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    Requalificação do Largo do Beato tem início esta semana

    “Mais espaço pedonal, reorganização da circulação e estacionamento, mais espaços verdes e nova iluminação pública”, são as linhas gerais da intervenção

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    O largo da Alameda do Beato vai ser reconfigurado, sendo que as obras têm início esta segunda-feira, dia 17 de Agosto.

    “Mais espaço pedonal, reorganização da circulação e estacionamento, mais espaços verdes e nova iluminação pública”, são as linhas gerais da intervenção, de acordo com a Câmara Municipal de Lisboa (CML)

    O projecto, integrado no Programa Uma Praça em Cada Bairro, “pretende transformar o espaço num novo ponto de encontro da comunidade local, com mais espaço dedicado aos modos suaves de locomoção, onde o trânsito automóvel seja mais condicionado”.

    “Futuramente, com passeios mais largos, lojas e esplanadas poderão expandir-se para o espaço público”.

    A obra, com prazo previsto de execução de 230 dias, foi planeada de forma “a reduzir os incómodos para residentes, comerciantes, peões e automobilistas”. Neste sentido, “serão assegurados corredores contínuos de circulação, e garantidos os acessos a todas as habitações e estabelecimentos”.

    O largo da Alameda do Beato vai passar a ter novos espaços de estadia, para atividades ao ar livre; mais árvores e espaços verdes; passeios mais largos, com pavimento mais confortável e antiderrapante; eliminação de barreiras arquitectónicas e novo piso táctil; novas passadeiras e melhoria do atravessamento nas existentes; mais mobiliário urbano (papeleiras, bancos, mesas, cadeiras, bebedouros, entre outros); novas regras de estacionamento e das áreas de cargas e descargas; espaço requalificado junto ao adro da Igreja do Convento.

    Além da requalificação do espaço público, a obra irá incidir, também, na rede de drenagem, que vai ser melhorada, e na substituição dos colectores de saneamento.

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    Licenciamento cresce 7,6% e termina 2024 em alta

    O licenciamento de obras de edificação e reabilitação registou, em 2024, um crescimento de 7,6%, impulsionado pela dinâmica observada nos últimos meses do ano. Este aumento reflectiu-se em subidas de 8,1% nas licenças para habitação familiar, de 6,1% nos edifícios não residenciais e de 4,9% no número de fogos licenciados em construções novas, refere a mais recente “Análise de Conjuntura do Sector da Construção”, da AICCOPN

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    De acordo com a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, a publicação das Contas Nacionais Trimestrais, pelo INE, veio confirmar o crescimento de 1,9% do PIB, em 2024. Relativamente ao Investimento em Construção e ao VAB do Sector da Construção, registaram-se crescimentos de 1,1% e de +1,7% respectivamente, face a 2023.

    No que concerne ao licenciamento total de obras de edificação e reabilitação, impulsionado pela aceleração verificada nos últimos meses, o ano de 2024 terminou com um aumento de 7,6%, reflectindo variações de 8,1% nas licenças para habitação familiar e de 6,1% para edifícios não residenciais. Quanto ao licenciamento de fogos em construções novas, registou-se um crescimento de 4,9%, em termos homólogos, para 34.117 alojamentos.

    O índice de custos de construção de habitação nova, terminou o ano de 2024, com um acréscimo de 4,3%, face ao registado em Dezembro de 2023, em resultado de variações de +0,9% no índice relativo à componente de materiais e de 8,6% no índice relativo à componente de mão de obra.

    Relativamente ao mercado das obras públicas, em Janeiro de 2025, o montante dos concursos de empreitadas de obras públicas promovidos situou-se nos 488 milhões de euros, reflectindo uma quebra de 76% em termos homólogos. No entanto, esta variação decorre exclusivamente da abertura, em Janeiro de 2024, do concurso para a Linha Ferroviária de Alta Velocidade, entre Porto e Oiã, no valor de 1.661,4 milhões de euros. Excluindo este concurso, verificar-se-ia um aumento de 30% no montante global de concursos promovidos.

    Já no que concerne ao total dos contratos de empreitadas de obras públicas celebrados no mês de Janeiro e objecto de reporte no Portal Base até ao passado dia 15 de Fevereiro, o mesmo situou-se em 353 milhões de euros, o que representa um expressivo crescimento de 69%, face aos 209 milhões de euros registados em termos homólogos, no período temporalmente comparável.

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    Créditos: Guilherme Costa Oliveira
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    Município do Porto assina primeiro contrato no modelo ‘Build to Rent’

    O imóvel, localizado na Rua dos Caldeireiros, é um edifício de cinco andares, composto exclusivamente por apartamentos T2, irá disponibilizar oito novas fracções no mercado de arrendamento acessível promovido pela autarquia

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    O primeiro contrato no modelo “Build to Rent”, do programa municipal Porto com Sentido, foi formalizado, na passada semana. Esta iniciativa permite que um proprietário privado disponibilize o seu edifício ao município, através de uma promessa de arrendamento, para ser subarrendado a preços acessíveis.

    O imóvel, localizado na Rua dos Caldeireiros, é um edifício de cinco andares, composto exclusivamente por apartamentos T2, com áreas que variam entre 77 metros quadrados (m2) e 96 m2. A obra, que deverá durar no máximo três anos, visa reabilitar o espaço para integrar o programa de habitação acessível da cidade, com a inclusão de oito novas fracções no mercado de arrendamento acessível promovido pela autarquia.

    Este modelo reflecte a colaboração entre o Município do Porto e o sector privado, com o objectivo de aumentar e qualificar a oferta de habitação, garantindo, simultaneamente, arrendamentos mais ajustados aos rendimentos da classe média.

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    Mota-Engil vai construir Porto de Banana para a DP World

    A Mota-Engil e a DP World assinaram esta quinta-feira no Dubai uma parceria para a construção do terminal no Porto de Banana na República Democrática do Congo

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    A Mota-Engil assinou esta quinta-feira no Dubai um acordo de entendimento para a execução de um novo terminal de contentores e carga geral “greenfield” no Porto de Banana, na República Democrática do Congo (RDC). A parceria foi formalizada entre os presidentes do Grupo DP World, Sultan Ahmed bin Sulayem, e do grupo Mota-Engil, Carlos Mota dos Santos. Este projecto é um marco importante, pois será o primeiro porto marítimo totalmente equipado do país, com o objectivo de impulsionar a capacidade comercial da RDC e fortalecer sua posição como um centro de comércio na região.

    O acordo celebrado estabelece a execução de trabalhos de dragagem para permitir uma navegação segura até à nova linha de atracação, num cais que terá um comprimento total de 600 metros preparado para receber os maiores navios do mundo, dos quais 400 metros serão para movimentação de contentores e 200 metros para carga geral.
    O acordo prevê ainda o desenvolvimento de uma área para a movimentação de contentores que, numa primeira fase, terá uma capacidade anual para 450 mil TEU e um acesso rodoviário de ligação à infraestrutura rodoviária existente, como novos edifícios portuários, oficinas e comodidades.

    O Porto de Banana, na República Democrática do Congo, é um projecto estratégico para o país, que, apesar de ser rico em recursos naturais como cobalto, cobre e ouro, enfrenta desafios logísticos devido à falta de infraestrutura portuária eficiente. Actualmente, a RDC depende fortemente de portos de países vizinhos, como o de Matadi ou até mesmo de portos em Angola e na Tanzânia, para suas exportações e importações. O novo terminal em Banana, situado na costa atlântica, será um divisor de águas, oferecendo uma saída directa ao mar.

    O acordo assinado hoje, 20 de Março de 2025, entre a Mota-Engil e a DP World prevê a construção de um terminal de águas profundas capaz de receber grandes navios de carga.

    A DP World, com sua expertise em operar mais de 80 terminais portuários ao redor do mundo, será responsável pela gestão do porto após a conclusão, enquanto a Mota-Engil, conhecida por projectos como barragens e estradas em África, liderará a construção.

    Em comunicado, a Mota-Engil sublinha que “já executou projectos similares para a DP World noutros mercados”, salientando que “o compromisso deste novo projecto representa a continuidade da estratégia comercial de acompanhamento dos seus clientes de referência enquanto promotor de soluções de engenharia para a execução de projectos de dimensão e complexidade em contextos que o grupo conhece pelo reconhecido track-record do seu percurso de quase 80 anos em África”.

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    Odivelas adjudica construção da futura divisão da PSP

    Este projeto resulta de um protocolo estabelecido entre a Câmara Municipal de Odivelas, a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna e a Polícia de Segurança Pública, tendo como objetivo dotar o município de infraestruturas modernas e adequadas para a prestação deste serviço público

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    A Câmara Municipal adjudicou a empreitada para a construção da Divisão Policial de Odivelas, num investimento de 11,4 milhões de euros.

    Na sequência de um primeiro concurso público que ficou deserto (sem concorrentes), a autarquia procedeu à revisão do procedimento, reforçando a dotação orçamental com o objetivo de garantir a concretização deste equipamento essencial para o concelho.

    A futura Divisão Policial de Odivelas acolherá, além dos serviços administrativos da unidade, o efetivo da 71.ª Esquadra (Odivelas) e diversas valências especializadas, incluindo trânsito, investigação criminal, intervenção e fiscalização policial.

    Este projeto resulta de um protocolo estabelecido entre a Câmara Municipal de Odivelas, a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna e a Polícia de Segurança Pública, tendo como objetivo dotar o município de infraestruturas modernas e adequadas para a prestação deste serviço público essencial, reforçando a segurança e proteção da população.

    “A construção da Divisão Policial de Odivelas, a par do Parque da Cidade, assumiu-se como um dos desafios mais exigentes deste mandato autárquico. O concurso público, lançado em agosto do ano passado, ficou sem concorrentes, mas não baixámos os braços. Lançámos um novo procedimento, reforçando o montante a despender”, explicou o autarca.

    A obra da futura divisão da PSP de Odivelas foi adjudicada por 11,4 milhões de euros, necessitando agora este procedimento de obter um visto pelo Tribunal de Contas.

    Hugo Martins estima que as obras, com uma duração prevista de dois anos, possam ter início no verão.

    “A criação desta divisão policial é uma ambição de longa data do nosso município e estamos cada vez mais perto de que se torne uma realidade”, sublinha o autarca.

    Em abril de 2023, o anterior Governo aprovou em Conselho de Ministros um contrato de cooperação com a Câmara de Odivelas para a construção das instalações da divisão da PSP do município.

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    Câmara de Lisboa avança com a construção de centro de saúde de Campo de Ourique até 2026

    Na cerimónia de lançamento da primeira pedra desta obra, o presidente da Junta de Campo de Ourique, Hugo Vieira da Silva (PS), disse que este é “um projecto antigo e uma antiga reivindicação desta freguesia”

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    A construção da Unidade de Saúde de Campo de Ourique, em Lisboa, encontra-se em obra, prevendo-se a conclusão para final de 2026, revelou nesta quinta-feira o presidente da câmara, indicando que este equipamento foi prometido “há mais de 10 anos”.

    Em 2026, finalmente, Campo de Ourique terá o seu centro de saúde”, afirmou o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), no âmbito de uma visita à obra, que conta com um investimento de cerca de quatro milhões de euros e que irá servir uma população de cerca de 15.200 utentes.

    Na cerimónia de lançamento da primeira pedra desta obra, o presidente da Junta de Campo de Ourique, Hugo Vieira da Silva (PS), disse que este é “um projecto antigo e uma antiga reivindicação desta freguesia”, que constitui “uma necessidade premente da população”, congratulando-se com a concretização da obra e perspectivando que “as novas valências deste centro de saúde serão, certamente, uma grande mais-valia”.

    De acordo com a câmara, este novo equipamento de saúde irá disponibilizar consultas de nutrição, psicologia, saúde oral e terapia da fala, entre outras.

    “Lisboa não para e isso é muito importante nos tempos que correm, continuar a trabalhar e a fazer”, disse o social-democrata Carlos Moedas, agradecendo a cooperação do socialista Hugo Vieira da Silva na concretização do projecto da Unidade de Saúde de Campo de Ourique.

    Apesar de recursar a ideia de que as recentes inaugurações de obras são eleitoralistas e de adiar a resposta quanto à sua recandidatura às eleições autárquicas, que se realizarão entre Setembro e Outubro deste ano, porque considera que ainda faltam “muitos meses” e, antes, o país deverá ter eleições legislativas antecipadas devido à queda do Governo, Carlos Moedas centralizou o seu discurso no investimento realizado neste mandato 2021-2025, com comparações com o anterior 2017-2021, sob liderança do PS.

    “Neste mandato, já investimos 1,2 mil milhões de euros, mais 450 milhões de euros do que o mandato anterior, portanto foi um mandato a fazer e a concretizar”, declarou o social-democrata, destacando a construção de 20 equipamentos, entre escolas, creches, centros de saúde e outros, a que se juntam 18 em construção.

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    Vector Mais constrói o novo escritório da tecnológica norte-americana PagerDuty

    A empresa de soluções para a gestão de operações digitais, escolheu o Allo, em Alcântara, para a sua base em Lisboa. Com gestão de projecto da P4 Project Management e arquitectura do atelier Openbook, a construção do espaço de trabalho coube à Vector Mais

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    Fundada em 2009 e com sede em São Francisco, nos EUA, a PagerDuty, que fornece soluções para a gestão de operações digitais, escolheu o Allo, em Alcântara, para a sua base em Lisboa. Com gestão de projecto da P4 Project Management e arquitectura do atelier Openbook, a construção do espaço de trabalho coube à Vector Mais.

    Ricardo Castro, gestor de projecto da Vector Mais, afirma que o escritório PagerDuty reflecte o “interesse crescente das empresas americanas no mercado e talento nacionais, mas também a capacidade da Vector Mais em lidar com processos que exigem um elevado padrão de execução. O resultado final vai de encontro ao desejo da empresa tecnológica em ter um espaço de trabalho apelativo e inspirador para acolher a sua equipa de colaboradores nacionais e internacionais”.

    Dividido em duas áreas, o escritório conta com um espaço social aberto aos colaboradores e visitantes, e outra mais reservada, para a operação da empresa. Na primeira, com a sua ampla ‘praça’, o foco esteve na criação de um ambiente que fomentasse a troca de ideias e a criatividade, usufruindo ao máximo da luz natural e da vista sobre o Rio Tejo e a ponte. Para a materialização deste espaço foi construída uma estrutura metálica ondulante, que guia os visitantes desde a entrada até à cozinha e abre o horizonte para a área de socialização e a vista exterior. Os tectos à vista pintados de vermelho ou cobertos com uma malha metálica verde, bem como as carpintarias circulares e a cuidada aplicação de materiais como o pavimento vinílico em tom de madeira ou o cerâmico terrazzo.

    Por sua vez, a área de trabalho é definida por uma zona central com ilhas de secretárias ladeadas por salas de reuniões, espaços de concentração e colaboração. Aqui, o tecto à vista deixa ver as instalações técnicas, servindo como elemento de contenção acústica. O balcão alto com estrutura metálica ondulante, as divisórias com perfil preto e a aplicação original do pavimento vinílico e da alcatifa finalizam este espaço.

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    Grupo Albôi inaugura em Maio terceira unidade em Aveiro

    O Hotel do Albôi é a terceira unidade hoteleira no centro histórico de Aveiro, num investimento superior a três milhões de euros e junta-se ao portfolio do Grupo que inclui o Hotel das Salinas e o Hotel Aveiro Center

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    O Grupo Albôi prevê inaugurar o Hotel do Albôi, a sua terceira unidade hoteleira no centro histórico de Aveiro, num investimento superior a três milhões de euros e que visa “contribuir para a valorização do mercado hoteleiro de Aveiro e da Região”. Localizado na rua da Liberdade, o novo hotel de quatro estrelas é composto por 16 quartos, um restaurante – Salineira -, liderado por Bárbara Junes com uma carta que privilegia os ingredientes locais e sazonais, uma cafetaria (Maré Baixa), um rooftop bar (Maré Alta), com vista sobre a ria de Aveiro, e um serviço de bem-estar e beleza.

    “O Hotel do Albôi pretende afirmar-se como um hotel de design contemporâneo, com um serviço de excelência, conforto, gastronomia e bem-estar. Ao nível da sustentabilidade, ambicionamos também fazer a diferença, ao implementar práticas eco-friendly em todas as áreas do hotel, desde a eficiência energética à gestão de resíduos”, afirmou, Carla Santos, administradora do Grupo Albôi

    Este hotel junta-se ao portfolio do grupo que inclui o Hotel das Salinas e o Hotel Aveiro Center, todos localizados no bairro do Albôi, um dos bairros mais tradicionais da cidade, que é o ponto de partida para desfrutar da beleza do canal central da Ria de Aveiro, dos edifícios de Arte Nova, da Sé Catedral, dos museus da cidade, da Universidade de Aveiro e da movimentada Praça do Peixe.

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    Risco de crédito no sector da construção aumenta face aos desafios

    A instabilidade dos mercados e das economias mundiais aumentou o risco de crédito para as empresas de construção nos principais mercados europeus, aponta um estudo da seguradora Crédito y Caución. A falta de mão de obra qualificada atinge mercados como a Alemanha, Países Baixos e Reino Unido e corre o risco de se tornar um problema estrutural, apesar dos esforços de digitalização e pré-fabricação do sector

    A produção global no sector da Construção deverá crescer 2,3% em 2025 e 3,3% em 2026. Os números constam no mais recente relatório divulgado pelo Crédito y Caución. De acordo com a seguradora de crédito a actual turbulência imobiliária na China e a degradação dos perfis de investimento pesam agora sobre as perspectivas para a construção residencial. Olhando ainda para trás, as altas taxas de juro e hipotecas na Europa e nos EUA reduziram a procura em 2024. A descida dos juros e a estabilidade da inflação deverão alivar parte da pressão, prevendo-se que a actividade ganhe um novo ímpeto, sobretudo a partir do segundo semestre de 2025.
    “A engenharia civil e a construção não residencial registaram um forte crescimento nos últimos dois anos. Ambos os segmentos beneficiam do interesse público mundial na defesa de políticas industriais e de grandes projectos de infraestruturas, numa tentativa de impulsionar as economias. No entanto, as taxas de crescimento serão mais baixas em 2025 e 2025, devido ai aumento das medidas de austeridade em alguns mercados”, salienta a seguradora de crédito.
    De uma forma geral, a instabilidade dos mercados e das economias mundiais aumentou o risco de crédito para as empresas de construção nos principais mercados europeus, para o que contribuiu também o “fraco desempenho” das economias em 2024. Para 2025 e 2026, a Crédito y Caución “prevê uma recuperação modesta do sector na União Europeia de 1,3 e 2,1%, respectivamente, graças a projectos de flexibilização monetária e transformação ecológica”.

    A incerteza do mercado alemão
    Parte da estabilidade da economia europeia depende da forma como um dos seus principais “motores”, a Alemanha, consiga recuperar e manter-se em terreno positivo depois de dois anos em contracção. Em 2024, as exportações do país caíram 0,7% e o investimento fixo 2,7%. A Crédito y Caución prevê que o PIB da Alemanha cresça 0,4% em 2025, um pequeno alívio após as contracções de 2023 e 2024, mas mesmo esta pequena recuperação não está garantida. A seguradora de crédito espera que a indústria automóvel alemã cresça no máximo 2% em 2025, após uma contracção de 4% em 2024 e a produção da construção estabilizará após uma queda de 3% em 2024. O impacto das tarifas recentemente impostas pelos EUA sobre as exportações alemãs de aço e alumínio será modesto, mas não está afastada a possibilidade do agravamento de tarifas gerais sobre a União Europeia, o que aumenta o factor de instabilidade. De acordo com o recente estudo realizado pela seguradora de crédito junto de 470 empresas, apenas 14% do tecido produtivo alemão espera que a economia melhore em 2025, bem abaixo dos 32% que esperam um agravamento. Este pessimismo é fácil de compreender: as insolvências de empresas alemãs aumentaram 24% em 2024. As empresas pedem à nova administração que se concentre em quatro questões: redução da burocracia (82%), custos energéticos (73%), fiscalidade (61%) e estabilidade política (54%).
    Mas “qualquer expectativa de uma mudança rápida na evolução da Alemanha é provavelmente exagerada”, considera a seguradora de crédito.

    Os desafios do sector
    Pondo de parte as incertezas do mercado e o eventual aumento das tarifas alfandegárias, um outro problema surge transversal ao sector um pouco por toda a Europa: “os custos da mão de obra e os atrasos devidos à falta de trabalhadores qualificados que estão a ter um forte impacto nos mercados mais avançados”, refere a análise da Crédito y Caución. Com a seguradora a afirmar que a escassez já é particularmente grave na Alemanha, nos Países Baixos e no Reino Unido, podendo, inclusive, a tornar-se um grande problema estrutural a médio prazo.
    Tradicionalmente, a indústria da construção tem sido mais lenta do que outras indústrias a adoptar soluções ligadas à digitalização, embora o estudo considere que a adopção de novas tecnologias está a aumentar muito rapidamente com novos métodos de construção off-site ou pré-fabricação modular que têm o potencial de reduzir a mão de obra. Ao mesmo tempo o sector europeu da construção está sob pressão para reduzir emissões de CO2, o que representa um desafio acrescido.

     

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Mercado das obras públicas acelera em 2025

    As obras públicas iniciaram 2025 com uma forte aceleração. De acordo com a AICCOPN, os contratos celebrados de empreitadas cresceram 69%, enquanto os concursos de empreitadas de obras públicas promovidos ascendeu a 754 M€, um aumento de 102% face ao período homólogo, excluindo o concurso para a primeira fase da LAV 

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    O mercado das obras públicas conheceu no início de 2025 um forte aceleramento nos seus principais indicadores. Segundo o Barómetro das Obras Públicas da AICCOPN, em Janeiro o montante dos concursos de empreitadas de obras públicas promovidos ascendeu a 754 milhões de euros, reflectindo uma quebra de 63% em termos homólogos. Contudo, esta variação negativa é fruto do concurso público internacional para a primeira fase da Linha de Alta Velocidade, entre o Porto e Oiã, no valor de 1.661,4 milhões de euros. Excluindo este concurso, verificar-se-ia um aumento de 102% no montante global de concursos promovidos.

    Já na componente dos contratos de empreitada celebrados e registados no Portal Base, no âmbito de concursos públicos, estes atingiram os 318 milhões de euros, praticamente o dobro dos 159 milhões de euros registados no mesmo mês de 2024.

    Relativamente aos contratos celebrados através de Ajustes Directos e Consultas Prévias, apura-se, neste primeiro mês de 2025, uma redução de 22% em termos homólogos, para 25 milhões de euros. Em termos globais, o valor dos contratos de empreitadas de obras públicas celebrados e registados no portal Base, ascenderam a 353 milhões de euros, representando um expressivo acréscimo de 69% em termos homólogos.

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    Antigo edifício do Inatel na Infante Santo reabre (novamente) como hotel

    Em declarações à Publituris Hotelaria, Celina Dhanani, chief executive officer do DH Hotels, confirmou que o Grupo, “vai crescer a sua operação na capital com a abertura de uma nova unidade, num investimento de “cerca de 20 M€, distribuídos entre a aquisição do edifício ao Inatel e a respectiva remodelação”

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    Antigo edifício do Inatel na Infante Santo reabre (novamente) como hotel

    O antigo Hotel Residencial Infante Santo, que em 1983 foi adquirido pelo Inatel e onde funcionou o Centro de Férias da Fundação até 1998, vai reabrir pelas mãos do grupo DH Hotels.

    Em declarações à Publituris Hotelaria, Celina Dhanani, chief executive officer do DH Hotels, confirmou que o Grupo, que já conta com um hotel em Lisboa, “vai crescer a sua operação na capital com a abertura de uma nova unidade no antigo Hotel Residencial Infante Santo”, num investimento de “cerca de 20 milhões de euros, distribuídos entre a aquisição do edifício ao Inatel e a respectiva remodelação”.

    Após as obras, que já estão em curso, é esperado que o hotel abra portas em Agosto deste ano como um quatro estrelas superior, com 40 quartos, salas de reuniões, ginásio e um rooftop com vista para o rio.

    “A arquitectura vai ser mantida. Vamos tentar aproveitar tudo o que existia em termos de linhas de orientação, de design dos anos 50. Queremos manter a identidade do edifício, com algum modernismo”, explica a Celina Dhanani.  O projecto de arquitectura ficará a cargo da Arquipeople.

    O hotel estará “vocacionado para turismo MICE e de saúde”, de acordo com Celina Dhanani, dada a proximidade ao hotel de “infraestruturas ligadas à saúde”.

    O DH Hotels, que já conta com um hotel na capital, o Lisbon Arsenal Suites, é parceiro do City Hotels, grupo hoteleiro com quatro unidades em Lisboa: o Lisbon City Hotel; o Lisbon City Apartments & Suites; o Lisbon City Hollywood Hotel e o Lisbon City Inn Hotel.

    Recorde-se que o antigo Hotel Residencial Infante Santo, projecto pelo arquitecto Alberto Pessoa, também ele autor dos emblemáticos edifícios residenciais da Avenida Infante Santo, e propriedade da empresa de materiais de construção F. H. d’ Oliveira & Cª, foi inaugurado a 28 de Maio de 1957.

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