Habitação: Comportamento no pós-Covid é idêntico ao início da crise de 2010, mas com preços mais elevados
1ª edição do Barómetro do Mercado Residencial da Prime Yield analisa os valores e oferta em Lisboa e Porto e respectivas Áreas Metropolitanas
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Até Julho, os valores de oferta dos apartamentos em Lisboa e Porto não sofreram grandes alterações face ao início do ano, exibindo um comportamento semelhante ao registado no período inicial da anterior crise, sentida entre 2010 e 2013. Acontece que, nesse período, a oferta em ambas as cidades observava valores muito distantes dos actuais, chegando-se à actual crise pandémica com os preços pedidos para a habitação em oferta 76% acima de 2010 no caso de Lisboa e 60% no caso do Porto.
Esta é uma das principais conclusões da primeira edição do Barómetro do Mercado Residencial, desenvolvido pela Prime Yield em parceria com o portal CasaSapo/Infocasa e apresentado durante o SIL-Salão Imobiliário de Portugal. De periodicidade trimestral, esta publicação acompanhará o comportamento dos preços dos apartamentos em oferta nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, além de apresentar dados sobre o contexto económico e o mercado imobiliário.
“A tendência dominante no primeiro ano da anterior crise, em torno de 2010, também foi de estabilidade. Depois desse período inicial e ao longo do ciclo que durou até 2013, os valores de oferta em Lisboa e Porto, em timings diferentes, acabariam por ser pressionados, mas com descidas não muito expressivas. Nas duas cidades, as descidas máximas ao longo desse período não chegaram aos 10%”, começa por explicar José Velez, director executivo da Prime Yield.
“Até agora, e comparando os períodos iniciais pós-crise, o comportamento actual do mercado é semelhante ao de 2010, mas também é verdade que os preços têm hoje realidades completamente diferentes, pelo que, daqui para a frente, não sabemos se é possível manter este paralelismo. Associado a isso, em nenhum momento da anterior crise a nossa economia contraiu 16% como aconteceu já durante a pandemia” nota o responsável da Prime Yield, “antecipando que os valores de oferta poderão ser alvo de revisões bem mais expressivas do que na anterior crise”.
De acordo com o Barómetro da Prime Yield, o valor médio de oferta dos apartamentos em Lisboa atingiu os 4.795€/m2 em Julho, comparando em ligeira baixa com os 4.895€/m2 registados em Janeiro deste ano. O valor de Janeiro deste ano fica, assim, 76% acima dos 2.787€/m2 registados em Janeiro de 2010, o ponto de partida do pré-crise anterior. Na total da Área Metropolitana de Lisboa, o valor médio de oferta em Julho foi de 2.552€/m2, pouco diferindo dos 2.512€/m2 observados em Janeiro. No agregado da região, tal valor posiciona-se 65% acima dos 1.519€/m2 de janeiro de 2010.
No Porto, o valor médio de oferta dos apartamentos alcançou os 3.058€/m2 em Julho, sem grandes alterações face aos 3.012€/m2 de Janeiro deste ano. Na Área Metropolitana do Porto, a oferta de apartamentos apresentava um valor medio de 1.957€/m2 em Julho, também relativamente estável em comparação com os 1.876€/m2 de início do ano. Comparando Janeiro de 2020 com Janeiro de 2010, a diferença no valor médio de oferta é de 60% no caso do Porto e de 48% no caso da sua Área Metropolitana. No início de 2010, o valor médio de oferta no Porto era de 1.873€/m2 e na Área Metropolitana de 1.266€/m2.