A 7ª edição do Open House Lisboa está marcada para o fim-de-semana de 22 e 23 de Setembro. O evento que celebra a arquitectura na cidade diz que “continuar a afirmar o seu compromisso enquanto bilhete gratuito para a (re)descoberta da capital”.
Mais uma vez, das casas privadas às infra-estruturas, dos espaços culturais aos escritórios e dos teatros às escolas, serão 70 os espaços anfitriões de visitas, passeios e conversas com autores de projectos, urbanistas, historiadores e demais especialistas, que vão ajudar a perceber a cidade e os seus diferentes momentos de transformação através da Arquitectura.
Nesta edição, o arquitecto, crítico e professor Luís Santiago Baptista, e a arquitecta, professora e curadora Maria Rita Pais são os responsáveis pelo desenho “de um renovado roteiro revelador de um novo olhar sobre a cidade”.
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“Motiva-nos a possibilidade de compreender Lisboa a uma escala urbana alargada, através de projectos, obras e intervenções específicas, propondo uma leitura integrada das transformações recentes da cidade, nas suas diversas áreas e eixos estruturantes. E, finalmente, nesse mapeamento, evidenciar o papel crucial dos arquitectos na construção do passado, presente e futuro de Lisboa”, referem os mesmos.
Recorde-se que, em 2017, o Open House Lisboa registou mais de 44 mil visitas aos 87 espaços propostos no roteiro. Na edição passada foi ainda inaugurado o programa de acessibilidade com visitas dedicadas a pessoas cegas ou com baixa visão, surdas e com deficiência intelectual, programa que este ano continuará a ser desenvolvido, assim como os programas paralelos Open House Júnior, com 14 actividades para toda a família, e Open House Plus com 9 eventos.
De acordo com a organização do Open House Lisboa: “Numa altura de grande transformação da capital portuguesa, é ainda mais relevante dar a conhecer e fazer entender como esta é projectada, construída e preservada”.
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José Mateus, Presidente da Trienal de Arquitectura de Lisboa, comenta a propósito: “Uma mesma realidade pode mudar profundamente e reforçar o seu fascínio quando observada de diferentes ângulos. No caso de Lisboa, se por um lado existem muitos lugares, espaços ou edifícios que nunca imaginámos que existissem, por outro lado, aquilo que parece ser óbvio e que julgamos já conhecer pode revelar-se em dimensões inesperadas. O perfil e experiência dos comissários do Open House Lisboa 2018, Luís Santiago Baptista e Maria Rita Pais, promete isso mesmo: um olhar plural, analítico e revelador, nesse processo de descoberta, seja através daquilo que julgávamos conhecer, ou em direcção àquilo com que nunca nos cruzámos”.
A iniciativa, que junta a Trienal e a EGEAC, procura mais uma vez promover um maior diálogo da Arquitectura com a comunidade, acreditando que este está na base de uma melhor vivência da cidadania.
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“Esta parceria, que se tem alargado e renovado a cada edição, potencia o conhecimento dos espaços públicos e privados da cidade através de um olhar especializado mas acessível a todas as pessoas. É com esse espirito de inclusão e promoção do património – contemporâneo e antigo – que temos pensado conjuntamente cada edição”, refere Joana Gomes Cardoso, Presidente da EGEAC