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    “Auguro uns próximos anos muito generosos”

    “Em 2014, os projectos em Portugal representavam 3% da nossa facturação e este ano vamos fechar com quase 90%”. Margarida Caldeira, Main Board Director da Broadway Malyan em Portugal faz uma retrospectiva dos últimos 15 anos e antevê um futuro como Lisboa, luminoso

    Ana Rita Sevilha

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    “Auguro uns próximos anos muito generosos”

    “Em 2014, os projectos em Portugal representavam 3% da nossa facturação e este ano vamos fechar com quase 90%”. Margarida Caldeira, Main Board Director da Broadway Malyan em Portugal faz uma retrospectiva dos últimos 15 anos e antevê um futuro como Lisboa, luminoso

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    Nos últimos 15 anos, a Broadway Malyan assinou inúmeros projectos de retail, requalificou e mudou-se para a emblemática Estação do Rossio, trabalhou em Portugal, na América Latina, na Europa, em África e na Ásia e foi-se ajustando ao mercado. Em entrevista ao CONSTRUIR, Margarida Caldeira, Main Board Director da Broadway Malyan em Portugal, diz que acredita que os próximos anos vão ser generosos.

     Olhando para os últimos 15 anos e analisando o trabalho da Broadway Malyan e o mercado de uma forma geral, o que há a destacar pela positiva e pela negativa e de onde se pode tirar grandes lições?
    Margarida Caldeira: Parece que estes 15 anos passaram a correr. Eu diria que há um primeiro período, de 2003 a 2008, que foi de euforia. Fizemos muita coisa, construímos muito e nós, Broadway Malyan tivemos a sorte de trabalhar muito nesta época que foi muito profícua e estimulante e em que o profissionalismo na área do imobiliário foi crescendo. Penso até que foi com essa base que mais tarde nos foi permitido ultrapassar a época mais difícil que veio a seguir. Dos finais de 2008 até 2014 foi um período muito difícil e nós possivelmente fomos uns dos primeiros o sofrer o embate porque, na altura, tínhamos projectos muito grandes e esses foram os que pararam primeiro. Na altura tínhamos uma equipa muito grande e tínhamos acabado de mudar para este edifício [Estação do Rossio] e tínhamos inclusive contratado gente nova. De repente vimos dois projectos enormes a parar e foi complicado. Consequência disso, em 2009 comecei a viajar para o Brasil e nessa altura começámos a trabalhar daqui para lá e também para África. Agora, passados três anos, olhando para trás reconhecemos que foi uma época dura mas os que ficaram estão provavelmente mais fortes e aprenderam muito.
    Em 2015 sentimos que começou a recuperar, mas o mercado do Brasil e de África começou a desacelerar. Nessa altura começámos a ajudar os nossos colegas dos Emirados e paralelamente começámos timidamente a trabalhar no Norte da Europa e na Alemanha, fundamentalmente em remodelações de Centros Comerciais, um tipo de trabalho que continuamos hoje a fazer muito, porque de uma forma geral estão muito datados e precisam de ser redesenhados.
    O ano de 2008 foi um ano em que a Broadway Malyan deu a conhecer muitos projectos de retail: o Fórum Barreiro, o Fórum Coimbra, o Glicínias de Aveiro…
    E nessa altura estávamos também a iniciar o Fórum Setúbal que acabou por não ir para a frente. E depois começámos a fazer muito esse tipo de trabalho para o Brasil, mas mais na óptica do reposicionamento.
    Foi também nessa altura que fizemos o Aeroporto de Lisboa, com um foco muito grande na área de retail.
    E neste momento continuamos a trabalhar muito em remodelações de Centros Comerciais em Portugal, Espanha, Alemanha, Dinamarca, Suécia e em outros países da Europa.
    Actualmente outra área muito forte para nós são os escritórios, em Portugal, no Porto e em Lisboa. O que é muito interessante e mostra uma dinâmica de mercado, porque quer dizer que haverá procura por parte das empresas o que representa postos de trabalho. São edifícios que deverão estar prontos nos finais de 2019 inícios de 2020.
    Outro foco importante para nós é a hotelaria e no qual estamos com variadíssimos projectos. Fizemos as remodelações para o Grupo Minor, que comprou o Tivoli e remodelámos o Tivoli Lisboa, o Tivoli Carvoeiro, o Avani Avenida da Liberdade – uma nova marca do Grupo Minor -, a remodelação da Quinta das Lágrimas e neste momento estamos a trabalhar num edifício de raiz que tem um conceito novo, localizado junto ao Parque das Nações, que se vai posicionar pela diferença, mas que para já, não posso adiantar mais detalhes. Estamos também a trabalhar na hotelaria no Algarve e com projectos de raiz na área residencial, em Lisboa.
    Portanto, eu que julguei que o mercado seria muito o da Reabilitação Urbana – e é -, mas vão surgir também muitos edifícios novos. E isto aconteceu no último ano e meio.
    Em 2014, os projectos em Portugal representavam 3% da nossa facturação e este ano vamos fechar com quase 90%.
    Em 2009 escreveu um Artigo de Opinião para o CONSTRUIR sobre “Turismo Sustentável” e que resultou de ter juntado um conjunto de pessoas para discutir o tema e do qual surgiu um conjunto de ideias e propostas para a cidade. Entre elas a requalificação da frente ribeirinha, um novo Terminal de Cruzeiros e a criação de referências de arquitectura contemporânea. Coisas que, acabaram por acontecer. Hoje, voltando a olhar para Lisboa, o que ainda lhe falta?
    Hoje vejo uma Lisboa muito mais luminosa. Enquanto estivermos nas notícias por boas razões, creio que vai continuar a existir investimento. Portugal tem beneficiado até de um mercado que até então não existia, que é o mercado Americano, que é muito grande e muito forte.
    O que eu acho que falta e isso seria muito bom, era termos a retenção dos nossos talentos e até de incentivar jovens a vir para cá. Nós podemos ser a “Califórnia da Europa” e podemos atrair pela qualidade de vida.
    Olhando para Lisboa, ainda há muita coisa por fazer. Por exemplo, da Baixa até à zona do Parque das Nações há muito para crescer, mas temos de o fazer de um modo sustentável e para isso precisamos de população.
    Para além disso, Lisboa tem de continuar a investir na segurança e na limpeza, tem de se reajustar, mas esse é um trabalho que está a ser feito. E depois, o investimento nas ciclovias e nas áreas verdes que está a ser feito é também muito importante, mais do que se calhar pensamos, porque isso é o futuro.
    Entre os projectos realizados nestes últimos 15 anos está o da Estação do Rossio. Podemos considerar um highlight?
    Sim, claro. É um projecto único e tornou-se ainda mais porque nos mudámos para cá. Edifício histórico, com este impacto e que seja uma estação, foi o único projecto até à data. E permitiu-nos dar uma nova praça à cidade também.
    E o “World of Wine”, em Vila Nova de Gaia?
    É um projecto muito interessante, que pretende aumentar a permanência dos turistas no Porto. E não há dúvida que será um projecto que funcionará como uma âncora forte. O projecto permitiu reabiitar vários armazéns que estavam votados ao abandono e são 50 mil m2 de edifícios, com um conteúdo que vai do “Wine Experience” – que vai dar a conhecer toda a história do vinho em Portugal; ao “Museu da cortiça” – que é uma das nossas bandeiras e uma oferta gastronómica ímpar num sítio com uma história tão rica. É um conjunto urbano, dentro de uma malha histórica imponente onde conseguimos respeitar todas as coberturas dos armazéns que em termos arquitectónicos é muito marcante daquela área da cidade e que vai permitir dar vida a uma zona que estava abandonada. Vai fazer a diferença.
    Diria que em 2020 vai haver muitas novidades, vai ser um bom ano. Auguro uns próximos anos muito generosos. Aliás, a Europa toda está assim.
    Em 2016 comemoraram os 20 anos em Portugal e registaram o melhor ano de sempre. É expectável que se repita?
    Eu acho que foi uma conjugação de vários factores: estávamos a colher os frutos de termos ido para fora e a trabalhar muito no Dubai. Neste momento, o nosso maior mercado é Portugal mas estou convencida de que o nosso mercado na Europa vai continuar a crescer e África vai voltar. Portanto acho que esse cenário poderá voltar a repetir-se.
    Sobre o autorAna Rita Sevilha

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    Ateliermob apresenta Coopmmunity, a nova plataforma para projectos colaborativos
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    Ateliermob apresenta Coopmmunity, a nova plataforma para projectos colaborativos

    Representantes do projecto em Portugal, o Ateliermob trabalha, desde Dezembro de 2023, com uma equipa de especialista em habitação cooperativa de Valência para desenvolver o modelo a aplicar no nosso País. A apresentação será online no dia 27 de Fevereiro

    Cidália Lopes

    Na próxima quinta-feira, dia 27 de Fevereiro, o Ateliermob irá apresentar a nova plataforma digital, desenhada para facilitar a organização e participação das Cooperativas de Habitação em Cedência de Direito de Uso. A apresentação será online, entre as 15 horas e as 16 horas, através do link que se encontra disponível na página do atelier.

    A plataforma foi desenvolvida ao longo de 2024, com uma equipa de Valência, em Espanha, composta por profissionais especializados na gestão de projectos de Habitação Cooperativa, nomeadamente, os ateliers Carpe.studio, Joan Rojeski studio e a cooperativa de arquitectura Crearqció, em conjunto com a cooperativa valenciana El Rogle, tendo a equipa do Ateliermob aceite esta parceria em Dezembro de 2023 enquanto representantes do projecto em Portugal.

    A plataforma Coopmmunity destina-se à aprendizagem, debate e coordenação com outras pessoas para a realização de projectos cooperativos, disponibilizando também um espaço de gestão interna para cooperativas já estabelecidas. Também estão disponibilizadas diversas funcionalidades com o objectivo de facilitar a interacção e a tomada de decisões entre interessados, profissionais e grupos promotores, contribuindo para o fortalecimento do ecossistema das Cooperativas de Habitação com Cedência de Direito de Uso.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

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    CAM “Edifício do Ano” pelo ArchDaily

    O Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, redesenhado pela visão de Kengo Kuma, em colaboração com o gabinete de arquitectura OODA e do gabinete de arquitectura paisagística de Vladimir Djurovic (VDLA) foi eleito Edifício do Ano na categoria “Cultural Architecture”, na edição de 2025 dos prémios ArchDaily. Numa edição onde mais três obras de arquitectos portugueses estavam entre os nomeados

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    Já são conhecidos os 15 finalistas da edição 2025 do “Prémio Edifício do Ano do ArchDaily e um deles é Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, redesenhado pela visão de Kengo Kuma, em colaboração com o gabinete de arquitectura OODA e do gabinete de arquitectura paisagística de Vladimir Djurovic (VDLA). O CAM foi eleito Edifício do Ano na categoria “Cultural Architecture”.

    O arquitecto japonês recriou o edifício original de betão do CAM, inaugurado em 1983, da autoria do arquitecto britânico Leslie Martin, aumentando a transparência a sul e acrescentando-lhe uma impressiva pala de 100 metros de comprimento, com uma cobertura de 3.274 telhas de cerâmica brancas, produzidas em Portugal.

    O projecto é inspirado no conceito de Engawa, um elemento da arquitectura tradicional japonesa que estabelece uma harmoniosa ligação entre o interior e o exterior. Trabalhando em estreita colaboração com Kuma, Vladimir Djurovic criou uma “mata urbana”, definindo uma nova frente paisagística da Fundação Gulbenkian, a Sul, com um elevado índice de biodiversidade, criando habitats para a vida selvagem e estabelecendo uma transição subtil, muito natural, com o jardim original.

    O prémio lançado há 16 anos teve por base uma ideia simples, mas poderosa, permitir que os leitores escolhessem os seus edifícios favoritos de entre a vasta biblioteca do ArchDaily. Ao longo dos anos o prémio cresceu e tornou-se um dos mais reconhecidos e democráticos do mundo da arquitectura.

    Este ano de entre as quatro mil obras publicadas em 2024, foram seleccionados 75 finalistas. Para além do CAM, mais três projectos nacionais integraram esta short list, que só por si elegeu um conjunto forte de projectos um pouco por todo o mundo.

    Na categoria “Best Applied Product” a reabilitação e ampliação de um edifício do século XVI, que deu origem a quatro apartamentos turísticos, em Angra do Heroísmo, Açores, com assinatura do atelier SCC Arquitectos, de Sónia Carvalho Cabaça e Catarina Viegas de Sousa.

    Na categoria “Houses” a Donavan House, do arquitecto português Gonçalo Pires Marques, foi um dos finalistas. O projecto destaca-se pelo uso inovador da madeira e pelo compromisso com a sustentabilidade, tornando-se um exemplo de excelência na arquitectura contemporânea. A construção esteve a cargo da ODUM.

    A instalação urbana Dome Next Door – Kopa Pie Doma, concebida pelo gabinete de arquitectura Hori-zonte, em colaboração com Antonella Amesberger, Jurgis Gečys, Toms Kampars e Artis Neilands, foi nomeado em duas categorias “Small Scale & Installations” e “Cultural Architecture”. A instalação transformou o coração histórico de Riga, reinventando a Praça da Catedral, como um palco urbano interactivo e dinâmico, respondendo à ausência de um ponto de encontro central onde diversos caminhos da cidade convergiam.

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    Trienal: ‘Conversas et Al’ junta fundador da Noarq e ilustrador Gémeo Luís

    Este terceiro momento do ciclo de tertúlias, acontece esta quinta-feira, dia 20 de Fevereiro, A conversa constrói-se em torno de uma peça de puzzle, símbolo da importância da unidade para a construção do todo

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    Em 2025, a Trienal iniciou mais um ciclo de tertúlias em torno da arquitectura e os seus desdobramentos em que participam quatro ateliers com prática estabelecida. Estes contam com um vasto leque de obras construídas de diversas escalas, que vai desde um plano de requalificação de arquitectura paisagista a um restaurante de acção social que convidam figuras cúmplices que se cruzam com a disciplina para conversas informais em torno de um objecto.
    Esta quinta-feira, dia 20 de Fevereiro, acontece o terceiro momento das conversas de arquitectura ‘Conversas et Al.’ que junta José Carlos Oliveira, fundador do atelier portuense Noarq, e Gémeo Luís, ilustrador consagrado em diversos formatos nacionais e internacionais. A conversa constrói-se em torno de uma peça de puzzle, símbolo da importância da unidade para a construção do todo. O desafio deste momento, aberto à participação do público, é “explorar as pertinências dos contributos numa equipa e como cada pessoa não só é imprescindível como se torna antídoto para uma solidão intelectual e processual que tende a tornar-se viciada e estéril”.

    Fundado há 23 anos, o Noarq concentra a sua pesquisa no desenho da paisagem, arquitectura e objectos quotidianos e conta com vitórias em concursos nacionais e internacionais, destacando-se as Piscinas na praia de Vila Garcia de Arousa e o Ascensor Público Halo de Vigo, em Espanha, ou a Ponte Ferreirinha sobre o Douro para o Metro do Porto.

    O último momento da terceira ronda de Conversas et Al., marcada para dia 6 de Março, conta com o atelier SIA e a presença da escultora Fernanda Fragateiro.

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    crédito Ricardo Cruz

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    Arquitecto Gonçalo Pires Marques finalista no “Building of the Year 2025”

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional

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    O arquitecto português Gonçalo Pires Marques está entre os finalistas do prestigiado prémio “Building of the Year 2025” do ArchDaily, um dos mais importantes reconhecimentos internacionais na área da arquitectura. O seu projecto, a Casa Donavan, destaca-se pelo uso inovador da madeira e pelo compromisso com a sustentabilidade, tornando-se um exemplo de excelência na arquitectura contemporânea.

    A Casa Donavan distingue-se pela sua abordagem única à construção em madeira, um processo que o próprio arquitecto descreve como “quase artesanal”. O trabalho próximo com o mestre carpinteiro foi essencial para garantir a precisão e a qualidade da execução. Além disso, a escolha da madeira termotratada, sem utilização de químicos, reforça o compromisso com a sustentabilidade.

    Além dos materiais escolhidos, o desenho da casa foi pensado para reduzir a necessidade de sistemas de climatização. O aproveitamento inteligente da exposição solar e a ventilação natural transversal contribuem para um menor impacto ambiental. Houve também um esforço consciente na selecção de fornecedores locais, minimizando deslocações e importações para reduzir a pegada ecológica.

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional. O arquitecto entende que “arquitectura portuguesa é uma área reconhecida entre pares a nível mundial como poucas áreas. Como no cinema português, é regularmente mencionada e até premiada. Aliás, Portugal é o único país do mundo com dois vencedores do Prémio Pritzker ainda vivos, o que reflecte a qualidade e a influência do nosso trabalho.”

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    OASRA promove debates sobre requalificação do património da Sinaga

    Discussão pública pretende discutir a intervenção e requalificação da Fábrica do Açúcar, no concelho de Ponta Delgada, e da Fábrica do Álcool, no concelho da Lagoa, ambas na ilha de São Miguel

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    A Ordem dos Arquitectos – Secção Regional dos Açores, no âmbito do Protocolo de Colaboração celebrado com a Secretaria Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública do Governo dos Açores, de 11 de Novembro de 2024, promove a discussão pública sobre a intervenção e requalificação da Fábrica do Açúcar, no concelho de Ponta Delgada, e da Fábrica do Álcool, no concelho da Lagoa, ambas na ilha de São Miguel.

    O período para a discussão pública sobre a intervenção e requalificação das antigas Fábricas do Açúcar e do Álcool já teve início e pode ser feito através da plataforma www.sinaga.pt. Este é um espaço dedicado à participação activa da comunidade na reflexão sobre o futuro das antigas Fábricas do Açúcar e do Álcool, com vista a enriquecer o debates e ajudar a definir soluções viáveis para a requalificação destes espaços industriais.

    Os encontros para o debate de ideias irão ocorrer nas próprias fábricas, sendo que a 22 de Fevereiro acontece um primeiro na Fábrica do Álcool e a 22 de Março na Fábrica do Açúcar e que contarão com a participação de especialistas nas áreas disciplinares da arquitectura, do património industrial e cultural, do turismo industrial, da economia, da museologia e da sustentabilidade.

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    Segunda edição do “Porto de Arquitectura” regressa entre Março e Julho

    São seis os edifícios representativos da arquitectura contemporânea portuense que integram a segunda edição do projecto e que serão apresentados esta quarta-feira em conferência no bar do Cinema Batalha

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    A Câmara Municipal do Porto e a Casa da Arquitectura apresentam esta quarta-feira, dia 12 de fevereiro, às 11 horas, em conferência de imprensa, a segunda edição do projecto “Porto de Arquitetura”. O objectivo passa por desenvolver, entre Março e Julho de 2025, um ciclo de visitas de arquitectura gratuitas e abertas ao público, num conjunto de seis edifícios representativos da arquitectura contemporânea portuense. A apresentação decorre no bar do Batalha Centro de Cinema.

    O ciclo de visitas tem como principal objetivo aproximar a comunidade da arquitectura portuense, dando a conhecer de forma privilegiada o processo de concepção, construção e recuperação de espaços icónicos da cidade.

    Os edifícios seleccionados representam algumas das mais relevantes intervenções recentes na cidade, desde a habitação até às infraestruturas, passando por edifícios destinados ao desporto, turismo, cultura e economia.

    A conferência de imprensa é seguida de uma visita guiada ao Batalha Centro de Cinema, reaberto em Dezembro de 2022, acompanhada dos arquitectos responsáveis pela requalificação, Alexandre Alves da Costa e Sérgio Fernandez.

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    ‘How to Build the Future?’ dá o mote para o novo ciclo de talks da Masslab

    A segunda edição das Mass Talks, o ciclo de conversas organizadas pelo atelier de arquitectura Masslab, inícia esta sexta-feira, dia 31 de Janeiro, pelas 17 horas, no Porto. Nuno Sampaio e Ana Neiva são os convidados desta sessão que irá explorar como a arquitectura, a educação e a cultura influenciam a forma como vivemos, aprendemos e construímos

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    O primeiro mês do ano de 2025 começa com a segunda edição das Mass Talks, o ciclo de conversas organizadas pelo atelier de arquitectura Masslab, que partem da investigação e curiosidade em explorar uma questão central: Como vamos construir o futuro?

    Com o tema “How to Build the Future?” como pano de fundo, a segunda edição gira em torno da Educação e da Cultura enquanto disciplinas essenciais para moldar o futuro e terá lugar no escritório da Masslab no Porto, esta sexta-feira, dia 31 Janeiro, pelas 17 horas.

    A conversa contará com a participação de Nuno Sampaio, arquitecto e director da Casa da Arquitectura, e Ana Neiva, investigadora, curadora e professora e irá explorar como a arquitectura, a educação e a cultura influenciam a forma como vivemos, aprendemos e construímos. Os convidados abordarão o papel destas áreas como catalisadores de transformação social e urbana, assim como o “paradoxo” de olhar para o futuro enquanto aprendemos com o legado do passado.

    Na primeira edição, o debate centrou-se nos desafios da indústria da construção, explorando o equilíbrio entre a necessidade de crescimento urbano e a responsabilidade ambiental com dois convidados: Sílvia Mota, CEO da MEXT: Mota-Engil Next e Francisco Rocha Antunes, presidente da MOME.

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    Passive House Institute certifica primeira Passive House Plus em Portugal

    Um edifício certificado como Passivhaus Plus não apenas reduz drasticamente o uso de energia, mas também produz a mesma quantidade de energia que os ocupantes consomem

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    É o segundo projecto certificado pela norma Passivhaus no Distrito de Lisboa, o primeiro no Concelho de Mafra e o primeiro em Portugal a receber a classificação Passive House Plus, ambos, da autoria do arquitecto passive house designer João Pedro Quaresma, da Nurture-AD.

    Passivhaus é um conceito construtivo que define um padrão de elevado desempenho, eficiente do ponto de vista energético, saudável, confortável e economicamente acessível e sustentável. A diferença entre uma Passivhaus Classic e uma Passivhaus Plus está relacionada principalmente à produção e ao consumo de energia renovável e ao grau de auto-suficiência energética. Ambos os tipos de casas seguem os rigorosos critérios de eficiência energética estabelecidos pelo padrão passivhaus, mas o nível de sustentabilidade e a integração de sistemas de energia renovável diferem.

    Um edifício certificado como Passivhaus Plus não apenas reduz drasticamente o uso de energia, mas também produz a mesma quantidade de energia que os ocupantes consomem.

    A moradia localizada em Mafra já havia obtido a classificação A+ e nZEB pelo sistema de Certificação Energética, e a comunicação do Passive House Institute (PHI) confirmando esta certificação validou todos os objectivos propostos.

    Este projecto de arquitectura foi desenvolvido, desde o início, com a determinação do cliente de obter a certificação pela norma Passivhaus. Em Portugal continental, os valores máximos de radiação ocorrem na região de Lisboa, com mais de 3.000 horas de sol por ano, factor que foi determinante no conceito programático do projecto. A geometria particular do terreno, com o lado maior e a inclinação natural orientados a sul, favoreceu a adopção de uma estratégia bioclimática e a optimização de um padrão de elevado desempenho passivo. Esse conceito esteve presente desde o início, tanto como desejo do proprietário quanto como estratégia do projecto.

    Na organização funcional da moradia, essa realidade climática permitiu que as zonas de permanência da casa fossem todas orientadas a sul, enquanto as circulações e os espaços complementares de uso foram posicionados a norte.
    Dessa forma, optimizou-se os ganhos solares através de vãos envidraçados generosos, garantindo o sombreamento permanente ou temporário durante os meses de Verão com alpendres e pérgulas solares. Essa solução também reduz a necessidade de iluminação artificial durante o Inverno, garantindo excelentes níveis de luminosidade natural.
    A moradia foi construída com o sistema construtivo ICF (Insulated Concrete Form), que permitiu eliminar pilares no interior, favorecendo maior flexibilidade espacial.

     

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    © Studio Ossidiana, Bird’s Palace Vondelpark, Riccardo de Vecchi

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    CCB lança bolsas de arquitectura Diogo Seixas Lopes

    Diogo Seixas Lopes, figura central do pensamento arquitectónico português e primeiro consultor da Garagem Sul, dá o nome às Bolsas de Criação, com o objectivo de “consolidar e incentivar” a construção colectiva de pensamento crítico e conhecimento em torno das linhas temáticas anuais. As propostas podem ser enviadas até 16 de Fevereiro

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    Destinadas a apoiar a “criação, investigação e experimentação”, o CCB lançou as primeiras duas  Bolsas de Criação ‘Diogo Seixas Lopes’. As candidaturas decorrem de 17 de Janeiro a 16 de Fevereiro de 2025, devendo ser formalizadas em formulário próprio. A linha temática da primeira edição é ‘Interespécies’.

    Criadas pelo Centro de Arquitectura MAC/CCB em homenagem ao arquitecto Diogo Seixas Lopes, falecido em 2016 e figura central do pensamento arquitectónico português e primeiro consultor da Garagem Sul, estas bolsas de criação, atribuídas por concurso, procuram “consolidar e incentivar” a construção colectiva de pensamento crítico e conhecimento em torno das linhas temáticas anuais do Centro de Arquitectura.

    O concurso, aberto a todas as pessoas ou colectivos cuja investigação incida sobre a arquitectura, procura proporcionar apoio financeiro à investigação ou criação e execução de projectos, com um valor anual de 10 mil euros, com acompanhamento da curadora-chefe do Centro de Arquitectura do MAC/CCB, Mariana Pestana.

    O processo de avaliação e selecção de candidaturas decorre durante os meses de Fevereiro e Março de 2025. O júri é composto por Julia Albani (externo), Marta Mestre (curadora, MAC/CCB) e Sofia Passadouro (educação e mediação, MAC/CCB). Os projectos seleccionados serão anunciados no dia de reabertura do Centro de Arquitectura, a 2 de Abril de 2025.

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    OA discute alteração ao RJIGT

    Este evento reunirá, hoje, 21 de Janeiro, a partir das 18H, na sede nacional da OA, em Lisboa, diferentes personalidades de relevo nas áreas do ordenamento do território, do urbanismo e da habitação. Debate poderá ser acompanhado em directo através do canal de YouTube da Ordem

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    A Ordem dos Arquitectos discute hoje, 21 de Janeiro, as alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, RJIGT. Debate poderá ser acompanhado em directo através do canal de YouTube da OA.

    Este evento reunirá, a partir das 18H, na sede nacional da OA, em Lisboa, diferentes personalidades de relevo nas áreas do ordenamento do território, do urbanismo e da habitação para uma discussão aprofundada sobre as alterações propostas ao regime jurídico que orienta os instrumentos de gestão territorial, com impacto significativo na gestão urbanística e no ordenamento do território.

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