Estudo EY: Em 2018 registaram-se 74 projectos de investimento directo estrangeiro
Os dados são do Estudo Attractiveness Survey Portugal, da EY, que analisou os planos de investimento directo estrangeiro (IDE) no País
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A EY acaba de lançar os resultados do Estudo Attractiveness Survey Portugal, que pretendeu analisar os planos de investimento directo estrangeiro (IDE) no País, tendo sido desenvolvido pelo EY European Investment Monitor. Este relatório proporciona uma visão ampla das reformas no que se refere a políticas, investimentos e novas parcerias. Por outro lado, oferece ainda uma ideia geral de como todos estes factores enfrentam os desequilíbrios do mercado de trabalho nacional.
Para esta edição, foram inquiridos 205 investidores de 19 países, em cinco línguas diferentes (Português, Alemão, Inglês, Espanhol e Francês). Tendo em conta o grupo inquirido, os que mais investem em Portugal são: França (com 19 projectos), Espanha (10 projectos) e a Alemanha (7 projectos), com foco em sectores-chave como o Digital (15 projectos), Manufactura e fornecimento de transporte (14 de projectos) e Agroalimentar (12 projectos).
“Face a um cenário em que as percepções dos investidores sobre a Europa estão a piorar, Portugal continua a ser percepcionado como uma localização interessante para investimento estrangeiro, com melhores resultados do que nos demais países em que a EY realizou este estudo”, comenta Florbela Lima, EY Transaction Advisory Services Partner.
Comparativamente com a França (30%), a Bélgica (28%), a Alemanha (40%) e os Países Baixos (45%), 52% dos participantes no estudo, acreditam que a atractividade de Portugal irá evoluir positivamente nos próximos três anos (a maior percentagem do grupo). No entanto, apenas 25% tem planos para investir no País ao longo do próximo ano, sendo que ainda assim Portugal é o mercado com mais planos de investimento, sendo seguido pela Alemanha (23%).
Na Europa verificou-se em 2018 um desaceleramento do investimento estrangeiro, resultando também numa redução dos projectos de IDE a nível nacional. No entanto, e mesmo tendo em conta este cenário, garantiram-se 74 projectos de IDE, correspondendo a pelo menos 6.100 novos postos de trabalho criados.
Apurou-se, também, que apesar destes valores, a atractividade de Portugal permanece forte e os planos de investimento de curto prazo no País estão entre os mais elevados da Europa. Como principais factores de atractividade de Portugal, foram distinguidos os seguintes: qualidade de vida (assinalado por 90% dos participantes), seguindo-se a estabilidade do clima social (79%), a infraestrutura de telecomunicações (73%), o nível de competência de mão-de-obra local (72%) e o custo de mão-de-obra (71%).
“Os resultados do EY Attractiveness Survey sobre a Europa e sobre Portugal mostram que o actual momento de incerteza a nível da geopolítica global – incluindo fenómenos como o Brexit e as perturbações às trocas comerciais internacionais – está a afectar a percepção e a acção dos investidores. Em consequência, Portugal não pode dar-se ao luxo de descansar sobre os resultados anteriores. As prioridades devem passar por apoiar indústrias de alta tecnologia e inovação, desenvolver a educação e as competências e reduzir a tributação”, conclui Florbela Lima.