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    Arquitectura

    Japonês Kengo Kuma e portugueses OODA ganham concurso do Matadouro Industrial no Porto

    Um dos elementos fundamentais do projecto é a rua pedonal coberta, que o atravessa de ponta a ponta, ligando a um jardim suspenso sobre a VCI que dá acesso à Estação de Metro do Estádio do Dragão

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    Japonês Kengo Kuma e portugueses OODA ganham concurso do Matadouro Industrial no Porto

    Um dos elementos fundamentais do projecto é a rua pedonal coberta, que o atravessa de ponta a ponta, ligando a um jardim suspenso sobre a VCI que dá acesso à Estação de Metro do Estádio do Dragão

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    O arquitecto japonês Kengo Kuma, em conjunto com os portugueses OODA ganharam o concurso para a reconversão do antigo Matadouro Industrial de Campanhã, no Porto. A construção estará a cargo da empresa portuense Mota Engil.

    O investimento de reconversão do antigo Matadouro está orçado em quase 40 milhões de euros, totalmente suportado por privados. O espaço será usado para acolher empresas, mas também reservas de arte, museus, auditórios e projetos de coesão social.

    O projecto de arquitectura é da autoria do conceituado arquitecto  Kengo Kuma , em parceria com os portugueses OODA. O japonês é autor de projetcos reconhecidos em todo o mundo, nomeadamente o novo Estádio Nacional do Japão, que será palco da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio; Suntory Museum of Art, também na capital japonesa; a Bamboo Wall House, na China; a sede do Grupo Louis Vuitton, no Japão ou Besançon Art Center, em França.

    A Mota Engil prevê construir uma grande cobertura que, num só gesto, une o antigo, que será preservado, e o novo edifício de remate, assim como a passagem por cima da VCI. “Todo o trabalho foi feito com o cuidado e sensibilidade de quem intervém em património histórico, mas pretendendo criar unidade e identidade. Estabelece assim um diálogo de escala com as grandes infraestruturas adjacentes e, através dos materiais, com o casario da freguesia da Campanhã. O desenho da cobertura não só une todo o complexo, como através do seu movimento, sublinha as partes essenciais do programa, servindo como pontos de referência e orientação. A proposta cria um impacto visual único para quem atravessa a VCI e permite fazer com que a cidade ganhe elasticidade”, refere em comunicado a câmara municipal do Porto.

    O projecto do Matadouro irá também articular com as acessibilidades criadas e para outras infraestruturas (as construções do Terminal Intermodal de Campanhã e da nova ponte que ligará a zona oriental a Gaia serão contemporâneas), pode servir como grande impulsionador económico, social, cultural e demográfico das freguesias mais orientais do Porto (Bonfim e Campanhã), mas será também um extraordinário polo dinamizador de toda a cidade.

    Com áreas para a instalação de empresas, mas também com museus (o Museu da Indústria ficará lá sediado), reservas de arte, auditórios, espaços expositivos e equipamentos sociais, o Matadouro não é, contudo, a repetição do conceito de condomínio empresarial fechado como existe noutros locais, mas antes um espaço aberto e de passagem, ou seja, será parte da cidade.

    Um dos elementos fundamentais do projecto é a rua pedonal coberta, que o atravessa de ponta a ponta, ligando a um jardim suspenso sobre a VCI que dá acesso à Estação de Metro do Estádio do Dragão. Este canal permitirá dar vida quotidiana ao espaço, introduzindo-lhe vivência de cidade e não fechando o ecossistema. Dito de outra forma, o Matadouro cria a grande rua coberta do Porto, a partir da qual se desenvolve uma cidade nova, capaz de servir como grande impulsionador da zona oriental.

    O concessionário, que será responsável por todo o investimento, fica obrigado a cumprir o programa delineado pela Câmara do Porto nos próximos 30 anos, findos os quais, o equipamento ficará municipal. Nesse período, a Câmara do Porto também ocupará parte do Matadouro, onde desenvolverá a parte cultural e de coesão social associada.

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    Créditos: Santos Diez

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    Habitação em Vila do Conde premiada em diferentes iniciativas internacionais

    A obra de habitação colectiva, da autoria do arquitecto Raulino Silva foi distinguida em quatro prémios internacionais, tendo recebido o primeiro prémio no 2A Architectural Awards no Dubai, o Architecture Masterprize 2024 nos USA, o BLT Awards 2024 na Suiça e, recentemente, o IDA Design Awards 2024, nos USA

    A obra de habitação colectiva, situada no centro de Vila do Conde, da autoria do arquitecto Raulino Silva foi distinguida em quatro prémios internacionais. No final do ano passado venceu o primeiro prémio no 2A Architectural Awards no Dubai, o Architecture Masterprize 2024 nos USA, o BLT Awards 2024 na Suiça e, agora, o IDA Design Awards 2024, nos USA.

    A intervenção no Gaveto das ‘Alminhas’ de São José, no centro da cidade de Vila do Conde, tem como programa a construção de uma habitação unifamiliar e de um edifício de habitação colectiva para arrendamento com dois apartamentos e uma loja para comércio ou serviços.

    A habitação unifamiliar implanta-se no local da construção existente que tinha apenas um piso, e mantém a fachada antiga para a rua Comendador António Fernandes da Costa, sendo que o segundo piso ficou recuado em relação à rua para se afastar da fachada da casa do Instituto de S. José da Congregação das Irmãs Doroteias, permitindo assim visualizar também a cobertura da Capela Dos Passos que se encontra no lado Norte do quarteirão.

    As fotografias da obra de Héctor Santos-Díez mostram a inserção dos dois edifícios no centro histórico da cidade de Vila do Conde, em duas ruas com escalas distintas, mas unidas pelo gaveto do muro de granito.

    No piso térreo temos a garagem para dois carros, a lavandaria, a sala comum que comunica com a cozinha, um sanitário, a área técnica e o quarto das visitas com quarto de banho privativo. No piso superior, temos a suite principal com quarto de banho e dois quartos de vestir, três quartos mais pequenos também com quarto de banho privativo, e o escritório no topo Sul que se abre para um grande terraço e espreita a cidade.

    O segundo edifício, para arrendamento, foi construído na rua Conde D. Mendo, um arruamento mais movimentado e com vários pequenos prédios com comércio no rés-do-chão.

    No piso térreo temos, ainda, o estacionamento automóvel atrás do muro e uma loja para comércio ou serviços com entrada independente.

    Raulino Silva, nascido em Vila do Conde em 1981, abriu seu atelier em 2011. Além do seu trabalho enquanto arquitecto, tem participado em diversas exposições internacionais e em publicações sobre arquitectura habitacional. Participou, ainda, como orador em diversos eventos e integrou júris de concursos e prémios internacionais. Em 2019, recebeu a medalha de mérito de Vila do Conde.

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    Assinatura do Protocolo

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    OA e FAUL celebram protocolo de cooperação para “Nova Geração de Habitação”

    No âmbito do projecto formativo Aliança “Nova Geração de Habitação”, estão previstas condições especiais para os membros da OA. A oferta formativa para 2025 já está decidida e a primeira edição tem início a 1 de Abril com término a 27 de Maio, com o tema ‘Inovação em Habitação’

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    A Ordem dos Arquitectos (OA) celebrou um Protocolo de Cooperação com a Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa (FAUL), no âmbito do projecto formativo Aliança “Nova Geração de Habitação”, que prevê condições especiais para os membros da OA.

    A inscrição nos cursos é efectuada directamente pelo membro da OA junto da FAUL/CIAUD, devendo este indicar o respectivo número, ficando a gestão e organização das inscrições nos cursos de formação a cargo da FAUL/CIAUD.

    A oferta formativa para 2025 já está decidida e a primeira edição tem início a 1 de Abril com término a 27 de Maio, com o tema ‘Inovação em Habitação’, de 21 de Abril a 26 de Junho está prevista a formação sobre ‘Instrumentos de Politica de Habitação’ e a seguinte será de 23 de Abril a 16 de Julho, sobre ‘Cartas Municipais de Habitação’.

    Depois, entre Setembro e Dezembro, ainda sem data definida, está previsto formação sobre ‘Reabilitação Habitacional’.

    No âmbito das pós-graduações abrangidas pelo Protocolo, serão atribuídos prémios de mérito académico aos três estudantes que tenham obtido uma das três melhores classificações da edição do curso em causa, desde que esta seja superior a 16 valores.

    O Prémio de Mérito Académico FA.ULisboa “Impulso Adultos” é de natureza pecuniária, consistindo na atribuição de uma verba de valor igual a duas vezes o montante dos custos totais  fixados para a frequência do curso a que respeita no ano lectivo de atribuição do prémio.

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    Créditos imagem: Walter Fernandes

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    Cine-Estúdio Namibe integra World Monuments Watch 2025

    O Cine-Estúdio Namibe foi seleccionado para integrar a lista de 25 sítios históricos de relevância global do World Monuments Watch 2025, entre centenas de candidaturas. Durante os próximos dois anos uma equipa da FAUP e da Iperforma Angola vai liderar um trabalho de investigação visando a a sua conservação e manutenção a longo prazo

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    O projeto de investigação da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), em parceria com a empresa de engenharia e arquitectura Iperforma Angola, para a salvaguarda e conservação do Cine-Estúdio Namibe, em Angola, foi seleccionado para integrar o World Monuments Watch 2025.

    A escolha do Cine-Estúdio Namibe para integrar a lista de 25 sítios históricos de relevância global do World Monuments Watch 2025, entre centenas de candidaturas, reflecte a sua importância para Angola como um marco significativo do seu património cultural.

    Com esta selecção e durante os próximos dois anos, o projecto vai beneficiar de um conjunto de apoios e recursos para o trabalho de investigação em torno do Cine-Estúdio Namibe, procurando estabelecer uma estreita relação com o Governo da República de Angola.

    A investigação será realizada com o envolvimento e a auscultação das comunidades e parceiros locais, determinantes para o sucesso da iniciativa, e por uma equipa multidisciplinar composta por especialistas nacionais e internacionais, com vasta experiência na área da arquitectura e da conservação do património.

    O projecto enquadra-se no Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo (CEAU) da FAUP e constitui uma das linhas de actuação da Cátedra UNESCO “Património, Cidades e Paisagens. Gestão Sustentável, Conservação, Planeamento e Projeto”, atribuída à Universidade do Porto através da FAUP.

    A equipa que elaborou a candidatura é composta por Teresa Cunha Ferreira (FAUP/CEAU, Cátedra UNESCO), Luis Urbano (FAUP/CEAU), Pedro Murilo Freitas (FAUP/CEAU, Cátedra da UNESCO), Ana Tostões (Técnico Lisboa, FAUP/CEAU) e Rui Fernandes Póvoas (FAUP/CEAU, Cátedra UNESCO), contando também com os consultores Paulo B. Lourenço (UMinho/DEC) e Maria Manuel de Oliveira (UMinho/EAAD). A candidatura foi elaborada em parceria com a Iperforma Angola (Daniel Quintã, Margarida Quintã e Afonso Quintã) e contou com Susana Matos (Universidade Lusíada de Angola,) a actuar como gestora do projecto no terreno. Durante os próximos dois anos serão estabelecidas parcerias e colaborações com outras entidades e representantes locais.

    Segundo a coordenadora do projecto, Teresa Cunha Ferreira, “esta investigação tem o objectivo de, através de recursos dedicados e de equipas pluridisciplinares, potenciar a utilização e divulgação de um edifício emblemático para as comunidades locais, a par com a sua conservação e manutenção a longo prazo. Simultaneamente, permitirá a sensibilização internacional para a salvaguarda do património moderno angolano, nalguns casos em risco, e sua transmissão às gerações futuras”.

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    Sede SRN (fotografia de Cunha Pimentel NPS Arquitectos)

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    Arquitectos do Norte lançam ‘InterSecções’ e inauguram exposição sobre edifício sede

    Além do lançamento da publicação, será inaugurada uma exposição sobre a história da Rua Álvares Cabral, no Porto, onde se situa o edifício-sede da SRN, onde está prevista uma mesa-redonda com Pedro Baganha, arquitecto e vereador do Urbanismo da CMP e presidente do Conselho de Administração da Porto Vivo

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    A Secção Regional Norte (SRN) da Ordem dos Arquitetos apresenta, esta quinta-feira, dia 16 de Janeiro, o primeiro número da sua publicação periódica ‘InterSecções’, uma plataforma dedicada à partilha de ideias sobre arquitectura e urbanismo. O evento de lançamento será complementado pela inauguração de uma exposição sobre a história da Rua Álvares Cabral, no Porto, onde se situa o edifício-sede da SRN e por uma mesa-redonda com a participação do Pedro Baganha, arquitecto e vereador do Urbanismo da Câmara Municipal do Porto e presidente do Conselho de Administração da Porto Vivo, SRU, entre outros intervenientes.

    A revista ‘InterSecções’ é uma proposta de divulgação em rede participada por várias Secções Regionais da Ordem dos Arquitectos. Segundo a Andreia Oliveira, arquitecta e presidente do Conselho Diretivo Regional Norte, “a publicação será um ponto de encontro de partilha de ideias, experiências e conhecimentos, promovendo um diálogo directo, aberto e enriquecedor entre a Ordem, os seus membros e a sociedade”.

    Com periodicidade semestral, a edição da SRN abordará temas de actualidade, entrevistas com figuras de relevo, artigos de opinião, roteiros e conteúdos sobre as atividades e serviços da Secção.

    O primeiro número tem como tema o edifício-sede da SRN, fruto do esforço de várias direcções e da reabilitação de um conjunto arquitectónico na Rua Álvares Cabral. Entre os conteúdos destacados, encontra-se um artigo de opinião sobre reabilitação urbana de Pedro Baganha e uma entrevista à arquitecta Ruth Schagemann, presidente do Conselho Europeu dos Arquitectos, que aborda temas como mobilidade e sustentabilidade na profissão.

    A edição inclui, ainda, uma memória descritiva do edifício, assinada pelos NPS Arquitectos, uma reportagem fotográfica, e uma análise histórica do contexto urbano da Rua Álvares Cabral pela historiadora Maria do Carmo Pires. Faz-se ainda uma resenha sobre o Norte 41º, projecto integrado na orgânica da SRN, que permitiu a construção do edifício e viria depois a consolidar-se com o objectivo de promover projectos de investigação, formação, divulgação e debate de temas emergentes na prática profissional do arquitecto.

    A exposição, também inaugurada no evento, apresenta desenhos arquitectónicos, artefactos e documentos históricos que destacam a importância patrimonial da rua, classificada como conjunto arquitectónico de interesse público em 2012.

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    Prémios ex-aequo: Casa TT (@Ivo Tavares) e Escola Castêlo da Maia (@NUDO)

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    APJAR atribuí prémio ex-aequo a duas obras

    Gonçalo Byrne, porta-voz do júri, fez notar a qualidade de todas as obras candidatas, explicando a atribuição do primeiro prémio ex-aequo, pelo “relevância da sua qualidade”, independentemente da dimensão de cada uma. Destacou, ainda, a “exímia recuperação do interior do apartamento distinguida com a menção honrosa”

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    tagsAPJAR

    O Prémio Municipal de Arquitectura João Álvaro Rocha de 2024 foi atribuído, em ex-aequo, a duas obras: à renovação da Casa TT, (2017-2018), da autoria do arquitecto António José Beça do Fundo Ferreira, ADOFF arquitectos, e à ampliação e renovação da Escola Secundária do Castêlo da Maia, (2009-2016), da autoria do arquitecto José Carvalho Araújo, Atelier Carvalho Araújo. Foi, ainda, atribuída uma Menção Honrosa à remodelação do apartamento 1602Hven2, (2016), da autoria de José Jorge Soares, da JJSoares arquitectura.

    As obras premiadas, assim como as restantes admitidas a concurso, irão estar patentes ao público até dia 16 de Fevereiro, no Fórum da Maia.

    Gonçalo Byrne, porta-voz do júri, fez notar a qualidade de todas as obras candidatas, explicando a atribuição do primeiro prémio ex-aequo, pelo “relevância da sua qualidade”, independentemente da dimensão de cada uma. Destacou, ainda, a “exímia recuperação do interior do apartamento distinguida com a menção honrosa”.

    O projecto de renovação da Casa TT tira partido não só das características mais antigas de uma casa de lavoura, presumivelmente do início do séc. XX, como também de outra intervenção, uma ampliação adicionada à fachada tardoz nos anos 80.

    Já a densificação da Escola Secundária do Castêlo da Maia partiu da duplicação dos seus pavilhões originais, tendo em conta a adaptação ao espaço físico e a interação com a comunidade em que se integra. O desenho do espaço cria condições para um uso criativo e multifuncional que enriquece reciprocamente as actividades educacionais e a vida da comunidade.

    MencaoHonrosa – apartamento 1602Hven2 (Fotografia Marta Ferreira LFA)

    A remodelação do apartamento 1602Hven2, que recebeu a Menção Honrosa, passou por identificar o que eliminar e não tanto por desenhar o que edificar. O arquitecto eliminou paredes e tectos de madeira, e o que construiu tem a ligeireza um armário de madeira clara de bétula, que não toca no tecto, e que num único elemento resolve todas as necessidades de arrumação e de acesso a outros compartimentos.

    António Silva Tiago, presidente da Câmara Municipal da Maia, presente na cerimónia, afirmou esperar que o Prémio “continue a contribuir para a consolidação do trabalho da Autarquia na promoção da qualidade arquitectónica e urbanística das edificações e espaços públicos do território concelhio”.

    De referir, que as restantes obras são uma remodelação de uma habitação unifamiliar, a Quinta da Francesa, pelo atelier in.vitro / Joana Leandro Vasconcelos, os edifícios de habitação Altavista 12 e Altavista 14, da autoria de BLK-Porto Arquitectura / Fernando Gomes, a Casa Calvilhe, da autoria de Nuno Lopes e Sérgio Amorim, e duas remodelações de apartamentos, a Casa Rebelo e um apartamento no Centro da Maia, da autoria de Ren Ito e Rui Morbey, respectivamente.

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    Jamor: Aires Mateus assina projecto de renovação do Estádio Nacional

    Sem data de arranque dos trabalhos, nem data de conclusão definida, o investimento estimado ronda os 25 milhões de euros

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    Manuel Aires Mateus vai ser o coordenador do projecto de reabilitação do Estádio Nacional, segundo os resultados de um concurso de ideias realizado com a assessoria técnica da Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Ordem dos Arquitectos.

    “A proposta foi destacada pela sua excelente adequação ao carácter patrimonial do estádio, pela originalidade da cobertura e pela coerência programática”, pode ler-se no comunicado que revela a ponderação do júri constituido para o efeito.

    Manuel Aires Mateus explicou que “este concurso é apenas o princípio de um diálogo. Começámos por entender a demografia do Estádio Nacional. A prioridade foi preservar o património e refuncionalizá-lo. Entre as novidades destacam-se a construção de uma pala com inclinação variável, umaoperação de ‘limpeza’ na entrada para a tribuna e a criação de um parque de estacionamento subterrâneo.”

    O concurso recebeu 13 candidaturas, das quais seis foram selecionadas para apresentação de trabalhos de conceção.

    Fernando Gomes, presidente da FPF afirmou que foi “com sentido de responsabilidade e enorme orgulho que a Federação Portuguesa de Futebol assumiu a liderança do projeto de reabilitação do Estádio Nacional, em conjunto com as federações de atletismo e de râguebi.”
    “Quero felicitar o consórcio vencedor do concurso e agradecer a todos os restantes concorrentes que apresentaram as suas candidaturas”, disse. “A reabilitação do Estádio Nacional é um testemunho do compromisso de todos nós com o desporto, com a história e com o futuro.

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    União Internacional dos Arquitectos lança concurso de ideias destinado a jovens arquitectos

    Aberto a arquitetos de todo o mundo, nascidos a partir de 1 de janeiro de 1989. Os trabalhos vencedores serão apresentados numa exposição na Bienal de Veneza de Arquitetura 2025

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    A União Internacional dos Arquitetos (UIA) lançou um concurso internacional de ideias destinado a inspirar e capacitar jovens arquitectos para assumirem um papel de liderança na concepção urbana participativa.

    Esta iniciativa está em consonância com o tema do Dia Mundial da Arquitectura 2024 da ONU-Habitat: Empowering the Next Generation in Participatory Urban Design”, sublinhando o papel fundamental dos jovens arquitectos na criação de ambientes sustentáveis e inclusivos para as gerações futuras.

    Segundo a UIA esta iniciativa pretende promover a “inovação e a colaboração” entre a próxima geração de arquitectos. “Através da sua participação, os jovens profissionais podem dar contributos significativos para o desenvolvimento qualitativo dos sítios da UNESCO e inspirar a criação de ambientes urbanos resilientes, inclusivos e sustentáveis, inspiração esta que se encontra plasmada na Declaração de Kuala Lumpur”.

    Aberto a arquitectos de todo o mundo, nascidos a partir de 1 de Janeiro de 1989, inclusive, o concurso incentiva a apresentação de soluções inovadoras para os desafios contemporâneos, em especial os que afectam os sítios do Património Mundial da UNESCO num contexto urbano. A participação de equipas multidisciplinares é bem-vinda, com a condição de que os responsáveis da equipa sejam arquitectos qualificados no seu País de residência ou de origem.

    Os vencedores serão anunciados numa cerimónia de entrega de prémios e participarão numa mesa-redonda realizada no Palazzo Zorzi – Gabinete Regional da UNESCO para a Ciência e Cultura na Europa, em Veneza. Os seus trabalhos serão, também, apresentados numa exposição no início do ano e apresentados numa exposição na Bienal de Veneza de Arquitetura 2025.

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    Avelino Oliveira, presidente da Ordem dos Arquitectos

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    Arquitectos: Ordem apela ao “reajuste” da nova Lei dos Solos

    Em carta enviada ao Governo, os Arquitectos solicitam um ajuste da Lei, em particular “a reclassificação de solos em áreas protegidas pela Reserva Agrícola Nacional (RAN) e Reserva Ecológica Nacional (REN)”. Dia 21 de Janeiro, em Lisboa, e a 27 de Janeiro, no Porto, decorrem debates acerca deste tema

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    A Ordem dos Arquitectos (AO) considera que a proposta de alteração do DL 117/2024, de 30 de dezembro, relativo à alteração do Regime Jurídico de Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), a chamada Política dos Solos, deve ser “reaberta e ajustada” e, neste sentido, foi enviada uma carta ao Ministro Adjunto e da Coesão Territorial e ao Ministro das Infraestruturas e Habitação.

    Sem prejuízo deste diploma incorporar algumas decisões importantes como a agilização dos processos de planeamento, um reforço do papel da administração local em desfavor da centralização actual de decisões em entidades governamentais e o término da indefinição das áreas urbanizáveis (que se mantinham num impasse desde 2014 na maioria dos Planos Directores), a Ordem dos Arquitectos “reitera as considerações previamente apresentadas em relação às alterações ao RJIGT, destacando a inadequação dos regimes especiais de reclassificação de solos previstos nos artigos 72-A e 72-B destinados a áreas industriais e habitação a preços moderados, respectivamente”.

    Em particular, sublinha que “a reclassificação de solos em áreas protegidas pela Reserva Agrícola Nacional (RAN) e Reserva Ecológica Nacional (REN) deve ser excepcional e devidamente fundamentada, algo que não está, em nosso entender, adequadamente salvaguardado no diploma actual”.

    Assim, face à proximidade da entrada em vigor do diploma (um mês após a sua publicação de 30 de Dezembro), a Ordem dos Arquitectos solicita ao Governo uma postura de abertura neste processo legislativo, permitindo ajustes que alinhem o diploma com os pressupostos da Lei de Bases (n.º 31/2014), do Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT) e da Política Nacional de Arquitectura e Paisagem (PNAP).

    Tal ajustamento garantiria a protecção dos valores territoriais essenciais e ajudaria a conter a urbanização dispersa, sem comprometer a agilidade necessária para aumentar a oferta habitacional.

    A Ordem dos Arquitectos defende que “esta reabertura processual que solicitamos não deve ser vista como um recuo, mas como uma oportunidade de melhorar a legislação” e unir a sociedade em torno de objectivos comuns: cidades sustentáveis, protecção do território e planeamento equilibrado.

    Neste sentido, a Ordem dos Arquitectos irá promover dois debates sobre o tema, o primeiro a decorrer no dia 21 de Janeiro em Lisboa, na Sede Nacional da Ordem dos Arquitectos e o segundo a 27 de Janeiro no Porto, na Sede da Secção Regional Norte.

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    Ndarja é o mais recente projecto da OODA na capital albanesa

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    OODA: A “ofensiva” de Tirana [c/galeria de imagens]

    Ndarja, Dritan Hoxha, Hora Vertikale, e a Klan TV são quatro os projectos que o gabinete português OODA assina em Tirana. Quatro distintas propostas, uma já em construção, que concorrem para a transformação da capital albanesa através da arquitectura. Quatro edifícios distintos, marcantes e impactantes. Diferentes leituras de uma mesma cidade, mais cosmopolita e sustentável

    Recentemente Edi Rama, primeiro-ministro albanês, afirmou haver três razões pelas quais gostava de Portugal: José Mourinho, António Costa e… a arquitectura portuguesa, incluindo aqui não só os nomes sonantes, mas, sobretudo, os jovens arquitectos, a nova geração de arquitectos portugueses. A alimentar a paixão do responsável albanês estarão quatro novos projectos assinados pelo atelier OODA, os quais terão um forte impacto na paisagem e no meio urbano da sua vibrante capital: Tirana.

    Há pelo menos duas décadas que a cidade tem conhecido um processo de transformação e revitalização urbana e social. Um processo que começou precisamente com o actual primeiro-ministro, então responsável pela edilidade, e que introduziu mudanças significativas contribuindo para a modernização das suas infraestruturas, requalificação de espaços urbanos, criação de espaços verdes, mobilidade e aposta em projectos habitacionais e revitalização de bairros, ou não fosse Tirana a maior cidade da Albânia. Mais tarde, já sob o “comando” de Erion Veliaj, actual perfeito da cidade, o processo de transformação acentuou-se com foco em áreas como a sustentabilidade ambiental e na aposta em projectos arquitectónicos inovadores, que ajudaram a redefinir o skyline da cidade e a atenuar a sua herança soviética. Mas, apesar desta ser já considerada um exemplo de como a criatividade e o planeamento estratégico podem revitalizar uma cidade, a transformação de Tirana, qual elemento vivo, ainda está em curso. E é neste quadro que as propostas arrojadas da OODA ganham sentido, contribuindo e acentuando a mudança em curso.

    O percurso do gabinete português, fundado em 2010 por Diogo Brito, Rodrigo Vilas-Boas, Francisco Lencastre, João Jesus e Julião Pinto Leite, na Albânia começou em 2023, com a sede da Klan TV, “um canal de televisão em Tirana, na Albânia, que pretende ser um “edifício icónico” e “o farol” da nova fase crescimento da cidade”, assim o descreveu a imprensa. A proposta que venceu o concurso público teve por inspiração bobines de filme, adicionando-lhes “pitadas” da arte e arquitectura locais.

    Seguiram-se três projectos de uso misto, cada qual oferecendo um elemento único e diferenciador, potenciado a “nova”, “moderna” e “sustentável” Tirana: “Hora Vertikale”, uma torre empilhada, com uma área acima do solo de 55.000 metros quadrados e uma imponente altura de 140 metros, que recria uma aldeia, agora, vertical; “Dritan Hoxha”, localizada numa avenida com o mesmo nome, a torre dupla, com os seus 50 andares; e, mais recentemente, “Ndarja”, que em albanês significa “divisão” ou “separação”, um nome que transmite bem a essência da proposta que parte de um vulgar edifício rectangular e o divide, literalmente, em duas torres. Localizada no centro de Tirana, Ndarja será uma obra-prima de 41.000 m², com um design único e a sustentabilidade em mente. Nas páginas seguintes mergulhamos nas diferentes propostas começando pela mais recente, que era, confessamos, o foco do trabalho proposto, mas que não ficaria completo sem esta abordagem global à visão que a OODA nos traz da capital albanesa.

     

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Bruno Marques, vice presidente da OASRN

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    OASRN acolhe o 7º ‘International Formal Methods in Architecture’

    Com foco na aplicação de tecnologias emergentes e métodos formais em desafios sociais e técnicos, o 7FMA reforçou o papel central da arquitectura na criação de soluções inovadoras e sustentáveis para o ambiente construído

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    A cidade do Porto foi palco do ‘7th International Formal Methods in Architecture’ (7FMA), que decorreu entre os dias 3 e 6 de Dezembro na sede da Ordem dos Arquitectos – Secção Regional do Norte (OASRN).

    Com foco na aplicação de tecnologias emergentes e métodos formais em desafios sociais e técnicos, o 7FMA reforçou o papel central da arquitectura na criação de soluções inovadoras e sustentáveis para o ambiente construído.

    O simpósio destacou-se pela participação de alguns dos principais nomes da investigação e prática em arquitectura a nível global, que partilharam as suas perspectivas sobre os desafios e inovações em métodos formais e computacionais aplicados à arquitectura e ao urbanismo.

    José Pinto Duarte, do Penn State College of Arts and Architecture, Stuckeman School, especialista em construção aditiva e aplicações práticas para habitação sustentável em contextos terrestres e espaciais, Wassim Jabi, pela Welsh School of Architecture, Cardiff University, investigador de métodos computacionais aplicados ao design paramétrico e fabrico digital, Tasos Varoudis, da Bartlett School of Architecture, UCL), que explorou avanços em inteligência artificial e análise de redes urbanas, Meta Berghauser Pont, da Chalmers University of Technology, que destacou a importância da morfometria urbana para o design baseado em evidências e Franklim Morais, da Porto Higher Arts School, que reflectiu sobre o impacto da inteligência artificial no futuro da arquitectura, cidades e sociedade.

    Além das sessões de keynote, a programação incluiu apresentações de artigos científicos, workshops práticos e debates interdisciplinares, promovendo a troca de conhecimento entre investigadores, profissionais e estudantes, provenientes de 25 países (Argélia, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Chipre, Dinamarca, Egipto, Estónia, França, Grécia, Índia, Israel, Itália, Moçambique,  Países Baixos, Perú, Portugal, Sérvia, Singapura, Espanha, Suécia, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos) e de 64 entidades.

    O evento, organizado conjuntamente com o Laboratório de Investigação em Arquitetura da Escola Superior Artística do Porto (LIA-ESAP), contou, também, com o apoio institucional da Cooperativa de Ensino Superior Artístico do Porto (CESAP), do Departamento de Arquitetura e Multimédia Gallaecia, da Universidade Portucalense (DAMG-UPT) e do Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design, polo da Universidade Portucalense (CIAUD-UPT).

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