Estudo coloca Lisboa na 31ª posição em termos de segurança
De acordo com o estudo anual ‘Quality of Living’, da Mercer, Lisboa encontra-se acima de cidades como Dublin (32ª), Paris (60ª) ou Barcelona (61ª)

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O 21º estudo anual Quality of Living da Mercer mostra que muitas cidades em todo o Mundo ainda oferecem ambientes atractivos para fazer negócios. As cidades mais pontuadas são as que perceberam que a qualidade de vida é uma componente essencial no que se refere à atractividade de negócios e à mobilidade de talento.
O estudo da Mercer inclui neste ranking 231 cidades e é desenvolvido anualmente para permitir a empresas multinacionais e outras organizações remunerarem os seus colaboradores de forma justa quando os colocam em projectos internacionais.
Este ano, foi também analisada a estabilidade interna das cidades, níveis de criminalidade, aplicação da lei, limitações à liberdade individual, relações com outros países e liberdade de imprensa. A segurança pessoal é um pilar de estabilidade em qualquer cidade, sem o qual os negócios e talentos não conseguem prosperar.
Lisboa, encontra-se este ano na 31ª posição, tendo subido uma posição relativamente ao ano passado. Esta classificação permite-lhe estar acima de cidades como Paris (39ª), Londres (41ª) ou Nova Iorque (44ª). Contudo, o grande salto da capital portuguesa verifica-se no ranking da Segurança. Neste, Lisboa encontra-se na 31ª posição, subindo 12 lugares relativamente a 2005, onde se encontrava em 43º. Neste aspecto Lisboa encontra-se acima de cidades como Dublin (32ª), Paris (60ª) ou Barcelona (61ª).
“As alterações que estão em curso em termos socioeconómicos a nível mundial estão a fazer com que as empresas e organizações reflictam mais a fundo sobre as oportunidades de negócio além-fronteiras. Diversos factores entram em jogo nestas tomadas de decisão, tais como a segurança que incluímos na nossa análise deste ano,” comenta Tiago Borges, líder da área de Rewards da Mercer | Jason Associates. “No que se refere às principais conclusões que retirámos internamente, percebemos que Lisboa no que toca a segurança, subiu várias posições em comparação com o mesmo índice que lançámos em 2005. Estamos a atravessar um momento estável a nível económico, com investimento internacional, uma taxa de desemprego relativamente baixa e resultados animadores no que toca, por exemplo, às exportações. A qualidade de vida da capital portuguesa tem vindo a evoluir em todos os sentidos, fazendo de Lisboa uma opção incontornável a nível internacional.”
Globalmente, Viena lidera o ranking pelo 10º ano consecutivo, seguida de perto por Zurique (2ª). Em terceiro lugar partilhado encontram-se Auckland, Munique e Vancouver, sendo esta a cidade com melhor ranking na América do Norte nos últimos 10 anos.
Singapura (25ª), Montevideo (78ª) e Porto Luís (83ª) mantêm o seu estatuto enquanto as cidades com o ranking mais elevado na Ásia, América do Sul e África, respetivamente. Apesar de Bagdade continuar no lugar mais baixo da lista, verificaram-se melhorias significativas associadas aos serviços de segurança e saúde. Caracas, contudo, viu as suas condições de vida caírem devido à instabilidade política e económica.
Ao nível da Segurança, o destaque vai para a cidade de Luxemburgo, seguida de Basileia, Berna, Helsínquia e Zurique, reunidas em segundo lugar. Moscovo (200º) e São Petersburgo (197º) foram, este ano, as cidades menos seguras na Europa. As cidades que mais caíram no ranking na Europa Ocidental entre 2005 e 2019 foram Bruxelas (47º), devido aos ataques terroristas recentes e Atenas (102º), reflectindo a sua recuperação lenta da convulsão económica e política, em seguimento da crise financeira mundial.
Damasco posiciona-se no fundo da tabela em 231º lugar e Bangui, na República Centro Africana, registou o segundo pior resultado, encontrando-se em 230º lugar.