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    Arqº Pedro Ressano Garcia

    Arquitectura

    Pedro Ressano Garcia: “Estamos a viver uma revolução cultural”

    O arquitecto falou ao CONSTRUIR sobre o projecto SOS Climate Waterfront e sobre as transformações sociais que se irão acentuar com a pandemia

    Cidália Lopes

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    Pedro Ressano Garcia: “Estamos a viver uma revolução cultural”

    O arquitecto falou ao CONSTRUIR sobre o projecto SOS Climate Waterfront e sobre as transformações sociais que se irão acentuar com a pandemia

    Cidália Lopes
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    O projecto SOS Climate Waterfront trabalha em simultâneo com cinco cidades europeias e todas com um denominador comum: a proximidade ao Mar e os desafios que enfrentam com as alterações climáticas. Apesar de conscientes destas mudanças, verifica-se que Portugal nem sempre tem tomado as melhores opções estratégicas em termos de projectos junto aos estuários

    Arqº Pedro Ressano Garcia

    Pedro Ressano Garcia, arquitecto, professor e investigador, fala ao CONSTRUIR sobre o projecto europeu onde está envolvido e de que forma Portugal pode apreender com visão de outras cidades costeiras. E ainda as transformações sociais e culturais que se irão acentuar com a pandemia

    O que mudou nas últimas décadas?
    Em várias regiões costeiras do país, tomei conhecimento da maneira como as gerações anteriores construíram em lugares afastados da costa por temerem tempestades e maremotos. Este conhecimento foi sendo sedimentado ao longo dos tempos, transmitido de geração em geração e continha a sabedoria da experiência da comunidade que sabia lidar com a natureza. Quando surgiram grupos que desconhecendo a condição do lugar construíram junto à costa, na cota baixa em lugares vulneráveis iniciaram uma alteração profunda da maneira como lidamos com a linha de costa. O esquecimento ou a ignorância conduziram a grandes alterações a partir da década de 1960, alavancado na de 1970 e tornando mais expressivo nas últimas décadas.

    “Entre os nossos parceiros europeus partilhamos informação sobre experiências urbanas que desenvolvem o quarteirão ideal. É uma solução que conjuga sustentabilidade ambiental e social”

     

    Como será a Costa Portuguesa dentro de algumas décadas?
    A costa portuguesa se seguir a tendência de outros países tenderá para aquilo que o Eric Van Hooydonk escreveu no seu livro soft values e que reúne um consenso junto de outros autores sobre a valorização dos soft edges, ou seja uma linha de costa que não procura betonar e controlar a natureza mas dialogar e negociar com as suas forças. A solução soft edge dá prova de ser mais eficaz, mais resiliente e menos dispendioso. O diálogo e a negociação implica um conhecimento dos parâmetros climáticos e uma previsão das suas alterações. Actualmente regista-se uma maior definição na separação de zonas naturais e artificiais. Nas zonas naturais haverá investimento na sua renaturalização enquanto nas artificiais haverá discussão sobre a sua protecção ou abandono.

    Que erros ainda se cometem actualmente quando falamos de frentes ribeirinhas?
    O conhecimento requer tempo e ponderação, alguns investidores menos esclarecidos, com pressa procuram realizar investimento para obter mais valias rapidamente. Este grupo de investidores inclui públicos e privados, colectivos ou individuais pelo que não há os bons e os maus, apenas os mais esclarecidos e os menos. É fundamental investir na divulgação do conhecimento dos riscos associados a determinadas práticas. Nos últimos anos proliferam as novas construções junto à água, aldeamentos turísticos, habitação colectiva e equipamentos (hospitais, museus, etc.). Em desenvolvimento há novos projectos (aeroporto, condomínios, hotéis, etc.) que perpetuam a cultura do betão e do controle da natureza negligenciando as boas práticas europeias.

    Numa conferência falou que a própria tecnologia hoje em dia permite arriscar em determinados projectos. aquilo a que chamou “arrogância técnica”. Que consequências podem estas escolhas vir a ter no futuro?
    A modernidade valorizou a capacidade da civilização dominar a natureza, a tecnologia garantiu a sua eficácia e contagiou a cultura dominante. Há uma grande percentagem de decisores que acredita na modernidade e na consequente capacidade de controlar a natureza. A partir do século XXI houve uma crescente tendência em vários grupos que questiona essa controle, duvida da sua eficácia e desperta os mais jovens para a fragilidade desse domínio. A percepção que o homem não domina a natureza tem crescido exponencialmente entre os jovens adultos que começam a desconfiar dos mais velhos, na maneira como devoram os recursos naturais, o ritmo a que se perde biodiversidade e o estado em que lhes entregam o planeta.

    Verificamos que os nossos antepassados construíram alguns projectos resilientes na frente ribeirinha utilizando a tecnologia que tinham disponível. Em Lisboa, por exemplo, temos a baixa pombalina, as gares marítimas de Alcântara e da Rocha de Conde d’Óbidos e a central Tejo, já pensou o que tem de comum?

    Todas utilizaram técnicas inteligentes, que têm resistido ao tempo; as fundações dos edifícios da Baixa adoptaram uma tecnologia adaptada às águas subterrâneas, no piso térreo são utilizados materiais resistentes à água, modelo semelhante das gares e da central Tejo. Não existem caves, nem dependem de mecanismos eléctricos para prevenir inundações. Adoptaram soluções técnicas na escolha dos materiais, na geometria e opções de projecto que não dependem de soluções técnicas para controlar eventos naturais. São soluções sábias, adaptadas e resilientes.

    As frentes ribeirinhas são zonas vulneráveis, pelo que os projectos devem ser ligeiros e imprimir uma pegada leve. A leveza influencia a escolha dos materiais, a geometria e a densidade dos projectos. Actualmente, temos tecnologia para proceder a grandes transformações no território ribeirinho, construir em altura e subterrâneos, reconduzir águas, controlar o nível freático, as tempestades e as marés extremas porém as alterações climáticas demonstram que os cálculos são tímidos, os eventos climáticos extremos são mais frequentes e o aumento do ritmo de catástrofes tem sido exponencial nos últimos sete anos. Alguns projectos colocam as comunidades numa situação precária. O ambiente edificado é danificado, não resiste porque não está adaptado. Tem pouca resiliência.

    Plataforma Tejo: projecto propõe terraços ajardinados sobre a linha de comboio, ligando a cidade e o rio, o jardim (junto ao MNAA) e a doca de Alcântara gerando um espaço público contemporâneo e sustentável. Recebeu o Prémio Pancho Guedes de Arquitectura


    Quando se pensa em projectos na frente ribeirinha há fazer um planeamento a vários anos e em várias vertentes. No que diz respeito a projectos urbanísticos e imobiliários que continuam a surgir junto ao rio, seja aqui em Lisboa, seja em qualquer cidade ou vila próxima da zona costeira considera que os mesmos não estão a ser bem acautelados?
    O trabalho que temos vindo a desenvolver com os nossos parceiros europeus reúne experiências de várias realidades culturais e geográficas. Valorizamos soluções implementadas e lançamos ideias e visões a perseguir no futuro. O nosso trabalho não implica denunciar, nem sermos activista, somos investigadores com conhecimento e procuramos divulgá-lo a um público mais alargado para que seja útil às cidades europeias. Procuramos inspirar as próximas gerações. Temos um horizonte temporal distinto dos ciclos eleitorais, pensamos em décadas. Na nossa investigação partimos do pressuposto que ninguém conhece o futuro, para o imaginar relacionamos parâmetros, recolhemos dados e comparamos. O nosso estudo centra-se em cinco cidades europeias, Estocolmo, Gdansk, Tessalónica, Roma e Lisboa, localizadas no Mar Báltico, Mar Egeu, Mar Mediterrâneo e oceano Atlântico cobrimos as várias realidades na Europa.
    Entre os nossos parceiros europeus surgiu alguma perplexidade sobre os edifícios mais recentes na zona de Lisboa, localizados junto ao estuário, onde as opções de projecto negligenciam o conhecimento acumulado pelas boas práticas. Lisboa nos últimos dez anos fez pior que outras cidades. Em Espanha por exemplo, está proibida a implantação de hotéis sobre antigos terrenos portuários desde o início do século XXI. É fácil perceber que qualquer investidor hoteleiro tenha enorme apetência por locais junto à água no centro da cidade. Vale a pena reflectir porque razão Espanha tomou esta opção enquanto Lisboa aprovou a construção em Belém de um novo hotel inaugurado em 2010.

    Na nossa opinião há vários agentes, projectistas, investidores, decisores políticos que optam por dar continuidade ao pensamento dominante do século XX, juntos procuram manter-se numa zona de conforto e num tempo passado onde a natureza não se manifestava de maneira tão expressiva, colocando desafios novos, que exigem a adaptação a novos padrões.

    Ou de que forma este tipo de projectos, pela sua proximidade ao mar, terão que ser diferentes?
    Para os projectos se adaptarem e resistirem às alterações climáticas terá de haver maior definição na caracterização de zonas naturais onde se promove a diversidade e a protecção dos sistemas ecológicos e se combate a perda da biodiversidade das zonas urbanizadas. Nas zonas naturais haverá investimento na sua renaturalização enquanto nas artificiais haverá discussão sobre a sua protecção ou abandono.

    “As soluções para enfrentar as alterações climáticas no século XXI contrariam a hipótese do novo aeroporto do Montijo que persegue uma estratégia desactualizada”

     

    Tendo em conta o trabalho desenvolvimento pela SOS Climate Waterfront que acções têm sido tomadas para minimizar o impacto das alterações climáticas?
    A equipa transdisciplinar internacional reflectiu e procurou conhecer as últimas estratégias implementadas na área metropolitana de Lisboa. Em traços gerais uma das grandes potencialidades é continuar a descontaminação do estuário, promovendo a biodiversidade, a captação de CO2 e regeneração da qualidade do ar. A protecção das cheias e ampliação das zonas inundáveis é um dos factores determinantes a considerar na ocupação do território.

    As soluções para enfrentar as alterações climáticas no século XXI contrariam a hipótese do novo aeroporto do Montijo que persegue uma estratégia desactualizada. Quando vários agentes estão implicados na redução de emissões CO2, protecção ecológica, redução da pegada e descarbonização esta iniciativa é desajustada do tempo presente.

    Nos próximos anos vamos assistir à expansão de corredores ecológicos existentes, à criação de novas infraestruturas em simbiose com a natureza sobre zonas industriais e da regeneração da natureza em ambientes urbanos.

    De que forma pode a arquitectura contribuir?
    A arquitectura pode actualizar-se. No século XX o gosto dominante valorizou grandes envidraçados, muita luz e espaços rasgados pela transparência com o exterior. No século XXI dominam soluções inteligentes de baixo consumo energético, equilíbrio térmico passivo e materiais ecológicos. As coberturas verdes, terraços ajardinados, fachadas verdes e o revestimento integral de edifícios com isolamento térmico são algumas soluções que deverão ser integradas nos futuros planos municipais e que neste momento enfrentam um bloqueio por parte das instituições responsáveis que se regem por legislação desactualizada. A contemporaneidade assiste a uma nova estética, uma nova sensibilidade para a arquitectura, onde surgem estruturas não lineares, geradoras de sensações de equilíbrio precário, complexo, aleatório, valorizando geometrias sobrepostas e ambientes de mutação flexível.

    “Hsinta Ecological Powerplant”(Taiwan) – Proposta vencedora do prémio de mérito no concurso internacional para a central eléctrica do futuro propondo a coexistência da nova central a gás natural com as energias renováveis, as actividades humanas, da comunidade local, e a protexção ambiental

     

    A pandemia obrigou a uma reflexão, um momento de introspecção”

    Quanto à actual situação que se está a viver de isolamento social devido à pandemia que alterações considera que irá acontecer no panorama da arquitectura?
    As crónicas dos historiadores dão-nos a conhecer que as gerações anteriores enfrentaram situações semelhantes. Pandemias, guerras ou catástrofes naturais levaram ao isolamento social. Não é uma novidade em termos históricos, é novidade apenas para a nossa geração. Qual a diferença entre nós e os nossos antepassados?  Antes de mais, o espaço da habitação era partilhado. As comunidades partilharam o espaço das suas habitações em grupos alargados e em famílias transgeracionais. Os mosteiros e conventos tinham uma percentagem significativa da população, as vilas operárias albergavam grupos com forte sentido de comunidade. O pátio era o espaço exterior usado pelos vizinhos. Refiro vários exemplos para tentar perceber o que mudou nas ultimas décadas.

    No momento presente, regista-se um aumento do número de núcleos menores; cerca de 1/3 dos portugueses não tem filhos, 1/3 tem um filho, 2/3 dos casais separam-se, surgiu a designação de família uniparental sem filhos, as unidades de habitação tem vindo a ajustar-se ao estilo de vida assente no indivíduo.

    Em termos históricos nunca houve tanta gente a viver sozinha. O isolamento é mais sentido no indivíduo do que nos grupos. O isolamento é mais duro num apartamento do prédio do que numa moradia com terreno à volta ou numa habitação voltada para o pátio como em Alfama. O que vai acontecer é sempre distinto do que imaginamos no entanto é provável que cresça o interesse por soluções que permitam ao indivíduo relacionar-se com um grupo mais alargado mantendo as devidas distâncias.

    A pandemia obrigou a uma reflexão, um momento de introspecção. As emissões de CO2 baixaram, o hiperconsumo congelou, o tempo desacelerou. Cada indivíduo reage de maneira diferente quando se olha demoradamente ao espelho. Para muitos o isolamento vem abrir os olhos e relançar prioridades, relativamente à velocidade acelerada e ao consumo desenfreado. Na minha opinião é imprevisível o que vai acontecer porque depende de muitos parâmetros mas colectivamente estamos a viver uma revolução cultural.

    O simples acto de se relacionar com um determinado lugar ou espaço para depois se partir para o desenho está limitado. De que forma poderá, ou não, reflectir-se no projecto?
    As ferramentas digitais permitem a partilha de informação e estabelecer relações independentes do espaço e do tempo. A nossa condição física, relacionada com o espaço e o tempo, tem actualmente um acréscimo, a nossa dimensão digital. É uma condição que está relacionada com o espaço do fluxo e um tempo maleável. Refiro acréscimo porque não se trata de uma substituição mas de uma dimensão complementar. As gerações que cresceram com o digital procuram uma aproximação entre as duas e estão mais interessados em cuidar da sua condição física, alimentação saudável, a prática do desporto e desfrutar das suas relações sociais. A arquitectura sendo a mais material das artes tem um peso imenso. Os edifícios pesam toneladas e a arquitectura é imóvel. A cultura do século XXI valoriza o espaço fluido, flexível, que utiliza materiais leves e mutantes. O projecto deve incluir estas componentes para servir o cliente, o investidor, o utilizador.

    Além das inevitáveis alterações ao nível das relações humanas, as próprias habitações são hoje um desafio pela necessidade de passarem a ser, também, o nosso local de trabalho. Neste sentido, e enquanto arquitecto, pensa numa forma diferente de projectar as nossas casas pós Covid-19?
    Na minha opinião, a pandemia irá proporcionar uma aceleração de transformação da sociedade. As tendências que se tinham vindo a sentir vão aumentar exponencialmente. Colectivamente, as pessoas verificaram que é possível realizar várias iniciativas sem sair de casa. As reuniões online funcionam e muitos serviços permanecem operativos.

    As novas gerações valorizam a utilização da propriedade, dos transportes, dos bens de consumo em vez da sua aquisição e manutenção. A partilha de bens comuns regista um crescimento exponencial, neste sentido os espaços de co-working e habitação comunitária seguem a tendência.

    Neste contexto, a qualidade da oferta continua a ser determinada por mais factores; a localização, o ambiente do bairro, a qualidade dos espaços públicos exteriores, a diversidade da população, etc.

    Entre os nossos parceiros europeus partilhamos informação sobre experiências urbanas que desenvolvem o quarteirão ideal. É uma solução que conjuga sustentabilidade ambiental e social. Faz a sua própria gestão energética, reciclagem de lixos, produção alimentar, tem espaços exteriores de convívio privado e público.

    Vivo no centro histórico da cidade, há vizinhos a desenvolver pequenas hortas, a criar galinhas, a gerar a sua própria energia. Num futuro próximo haverá mais pessoas a produzirem alimentos biológicos, a produzir a sua própria energia e a proceder à troca directa com os vizinhos. A partilha do meio de transporte, de informação online e de produção de energia conduz a uma autonomia relativamente a custos associados com as empresas energéticas e os impostos para o estado. A libertação destes custos se estiver associada a uma crítica ao hiperconsumo permite níveis de liberdade individual absolutamente inovadores. Na minha opinião a arquitectura irá acompanhar esta tendência.

    “(…) a pandemia irá proporcionar uma aceleração de transformação da sociedade. As tendências que se tinham vindo a sentir vão aumentar exponencialmente”

     

    E os espaços de trabalho poderão ser pensados de forma diferente?
    O espaço de trabalho tende a ser o ecrã. O computador pessoal é um instrumento mas a criatividade humana utiliza vários instrumentos para se desenvolver. O trabalho em equipa tem vindo a testar a utilização de vários instrumentos mas a relação entre humanos permanece uma enorme fonte de energia e criação. O espaço e o tempo de trabalho gozam da fluidez do espaço do fluxo e da sua flexibilidade temporal, oferecem a realidade virtual e a realidade aumentada. Nos últimos anos tive a experiência de viajar para os vários continentes, mantendo uma relação profissional continua com os meus clientes. A ligação à internet exibida no ecrã gera uma existência quase omnipresente, liberta do espaço geográfico e do tempo de fuso-horário onde está o corpo. Isto tem aspectos positivos e negativos. A experiência da realidade física e temporal torna-se cada vez mais uma opção e deixa de ser uma condição. Resta a cada indivíduo escolher o que convém à sua própria vida.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

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    Ateliermob apresenta Coopmmunity, a nova plataforma para projectos colaborativos
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    CAM “Edifício do Ano” pelo ArchDaily
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    Ateliermob apresenta Coopmmunity, a nova plataforma para projectos colaborativos

    Representantes do projecto em Portugal, o Ateliermob trabalha, desde Dezembro de 2023, com uma equipa de especialista em habitação cooperativa de Valência para desenvolver o modelo aplicar no nosso País. A apresentação será online no dia 27 de Fevereiro

    Na próxima quinta-feira, dia 27 de Fevereiro, o Ateliermob irá apresentar a nova plataforma digital, desenhada para facilitar a organização e participação das Cooperativas de Habitação em Cedência de Direito de Uso. A apresentação será online, entre as 15 horas e as 16 horas, através do link que se encontra disponível na página do atelier.

    A plataforma foi desenvolvida ao longo de 2024, com uma equipa de Valência, em Espanha, composta por profissionais especializados na gestão de projectos de Habitação Cooperativa, nomeadamente, os ateliers Carpe.studio, Joan Rojeski studio e a cooperativa de arquitectura Crearqció, em conjunto com a cooperativa valenciana El Rogle, tendo a equipa do Ateliermob aceite esta parceria em Dezembro de 2023 enquanto representantes do projecto em Portugal.

    A plataforma Coopmmunity destina-se à aprendizagem, debate e coordenação com outras pessoas para a realização de projectos cooperativos, disponibilizando também um espaço de gestão interna para cooperativas já estabelecidas. Também estão disponibilizadas diversas funcionalidades com o objectivo de facilitar a interacção e a tomada de decisões entre interessados, profissionais e grupos promotores, contribuindo para o fortalecimento do ecossistema das Cooperativas de Habitação com Cedência de Direito de Uso.

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    CAM “Edifício do Ano” pelo ArchDaily

    O Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, redesenhado pela visão de Kengo Kuma, em colaboração com o gabinete de arquitectura OODA e do gabinete de arquitectura paisagística de Vladimir Djurovic (VDLA) foi eleito Edifício do Ano na categoria “Cultural Architecture”, na edição de 2025 dos prémios ArchDaily. Numa edição onde mais três obras de arquitectos portugueses estavam entre os nomeados

    Já são conhecidos os 15 finalistas da edição 2025 do “Prémio Edifício do Ano do ArchDaily e um deles é Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, redesenhado pela visão de Kengo Kuma, em colaboração com o gabinete de arquitectura OODA e do gabinete de arquitectura paisagística de Vladimir Djurovic (VDLA). O CAM foi eleito Edifício do Ano na categoria “Cultural Architecture”.

    O arquitecto japonês recriou o edifício original de betão do CAM, inaugurado em 1983, da autoria do arquitecto britânico Leslie Martin, aumentando a transparência a sul e acrescentando-lhe uma impressiva pala de 100 metros de comprimento, com uma cobertura de 3.274 telhas de cerâmica brancas, produzidas em Portugal.

    O projecto é inspirado no conceito de Engawa, um elemento da arquitectura tradicional japonesa que estabelece uma harmoniosa ligação entre o interior e o exterior. Trabalhando em estreita colaboração com Kuma, Vladimir Djurovic criou uma “mata urbana”, definindo uma nova frente paisagística da Fundação Gulbenkian, a Sul, com um elevado índice de biodiversidade, criando habitats para a vida selvagem e estabelecendo uma transição subtil, muito natural, com o jardim original.

    O prémio lançado há 16 anos teve por base uma ideia simples, mas poderosa, permitir que os leitores escolhessem os seus edifícios favoritos de entre a vasta biblioteca do ArchDaily. Ao longo dos anos o prémio cresceu e tornou-se um dos mais reconhecidos e democráticos do mundo da arquitectura.

    Este ano de entre as quatro mil obras publicadas em 2024, foram seleccionados 75 finalistas. Para além do CAM, mais três projectos nacionais integraram esta short list, que só por si elegeu um conjunto forte de projectos um pouco por todo o mundo.

    Na categoria “Best Applied Product” a reabilitação e ampliação de um edifício do século XVI, que deu origem a quatro apartamentos turísticos, em Angra do Heroísmo, Açores, com assinatura do atelier SCC Arquitectos, de Sónia Carvalho Cabaça e Catarina Viegas de Sousa.

    Na categoria “Houses” a Donavan House, do arquitecto português Gonçalo Pires Marques, foi um dos finalistas. O projecto destaca-se pelo uso inovador da madeira e pelo compromisso com a sustentabilidade, tornando-se um exemplo de excelência na arquitectura contemporânea. A construção esteve a cargo da ODUM.

    A instalação urbana Dome Next Door – Kopa Pie Doma, concebida pelo gabinete de arquitectura Hori-zonte, em colaboração com Antonella Amesberger, Jurgis Gečys, Toms Kampars e Artis Neilands, foi nomeado em duas categorias “Small Scale & Installations” e “Cultural Architecture”. A instalação transformou o coração histórico de Riga, reinventando a Praça da Catedral, como um palco urbano interactivo e dinâmico, respondendo à ausência de um ponto de encontro central onde diversos caminhos da cidade convergiam.

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    Trienal: ‘Conversas et Al’ junta fundador da Noarq e ilustrador Gémeo Luís

    Este terceiro momento do ciclo de tertúlias, acontece esta quinta-feira, dia 20 de Fevereiro, A conversa constrói-se em torno de uma peça de puzzle, símbolo da importância da unidade para a construção do todo

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    Em 2025, a Trienal iniciou mais um ciclo de tertúlias em torno da arquitectura e os seus desdobramentos em que participam quatro ateliers com prática estabelecida. Estes contam com um vasto leque de obras construídas de diversas escalas, que vai desde um plano de requalificação de arquitectura paisagista a um restaurante de acção social que convidam figuras cúmplices que se cruzam com a disciplina para conversas informais em torno de um objecto.
    Esta quinta-feira, dia 20 de Fevereiro, acontece o terceiro momento das conversas de arquitectura ‘Conversas et Al.’ que junta José Carlos Oliveira, fundador do atelier portuense Noarq, e Gémeo Luís, ilustrador consagrado em diversos formatos nacionais e internacionais. A conversa constrói-se em torno de uma peça de puzzle, símbolo da importância da unidade para a construção do todo. O desafio deste momento, aberto à participação do público, é “explorar as pertinências dos contributos numa equipa e como cada pessoa não só é imprescindível como se torna antídoto para uma solidão intelectual e processual que tende a tornar-se viciada e estéril”.

    Fundado há 23 anos, o Noarq concentra a sua pesquisa no desenho da paisagem, arquitectura e objectos quotidianos e conta com vitórias em concursos nacionais e internacionais, destacando-se as Piscinas na praia de Vila Garcia de Arousa e o Ascensor Público Halo de Vigo, em Espanha, ou a Ponte Ferreirinha sobre o Douro para o Metro do Porto.

    O último momento da terceira ronda de Conversas et Al., marcada para dia 6 de Março, conta com o atelier SIA e a presença da escultora Fernanda Fragateiro.

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    crédito Ricardo Cruz

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    Arquitecto Gonçalo Pires Marques finalista no “Building of the Year 2025”

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional

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    O arquitecto português Gonçalo Pires Marques está entre os finalistas do prestigiado prémio “Building of the Year 2025” do ArchDaily, um dos mais importantes reconhecimentos internacionais na área da arquitectura. O seu projecto, a Casa Donavan, destaca-se pelo uso inovador da madeira e pelo compromisso com a sustentabilidade, tornando-se um exemplo de excelência na arquitectura contemporânea.

    A Casa Donavan distingue-se pela sua abordagem única à construção em madeira, um processo que o próprio arquitecto descreve como “quase artesanal”. O trabalho próximo com o mestre carpinteiro foi essencial para garantir a precisão e a qualidade da execução. Além disso, a escolha da madeira termotratada, sem utilização de químicos, reforça o compromisso com a sustentabilidade.

    Além dos materiais escolhidos, o desenho da casa foi pensado para reduzir a necessidade de sistemas de climatização. O aproveitamento inteligente da exposição solar e a ventilação natural transversal contribuem para um menor impacto ambiental. Houve também um esforço consciente na selecção de fornecedores locais, minimizando deslocações e importações para reduzir a pegada ecológica.

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional. O arquitecto entende que “arquitectura portuguesa é uma área reconhecida entre pares a nível mundial como poucas áreas. Como no cinema português, é regularmente mencionada e até premiada. Aliás, Portugal é o único país do mundo com dois vencedores do Prémio Pritzker ainda vivos, o que reflecte a qualidade e a influência do nosso trabalho.”

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    OASRA promove debates sobre requalificação do património da Sinaga

    Discussão pública pretende discutir a intervenção e requalificação da Fábrica do Açúcar, no concelho de Ponta Delgada, e da Fábrica do Álcool, no concelho da Lagoa, ambas na ilha de São Miguel

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    A Ordem dos Arquitectos – Secção Regional dos Açores, no âmbito do Protocolo de Colaboração celebrado com a Secretaria Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública do Governo dos Açores, de 11 de Novembro de 2024, promove a discussão pública sobre a intervenção e requalificação da Fábrica do Açúcar, no concelho de Ponta Delgada, e da Fábrica do Álcool, no concelho da Lagoa, ambas na ilha de São Miguel.

    O período para a discussão pública sobre a intervenção e requalificação das antigas Fábricas do Açúcar e do Álcool já teve início e pode ser feito através da plataforma www.sinaga.pt. Este é um espaço dedicado à participação activa da comunidade na reflexão sobre o futuro das antigas Fábricas do Açúcar e do Álcool, com vista a enriquecer o debates e ajudar a definir soluções viáveis para a requalificação destes espaços industriais.

    Os encontros para o debate de ideias irão ocorrer nas próprias fábricas, sendo que a 22 de Fevereiro acontece um primeiro na Fábrica do Álcool e a 22 de Março na Fábrica do Açúcar e que contarão com a participação de especialistas nas áreas disciplinares da arquitectura, do património industrial e cultural, do turismo industrial, da economia, da museologia e da sustentabilidade.

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    Segunda edição do “Porto de Arquitectura” regressa entre Março e Julho

    São seis os edifícios representativos da arquitectura contemporânea portuense que integram a segunda edição do projecto e que serão apresentados esta quarta-feira em conferência no bar do Cinema Batalha

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    A Câmara Municipal do Porto e a Casa da Arquitectura apresentam esta quarta-feira, dia 12 de fevereiro, às 11 horas, em conferência de imprensa, a segunda edição do projecto “Porto de Arquitetura”. O objectivo passa por desenvolver, entre Março e Julho de 2025, um ciclo de visitas de arquitectura gratuitas e abertas ao público, num conjunto de seis edifícios representativos da arquitectura contemporânea portuense. A apresentação decorre no bar do Batalha Centro de Cinema.

    O ciclo de visitas tem como principal objetivo aproximar a comunidade da arquitectura portuense, dando a conhecer de forma privilegiada o processo de concepção, construção e recuperação de espaços icónicos da cidade.

    Os edifícios seleccionados representam algumas das mais relevantes intervenções recentes na cidade, desde a habitação até às infraestruturas, passando por edifícios destinados ao desporto, turismo, cultura e economia.

    A conferência de imprensa é seguida de uma visita guiada ao Batalha Centro de Cinema, reaberto em Dezembro de 2022, acompanhada dos arquitectos responsáveis pela requalificação, Alexandre Alves da Costa e Sérgio Fernandez.

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    ‘How to Build the Future?’ dá o mote para o novo ciclo de talks da Masslab

    A segunda edição das Mass Talks, o ciclo de conversas organizadas pelo atelier de arquitectura Masslab, inícia esta sexta-feira, dia 31 de Janeiro, pelas 17 horas, no Porto. Nuno Sampaio e Ana Neiva são os convidados desta sessão que irá explorar como a arquitectura, a educação e a cultura influenciam a forma como vivemos, aprendemos e construímos

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    O primeiro mês do ano de 2025 começa com a segunda edição das Mass Talks, o ciclo de conversas organizadas pelo atelier de arquitectura Masslab, que partem da investigação e curiosidade em explorar uma questão central: Como vamos construir o futuro?

    Com o tema “How to Build the Future?” como pano de fundo, a segunda edição gira em torno da Educação e da Cultura enquanto disciplinas essenciais para moldar o futuro e terá lugar no escritório da Masslab no Porto, esta sexta-feira, dia 31 Janeiro, pelas 17 horas.

    A conversa contará com a participação de Nuno Sampaio, arquitecto e director da Casa da Arquitectura, e Ana Neiva, investigadora, curadora e professora e irá explorar como a arquitectura, a educação e a cultura influenciam a forma como vivemos, aprendemos e construímos. Os convidados abordarão o papel destas áreas como catalisadores de transformação social e urbana, assim como o “paradoxo” de olhar para o futuro enquanto aprendemos com o legado do passado.

    Na primeira edição, o debate centrou-se nos desafios da indústria da construção, explorando o equilíbrio entre a necessidade de crescimento urbano e a responsabilidade ambiental com dois convidados: Sílvia Mota, CEO da MEXT: Mota-Engil Next e Francisco Rocha Antunes, presidente da MOME.

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    Passive House Institute certifica primeira Passive House Plus em Portugal

    Um edifício certificado como Passivhaus Plus não apenas reduz drasticamente o uso de energia, mas também produz a mesma quantidade de energia que os ocupantes consomem

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    É o segundo projecto certificado pela norma Passivhaus no Distrito de Lisboa, o primeiro no Concelho de Mafra e o primeiro em Portugal a receber a classificação Passive House Plus, ambos, da autoria do arquitecto passive house designer João Pedro Quaresma, da Nurture-AD.

    Passivhaus é um conceito construtivo que define um padrão de elevado desempenho, eficiente do ponto de vista energético, saudável, confortável e economicamente acessível e sustentável. A diferença entre uma Passivhaus Classic e uma Passivhaus Plus está relacionada principalmente à produção e ao consumo de energia renovável e ao grau de auto-suficiência energética. Ambos os tipos de casas seguem os rigorosos critérios de eficiência energética estabelecidos pelo padrão passivhaus, mas o nível de sustentabilidade e a integração de sistemas de energia renovável diferem.

    Um edifício certificado como Passivhaus Plus não apenas reduz drasticamente o uso de energia, mas também produz a mesma quantidade de energia que os ocupantes consomem.

    A moradia localizada em Mafra já havia obtido a classificação A+ e nZEB pelo sistema de Certificação Energética, e a comunicação do Passive House Institute (PHI) confirmando esta certificação validou todos os objectivos propostos.

    Este projecto de arquitectura foi desenvolvido, desde o início, com a determinação do cliente de obter a certificação pela norma Passivhaus. Em Portugal continental, os valores máximos de radiação ocorrem na região de Lisboa, com mais de 3.000 horas de sol por ano, factor que foi determinante no conceito programático do projecto. A geometria particular do terreno, com o lado maior e a inclinação natural orientados a sul, favoreceu a adopção de uma estratégia bioclimática e a optimização de um padrão de elevado desempenho passivo. Esse conceito esteve presente desde o início, tanto como desejo do proprietário quanto como estratégia do projecto.

    Na organização funcional da moradia, essa realidade climática permitiu que as zonas de permanência da casa fossem todas orientadas a sul, enquanto as circulações e os espaços complementares de uso foram posicionados a norte.
    Dessa forma, optimizou-se os ganhos solares através de vãos envidraçados generosos, garantindo o sombreamento permanente ou temporário durante os meses de Verão com alpendres e pérgulas solares. Essa solução também reduz a necessidade de iluminação artificial durante o Inverno, garantindo excelentes níveis de luminosidade natural.
    A moradia foi construída com o sistema construtivo ICF (Insulated Concrete Form), que permitiu eliminar pilares no interior, favorecendo maior flexibilidade espacial.

     

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    © Studio Ossidiana, Bird’s Palace Vondelpark, Riccardo de Vecchi

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    CCB lança bolsas de arquitectura Diogo Seixas Lopes

    Diogo Seixas Lopes, figura central do pensamento arquitectónico português e primeiro consultor da Garagem Sul, dá o nome às Bolsas de Criação, com o objectivo de “consolidar e incentivar” a construção colectiva de pensamento crítico e conhecimento em torno das linhas temáticas anuais. As propostas podem ser enviadas até 16 de Fevereiro

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    Destinadas a apoiar a “criação, investigação e experimentação”, o CCB lançou as primeiras duas  Bolsas de Criação ‘Diogo Seixas Lopes’. As candidaturas decorrem de 17 de Janeiro a 16 de Fevereiro de 2025, devendo ser formalizadas em formulário próprio. A linha temática da primeira edição é ‘Interespécies’.

    Criadas pelo Centro de Arquitectura MAC/CCB em homenagem ao arquitecto Diogo Seixas Lopes, falecido em 2016 e figura central do pensamento arquitectónico português e primeiro consultor da Garagem Sul, estas bolsas de criação, atribuídas por concurso, procuram “consolidar e incentivar” a construção colectiva de pensamento crítico e conhecimento em torno das linhas temáticas anuais do Centro de Arquitectura.

    O concurso, aberto a todas as pessoas ou colectivos cuja investigação incida sobre a arquitectura, procura proporcionar apoio financeiro à investigação ou criação e execução de projectos, com um valor anual de 10 mil euros, com acompanhamento da curadora-chefe do Centro de Arquitectura do MAC/CCB, Mariana Pestana.

    O processo de avaliação e selecção de candidaturas decorre durante os meses de Fevereiro e Março de 2025. O júri é composto por Julia Albani (externo), Marta Mestre (curadora, MAC/CCB) e Sofia Passadouro (educação e mediação, MAC/CCB). Os projectos seleccionados serão anunciados no dia de reabertura do Centro de Arquitectura, a 2 de Abril de 2025.

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    OA discute alteração ao RJIGT

    Este evento reunirá, hoje, 21 de Janeiro, a partir das 18H, na sede nacional da OA, em Lisboa, diferentes personalidades de relevo nas áreas do ordenamento do território, do urbanismo e da habitação. Debate poderá ser acompanhado em directo através do canal de YouTube da Ordem

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    A Ordem dos Arquitectos discute hoje, 21 de Janeiro, as alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, RJIGT. Debate poderá ser acompanhado em directo através do canal de YouTube da OA.

    Este evento reunirá, a partir das 18H, na sede nacional da OA, em Lisboa, diferentes personalidades de relevo nas áreas do ordenamento do território, do urbanismo e da habitação para uma discussão aprofundada sobre as alterações propostas ao regime jurídico que orienta os instrumentos de gestão territorial, com impacto significativo na gestão urbanística e no ordenamento do território.

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