CBRE considera que ZER poderá impulsionar comércio de rua
Para Carlos Récio, a iniciativa deverá “melhorar acessos e circulação de peões em zonas menos acessíveis”, tornando-se mais interessante para investidores e proprietários”

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A iniciativa Zona de Emissões Reduzidas (ZER) Avenida Baixa Chiada foi ‘aplaudida’ pela consultora CBRE, que vê nesta medida um impulso para que mercados como a reabilitação e o comércio de rua sejam beneficiados.
De acordo com a consultora uma das tendências para 2020 é continuação da reabilitação de edifícios e, por conseguinte, a abertura de novas lojas nos centros históricos, facto que irá beneficiar, positivamente, com a ZER na medida em que esta poderá “proporcionar melhorias da experiência do cliente, mas também nos acessos e circulação de peões em zonas menos acessíveis”.
Segundo Carlos Récio, senior director A&T Retail CBRE, “estas medidas vêm permitir um olhar renovado sobre o centro da cidade, trazendo novas oportunidades para o comércio de rua em Lisboa. Artérias até aqui pouco posicionadas junto dos operadores do retalho, como a Rua da Prata, na baixa da cidade, ganham novo dinamismo, tornando-se potenciais vias de interesse para investidores e proprietários”.
Em 2020, espera-se um crescimento das rendas no comércio de rua face a 2019 na ordem dos 4% na Rua Garrett, uma das vias abrangidas pela iniciativa ZER.
Carlos Récio acrescenta, ainda, que “é natural que exista um processo de habituação, mas acreditamos que com esta evolução da cidade, combinada com o expertise da CBRE e o conhecimento profundo que temos sobre a cidade de Lisboa, conseguiremos impulsionar este segmento estratégico para o nosso negócio (retalho), oferecendo soluções que vão trazer um retorno positivo ao comércio lisboeta, mas também às pessoas que vão agora usufruir dos seus momentos de lazer na cidade, através de uma experiência optimizada e mais saudável.”
Recorde-se que, com a ZER Avenida Baixa Chiado, um perímetro alargado do centro urbano será beneficiado pela redução da circulação de veículos privados, resultando na circulação de menos 40 mil carros por ano. Além está, também, previsto o reforço da rede de transportes públicos eléctricos, que irão contribuir para uma redução de 60 mil toneladas das emissões de CO2 nesta zona.