numa extensão de 18 km, o que corresponde a uma área total de intervenção de 180 mil m2

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    A Sotecnisol Engenharia & Ambiente foi a empresa vencedora do concurso público para a reabilitação do canal de rega e abastecimento para águas públicas do Alentejo, um projecto da responsabilidade da Associação de Beneficiários do Mira.

    A obra, com um valor de 4,1 milhões de euros, contempla a impermeabilização do canal condutor geral, numa extensão de 18 km, o que corresponde a uma área total de intervenção de 180 mil metros quadrados (m2).

    O projecto, que teve início em Setembro de 2024, apresenta um prazo de execução de oito meses, prevendo-se a sua conclusão em Abril de 2025. A reabilitação deste canal é fundamental para garantir a eficiência e a sustentabilidade do sistema de rega, que irá contribuir para a otimização dos recursos hídricos na região.

    “Estamos muito orgulhosos por contribuir para a modernização da infraestrutura hídrica do Alentejo. Esta obra permitirá uma gestão mais eficiente e sustentável da água, um recurso tão precioso para a região. Trabalharemos em estreita colaboração com a Associação de Beneficiários do Mira para garantir que esta obra seja concluída dentro do prazo e com os mais elevados padrões de qualidade”, comenta José Luís Castro, CEO do Grupo Sotecnisol.

    A obra terá um impacto significativo na região ao contribuir para o aumento da eficiência do sistema de rega uma vez que irá reduzir as perdas de água, melhorar a qualidade da água fornecida aos agricultores, promover a sustentabilidade ambiental, através da preservação dos recursos hídricos e dinamizar a economia local, com a criação de emprego na região.

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    José Eduardo Martins

    Engenharia

    José Eduardo Martins é o novo Provedor da Ordem dos Engenheiros

    O Provedor dos destinatários dos serviços da Ordem dos Engenheiros é uma personalidade independente, não inscrita na Ordem e cuja função é a de defender os interesses dos destinatários dos serviços profissionais de engenharia

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    José Eduardo Martins tomou posse como Provedor dos Destinatários dos Serviços da Ordem dos Engenheiros, numa cerimónia que decorreu na Sede nacional desta associação pública e que contou com a presença do Bastonário, Fernando de Almeida Santos, do presidente do Conselho de Supervisão, António Saraiva, dos vice-presidentes nacionais e de vários outros membros eleitos.

    José Eduardo Martins é Sócio da Abreu Advogados desde 2005, trabalhando essencialmente nas áreas de Direito do Ambiente, Comercial e Imobiliário. Conta, também, com uma vasta experiência no sector público, tendo exercido funções de Secretário de Estado do Ambiente no XV Governo Constitucional Português, entre 2002-2004, e tendo sido membro do Parlamento Português entre 1999 e 2012. Mais recentemente, em 2021, foi nomeado Presidente da Comissão de Ambiente e Energia da Câmara de Comércio Internacional Portugal (ICC Portugal).

    “É uma enorme honra assumir este cargo, é uma carreira de mais de 30 anos quase sempre em contacto com a Engenharia, é dos momentos de que mais me orgulho na minha carreira, assumir esta responsabilidade”, sublinhou o novo Provedor dos Destinatários dos Serviços da Ordem dos Engenheiros.

    O Provedor dos destinatários dos serviços da Ordem dos Engenheiros é uma personalidade independente, não inscrita na Ordem, designada pela mesma, sob proposta do órgão de supervisão, e cuja função é a de defender os interesses dos destinatários dos serviços profissionais de engenharia.

    Sem prejuízo das demais competências previstas na lei ou nos estatutos, compete ao Provedor analisar as queixas apresentadas pelos destinatários dos serviços e fazer recomendações para a sua resolução, bem como em geral para o aperfeiçoamento do desempenho da Ordem.

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    Prospectiva e VN2R constituem consórcio BIM Portugal

    Numa comunicação conjunta, as companhias lideradas por Luís Brito e Vítor Carvalho explicam que a constituição do consórcio BIM Portugal assenta na experiência de ambas as empresas e na necessidade oferecer uma solução holística ao problema que resulta da falta de preparação, sobretudo de organismos públicos, para lidar com um conjunto de novas práticas, nomeadamente os processos digitais

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    A Prospectiva, liderada por Luís Brito, e a VN2R, que tem Vitor Carvalho como CEO, juntaram esforços para constituir o consórcio BIM Portugal. A experiência acumulada pelas duas companhia permite perceber um conjunto de fragilidades no mercado, que se vão agudizar com a obrigatoriedade do recurso ao BIM. Para responder a esses desafios formaram esta parceria

    CONSTRUIR: O que é a BIM Portugal?
    BIM Portugal: O consórcio BIM Portugal resulta de uma parceria frutífera e duradoura entre o grupo Prospectiva e a VN2R na área do BIM. Ao perceber a dimensão dos desafios que se avizinham para a administração pública e seus fornecedores no contexto do Urbanismo e a inexistência no mercado de soluções que respondam por completo aos problemas que já existem e que se agudizarão, decidimos juntar recursos e capacidades complementares das nossas empresas e criar uma oferta integrada nesta área, focada principalmente em responder aos desafios que a administração pública, particularmente a administração local, já está a enfrentar. Ambas as empresas têm uma vasta experiência na grande maioria das especialidades de engenharia civil, em processos de arquitectura e urbanismo, bem como em BIM. As equipas estão habituadas a trabalhar em colaboração e ambas as empresas têm uma presença muito considerável na administração local, conhecendo os seus problemas). Este consórcio surgiu naturalmente, impulsionado pela visão comum de promover e constituir uma referência no contexto da adopção do BIM em Portugal, mas com o objectivo de resolver os problemas concretos e de curto e médio prazo dos seus clientes, nas suas várias vertentes.

    Dentro dos enormes desafios que se avizinham com a nova legislação e mudança de paradigma no contexto dos projectos de engenharia, dos próprios processos de gestão urbanística e de gestão e manutenção do edificado, como é que a BIM Portugal se posiciona e como consegue ajudar os seus clientes e parceiros nestas novas áreas?
    O pacote legislativo que já foi aprovado, em particular pela Lei 10/2024, vai requerer uma mudança cultural e organizacional considerável na administração local. É necessário formar os colaboradores, actualizar procedimentos e adaptar fluxos e ferramentas de trabalho. No entanto, se bem estruturada e implementada, esta transformação organizacional que se impõe poderá acelerar consideravelmente a análise dos projectos, contribuir para maior conformidade e eficiência, reduzindo custos diversos para todas as partes.

    O Building Information Modelling (BIM) revoluciona a forma como os edifícios e infraestruturas são concebidos, projectados, construídos e geridos. Baseia-se na desmaterialização de processos, permitindo uma utilização colaborativa da representação digital de activos de construção em todas as fases do ciclo de vida do projecto. O BIM oferece oportunidades em diversas áreas, desde o licenciamento à gestão e manutenção de edifícios. A submissão electrónica de projectos, a coordenação e compatibilização durante a obra, e a monitorização do desempenho são apenas algumas das vantagens que o BIM pode trazer para as autarquias.

    Neste sentido, desenhámos o consórcio BIM Portugal de início para ser capaz de oferecer uma solução holística ao problema. A experiência da VN2R em transformação digital, o conhecimento da Prospectiva em obras públicas e urbanismo e o departamento de I&D criado especificamente para o desenvolvimento de tecnologias e ferramentas BIM para a administração pública, permitem que a BIM Portugal ofereça um conjunto integrado de serviços que se estende da definição de regulamentos e processos até à operação, integrando o BIM em todas as fases do ciclo de vida do projecto com a capacitação de todos os seus intervenientes. A BIM Portugal oferece soluções integradas de consultoria personalizada com vista à conformidade legal e regulamentar suportada nas boas práticas BIM, apoio na aquisição e implementação de ferramentas BIM, culminando na formação adaptada às necessidades específicas de cada entidade e apoio ao arranque. Desde o diagnóstico inicial até ao projecto piloto e acompanhamento da implementação, estamos formatados para ajudar a administração local a desbloquear todo o potencial do BIM.
    Acreditamos que a implementação de BIM nas organizações, se bem realizada, resultará sempre em mais eficiência e transparência, menor retrabalho e melhores resultados. Não temos dúvida de que o futuro das autarquias será cada vez mais digital, e estamos aqui para ser o parceiro da administração pública nessa (r)evolução.

    O BIM não é algo assim tão recente no mercado internacional. Que obstáculos consideram que mais têm abrandado o crescimento do BIM em Portugal?
    BIM Portugal: Um dos principais desafios que enfrentamos é, sem dúvida, a mudança de mentalidade. Embora o BIM esteja a ganhar terreno em Portugal (fruto do novo pacote legislativo), ainda há uma necessidade contínua de educar o sector sobre os seus benefícios e potencial. É por essa razão que as nossas direcções e administrações, em conjunto com os nossos parceiros, têm estado comprometidas em promover workshops, seminários e sessões práticas para disseminar conhecimento sobre BIM e as vantagens na sua adopção.

    Consideramos que a interoperabilidade é também um desafio constante. A comunicação e compatibilidade entre sistemas informáticos sempre foi um problema na administração local e a adopção do BIM pressupõe o trabalho com várias ferramentas e plataformas. Garantir que estas consigam trocar informações entre si de forma eficiente é fundamental. Investimos em normas e formatos abertos e colaboramos com outros players do sector para superar essas barreiras. Contudo, consideramos que o mais importante é a mudança cultural. Convencer as partes interessadas de que o BIM não é apenas uma tecnologia, mas uma mudança fundamental na forma como projectamos, construímos e gerimos activos é um processo contínuo.

    O que motivou a constituição da iniciativa BIM Portugal e o que a destaca no mercado?
    A constituição da iniciativa BIM Portugal foi motivada pela necessidade de apoiar a administração pública e os seus fornecedores na adopção do BIM, um desafio que requer uma abordagem integrada e especializada. A união das empresas Prospectiva e VN2R resulta de uma visão comum e complementar nas áreas da consultoria, engenharia, tecnologias de informação e BIM. Esta colaboração permite-nos oferecer uma solução abrangente e focada nos desafios específicos da administração pública. O que realmente destaca a BIM Portugal é a combinação de competências e experiência das empresas fundadoras. Com mais de 40 anos de experiência acumulada em engenharia civil, construção, e transformação digital, as nossas equipas estão bem preparadas para enfrentar os desafios do BIM. Além disso, temos uma forte presença em projectos de engenharia civil, fiscalização e gestão de obras, tanto a nível nacional como internacional. A nossa equipa é composta por técnicos altamente qualificados e especializados em I&D de ferramentas BIM, o que nos permite estar na vanguarda das inovações tecnológicas e oferecer soluções personalizadas aos nossos clientes. A abordagem prática e adaptada às necessidades específicas de cada autarquia garante que a transição para o BIM seja eficiente, eficaz e sustentável. A BIM Portugal foi criada com o objectivo de oferecer uma oferta integrada que suporte a administração pública nos vários desafios e receios que a mudança para o BIM implica. A nossa principal força reside na capacidade de combinar recursos e know-how direccionados para este contexto específico, proporcionando um apoio próximo e contínuo que promove a modernização digital de forma segura e confiável.

    Referiram as Autarquias e Administração local. Quais os principais desafios que estas enfrentam na adopção do BIM?
    A obrigatoriedade dos processos de licenciamento em BIM está prevista para 2030. Embora esta data possa parecer distante, é crucial compreender que a transição não é imediata e requer um amadurecimento progressivo dentro das equipas das autarquias. Esta mudança não é apenas tecnológica, mas uma transformação cultural que promove a digitalização e desmaterialização de processos, exigindo acompanhamento e experiência prática na implementação destes métodos.
    Para que as autarquias possam enfrentar este desafio, a adopção do BIM de forma obrigatória nos processos de licenciamento impõe a definição clara de um plano estratégico e de requisitos a nível nacional. Contudo, este processo pode e deve ser iniciado de imediato através da contratação pública com requisitos BIM e da capacitação das autarquias e das suas equipas. É fundamental que estas entidades compreendam as potencialidades e limitações do BIM para estabelecer requisitos pertinentes para cada obra ou processo urbanístico, avaliando se conseguem utilizar e extrair valor da informação obtida.

    Outro desafio crucial é a transmissão de conhecimento técnico especializado. É sabido que isto é feito pelo legado de experiência dos colaboradores, não se apoiando apenas nos conhecimentos de formação de base. Desta forma, são evitados erros e é transmitida a confiança necessária para a correcta tomada de decisões. No que diz respeito ao BIM, não existe essa experiência nas autarquias, ou é muito reduzida, ficando os processos de implementação sujeitos a experimentalismos e incertezas que não se coadunam com a necessidade actual de digitalização e urgência do processo de transição. Torna-se, portanto, essencial o acompanhamento especializado e experiente, com base na implementação prática e real.

    Este acompanhamento assegura que as autarquias não só recuperem o tempo perdido, mas também se posicionem na vanguarda da modernização digital na administração pública. Com a nossa abordagem prática e adaptada às necessidades específicas de cada autarquia, garantimos que a transição para o BIM seja eficiente, eficaz e sustentável.

    De que forma a iniciativa BIM Portugal pode ajudar as autarquias a superar esses desafios?
    BIM Portugal: A iniciativa BIM Portugal foi preparada com este propósito e reúne técnicos especializados em vertentes complementares nas áreas de engenharia, arquitectura e digitalização, com experiência comprovada e perfeitamente capacitados para este desafio. Prestamos apoio próximo e consultoria especializada para a definição estratégica da adopção e implementação do BIM, bem como para o desenvolvimento técnico de recursos e a promoção sustentada de uma cultura de digitalização dentro das autarquias.

    Além disso, proporcionamos programas de capacitação para as equipas das autarquias, com base na experiência prática e adaptados aos diferentes perfis de função. Dotamos as equipas não só da capacidade de compreensão, mas também de uma perspectiva de aplicação em processos de verificação e validação, gestão e coordenação BIM.

    Apoiamos os processos de avaliação detalhados e o desenvolvimento de recursos, acompanhando cada etapa do processo de contratação, avaliação e gestão de obra. O nosso apoio técnico especializado permite assegurar que as decisões tomadas são informadas, adaptadas às melhores práticas e à normalização existente, e adequadas à realidade do mercado. Isso promove resultados realistas e úteis, bem como um crescimento sustentado das capacidades das autarquias.

    O nosso acompanhamento próximo e personalizado permite desenvolver o processo de transição de forma confiável, reduzindo a incerteza e o erro, e assegurando que as autarquias possam extrair o máximo valor da informação e dos processos digitais. Implementamos as melhores práticas em processos de implementação BIM, baseando-nos em experiências e aprendizagens resultantes de outros processos e adaptando-as às necessidades específicas de cada autarquia.

    Com a nossa abordagem prática e adaptada às necessidades específicas de cada autarquia, ajudamos a garantir que a transição para o BIM seja não apenas uma obrigação, mas uma oportunidade de modernização eficiente e eficaz. Através deste acompanhamento, as autarquias não só recuperam o tempo perdido, mas também se posicionam na vanguarda da modernização digital na administração pública.

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