“Assumir os valores da memória como alavancas de futuro”
A Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos reuniu diferentes gerações num debate que teve como tema “Património e Arquitectura Intergeracional” e que contou com a participação dos Aurora Arquitectos, Camarim Arquitectos e João Pedro Falcão de Campos
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Ana Rita Sevilha
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“Património e Arquitectura Intergeracional” foi o tema que reuniu na Sede Nacional da Ordem dos Arquitectos, os arquitectos Sofia Couto e Sérgio Antunes dos Aurora Arquitectos, Vasco Correia e Patrícia Ferreira Sousa, dos Camarim Arquitectos e João Pedro Falcão de Campos. O encontro, organizado pela Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos e enquadrado na programação do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios 2018 (DIMS), promovido pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) em colaboração com o ICOMOS Portugal, despertou a atenção de arquitectos e sociedade, mostrando transversalidade ao nível do perfil profissional e geracional.
No rescaldo de um conjunto de apresentações que mostraram diferentes modos de intervir ou reabilitar, a conclusão foi a de que não existe uma receita ou um conjunto de princípios básicos. A forma como as várias gerações se relacionam num projecto sem que se crie uma ruptura não tem uma fórmula e depende em larga medida do bom senso. Certo ficou que a Reabilitação é uma forma de promover a sustentabilidade de edifícios e de os ajustar às solicitações dos novos tempos, quer sejam de ordem programática, quer sejam de ordem técnica ou funcional. Intervir no património é também uma forma de preservar uma memória colectiva que importa transpor para o futuro. Mas se se deve introduzir contemporaneidade em cada um dos projectos, é uma análise que não se quer generalista e uma intervenção que pressupõe delicadeza.
Sobre intervir no património, a Secção regional Sul da Ordem dos Arquitectos sublinha que, “salvaguardar a herança cultural é reforçar laços identitários, fomentar o diálogo entre a tradição e o progresso, assumir os valores da memória como alavancas de futuro, estimular a transferência intergeracional de conhecimentos e reforçar a partilha de informação, sensibilizando os mais novos, aprendendo com os mais velhos, impulsionando a comunicação entre gerações, para conhecer mais, preservar melhor e cimentar a importância da cultura e do património enquanto elementos aglutinadores das comunidades”.