Arqº Pedro Ressano Garcia
Arquitectura

Pedro Ressano Garcia: “Estamos a viver uma revolução cultural”

O arquitecto falou ao CONSTRUIR sobre o projecto SOS Climate Waterfront e sobre as transformações sociais que se irão acentuar com a pandemia

Cidália Lopes
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Pedro Ressano Garcia: “Estamos a viver uma revolução cultural”

O arquitecto falou ao CONSTRUIR sobre o projecto SOS Climate Waterfront e sobre as transformações sociais que se irão acentuar com a pandemia

Cidália Lopes
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O projecto SOS Climate Waterfront trabalha em simultâneo com cinco cidades europeias e todas com um denominador comum: a proximidade ao Mar e os desafios que enfrentam com as alterações climáticas. Apesar de conscientes destas mudanças, verifica-se que Portugal nem sempre tem tomado as melhores opções estratégicas em termos de projectos junto aos estuários

Arqº Pedro Ressano Garcia

Pedro Ressano Garcia, arquitecto, professor e investigador, fala ao CONSTRUIR sobre o projecto europeu onde está envolvido e de que forma Portugal pode apreender com visão de outras cidades costeiras. E ainda as transformações sociais e culturais que se irão acentuar com a pandemia

O que mudou nas últimas décadas?
Em várias regiões costeiras do país, tomei conhecimento da maneira como as gerações anteriores construíram em lugares afastados da costa por temerem tempestades e maremotos. Este conhecimento foi sendo sedimentado ao longo dos tempos, transmitido de geração em geração e continha a sabedoria da experiência da comunidade que sabia lidar com a natureza. Quando surgiram grupos que desconhecendo a condição do lugar construíram junto à costa, na cota baixa em lugares vulneráveis iniciaram uma alteração profunda da maneira como lidamos com a linha de costa. O esquecimento ou a ignorância conduziram a grandes alterações a partir da década de 1960, alavancado na de 1970 e tornando mais expressivo nas últimas décadas.

“Entre os nossos parceiros europeus partilhamos informação sobre experiências urbanas que desenvolvem o quarteirão ideal. É uma solução que conjuga sustentabilidade ambiental e social”

 

Como será a Costa Portuguesa dentro de algumas décadas?
A costa portuguesa se seguir a tendência de outros países tenderá para aquilo que o Eric Van Hooydonk escreveu no seu livro soft values e que reúne um consenso junto de outros autores sobre a valorização dos soft edges, ou seja uma linha de costa que não procura betonar e controlar a natureza mas dialogar e negociar com as suas forças. A solução soft edge dá prova de ser mais eficaz, mais resiliente e menos dispendioso. O diálogo e a negociação implica um conhecimento dos parâmetros climáticos e uma previsão das suas alterações. Actualmente regista-se uma maior definição na separação de zonas naturais e artificiais. Nas zonas naturais haverá investimento na sua renaturalização enquanto nas artificiais haverá discussão sobre a sua protecção ou abandono.

Que erros ainda se cometem actualmente quando falamos de frentes ribeirinhas?
O conhecimento requer tempo e ponderação, alguns investidores menos esclarecidos, com pressa procuram realizar investimento para obter mais valias rapidamente. Este grupo de investidores inclui públicos e privados, colectivos ou individuais pelo que não há os bons e os maus, apenas os mais esclarecidos e os menos. É fundamental investir na divulgação do conhecimento dos riscos associados a determinadas práticas. Nos últimos anos proliferam as novas construções junto à água, aldeamentos turísticos, habitação colectiva e equipamentos (hospitais, museus, etc.). Em desenvolvimento há novos projectos (aeroporto, condomínios, hotéis, etc.) que perpetuam a cultura do betão e do controle da natureza negligenciando as boas práticas europeias.

Numa conferência falou que a própria tecnologia hoje em dia permite arriscar em determinados projectos. aquilo a que chamou “arrogância técnica”. Que consequências podem estas escolhas vir a ter no futuro?
A modernidade valorizou a capacidade da civilização dominar a natureza, a tecnologia garantiu a sua eficácia e contagiou a cultura dominante. Há uma grande percentagem de decisores que acredita na modernidade e na consequente capacidade de controlar a natureza. A partir do século XXI houve uma crescente tendência em vários grupos que questiona essa controle, duvida da sua eficácia e desperta os mais jovens para a fragilidade desse domínio. A percepção que o homem não domina a natureza tem crescido exponencialmente entre os jovens adultos que começam a desconfiar dos mais velhos, na maneira como devoram os recursos naturais, o ritmo a que se perde biodiversidade e o estado em que lhes entregam o planeta.

Verificamos que os nossos antepassados construíram alguns projectos resilientes na frente ribeirinha utilizando a tecnologia que tinham disponível. Em Lisboa, por exemplo, temos a baixa pombalina, as gares marítimas de Alcântara e da Rocha de Conde d’Óbidos e a central Tejo, já pensou o que tem de comum?

Todas utilizaram técnicas inteligentes, que têm resistido ao tempo; as fundações dos edifícios da Baixa adoptaram uma tecnologia adaptada às águas subterrâneas, no piso térreo são utilizados materiais resistentes à água, modelo semelhante das gares e da central Tejo. Não existem caves, nem dependem de mecanismos eléctricos para prevenir inundações. Adoptaram soluções técnicas na escolha dos materiais, na geometria e opções de projecto que não dependem de soluções técnicas para controlar eventos naturais. São soluções sábias, adaptadas e resilientes.

As frentes ribeirinhas são zonas vulneráveis, pelo que os projectos devem ser ligeiros e imprimir uma pegada leve. A leveza influencia a escolha dos materiais, a geometria e a densidade dos projectos. Actualmente, temos tecnologia para proceder a grandes transformações no território ribeirinho, construir em altura e subterrâneos, reconduzir águas, controlar o nível freático, as tempestades e as marés extremas porém as alterações climáticas demonstram que os cálculos são tímidos, os eventos climáticos extremos são mais frequentes e o aumento do ritmo de catástrofes tem sido exponencial nos últimos sete anos. Alguns projectos colocam as comunidades numa situação precária. O ambiente edificado é danificado, não resiste porque não está adaptado. Tem pouca resiliência.

Plataforma Tejo: projecto propõe terraços ajardinados sobre a linha de comboio, ligando a cidade e o rio, o jardim (junto ao MNAA) e a doca de Alcântara gerando um espaço público contemporâneo e sustentável. Recebeu o Prémio Pancho Guedes de Arquitectura


Quando se pensa em projectos na frente ribeirinha há fazer um planeamento a vários anos e em várias vertentes. No que diz respeito a projectos urbanísticos e imobiliários que continuam a surgir junto ao rio, seja aqui em Lisboa, seja em qualquer cidade ou vila próxima da zona costeira considera que os mesmos não estão a ser bem acautelados?
O trabalho que temos vindo a desenvolver com os nossos parceiros europeus reúne experiências de várias realidades culturais e geográficas. Valorizamos soluções implementadas e lançamos ideias e visões a perseguir no futuro. O nosso trabalho não implica denunciar, nem sermos activista, somos investigadores com conhecimento e procuramos divulgá-lo a um público mais alargado para que seja útil às cidades europeias. Procuramos inspirar as próximas gerações. Temos um horizonte temporal distinto dos ciclos eleitorais, pensamos em décadas. Na nossa investigação partimos do pressuposto que ninguém conhece o futuro, para o imaginar relacionamos parâmetros, recolhemos dados e comparamos. O nosso estudo centra-se em cinco cidades europeias, Estocolmo, Gdansk, Tessalónica, Roma e Lisboa, localizadas no Mar Báltico, Mar Egeu, Mar Mediterrâneo e oceano Atlântico cobrimos as várias realidades na Europa.
Entre os nossos parceiros europeus surgiu alguma perplexidade sobre os edifícios mais recentes na zona de Lisboa, localizados junto ao estuário, onde as opções de projecto negligenciam o conhecimento acumulado pelas boas práticas. Lisboa nos últimos dez anos fez pior que outras cidades. Em Espanha por exemplo, está proibida a implantação de hotéis sobre antigos terrenos portuários desde o início do século XXI. É fácil perceber que qualquer investidor hoteleiro tenha enorme apetência por locais junto à água no centro da cidade. Vale a pena reflectir porque razão Espanha tomou esta opção enquanto Lisboa aprovou a construção em Belém de um novo hotel inaugurado em 2010.

Na nossa opinião há vários agentes, projectistas, investidores, decisores políticos que optam por dar continuidade ao pensamento dominante do século XX, juntos procuram manter-se numa zona de conforto e num tempo passado onde a natureza não se manifestava de maneira tão expressiva, colocando desafios novos, que exigem a adaptação a novos padrões.

Ou de que forma este tipo de projectos, pela sua proximidade ao mar, terão que ser diferentes?
Para os projectos se adaptarem e resistirem às alterações climáticas terá de haver maior definição na caracterização de zonas naturais onde se promove a diversidade e a protecção dos sistemas ecológicos e se combate a perda da biodiversidade das zonas urbanizadas. Nas zonas naturais haverá investimento na sua renaturalização enquanto nas artificiais haverá discussão sobre a sua protecção ou abandono.

“As soluções para enfrentar as alterações climáticas no século XXI contrariam a hipótese do novo aeroporto do Montijo que persegue uma estratégia desactualizada”

 

Tendo em conta o trabalho desenvolvimento pela SOS Climate Waterfront que acções têm sido tomadas para minimizar o impacto das alterações climáticas?
A equipa transdisciplinar internacional reflectiu e procurou conhecer as últimas estratégias implementadas na área metropolitana de Lisboa. Em traços gerais uma das grandes potencialidades é continuar a descontaminação do estuário, promovendo a biodiversidade, a captação de CO2 e regeneração da qualidade do ar. A protecção das cheias e ampliação das zonas inundáveis é um dos factores determinantes a considerar na ocupação do território.

As soluções para enfrentar as alterações climáticas no século XXI contrariam a hipótese do novo aeroporto do Montijo que persegue uma estratégia desactualizada. Quando vários agentes estão implicados na redução de emissões CO2, protecção ecológica, redução da pegada e descarbonização esta iniciativa é desajustada do tempo presente.

Nos próximos anos vamos assistir à expansão de corredores ecológicos existentes, à criação de novas infraestruturas em simbiose com a natureza sobre zonas industriais e da regeneração da natureza em ambientes urbanos.

De que forma pode a arquitectura contribuir?
A arquitectura pode actualizar-se. No século XX o gosto dominante valorizou grandes envidraçados, muita luz e espaços rasgados pela transparência com o exterior. No século XXI dominam soluções inteligentes de baixo consumo energético, equilíbrio térmico passivo e materiais ecológicos. As coberturas verdes, terraços ajardinados, fachadas verdes e o revestimento integral de edifícios com isolamento térmico são algumas soluções que deverão ser integradas nos futuros planos municipais e que neste momento enfrentam um bloqueio por parte das instituições responsáveis que se regem por legislação desactualizada. A contemporaneidade assiste a uma nova estética, uma nova sensibilidade para a arquitectura, onde surgem estruturas não lineares, geradoras de sensações de equilíbrio precário, complexo, aleatório, valorizando geometrias sobrepostas e ambientes de mutação flexível.

“Hsinta Ecological Powerplant”(Taiwan) – Proposta vencedora do prémio de mérito no concurso internacional para a central eléctrica do futuro propondo a coexistência da nova central a gás natural com as energias renováveis, as actividades humanas, da comunidade local, e a protexção ambiental

 

A pandemia obrigou a uma reflexão, um momento de introspecção”

Quanto à actual situação que se está a viver de isolamento social devido à pandemia que alterações considera que irá acontecer no panorama da arquitectura?
As crónicas dos historiadores dão-nos a conhecer que as gerações anteriores enfrentaram situações semelhantes. Pandemias, guerras ou catástrofes naturais levaram ao isolamento social. Não é uma novidade em termos históricos, é novidade apenas para a nossa geração. Qual a diferença entre nós e os nossos antepassados?  Antes de mais, o espaço da habitação era partilhado. As comunidades partilharam o espaço das suas habitações em grupos alargados e em famílias transgeracionais. Os mosteiros e conventos tinham uma percentagem significativa da população, as vilas operárias albergavam grupos com forte sentido de comunidade. O pátio era o espaço exterior usado pelos vizinhos. Refiro vários exemplos para tentar perceber o que mudou nas ultimas décadas.

No momento presente, regista-se um aumento do número de núcleos menores; cerca de 1/3 dos portugueses não tem filhos, 1/3 tem um filho, 2/3 dos casais separam-se, surgiu a designação de família uniparental sem filhos, as unidades de habitação tem vindo a ajustar-se ao estilo de vida assente no indivíduo.

Em termos históricos nunca houve tanta gente a viver sozinha. O isolamento é mais sentido no indivíduo do que nos grupos. O isolamento é mais duro num apartamento do prédio do que numa moradia com terreno à volta ou numa habitação voltada para o pátio como em Alfama. O que vai acontecer é sempre distinto do que imaginamos no entanto é provável que cresça o interesse por soluções que permitam ao indivíduo relacionar-se com um grupo mais alargado mantendo as devidas distâncias.

A pandemia obrigou a uma reflexão, um momento de introspecção. As emissões de CO2 baixaram, o hiperconsumo congelou, o tempo desacelerou. Cada indivíduo reage de maneira diferente quando se olha demoradamente ao espelho. Para muitos o isolamento vem abrir os olhos e relançar prioridades, relativamente à velocidade acelerada e ao consumo desenfreado. Na minha opinião é imprevisível o que vai acontecer porque depende de muitos parâmetros mas colectivamente estamos a viver uma revolução cultural.

O simples acto de se relacionar com um determinado lugar ou espaço para depois se partir para o desenho está limitado. De que forma poderá, ou não, reflectir-se no projecto?
As ferramentas digitais permitem a partilha de informação e estabelecer relações independentes do espaço e do tempo. A nossa condição física, relacionada com o espaço e o tempo, tem actualmente um acréscimo, a nossa dimensão digital. É uma condição que está relacionada com o espaço do fluxo e um tempo maleável. Refiro acréscimo porque não se trata de uma substituição mas de uma dimensão complementar. As gerações que cresceram com o digital procuram uma aproximação entre as duas e estão mais interessados em cuidar da sua condição física, alimentação saudável, a prática do desporto e desfrutar das suas relações sociais. A arquitectura sendo a mais material das artes tem um peso imenso. Os edifícios pesam toneladas e a arquitectura é imóvel. A cultura do século XXI valoriza o espaço fluido, flexível, que utiliza materiais leves e mutantes. O projecto deve incluir estas componentes para servir o cliente, o investidor, o utilizador.

Além das inevitáveis alterações ao nível das relações humanas, as próprias habitações são hoje um desafio pela necessidade de passarem a ser, também, o nosso local de trabalho. Neste sentido, e enquanto arquitecto, pensa numa forma diferente de projectar as nossas casas pós Covid-19?
Na minha opinião, a pandemia irá proporcionar uma aceleração de transformação da sociedade. As tendências que se tinham vindo a sentir vão aumentar exponencialmente. Colectivamente, as pessoas verificaram que é possível realizar várias iniciativas sem sair de casa. As reuniões online funcionam e muitos serviços permanecem operativos.

As novas gerações valorizam a utilização da propriedade, dos transportes, dos bens de consumo em vez da sua aquisição e manutenção. A partilha de bens comuns regista um crescimento exponencial, neste sentido os espaços de co-working e habitação comunitária seguem a tendência.

Neste contexto, a qualidade da oferta continua a ser determinada por mais factores; a localização, o ambiente do bairro, a qualidade dos espaços públicos exteriores, a diversidade da população, etc.

Entre os nossos parceiros europeus partilhamos informação sobre experiências urbanas que desenvolvem o quarteirão ideal. É uma solução que conjuga sustentabilidade ambiental e social. Faz a sua própria gestão energética, reciclagem de lixos, produção alimentar, tem espaços exteriores de convívio privado e público.

Vivo no centro histórico da cidade, há vizinhos a desenvolver pequenas hortas, a criar galinhas, a gerar a sua própria energia. Num futuro próximo haverá mais pessoas a produzirem alimentos biológicos, a produzir a sua própria energia e a proceder à troca directa com os vizinhos. A partilha do meio de transporte, de informação online e de produção de energia conduz a uma autonomia relativamente a custos associados com as empresas energéticas e os impostos para o estado. A libertação destes custos se estiver associada a uma crítica ao hiperconsumo permite níveis de liberdade individual absolutamente inovadores. Na minha opinião a arquitectura irá acompanhar esta tendência.

“(…) a pandemia irá proporcionar uma aceleração de transformação da sociedade. As tendências que se tinham vindo a sentir vão aumentar exponencialmente”

 

E os espaços de trabalho poderão ser pensados de forma diferente?
O espaço de trabalho tende a ser o ecrã. O computador pessoal é um instrumento mas a criatividade humana utiliza vários instrumentos para se desenvolver. O trabalho em equipa tem vindo a testar a utilização de vários instrumentos mas a relação entre humanos permanece uma enorme fonte de energia e criação. O espaço e o tempo de trabalho gozam da fluidez do espaço do fluxo e da sua flexibilidade temporal, oferecem a realidade virtual e a realidade aumentada. Nos últimos anos tive a experiência de viajar para os vários continentes, mantendo uma relação profissional continua com os meus clientes. A ligação à internet exibida no ecrã gera uma existência quase omnipresente, liberta do espaço geográfico e do tempo de fuso-horário onde está o corpo. Isto tem aspectos positivos e negativos. A experiência da realidade física e temporal torna-se cada vez mais uma opção e deixa de ser uma condição. Resta a cada indivíduo escolher o que convém à sua própria vida.

Sobre o autorCidália Lopes

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Ordem dos Arquitectos marca presença na Tektónica 2025

A Ordem dos Arquitectos vai levar de novo à Tektónica, entre 10 e 12 de Abril, o espaço “Architects on Business”, que  proporciona aos arquitectos um local privilegiado para divulgar os seus projectos, serviços e competências junto de um público especializado

CONSTRUIR

A edição de 2025 do principal certame de arquitectura e construção em Portugal vai ter lugar na Feira Internacional de Lisboa (FIL) e vai ser o palco de várias iniciativas promovidas pela Ordem dos Arquitectos, com o apoio dos parceiros – Amorim Cork Insulation; Catari; Grupo Preceram; Grupo Mitera – Tecnodeck; Unveil Exhibitions, Museums and Public Space; Digital Fabrication Laboratory.

“BIM: Uma Metodologia, Não um Software”
Destaque para o primeiro dia da feira, altura em que a Ordem dos Arquitectos vai proporcionar o debate “BIM: Uma Metodologia, Não um Software”, no Auditório Skinium, Pavilhão 3 (stand 3A13).

Trata-se de uma mesa-redonda que vai reunir especialistas de renome para debater a integração da metodologia BIM (Building Information Modeling) nos processos de projecto arquitectónico, abordando a sua aplicação no ensino universitário, na formação profissional habilitante e contínua, bem como na prática profissional. O objectivo é preparar arquitectos, académicos e profissionais para a adopção inevitável do BIM, que em breve será parte integrante dos fluxos de trabalho do sector.

O debate conta com três interlocutores de destaque nas áreas de arquitectura, educação e inovação tecnológica. Os participantes debaterão como o BIM transcende a ideia de “ferramenta digital” para se consolidar como uma metodologia colaborativa, capaz de revolucionar a gestão de projecto, desde a concepção até a execução.

A iniciativa surge num momento crucial para o sector da arquitectura, com a crescente adopção do BIM como um sistema colaborativo que vai além de uma simples ferramenta digital. Ao invés de ser apenas um software, o BIM representa uma verdadeira mudança de mentalidade na forma como os projecto são geridos e executados. A mesa-redonda pretende explorar como o BIM pode transformar a gestão de projectos arquitectónicos, desde a concepção até à execução, promovendo uma maior eficiência, redução de erros e optimização de custos.

Para Marlene Roque, Arquitecta e Vogal no Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Arquitectos, “O BIM não é apenas um software, é uma mudança de mentalidade. As universidades devem formar profissionais que dominem esta metodologia desde o início, e os escritórios precisam investir em formação contínua para acompanhar a evolução do sector”.

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Grupo Preceram promove Workshop e Demonstração Prática na Tektónica 2025

Workshop e Demonstração Prática na Tektónica 2025

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Sexta-feira 11 ABRIL

12h00

GREENROOFS® – Innovated by Associação Nacional de Coberturas Verdes

Às 12h00, a ANCV realizará o seminário “Coberturas Verdes e Resiliência nas Cidades”, no Auditório S&P, localizado no centro do pavilhão 4. O objetivo é evidenciar, por meio de projetos, obras e casos de estudo de Coberturas Verdes e Jardins Verticais, como as soluções e serviços dos membros contribuem para promover a resiliência nas cidades.

Em representação da Nexclay, Ávila e Sousa irá participar nesta ação às 12h30, com a apresentação “Contributos da argila expandida Nexclay para o sucesso das coberturas verdes”.

15H00

Demonstração Prática Sistema SKINIUM

No dia 11 às 15h00 no stand do Grupo Preceram (Pavilhão 3 – Stand 3B10), irá decorrer a demonstração da aplicação dos sistemas de revestimento e acabamento do sistema SKINIUM® pela MAPEI.

  • Aplicação de barramento armado sobre a nova placa GYPCORK Protect
  • Colagem de placas de ICB sobre a placa Gyptec Protect

17H15

SEM ISOLAMENTO NÃO HÁ CONFORTO

Às 17h15 no Auditório SKINIUM, Pavilhão 3 da FIL, o Grupo Preceram promove o workshop técnico “Sem Isolamento Não Há Conforto”. Neste workshop o Grupo Preceram apresentará ao público os novos Sistemas Gyptec Protect desenvolvidos em colaboração com a Mapei, e o novo sistema construtivo SKINIUM® – THE WALL SYSTEM.

Orador: Ávila e Sousa, Diretor Técnico GRUPO PRECERAM

Junte-se a nós nesta edição da Tektónica, visite-nos de 10 a 12 de abril. Estamos no pavilhão 3 stand 3B10, Contamos consigo!

Saiba tudo sobre a nossa participação em: www.solucoesparaconstrucao.com

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Pavilhão de Jardim com arquitectura José Pedro Lima e fotografia de Ivo Tavares Studio
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José Pedro Lima vence 2ª edição do Prémio Manuel Graça Dias DST

Segundo o júri o espaço concebido, que funciona como um foyer e conexão entre o interior e o exterior, destaca-se pela abordagem “consistente, equilibrada e madura”, demonstrando “grande qualidade” para uma primeira obra de arquitectura

CONSTRUIR

O arquitecto José Pedro Lima é o vencedor da segunda edição do “Prémio Manuel Graça Dias dst – Ordem dos Arquitectos, Primeira Obra” – Jovem Arquitecto. A obra “Pavilhão de Jardim. Forma | Foyer” foi eleita por unanimidade pelo júri, composto pelos arquitectos Egas José Vieira, enquanto presidente, José Manuel Carvalho Araújo e Patrícia Rocha Leite, e destaca-se pela abordagem “consistente, equilibrada e madura”, demonstrando “grande qualidade” para uma primeira obra de arquitectura.

Com carácter “menos convencional”, o autor introduz um novo volume arquitectónico num lote típico do Porto que redefine a relação entre a habitação principal e o jardim. O espaço concebido funciona como um foyer que proporciona vivências complementares e oferece mais conexão entre o interior e o exterior. A abordagem evidencia “simplicidade e sofisticação”, com o uso expressivo da cor e um ambiente que alia o conforto a um ambiente intimista e familiar.

Com atelier próprio desde 2020, José Pedro Lima desenvolve projectos de arquitectura em diferentes regiões do País. O seu trabalho abrange programas de intervenção em património, projectos culturais, habitação unifamiliar e coletiva, bem como pequenos empreendimentos turísticos. É, também, professor assistente convidado no Departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra.

“As cidades precisam cada vez mais de arquitectura que entendam as pessoas, que liguem as pessoas em comunidades de vida boa e que destruam os muros diáfanos que segregam e colocam uns contra os outros. A arquitectura pode resolver muitos mais problemas sociais do que resolve. O prémio quer promover a liberdade de inovar socialmente como o seu inspirador idealizava”, destaca José Teixeira, presidente do dstgroup.

A cerimónia de entrega do prémio está marcada para 29 de Abril, no Auditório Domingos da Silva Teixeira, no campus do dstgroup, em Braga, com uma visita às instalações e fábricas de construção industrial do dstgroup.

Além da obra vencedora, o júri também destacou, por unanimidade, as obras, “Casa Aurora” de André Azevedo, “Casa Luzim” de Juliano Ribas e Cíntia Guerreiro, e “Ladeirinha” de Elói Gonçalves, seleccionadas entre um total de 32 candidaturas.

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Deco Out estreia-se com “expressiva” adesão e “envolvimento” de profissionais do sector

Durante os três dias de evento, os profissionais tiveram a oportunidade de explorar, in loco, as colecções exclusivas de marcas nacionais e internacionais e conhecer, em primeira mão, as últimas inovações e tendências das áreas da indústria têxtil, papel de parede, revestimento de parede e chão, e acessórios decorativos

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Entre 19 e 21 de Março de 2025, Lisboa acolheu a primeira edição do Deco Out, um evento dedicado exclusivamente à decoração de interiores. Com mais de 500 inscrições, a primeira edição do certame distinguiu-se pelo seu “êxito”, evidenciado pela “expressiva” adesão e “envolvimento” dos profissionais do sector. Desta forma, esta primeira edição “superou as expectativas” e estabeleceu uma “base sólida para o crescimento da Deco Out”, com perspectivas promissoras para as edições futuras.

Desenhado para ser uma montra da melhor produção nacional, o Deco Out Lisboa proporcionou uma imersão “única”, com o formato de Open Showroom Experience, nos principais showrooms das 11 empresas de renome nacionais: Aldeco, Barreiros & Barreiros, Damaceno & Antunes, Fernando Roda, Forma & Enredo, Henriques & Rodrigues, Microcrete, Pedroso & Osório, Settes, Showroom Lisboa – Antoniela Leone e Tramas & Texturas.

Durante os três dias de evento, os profissionais tiveram a oportunidade de explorar, in loco, as colecções exclusivas de marcas nacionais e internacionais. Através de uma imersão completa, os participantes puderam conhecer, em primeira mão, as últimas inovações e tendências das áreas da indústria têxtil, papel de parede, revestimento de parede e chão, e acessórios decorativos. 

O evento destacou-se pela valiosa oportunidade de networking, que permitiu aos participantes estabelecer parcerias comerciais estratégicas e desenvolver colaborações. Segundo a organização: “O Deco Out foi mais do que um evento, foi uma plataforma única para o sector, onde não só se exploraram novas colecções, mas também se abriram portas para oportunidades de negócios e parcerias estratégicas”. 

Paralelamente, o certame proporcionou ainda experiências exclusivas, como workshops imersivos e sessões de discussão com especialistas, abordando uma vasta gama de materiais, tecidos e revestimentos, fundamentais para enriquecer projectos de design de interiores e arquitectura.

 O sucesso desta primeira edição foi além do próprio evento. “Os resultados continuam a manifestar-se no pós-evento, com diversas oportunidades concretizadas a partir das interacções e conexões estabelecidas ao longo dos três dias”, afirmou a organização.

Para facilitar o acesso aos diversos espaços, a organização disponibilizou shuttles gratuitos. Além disso, nos showrooms que não estavam na rota do transporte disponibilizado, foi oferecido estacionamento gratuito.

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Cosentino apresenta primeiro relatório global de tendências para a arquitectura e design

Intitulada “Shaping Tomorrow: Future Design & Architecture”, a publicação identifica as tendências que irão definir os próximos anos e partilha ideias e inspiração de alguns dos melhores designers e arquitectos do mundo

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A Cosentino Portugal apresentou o relatório em dois eventos realizados no dia 2 de Abril, no Cosentino City Porto, e 4 de Abril, no Cosentino City Lisboa. Ambos os encontros contaram com a presença da reconhecida designer de interiores Nini Andrade Silva, que partilhou a sua visão sobre o futuro do design e da arquitectura, em sintonia com os temas abordados no relatório. Os eventos reuniram profissionais do sector e proporcionaram momentos de inspiração, troca de ideias e descoberta de novas perspectivas criativas,

“Ser convidada para integrar o Trend Report da Cosentino é um reconhecimento muito especial. Acredito que o design deve desafiar fronteiras e inspirar novas formas de pensar os espaços. Esta participação permite-me partilhar essa visão com um público global e reforçar a importância da criatividade e da inovação no futuro do design e da arquitectura”, refere Nini Andrade Silva.

A Cosentino, líder mundial na produção de superfícies sustentáveis para arquitectura e design, está mais uma vez na vanguarda do sector ao lançar o seu primeiro relatório global de tendências para arquitectura e design. “Shaping Tomorrow: Future Design & Architecture” é um estudo ambicioso e inspirador que constitui um guia essencial para os profissionais e entusiastas do design que procuram estar a par das tendências mais inovadoras e transformadoras.
Nas suas mais de 400 páginas, o livro identifica e estrutura-se em cinco macro tendências-chave: Origem, Refúgio, Natura, Urban e Wonder. Cada capítulo analisa os seus conceitos através de textos informativos, moodboards inspiradores, palavras-chave, microtendências, case studies do mundo inteiro, uma selecção de materiais e entrevistas com designers, arquitectos e criativos de renome que partilham a forma como aplicam estas novas perspectivas de design. Além disso, para dar vida às novas ideias de living e arquitectura, à paleta de cores e aos materiais de tendência, artistas digitais, ilustradores, fotógrafos e stylists trabalharam para interpretar visualmente as cinco tendências, ligando a teoria à prática.

A metodologia deste estudo foi mista, combinando abordagens qualitativas e quantitativas. Foi efetuada uma pesquisa exaustiva utilizando técnicas de coolhunting, complementada por entrevistas individuais. Além disso, foram consultados cerca de 200 profissionais de todo o mundo, abrangendo áreas-chave do design, da arquitetura e do produto, cruzando perspetivas perspetivas de nível local e global. A publicação foi dirigida pelo jornalista e editor Enric Pastor e pela especialista em cores e tendências e fundadora da The Color Authority, Judith van Vliet.

Entre os diferentes profissionais que participam e são entrevistados na publicação encontram-se os designers britânicos Tom Dixon e Tom Faulkner; a designer milanesa Serena Confalonieri; Kathryn Gustafson, fundadora do estúdio Gustafson Porter + Bowman; o designer mexicano Fernando Laposse; Ana Milena Hernández Palacios e Cristophe Penasse do estúdio Masquespacio; o arquiteto brasileiro João Armentano; os espanhóis Patricia Bustos, Héctor Ruiz Velázquez, e Javier Jiménez Iniesta do Studio Animal; e a designer portuguesa Nini Andrade Silva.

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Casa da Arquitectura (créditos: Romullo Baratto Fontenelle)
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Casa da Arquitectura atribui 10 bolsas de doutoramento para estudo de acervos da instituição

A decorrer até 3 de junho 2024 (hora de Lisboa), as candidaturas para as bolsas destinam-se às áreas de Arquitectura, Urbanismo, Território, com especial relação aos acervos, espólios e colecções da Casa da Arquitectura

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A Casa da Arquitectura abriu concurso para a atribuição de 10 bolsas de investigação para doutoramento, financiadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), ao abrigo do protocolo de Cooperação para Financiamento do Plano Plurianual de Bolsas de Investigação para estudantes de doutoramento celebrado entre as duas entidades.

A decorrer até 3 de junho 2024 (hora de Lisboa), as candidaturas para as bolsas de investigação para doutoramento destinam-se às áreas de Arquitectura, Urbanismo, Território, com especial relação aos acervos, espólios e colecções da Casa da Arquitectura e conteúdos relacionados com a teoria, história e prática da arquitectura, tecnologia construtiva, sustentabilidade e economia energética ao abrigo do Regulamento de Bolsas de Investigação da FCT (RBI) e do Estatuto do Bolseiro de Investigação (EBI).

As bolsas de investigação para doutoramento destinam-se a financiar a realização, pelo bolseiro, de actividades de investigação conducentes à obtenção do grau académico de doutor em universidades portuguesas, em programas de doutoramento acreditados nas áreas científicas relacionadas com os tópicos descritos no presente Aviso.

As atividades de investigação conducentes à obtenção do grau académico de doutor dos bolseiros selecionados devem estar enquadradas no plano de atividades e estratégia da Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura.
O plano de trabalhos decorrerá integralmente numa instituição nacional (bolsa no país). A duração das bolsas é, em regra, anual, renovável até ao máximo de quatro anos (48 meses), não podendo ser concedida bolsa por um período inferior a três meses consecutivos.

As Bolsas de Investigação para Doutoramento destinam-se a candidatos inscritos ou a candidatos que satisfaçam as condições necessárias para se inscreverem num Programa de Doutoramento e que pretendam desenvolver atividades de investigação conducentes à obtenção do grau académico de doutor, conferido por universidades nacionais.

Cada candidato poderá submeter apenas uma candidatura, sob pena de cancelamento de todas as candidaturas submetidas.

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Arquitectura

A arquitectura nacional em destaque em Osaka

A contagem decrescente para a abertura da Expo 2025 Osaka, no Japão, já começou. A exposição arranca a 13 de Abril e decorre até 13 de Outubro. O Pavilhão de Portugal tem a assinatura de Kengo Kuma, reafirmando a ligação intrínseca entre os dois países através da arquitectura. Talvez para compensar a falta de assinatura nacional no pavilhão, a organização fará da arquitectura nacional um tema de destaque

Durante seis meses deverão visitar a ilha de artificial de Yumeshima, palco da exposição, cerca de 28 milhões de visitantes, contando-se em 160 o número de países ali representados. Os 155 hectares, organizados em círculo, estão divididos em distritos: Saving Lives, Connecting Lives e Empowering Lives. É neste último que o Pavilhão de Portugal ficará localizado.
Projectado pelo arquitecto japonês Kengo Kuma, o Pavilhão de Portugal, é um convite a descobrir o oceano, um tema central da participação de Portugal num evento que é grandemente dedicado ao tema “Desenhar as sociedades do futuro”, à promoção dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e à estratégia japonesa Sociedade 5.0, que defende um sistema socioeconómico sustentável e inclusivo. Uma das características mais distintivas desta exposição internacional será o esforço para dar uma imagem realista de uma sociedade futura não apenas através do pensamento, mas também através da acção. Posicionando o recinto como um laboratório onde serão testadas, e aplicadas, novas tecnologias e sistemas.
O tema da participação portuguesa, “Oceano Diálogo Azul” cruza o universo da Expo’98 de Lisboa, com o passado histórico que ligou Portugal e o Japão e a projecção do país actual, que quer liderar em políticas marítimas.

O Pavilhão
O projecto arquitectónico expressa a dinâmica do movimento oceânico através da desconstrução do espaço, utilizando cordas suspensas e redes recicladas para criar um efeito perene e exposto aos elementos naturais como o sol e o vento.
O volume do Pavilhão é marcado por uma instalação cénica que simboliza a praça superior suspensa como uma onda, criando uma imagem marcante para quem visita e para quem passa no exterior.
Situado na zona ‘Empowering Lives’ do recinto da Expo 2025 Osaka, perto do pavilhão do Japão, o Pavilhão de Portugal beneficia de uma localização estratégica, oferecendo também um espaço único de interacção com o “Grand Ring” da Expo 2025 Osaka.
Além do espaço para exposições, terá uma loja, um espaço de restauração dedicado à promoção da gastronomia portuguesa e um espaço multiusos preparado para acolher eventos de diversas tipologias.
A loja terá um conceito adaptado ao tema da participação de Portugal na Exposição, centrado no oceano e na sua conservação, promovendo produtos de design ecológico, feitos a partir de materiais naturais de origem portuguesa e de forte cariz identitário, como a cortiça, o burel e o vime.

A arquitectura
O facto do Pavilhão de Portugal não ser assinado por um arquitecto português deixa algum desconforto e gerou críticas junto da Aicep Portugal Global, ainda que o mesmo tenha a assinatura do arquitecto japonês que ao longo dos últimos anos se vem afirmando em terreno nacional. Este é mais reforço na já forte ligação de Kengo Kuma a Portugal. Mas Portugal, país de Arquitectos, marcará presença em Osaka com a organização a reservar-lhe espaço na agenda. Ao longo de seis meses Portugal vai apresentar exposições, workshops e concertos que abrangem várias áreas artísticas e culturais, entre elas destaque para as exposições sobre arquitectura portuguesa que levará ao Japão os trabalhos de Siza Vieira, Manuel Aires Mateus, Ricardo Bak Gordon e Inês Lobo. A nova geração de arquitectos portugueses também estará em destaque numa exposição que tem a curadoria de Andreia Garcia e que envolve mais de duas dezenas de ateliers – Atelier Local; Sami; Atelier Cru; Luísa Bebiano, Rita Aguiar-Rodrigues; Diogo Aguiar; Pura Atelier; Nuno Melo Sousa; Summary; Miguel Marcelino; JQTS; Cabinnet; Circunflexo; Barão-Huter; In vitro; Mero; Inês Pimentel; Campo Arquitectura, Conde Paradela; Patrícia da Silva; SIA; fala; e Branco del Rio.
Também o design gráfico, através de uma exposição do Atelier Barbara Says, as astes e ofícios, com o programa Saber Fazer da DG Artes, e vários artistas plásticos, como Fernanda Fragateiro, Daniel Blaufuks, Ana Aragão, Ass Fuel ou Vanessa Barragão vão marcar presença em Osaka. A programação do Pavilhão de Portugal abrange ainda a música, cultura, economia, arte e gastronomia nacionais.

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

Manuela Sousa Guerreiro

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Arquitectura

Archi Summit abre última fase de candidaturas a expositores

O maior festival de arquitectura do País está de volta à capital para a 8ª edição. Nos dias 9, 10 e 11 de Julho, o Beato Innovation District transforma-se num espaço de partilha de conhecimento sobre arquitectura e outras áreas do sector da construção para receber a 8ª edição do Archi Summit

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Após duas edições no Porto, o festival de arquitetura Archi Summit está de volta a Lisboa para a sua 8ª edição. Durante os dias 9, 10 e 11 de Julho, o Beato Innovation District, sob a curadoria dos arquitectos Joanna Helm e António Choupina, recebe um espaço de partilha de conhecimento e de aprendizagem, networking e inspiração para os participantes, reunindo grandes nomes da arquitectura nacional e internacional.

“Estamos muito entusiasmados por regressar a Lisboa e por levar a 8ª edição do Archi Summit ao Beato Innovation District. Contamos ter ainda mais participantes do que nos anos anteriores, esperando mais de dois mil arquitectos, dos vários ramos da arquitectura, e outros profissionais das áreas da construção, para trocar experiências e conhecer novas técnicas. O objectivo é juntar ainda mais valências até à data, como a cerâmica, a iluminação, revestimentos, mobiliário urbano, impermeabilização, carpintaria, para que os participantes encontrem aqui tudo o que precisem para os seus projectos”, explica Bruno Moreira, arquitecto e mentor do Archi Summit.

O evento, que ao longo dos últimos 10 anos tem procurado expandir o debate sobre a actuação da arquitetura, conta já com oradores de excelência, como Amanda Ferber, arquitecta brasileira, fundadora e CEO da Architecture Hunter, uma plataforma dedicada à arquitectura que conta com mais de três milhões de seguidores, e que foi nomeada para a lista Forbes 30 Under 30 em 2020. Apesar de ainda não estar fechado, o cartaz conta com oradores como Fran Silvestre, arquitecto espanhol, Romullo Baratto, arquitecto e urbanista brasileiro, Gabriela Carrillo, arquitecta mexicana, Gloria Cabral, arquitecta paraguaia-brasileira e Martha Thorne, reitora da IE School of Architecture and Design, em Madrid, e directora-executiva do Prémio Pritzker de Arquitectura, conhecido como o “Nobel da Arquitetura”.

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Prepare a sua piscina antes da chegada do Verão com o Grupo Puma

A cada ano, com a aproximação do verão, todos pensamos na manutenção de nossas piscinas, sejam elas particulares, públicas
ou comunitárias. Em outros casos, encontramos piscinas de nova construção que precisam de um tratamento completo de impermeabilização.

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Neste artigo, Selena Dorado, do Departamento Técnico do GRUPO PUMA, disponibiliza as principais orientações para realizar a melhor impermeabilização das nossas piscinas, qualquer que seja o caso de aplicação, com o Sistema Drypool.

PISCINAS A REABILITAR OU DE NOVA CONSTRUÇÃO

Em qualquer um dos casos, o primeiro ponto a ser trabalhado e, provavelmente, o mais importante de todos, é o tratamento do suporte.

Para o correto funcionamento de qualquer sistema de impermeabilização, o suporte deve estar limpo, seco e livre de poeira ou elementos mal aderidos.

Em ambos os casos, devemos levar em conta a porosidade do suporte, pois é importante que esteja suficientemente liso para evitar um consumo excessivo de material, mas também que não tenha uma resistência superficial à tração insuficiente, o que poderia afetar a aderência dos produtos de impermeabilização.

ESCOLHA DOS PRODUTOS MAIS ADEQUADOS

Para piscinas de nova construção (suporte de betão)

Antes de iniciar a instalação, devemos preparar os pontos críticos (como mudanças de plano, elementos da instalação, etc.) com nossa banda elástica Bandtec.

Em primeiro lugar, aplicaremos a membrana impermeabilizante cimentícia contínua Morcem Dry SF Plus em duas camadas reforçadas com a Malha Drypool antialcalina.

Uma vez seca a membrana impermeabilizante, instalaremos o nosso revestimento cerâmico com o adesivo cimentício de alto desempenho Pegoland Profesional Flex e, para o rejuntamento das peças, utilizaremos a argamassa para juntas Pegoland Profesional Junta ou Morcemcolor Epóxi.

Para renovação de piscinas existentes (suporte cerâmico)

Da mesma forma que numa obra nova, antes de iniciar a instalação, devemos preparar o suporte e reparar os danos encontrados com a argamassa de reparação Morcemseal Todo 1. Também será necessário preparar os pontos críticos (como mudanças de plano, elementos da instalação, etc.) com nossa banda elástica Bandtec.

Em primeiro lugar, aplicaremos a membrana impermeabilizante cimentícia contínua Morcem Dry Fix em duas camadas reforçadas com a Malha Drypool antialcalina.

Uma vez seca a membrana impermeabilizante, o processo de revestimento é o mesmo que para uma obra nova: instalaremos nosso revestimento cerâmico com o adesivo cimentício de alto desempenho Pegoland Profesional Flex e, para o rejuntamento das peças, utilizaremos a argamassa para juntas Pegoland Profesional Junta ou Morcemcolor Epóxi.

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Garagem Sul no CCB reabre Centro de Arquitectura

O espaço da Garagem Sul foi reconfigurado para acolher exposições, mas também espaços de trabalho, programação e convívio, num projecto da autoria do atelier suíço-português Bureau. O primeiro ciclo programático será dedicado ao tema Interespécies, que “explora o desejo humano de compreender, conectar-se e viver com outras espécies”

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Vai reabrir ao público, a 2 de Abril, o Centro de Arquitectura do Museu de Arte Contemporânea (MAC) do Centro Cultural de Belém (CCB). O espaço da Garagem Sul foi reconfigurado para acolher exposições, mas também espaços de trabalho, programação e convívio, num projecto arquitectónico da autoria do atelier suíço-português Bureau, de Daniel Zamarbide, Carine Pimenta e Galliane Zamarbide.

A partir de uma perspectiva interdisciplinar e com carácter experimental, o Centro de Arquitectura abre espaço para ensaiar e testar possibilidades, com a intenção de materializar espaços conviviais, mais-do-que-humanos e interseccionais.

A este pretexto, o primeiro ciclo programático do Centro de Arquitectura será dedicado ao tema Interespécies. Uma exposição que “explora o desejo humano de compreender, conectar-se e viver com outras espécies” e que decorre em três passos: aproximar , coabitar e conspirar.

A arquitectura é aqui celebrada para lá da sua função utilitária, nas suas funções relacionais e críticas. Uma vez que os materiais, as técnicas e os modos de intervenção no espaço moldam sempre conexões entre lugares, pessoas e seres, considera-se que os “usuários” da arquitectura são humanos, pássaros, plantas, minerais e outros.

Com curadoria de Mariana Pestana, a equipa de investigação é composta por Anna Bertmark, Fernanda Costa, Valentina Demarchi, Bernardo Gaeiras, Mathilde Gouin, Katerina Iglezaki, Carlos Pastor e Mariana Simões, que integram também, o grupo de investigação Bauhaus of the Seas.

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