266 Liberdade: “Provavelmente o maior desafio da Avenue”
Com um investimento de 45 M€, as obras deverão dar início no terceiro trimestre deste ano, com um prazo estimado de 20 meses, não tendo sido avançado, para já, qual a empresa responsável pela intervenção. A comercialização vai estar a cargo da Porta da Frente / JLL
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O icónico edifício do Diário de Notícias, localizado na Avenida da Liberdade, em Lisboa, vai ser convertido num imóvel para habitação. Promovido pela Avenue e com projecto de arquitectura da Contacto Atlântico, o 266 Liberdade vai contar com um total de 34 apartamentos e um espaço comercial no piso 0, cujo investimento total ronda os 45 milhões de euros.
A obras deverão dar início no terceiro trimestre deste ano, com um prazo estimado de 20 meses, não tendo sido avançado, para já, qual a empresa responsável pela intervenção. A comercialização vai estar a cargo da Porta da Frente / JLL.
Construído entre 1936 e 1940 e com arquitecto de Pardal Monteiro, foi pensado originalmente para albergar o jornal Diário de Noticias, tendo sido o vencedor do Prémio Valmor no ano da sua inauguração, destacando-se como a primeira edificação moderna na Avenida da Liberdade.
Os novos 34 apartamentos vão ficar distribuídos por cinco pisos, com tipologias de Estúdio (T0) a T5 com preços de comercialização a partir de 430 mil euros, bem como um espaço comercial no piso térreo e estacionamento privativo com 47 lugares. De salientar ainda, que no quinto piso haverá lugar apenas a um apartamento, com mais de 400 m2, mas para o qual não há ainda um valor de venda definido e que também não vai entrar em comercialização em simultâneo com os restantes apartamentos.
O projecto prevê, ainda, um espaço comercial com 1.300 m2 ABL, espaço onde se destacam algumas obras Almada Negreiros que serão preservadas e que foram criadas especialmente para este espaço, como o “Grande Planisfério” ou as “Quatro alegorias a Portugal e à Imprensa”.
Exactamente por ser um Prémio Valmor, todo o exterior e interior do 266 Liberdade terá que ser preservado, havendo lugar apenas à renovação do espaço e da fachada e à compartimentação do interior de forma a permitir o número de apartamentos.
Os interiores vão ser renovados, adaptando o espaço para poder ser utilizado para habitação, com padrões de conforto e bem-estar dos tempos modernos. De realçar que foram preservados todos os elementos originais e característicos como as fachadas, as escadas, os corrimões com a sua cor original, as paredes revestidas a pedra, os corredores, o elevador da época e a porta rotativa de madeira da entrada pela Avenida da Liberdade.
Aniceto Viegas, director geral da promotora reforça: “O 266 Liberdade é provavelmente o maior desafio da Avenue. Não pela dimensão do projecto, mas pela complexidade inerente a um edifício histórico, Prémio Valmor, com inúmeros elementos arquitectónicos de relevância”.
Presente em Portugal desde Janeiro de 2015 a Avenue conta já com um portfólio de cerca de 10 empreendimentos em zonas prime de Lisboa e Porto. Finalizados estão já o Liberdade 203, o Liberdade 40 e o Aliados 107. Em curso encontram-se o The Cordon, o Mulberry Hill, o Orpheu XI. Tanto o 266 Liberdade como o EXEO Office Campus deverão entrar em obra a partir de Setembro.
Para o triénio 2018-2020, a Avenue já anunciou um investimento adicional de 150 milhões de euros e o objectivo de diversificação do seu campo de atuação, de modo a adaptar a oferta às necessidades do mercado. Ainda este ano, contam lançar mais dois novos projectos de reabilitação, um em Lisboa e outro no Porto, para o segmento residencial, cujos imóveis se encontram, actualmente, em fase de aquisição.