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    Arquitectura

    Nova Alameda do Beato devolve espaço à comunidade

    A proposta do atelier Orgânica Arquitectura vai tornar o espaço essencialmente pedonal, com trânsito automóvel condicionado, vocacionado para o usufruto da  comunidade

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    O projecto de requalificação da Alameda do Beato, da autoria do atelier Orgânica Arquitectura e que abrange uma área de intervenção de 6000 metros quadrados irá “reconfigurar o espaço público a partir da sua memória e identidade original promovendo a unidade do espaço da Alameda, desde a Igreja do Convento à Rua do Beato, através de um desenho sóbrio assente num único material – o pavimento de gabro”.

    Segundo a proposta de Paulo Serôdio, vencedora do Concurso para a Alameda do Beato, o projecto pretende qualificar uma zona que, pese embora se localize na frente ribeirinha de Lisboa Oriental, “está descaracterizada e desqualificada devido à presença dominante do automóvel, à ausência de uma organização clara do espaço e à natureza das actividades que ocupam os pisos térreos dos edifícios – sobretudo oficinas e garagens”.

    “No séc. XX o automóvel e o mundo a ele ligado – as garagens e oficinas – tomaram conta da Alameda do Beato. O espaço público foi ficando refém de uma cada vez maior descaracterização, falta de organização espacial e de circulação”, refere Paulo Serôdio, acrescentando: “a nossa proposta procura trazer um outro tempo, abrandando velocidades, resgatando as qualidades óbvias do espaço”.

    “Condicionamos a circulação automóvel e regramos o seu estacionamento, dando enfoque à comunidade, trazendo às pessoas locais de encontro, de lazer e fruição: queremos criar um ambiente calmo, onde a comunidade se encontre, onde as árvores filtrem o sol às esplanadas, onde andar a pé ou de bicicleta vai ser a nova regra”, explica

    A proposta prevê a eliminação de um dos acessos viários a partir da Rua do Beato, mantendo-se apenas o acesso à travessa da Alameda do Beato junto ao edifício da Fábrica da Nacional, o que expande o espaço pedonal entre a Rua do Beato e a Travessa da Alameda do Beato.

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    Maria do Rosário Jacinto e Fernando Flora
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    “O projecto nasce sempre no papel, num processo criativo interno de tentativa e erro”

    Com um percurso de 30 anos, o atelier Fragmentos começou como uma “banda de garagem” até se tornar numa estrutura que “concebe projectos à escala de cidade” e que reflecte a trajectória de uma equipa que acredita no colectivo, na sustentabilidade e no impacto da arquitectura no quotidiano. Com um olhar para o futuro, o território e a sociedade continuam a ser o ponto de partida para a criação de novos espaços

    Cidália Lopes

    Fundado por um colectivo de quatro arquitectos (Duarte Pinto-Coelho, Marcus Cerdeira, Miguel Martins Santos e Pedro Silva Lopes), o Fragmentos conta, actualmente, com oito sócios. Maria do Rosário Jacinto e Fernando Flora, dois dos sócios, falaram à Traço sobre o crescimento do atelier e das “expectativas” para o futuro. Um percurso que tem andado de mãos dadas com a sustentabilidade, hoje uma “prioridade” e “não uma opção” e que passou a integrar todas as áreas do atelier e que segue lado a lado com a inovação e as inevitáveis alterações ao processo de trabalho e à construção, fruto das novas ferramentas de IA. Estas permitem “reduzir os tempos de execução e automatizar processos, criando assim mais disponibilidade para o processo criativo”, acreditam.

    “Iniciar um novo projecto implica um conhecimento profundo do território, da envolvente, das suas condicionantes, do cliente e das suas expectativas. Esta fase de análise permite contar uma história coerente e trazer o cliente para o imaginário da solução”

    30 anos depois do início do vosso percurso, que balanço fazem?
    A evolução foi natural, mas sem dúvida que o crescimento dos últimos 10 anos teve um impacto enorme. Acompanhar as necessidades do país e dos clientes obrigou-nos a pensar numa escala diferente, com projectos maiores e usos distintos do residencial, aquele em que mais trabalhávamos. Começámos como uma “banda de garagem”, a fazer pequenas reabilitações para amigos e familiares, e hoje, com uma estrutura bastante maior, concebemos projectos à escala da cidade. O balanço é, por isso, muito gratificante, e aguardamos expectantes os desafios que o futuro nos trará.

    Como definem a essência do vosso atelier? Existe algum elemento que procuram incorporar sempre nos projectos?
    O Fragmentos nasce de um princípio de trabalho colaborativo que se mantém até hoje. Não há uma forma linear de projectar, nem uma linguagem comum a todos os projectos. O que existe é a convergência de diferentes formas de pensar o espaço e a procura constante por um processo que envolva vários intervenientes. Sempre encarámos o nosso trabalho como um verdadeiro trabalho de equipa, onde todos contribuem para a melhor solução. Com o crescimento do atelier, tornou-se essencial criar equipas especializadas que orbitam em torno da arquitectura, como engenharia, sustentabilidade e interiores, e que estão presentes desde o primeiro dia do projecto. Esta abordagem torna a nossa forma de trabalhar distintiva.

    Como costuma ser o processo criativo no atelier? Qual é o ponto de partida para um novo projecto?
    A procura por conhecimento e a criação de valor são eixos fundamentais para os próximos anos, e isso traduz-se na forma como encaramos o processo de projecto. Este não é apenas um meio para um fim, mas um fim em si mesmo. Iniciar um novo projecto implica um conhecimento profundo do território, da envolvente, das suas condicionantes, do cliente e das suas expectativas. Esta fase de análise permite contar uma história coerente e trazer o cliente para o imaginário da solução. Apesar da evolução das ferramentas digitais, o projecto nasce sempre no papel, num processo criativo interno de tentativa e erro que permite que as ideias fluam de forma mais natural.

    “Com a crescente limitação de espaço nos centros urbanos, a flexibilidade dos espaços passará a ser uma característica essencial, integrando a sustentabilidade neste processo e garantindo que os projectos conciliam inovação e responsabilidade ambiental”

    Quais são as ferramentas ou métodos indispensáveis durante o desenvolvimento dos projectos?
    A proximidade com o cliente desde a primeira reunião é essencial ao longo de todo o processo, especialmente na fase de desenvolvimento do conceito. Procurar o encontro entre o que o cliente deseja e aquilo que é possível realizar é um exercício complexo, mas extremamente estimulante, pois, para além de criativos, somos também técnicos que respondem a desafios específicos.

    Depois, é o território que nos guia. A relação com o espaço é um passo fundamental. A localização, o contexto, a orientação solar e a topografia são factores que nos permitem pensar a peça arquitectónica de uma forma única.

    Por fim, a integração e colaboração com as equipas de especialidades e entidades envolvidas desde o início do processo garantem que, no final, quem ganha é o projecto. No fundo, procuramos abordar cada projecto de forma holística desde o primeiro momento.

    Há algum projecto que considerem um marco na trajectória do atelier? Porquê?
    Escolher um único projecto é sempre difícil, pois todos deixam uma marca de alguma forma. No entanto, diríamos que o Bayview, devido à importância da sua localização na entrada de Cascais, à sua dimensão, complexidade e parceria internacional, simboliza a viragem de escala do atelier. Voltando à ideia de processo, não podemos deixar de referir que este projecto começou em 2016 e, neste momento, estamos a construir a sua última fase. O acompanhamento de um projecto com estas particularidades, ao longo de vários anos, acaba inevitavelmente por marcar tanto a trajectória do atelier como o percurso dos profissionais que nele trabalham.

    Como abordam a sustentabilidade nos projectos?
    O crescimento do atelier ocorre numa era em que a sustentabilidade é uma preocupação central e não pode ser ignorada. Esta é uma das bases da nossa responsabilidade social empresarial e constitui uma meta essencial no nosso processo de criação de valor. Reconhecemos que ainda há um longo caminho a percorrer, mas procuramos implementar mudanças a várias escalas, desde a forma como são feitas as deslocações para o atelier até à sensibilização dos promotores para as vantagens de uma certificação específica ou a escolha criteriosa de materiais locais. Para isso, contamos com uma equipa interna dedicada ao tema, que se integra de forma transversal no nosso fluxo de trabalho. A sustentabilidade deixou de ser uma opção e passou a ser uma prioridade em todas as áreas do atelier.

    A quem está a iniciar o seu percurso, aconselhamos que use os primeiros anos para algo que parece simples, mas que pode trazer muito retorno: observar e exercitar a curiosidade

    Como olham para a evolução da arquitectura nos próximos anos?
    A responsabilidade social da arquitectura será cada vez mais trazida para primeiro plano, exigindo um conhecimento profundo do território onde se actua e um compromisso real com soluções que beneficiem tanto as cidades como as pessoas que nelas habitam. Com a crescente limitação de espaço nos centros urbanos, a flexibilidade dos espaços passará a ser uma característica essencial, integrando a sustentabilidade neste processo e garantindo que os projectos conciliam inovação e responsabilidade ambiental.

    Paralelamente, a inovação — nomeadamente a utilização de ferramentas de inteligência artificial — trará alterações ao processo de trabalho e à construção, permitindo reduzir os tempos de execução e automatizar processos, criando assim mais disponibilidade para o processo criativo.

    O impacto da arquitectura na sociedade é cada vez mais evidente, e isso faz com que a própria disciplina se relacione com um número crescente de áreas, procurando soluções mais abrangentes e transformadoras.

    Que conselhos dariam a quem está a começar a carreira em arquitectura?
    A quem está a iniciar o seu percurso, aconselhamos que use os primeiros anos para algo que parece simples, mas que pode trazer muito retorno: observar e exercitar a curiosidade. Para além disso, esse é também o momento ideal para explorar as diferentes possibilidades da profissão. A arquitectura, para além de arte, é resolver problemas, desbloquear desafios e relacionar o ser humano com o construído.

    Actualmente, há muita procura por arquitectos em Portugal, o que representa uma grande oportunidade. Existem ateliers de várias escalas e especializações, e a experiência de trabalhar num atelier pequeno ou grande, mais autoral ou comercial, é substancialmente diferente. Independentemente do caminho escolhido, há uma certeza: a arquitectura só se faz com verdadeira paixão pela profissão.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

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    Openbook expande para o Médio Oriente e abre nova delegação no Dubai

    A expansão para o Médio Oriente, com a abertura de uma delegação no Dubai, já tinha sido comunicada em entrevista ao Construir pelo Partner Paulo Jervell, como mais um passo na estratégia de internacionalização do Grupo que no final de 2024 anunciou o seu rebranding e reorganização estrutural

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    O Grupo Openbook anuncia a abertura da sua nova delegação no Dubai, marcando um “novo passo na sua estratégia de internacionalização” e que visa “reforçar” a sua presença no mercado do Médio Oriente.

    Reconhecendo o Dubai como um dos “principais centros mundiais de negócios e inovação”, a aposta do Grupo Openbook nesta região visa “fortalecer” parcerias estratégicas e “responder” à crescente procura por soluções integradas de arquitectura, design e engenharia.

    “A presença do Grupo Openbook no Dubai representa um novo capítulo na nossa trajectória de crescimento. Esta expansão permitirá consolidar a nossa posição num dos mercados mais dinâmicos do mundo, estabelecendo um ponto de contacto directo com clientes e parceiros estratégicos e fortalecendo a nossa rede de projectos internacionais”, afirmou Paulo Jervell, partner do Grupo Openbook.

    A internacionalização do Grupo Openbook surge num momento de grande evolução para a empresa, que recentemente anunciou o seu rebranding e reorganização estrutural. Paralelamente, tem vindo a conquistar reconhecimento internacional, com projectos emblemáticos como a sede da Galp, distinguida com certificações LEED Platinum e WELL Platinum, e o premiado Ritz Pool Bar, que arrecadou o prestigiado prémio Architizer A+Awards na categoria de Bares e Adegas.

    Com uma equipa de cerca de 90 colaboradores e tendo alcançado uma facturação de cerca de 10 milhões de euros em 2024, o Grupo Openbook continua a consolidar a sua presença em mercados estratégicos, incluindo Portugal, França, Espanha, Angola, Vietname, Indonésia e agora, o Dubai.

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    Como Foster+Partners transforma Old Trafford

    O design e as linhas gerais do projecto de Estádio Old Trafford entregue pelo gabinete Foster+Partners foram apresentados esta semana. O novo estádio promete ser um marco icónico e sustentável que tem por base a história do Manchester United e a identidade de Manchester

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    O Manchester United revelou os planos para o novo estádio de Old Trafford, um projecto ambicioso desenvolvido pelo estúdio de arquitetura Foster + Partners. A nova infraestrutura promete elevar a experiência dos adeptos e transformar a região com um design inovador, tecnologia avançada e um forte compromisso com a sustentabilidade.
    O novo estádio será um marco globalmente reconhecido, inspirado na história do Manchester United e na identidade industrial da cidade de Manchester.

    O conceito do novo estádio inverte o modelo tradicional de design de estádios de futebol: será aberto e voltado para o exterior, com varandas panorâmicas que oferecem vistas para toda a área envolvente. Localizado no centro do distrito, será um marco globalmente reconhecível, encapsulando o espírito do Manchester United e a herança da cidade. A estrutura será caracterizada por três mastros imponentes, inspirados no tridente dos “Red Devils”, reflectindo a verticalidade do horizonte industrial de Manchester. Esses mastros sustentarão uma cobertura translúcida que envolverá o estádio, protegendo as arquibancadas e uma ampla praça pública das chuvas frequentes.

    Inspirado pela rica história da cidade, este projecto de regeneração impulsionado pelo desporto transformará uma área industrial de um milhão de metros quadrados em um distrito vibrante de uso misto, com uma rede de espaços verdes, ruas, pontes e zonas à beira-mar. Estabelecendo um novo padrão internacional para o desenvolvimento sustentável de cidades, o projecto criará conexões directas para transportes públicos e pedestres entre comunidades novas e existentes – e com o restante da cidade –, além de incorporar tecnologias de captação de água da chuva e energia renovável.

    A praça coberta contará com uma série de experiências interactivas para adeptos do Manchester United e visitantes globais. O design prevê ainda um percurso processional que levará os adeptos de uma nova estação ferroviária até a praça, criando um ponto de encontro acolhedor para eventos desportivos e comunitários.

    O novo estádio terá capacidade para 100.000 espectadores.

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    Nova Solução | Sistema Gyptec Protect para Fachadas

    Cada vez mais o mercado da construção pede soluções rápidas e fáceis de executar não comprometendo a qualidade.

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    Particularmente importante, são soluções que permitam resolver os problemas, já identificados, dos edifícios em Portugal e promover a sua reabilitação energética. Isto num contexto de reabilitação e reconversão do edificado. Paralelamente existe uma urgência em cumprir com os objetivos do PRR e disponibilizar mais habitação, preferencialmente confortável e energeticamente eficiente.

    Respondendo às solicitações do mercado e em particular de muitos dos nossos clientes, o Grupo Preceram vem apresentar o Sistema Gyptec Protect para Fachadas, desenvolvido em conjunto com a Mapei.

    Tirando partido das excelentes características da placa Gyptec Protect, resistência mecânica, à água e ao fogo, foi possível a Mapei estudar e testar um conjunto de sistemas de revestimento e acabamento que permitissem estender a sua aplicação também a fachadas.

    Tornou-se assim possível apresentar um sistema completo de isolamento pelo exterior, com lã mineral Volcalis, leve, fácil de instalar, incombustível e com excelentes propriedades de isolamento térmico e acústico.

     

    As placas Gyptec Protect são compostas por gesso, tratado com agente hidrorrepelente para diminuir a absorção de água, revestido com uma tela especial em fibra de vidro de alta qualidade e incombustível. Estas placas foram desenvolvidas para utilizar em zonas que requerem alta resistência à humidade e ao fogo (classificação A1) e para as quais não se recomenda o uso de placas de gesso tradicionais.

    Volcalis Alpha Plus é uma lã mineral semirrígida com uma condutibilidade térmica muito baixa – 0,032 W/(m.K) -, incombustível e hidrorrepelente. Estas características técnicas permitem soluções de isolamento com elevado desempenho térmico mesmo com espessuras mais reduzidas.

    Este sistema, aplicado sobre uma fachada existente, permite eliminar as pontes térmicas associadas à estrutura e aos pontos singulares, funcionando como uma segunda pele do edifício. Para além da redução dos consumos energéticos, tanto no inverno como no verão, resolve eventuais problemas de humidade e condensação, aumentando o conforto e a qualidade do ar interior.

    Fundamental para o bom funcionamento da solução é o esquema de revestimento e acabamento preconizado pela Mapei especialmente para as placas Gyptec Protect.

    No seguimento deste trabalho, foram também desenvolvidas soluções para a aplicação de isolamento sobre as placas Protect (sistema ETICS), o que permite a sua utilização em construções em aço leve, LSF, ou sistemas mistos com fachadas leves industrializadas.

     

    Mais informação em: www.gyptec.eu/sistema-gyptec-protect-para-fachadas

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    Missão ‘Built by Brazil’ une arquitectos brasileiros e portugueses

    A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura, através do seu programa de internacionalização, ‘Built by Brazil’, vem a Portugal para trocar experiências sobre o que se está a fazer no Brasil e em Portugal a nível arquitectónico, construção, promoção imobiliária, engenharia e inovações e estreitar relações e conhecimento entre os dois países

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    A missão ‘Built by Brazil’ Europa 2025 chega a Portugal no dia 15 de Março e prolonga-se até ao dia 18 de Março, culminando com o evento “Conexões Arquitectónicas: Brasil e Portugal – Mesa Redonda sobre Arquitectura de Hospitalidade e Reabilitação”.

    Depois de uma passagem pelo MIPIM, em Cannes, França, a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA), através do seu programa de internacionalização, ‘Built by Brazil’, vem a Portugal para trocar experiências sobre o que se está a fazer no Brasil e em Portugal a nível arquitectónico, construção, promoção imobiliária, engenharia e inovações e estreitar relações e conhecimento entre os dois países.

    Para os dias 15, 16, 17 e 18 de Março, a comitiva do Brasil tem agendado vários momentos de trabalho, como a visita a projectos de reabilitação como por exemplo, a Fundação Albuquerque, projecto de reabilitação do Bernardes Arquitectos, assim como, o projecto de regeneração do escritório ADOC. Está, igualmente, agendado um encontro com a Associação Portuguesa de Projectistas e Consultores e com a Ordem dos Arquitectos.

    Do Brasil vêm arquitectos de vários gabinetes, nomeadamente os Natureza Urbana (SP), Archscape (SP), D&P Arquitetura (MG), Grupo Myr (MG) e Heliomar Venâncio Arquitetura (ES), Addor e Associados (SP) e M&T Arquitetura (RJ).

    Para terminar esta passagem por Portugal, irá realizar-se o evento “Conexões Arquitectónicas: Brasil e Portugal – Mesa Redonda sobre Arquitetura de Hospitalidade e Reabilitação”, que irá decorrer no dia 18 de Março, no Auditório da Casa de Cultura de Cascais e que irá contar com a presença de Raimundo Carreiro, embaixador do Brasil em Portugal, e de Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais.

    O objectivo da mesa-redonda é “fomentar o debate” sobre as particularidades de projectos de arquitectura nos segmentos de hospitalidade e reabilitação, trazendo exemplos de sucesso em ambos os países, e provocando a discussão sobre as oportunidades da cooperação entre os arquitectos brasileiros e portugueses.

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    18ª edição do Europan aborda o “Re-sourcing”

    Estão a concurso 47 locais em 12 países europeus, com as propostas a poderem ser apresentadas até 29 de Junho. Com o subtema “Re-sourcing from natural elements – Dealing with Water”, Lisboa apresenta-se com uma das áreas de intervenção que se localiza em Campolide

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    A fragilidade do ecossistema da Terra e as crises sociais levam à imaginação de práticas alternativas à extracção prejudicial de recursos, ao consumo excessivo e à poluição de ambientes vivos.

    Devem, por isso, ser pensados ​​e implementados projectos de regeneração que abracem a natureza e a cultura. A pensar nesta realidade, o tema da 18ª edição do Europan aborda o “Re-sourcing”. Estão a concurso 47 locais em 12 países europeus, com as propostas a poderem ser apresentadas até 29 de Junho.

    Com o subtema “Re-sourcing from natural elements – Dealing with Water”, Lisboa apresenta-se com uma das áreas de intervenção que se localiza em Campolide e que corresponde à solução para a cobertura de um grande tanque e túnel integrados no Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL).

    Esta cobertura deve relacionar a área de intervenção com o tecido urbano envolvente, pois encontra-se isolada devido à existência grandes infraestruturas como linhas de comboio e rodovias. A intervenção deverá incluir, ainda, edifícios de habitação de baixa escala pré-existentes, expressão de herança de uma cidade pré-industrial.

    Como podemos criar formas de usar sabiamente os recursos naturais no ambiente construído e impulsionar o equilíbrio ecológico entre os fluxos naturais e as necessidades urbanas?, Como podemos ligar a urbanidade para além dos limites das infraestruturas? E como podemos dar forma a um futuro sustentável, bonito e inclusivo, proporcionando habitação e habitat? São algumas das perguntas que se colocam aos concorrentes na área de intervenção em Lisboa.

    Os resultados serão anunciados a 17 de Novembro de 2025.

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    Mork-Ulnes Architects apresenta ‘The Craft of Place’

    Editado por Casper Mork-Ulnes, ‘The Craft of Place’ destaca a dedicação do estúdio ao contexto, ao vernáculo local e à materialidade, enquanto explora a interacção entre arquitectura e paisagem, tradição e inovação

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    ‘The Craft of Place’ é a primeira monografia da Mork-Ulnes Architects, um atelier internacional com escritórios em São Francisco e Oslo, e que explora a abordagem distinta do estúdio à arquitectura e a sua reinterpretação das tradições regionais da construção.

    Editado por Casper Mork-Ulnes, com contribuições de Joseph Becker (curador associado de Arquitectura e Design no Museu de Arte Moderna de São Francisco) e Anne Marit Lunde (curadora, editora e escritora sediada em Oslo), ‘The Craft of Place’ destaca a dedicação do estúdio ao contexto, ao vernáculo local e à materialidade, enquanto explora a interacção entre arquitectura e paisagem, tradição e inovação.

    Fundado por Casper Mork-Ulnes em 2005, o estúdio equilibra o pragmatismo escandinavo com a criatividade californiana e o espírito empreendedor de inovação, criando edifícios que misturam brincadeira e contenção.

    “Baseado em contextos físicos e culturais discretos, o nosso ponto de vista é informado pela convergência das origens distintas onde o nosso trabalho nos leva. À medida que as áreas geográficas onde trabalhamos se estão a expandir, somos desafiados a pesquisar e explorar novas e antigas condições culturais relacionadas com a arquitectura e o lugar. A agenda estética e formal que surge da negociação destes impulsos culturais muitas vezes bastante diferentes resulta também na interacção de contenção e ludicidade que pode ser rastreada em todos os nossos projectos. É exatamente esta tensão que veio a de definir a nossa prática”, observa Casper Mork-Ulnes.

    “Os edifícios vernaculares que se desenvolveram por necessidade são um testemunho físico do conhecimento tradicional e ainda hoje podem estabelecer a base de uma lógica de construção. Esta arquitectura artesanal tem qualidades materiais intrínsecas e aparentes que podem criar ligações entre gerações e culturas. Um profundo envolvimento com o material e a sua utilização tradicional é, portanto, uma parte central da nossa prática. Ao explorar métodos, materiais e formas tradicionais em novos contextos, somos capazes de criar ligações dinâmicas, ao mesmo tempo que preservamos e aprendemos com o vernáculo”, acrescenta o arquitecto.

    Publicado em Dezembro de 2024 pela Park Books, este novo volume está estruturado em torno de temas de materiais, tradições, sustentabilidade, escala e luz e revela o método Mork-Ulnes Architects de integrar a arquitectura em diversos ambientes através de projectos como The Silver Lining House em São Francisco; Octothorpe House em Bend, Oregon (EUA); e Skigard Hytte em Kvitfjell, Noruega.

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    Liu Jiakun, é o vencedor do Prémio Pritzker de Arquitectura 2025

    O arquitecto de Chengdu, China, Liu Jiakun, foi o Laureado de 2025 do Prémio Pritzker de Arquitectura. Interligando aparentes antípodas, como utopia versus vida quotidiana, história versus modernidade e colectivismo versus individualidade, Liu propõe uma arquitectura afirmativa que celebra a vida dos cidadãos comuns

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    O arquitecto chinês Liu Jiakun, de Chengdu, foi anunciado como o vencedor do Prémio Pritzker de Arquitetura 2025, a mais alta distinção da arquitectura a nível mundial. Liu é reconhecido por uma abordagem que valoriza a cultura, a história e a natureza, criando projectos que equilibram tradição e modernidade. A sua arquitectura promove a comunidade e inspira compaixão, respeitando o meio ambiente e utilizando materiais locais e técnicas artesanais. Destaca-se ainda pela inovação em espaços urbanos densos, oferecendo soluções que integram edifício, infraestrutura, paisagem e espaço público.

    “A arquitectura deve revelar algo, deve abstrair, destilar e tornar visíveis as qualidades inerentes das pessoas locais. Tem o poder de moldar o comportamento humano e criar atmosferas, oferecendo uma sensação de serenidade e poesia, evocando compaixão e misericórdia, e cultivando um sentido de comunidade partilhada”, afirma Liu.

    Interligando aparentes antípodas, como utopia versus vida quotidiana, história versus modernidade e coletivismo versus individualidade, Liu propõe uma arquitectura afirmativa que celebra a vida dos cidadãos comuns. Defende o poder transcendente do ambiente construído através da harmonização das dimensões culturais, históricas, emocionais e sociais, utilizando a arquitectura para fomentar a comunidade, inspirar compaixão e elevar o espírito humano.

    “Com um portefólio notável, de profunda coerência e qualidade constante, Liu Jiakun imagina e constrói novos mundos, livres de qualquer constrangimento estético ou estilístico. Em vez de seguir um estilo, desenvolveu uma estratégia que nunca depende de um método recorrente, mas sim da avaliação das características e requisitos específicos de cada projecto. Ou seja, Liu Jiakun parte das realidades actuais e trabalha-as ao ponto de, por vezes, oferecer um cenário inteiramente novo para a vida quotidiana. Para além do conhecimento e das técnicas, o senso comum e a sabedoria são as ferramentas mais poderosas que acrescenta ao repertório do arquitecto”, afirma, em parte, a Citação do Júri de 2025.

    Liu cria espaços públicos em cidades densamente povoadas, onde o luxo do espaço é amplamente inexistente, estabelecendo uma relação positiva entre densidade e espaço aberto. Ao multiplicar tipologias dentro de um único projecto, inova a função dos espaços cívicos para responder às diversas necessidades da sociedade.

    Entre os seus trabalhos mais importantes estão o “West Village” (Chengdu), o “Departamento de Escultura do Instituto de Belas-Artes de Sichuan” (Chongqing) e o “Museu de Arte em Pedra Luyeyuan” (Chengdu). Após o terramoto de Wenchuan, em 2008, Liu reciclou escombros para criar os “Tijolos do Renascimento”, demonstrando o seu compromisso com a reconstrução sustentável.

    “As cidades tendem a segregar funções, mas Liu Jiakun segue o caminho oposto e mantém um equilíbrio delicado para integrar todas as dimensões da vida urbana”, sublinhou Alejandro Aravena, presidente do Júri e ele próprio Laureado do Prémio Pritzker em 2016. Na nota enviada à imprensa refere que “num mundo que tende a criar periferias monótonas e intermináveis, ele encontrou uma forma de construir lugares que são edifício, infraestrutura, paisagem e espaço público ao mesmo tempo. O seu trabalho pode oferecer pistas impactantes sobre como enfrentar os desafios da urbanização numa era de crescimento acelerado das cidades.”

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    Créditos: Benjamin Schoonenberg.
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    Trienal organiza exposição ‘Tirar Mais do que Há para Dar’

    ‘Tirar Mais do que Há para Dar’ é um contributo colectivo e plural para um futuro da arquitectura que não exija a exaustão do planeta e de quem o habita e que conta com obras de Alfonse Chiu & Emma Kaufmann LaDuc, Alina Paias & Benjamin Schoonenberg, Liisa Ryynänen e Netherlands Angry Architects!mde

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    Fazer arquitectura no sistema económico vigente significa depender da extracção do máximo de materiais, valor e energia, muitas vezes ultrapassando os limites do que o planeta ou o corpo podem repor. As diferentes etapas do desenho e construção de um edifício evidenciam um ciclo contínuo de esforço e sobre-extracção da cadeia de produção arquitectónica, das matérias-primas à mão-de-obra.

    Neste sentido, e em parceria com a galeria VI PER em Praga, a Trienal organiza uma exposição dupla, a decorrer simultaneamente em ambas as cidades, que explora a forma como a “energia se move, se transforma e se dissipa, tanto no interior dos corpos como no mundo material”. Em Lisboa, a exposição arranca este Sábado, dia 8 de Março e mantém-se até conta com a visita comentada pela curadora Alina Paias e a apresentação de Liam Ross, professor da Universidade de Edimburgo e de Adam Przywara, investigador na Universidade de Friburgo. A mostra mantém-se até 13 de Maio.

    Os contributos de fellows emergentes da plataforma europeia LINA estão distribuídos entre Praga e Lisboa – onde a exposição decorre em simultâneo – abordando a arquitectura habitada enquanto consumidora de energia; cartografias especulativas das dinâmicas territoriais de exaustão na Europa; e a formação de redes de solidariedade entre quem trabalha na indústria da construção para enfrentar a crise climática. A exposição conta ainda com o vídeo The Void of its Other (O Vazio do Outro) que explora as pressões e incentivos financeiros e políticas que moldam a produção habitacional contemporânea em Roterdão.

    A exposição arranca este Sábado, dia 8 de Março e mantém-se até 13 de Maio. A inauguração conta com a visita comentada pela curadora Alina Paias e a apresentação de Liam Ross, professor da Universidade de Edimburgo e de Adam Przywara, investigador na Universidade de Friburgo.

    Os contributos de fellows emergentes da plataforma europeia LINA abordam a arquitectura habitada enquanto consumidora de energia; cartografias especulativas das dinâmicas territoriais de exaustão na Europa; e a formação de redes de solidariedade entre quem trabalha na indústria da construção para enfrentar a crise climática. A exposição conta ainda com o vídeo The Void of its Other (O Vazio do Outro) que explora as pressões e incentivos financeiros e políticas que moldam a produção habitacional contemporânea em Roterdão.

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    Centro Cultural da Trofa define nova “urbanidade” na cidade

    “Embora a proposta defina uma volumetria clara com uma definição de praça formal, a interligação dos elementos e sua localização a diferentes cotas permite usos flexíveis e dinâmicos dos espaços, que convida a apropriações que reflectem o panorama geral da produção artística, heterogénea e interactiva”

    Cidália Lopes

    O futuro Centro Cultural da Trofa deverá ser “dinamizador de cultura” no território em que se irá inserir, numa perspectiva alargada à região Norte do País e deverá ter um papel “diferenciador”, através das suas valências funcionais, da sua centralidade geográfica e da sua imagem, enquanto referência no domínio da arquitectura contemporânea. Por outro lado, insere-se no numa lógica de requalificação que tem transformado “profundamente” o centro do concelho.

    Características que serviram de base ao projecto vencedor apresentado pelas arquitectas Alda Jesus e Enrica Mazzon, do colectivo Laboratório Mediterrâneo e que, segundo o júri, se destacam pela sua “inovação, funcionalidade e sustentabilidade”, assim como pela forma “harmoniosa” que esta se adapta ao espaço urbano e ao contexto histórico da Trofa.

    Identidade “arquitectónica, abstracta e cenográfica”

    A área de intervenção, actualmente um vazio urbano que se situa junto à escola Profº Napoleão Sousa Marques, à ciclovia Norte, ao parque de apoio à Mobilidade e ao final da Alameda da Estação, vai receber o equipamento numa lógica de “quarteirão”.

    A implantação proposta no projecto de arquitectura determina a existência de um espaço exterior central – A Praça – delimitada pelo conjunto edificado que emerge acima da cota de soleira. Esta praça central, de caracter formal, possui três eixos de atravessamento que evocam uma malha de tecido urbano já consolidada, mantendo a permeabilidade necessária para que se torne parte activa da vida pública e definidora de uma nova “urbanidade” da cidade.

    O conceito geral da proposta visa a “marcação de um espaço vazio central no território intervencionado, com uma forte identidade arquitectónica, abstracta e cenográfica”. A fragmentação volumétrica, unificada na base num pódio de distribuição publica é uma oportunidade para desconstruir a monumentalidade do edificado, e aproximá-lo à escala da cidade. Os alinhamentos volumétricos geram uma composição equilibrada e de continuidade entre si.

    Embora a proposta defina uma volumetria clara com uma definição de praça formal, a interligação dos elementos e sua localização a diferentes cotas permite usos flexíveis e dinâmicos dos espaços. Esta proposta convida a apropriações que reflectem o panorama geral da produção artística, heterogénea e interactiva, como por exemplo a ‘Black Box’ que pode abrir directamente para a praça e dinamizar o espaço público.

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    Durabilidade e sustentabilidade

    A proposta caracteriza-se, ainda, pela escolha de uma materialidade “homogénea e sistematizada”, quer nos métodos construtivos seleccionados quer nos acabamentos exteriores e interiores, cuja “modularidade, repetição, subtis variações de escala e pigmentação contribuirá para a definição do lugar e sua identidade”.

    A simplicidade das fachadas e volumes que conformam o centro cultural permite a sobreposição de informação em projecções multimédia, ou noutros suportes de larga escala, promovendo o sentido de ‘happening’ do lugar.

    Pretende-se, ainda, que abordagens sustentáveis possam ser adoptadas na fabricação destes elementos, tais como a incorporação de resíduos de demolição local, e a identificação de pigmentos regionais que comuniquem.

    Já a durabilidade dos revestimentos escolhidos traduz-se em sustentabilidade construtiva, evitando a necessidade de manutenção intensiva e substituição frequente de elementos ao longo da vida útil do edifício.

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