Arquitectura

Porque os arquitectos portugueses devem responder à Open Call da FAP ?

“Trata-se da única plataforma que permite a apresentação simultânea de uma ideia a 20 das mais importantes instituições culturais (pan-)europeias”, Manuel Henriques, Director Adjunto da Trienal de Lisboa

Ana Rita Sevilha
Arquitectura

Porque os arquitectos portugueses devem responder à Open Call da FAP ?

“Trata-se da única plataforma que permite a apresentação simultânea de uma ideia a 20 das mais importantes instituições culturais (pan-)europeias”, Manuel Henriques, Director Adjunto da Trienal de Lisboa

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Ana Rita Sevilha
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 A plataforma europeia, Future Architecture Platform (FAP), da qual a Trienal de Arquitectura de Lisboa faz parte desde 2015 e a Fundação Calouste Gulbenkian desde 2017, lançou o 3º Open Call, no sentido de convidar arquitectos e colectivos multidisciplinares a participar no Programa Europeu de Arquitectura 2018. As candidaturas estão abertas até 8 de Janeiro de 2018.

“Com a certeza da ligação entre excelência em Arquitectura e promoção de uma geração de novos talentos, a Trienal reafirma esta iniciativa para dar a conhecer projectos nacionais em diferentes países como Ucrânia, Itália, Alemanha, Suíça ou Dinamarca a Roma passando por Berlim”, sublinha a Trienal de Arquitectura.

Recorde-se que, a FAP, é uma plataforma, coordenada pelo Museum of Architecture and Design de Ljubljana, que se enquadra na iniciativa europeia Europa Criativa, uma acção que visa promover a mobilidade e visibilidade de artistas e obras e promover o desenvolvimento de talentos emergentes. Entre as instituições que fazem parte da plataforma estão museus, festivais, agências, produtores e instituições académicas da União Europeia, que promovem a criatividade para aproximar as cidades e a arquitectura do público.

A FAP, com o objectivo de promover o intercâmbio e o networking, reúne 20 instituições e organizações ligadas à Arquitectura – a Trienal de Arquitectura e a Fundação Calouste Gulbenkian são as portuguesas – que, neste contexto, “não são mais que a montra europeia e o palco em que as sinergias acontecem no sentido de fazer brilhar os projectos e ideias transformadoras dos profissionais em começo de carreira”, refere a Trienal de Lisboa.

Todas as candidaturas feitas serão publicadas no site oficial da Future Architecture Platform sendo, numa primeira fase, avaliadas pelo conselho dos membros e pelo público.

Os candidatos selecionados serão posteriormente convidados a apresentar a sua ideia na Conferência de Matchmaking no Museu de Arquitectura e Design, em Liubliana, onde os membros da Future Architecture levarão a cabo uma segunda selecção dos participantes para integrar as suas actividades.

Em 2018, os eventos previstos são 3 exposições, 5 conferências, quatro ciclos de palestras, workshops, Summer Schools, assim como actividades de edição e de prototipagem.

A plataforma compromete-se a cobrir despesas de deslocação e alojamento aos seleccionados da primeira fase. Aos seleccionados da segunda fase, serão oferecidas as despesas de viagem (dentro da UE), de alojamento assim como um honorário pela sua participação nos eventos.

Nota ainda para o facto de, o anterior Call for Ideas, ter contado com cerca de 300 candidaturas, 26 das quais portuguesas.

“A FAP é muito mais do que uma plataforma”

Filipe Estrela e Sara Neves (www.estrelaneves.com), são dois arquitectos que têm vindo a desenvolver projectos juntos desde 2008 e, desde 2015, dedicam-se em exclusividade a uma prática conjunta.

Gostam de projectos imersivos de longa-duração, que lhes permita participar nas três fases que consideram essenciais para produzir impacto a longo prazo: Tradução (diagnóstico e planeamento), Transformação (projecto e construção) e Transmissão (investigação, consciencialização e capacitação). Acreditam que o arquitecto não deve de ser um executante passivo, por isso procuram fazer parte da construção das problemáticas e definição dos programas. Além de responderem a encomendas desenvolvem também projectos auto-propostos para necessidades e oportunidades que identificam. Trabalham geralmente em parceria com outros profissionais, instituições publicas e/ou privadas e com os beneficiários de cada projecto, de forma integrada, procurando contrariar a sobreposição de layers das diferentes especialidades e responsabilidades.

Em 2016 e 2017, Filipe Estrela e Sara Neves, responderam ao convite da 1ª e 2ª Open Call da Future Architecture Platform e das duas vezes, foram seleccionados.

Ao CONSTRUIR explicaram o que os levou a aceitar o desafio: “desde o inicio da nossa actividade em conjunto que gostamos de nos auto-propôr para desenvolver projectos, de procurar soluções para problemas e/ou oportunidades que identificamos à nossa volta. Isto permite-nos ter mais poder de decisão sobre o programa e o propósito dos projectos, em oposição ao modus operandi mais tradicional de um arquitecto que dá forma a uma intenção específica pré-definida. A maior parte dos concursos para arquitectos alinha-se com o método de trabalho mais tradicional: é lançado um desafio específico, com um programa, um sítio, um cliente, um orçamento… até mesmo quando são apenas concursos de ideias, sendo esperado que nós arquitectos consigamos traduzir – o mais literalmente possível – todos estas directrizes em espaço.

A Future Architecture Platform fascinou-nos desde o início pela liberdade que concede, porque não impõe um programa, um lugar, uma forma de pensar ou um caminho a seguir, apenas convida-nos a partilhar as nossas convicções, o que pretendemos mudar com estas, e o que temos feito para as pôr em prática. Quando encontrámos o Open Call, identificámo-nos de imediato com a iniciativa e percebemos que era uma oportunidade que queríamos agarrar”.

Na primeira edição, em 2016, submeteram um projecto de habitação desenvolvido para o Norte da India. “Foi um projecto a longo prazo, com muitas vertentes – foi desenvolvida e construída uma casa modelo, um modelo de capacitação da mão de obra local, um modelo de dinamização da economia local – e também com muitos actores, de diferentes culturas, contextos e áreas do saber. Um projecto com múltiplos objectivos – melhorar as condições de habitabilidade, a emancipação da mulher, a reformulação dos padrões de higiene…etc. – em que a arquitectura é apenas uma pequena parte e um veículo para materializar intenções mais amplas. O projecto foca-se na importância de desenhar paradigmas mais do que formas, segundo processos colaborativos, com forte participação de quem for viver esses paradigmas diariamente. Daí submetemos a nossa ideia sob o nome ‘Self-constructed Paradigms’.

No 2º Open Call, que decorreu durante este ano, submeteram um projecto que consideram “mais especulativo” e que partiu de uma inquietação de ambos, enquanto habitantes da cidade do Porto e que, explicam, “cresceu enquanto desenvolvíamos um projecto de reabilitação de um prédio”, também no Porto. “É um exercício de procura de uma tipologia habitacional para as ‘cidades ocidentais’ que estão a ser directamente influenciadas pela 4ª Revolução Industrial – em que tudo é interoperável e coordenado remotamente. Esta revolução está a transformar os padrões de emprego (trabalho temporário, trabalho á distância, prevendo-se inclusive a extinção de milhões de postos de trabalho) e consequentemente está a modificar a forma como a sociedade se organiza, permanece e desloca no espaço. Alterações que acontecem a uma velocidade muito superior às respostas para garantir segurança, liberdade e equidade no processo de transformação. Na nossa proposta, que (ironicamente) chamámos ‘airpnd – air profit and dwell’, especulamos como poderá ser desenhada uma matriz que intersecte harmoniosamente a diversidade nas cidades, sendo que essa diversidade hoje tem duas categorias adicionais e estruturais na actual organização das cidades: os habitantes permanentes e os habitantes temporários, os trabalhadores e os turistas.

Em entrevista ao CONSTRUIR, Filipe Estrela e Sara Neves, referem que o mais positivo da iniciativa “é o facto de ser muito mais do que uma plataforma. Por detrás do que vemos online está uma rede de relações pessoais e profissionais activa, que tem vindo a crescer e a solidificar-se”.

Prova disso, sublinham, é o facto de, paralelamente às actividades do programa já terem feito “concursos e propostas com outros participantes da plataforma, já os visitámos nos seus países, já os recebemos em nossa casa. É efectivamente uma rede de relações humanas, física, à moda antiga! Isto tudo deve-se, na nossa opinião, ao modelo da Future Architecture Platform, que oferece aos jovens seleccionados a oportunidade de, em conjuntos com outros participantes, desenvolver exposições, conferências, workshops em várias cidades da Europa. Experiências intensivas que fomentam processo de criação conjunta, de reconhecimento de novos lugares em conjunto, jantares, debates. Experiências que juntam pessoas de várias nacionalidades e culturas, com projectos, convicções e objectivos muito distintos mas que partilham a vontade de querer propor coisas que mudem e melhorem a sociedade actual”.

Filipe Estrela e Sara Neves, sublinham ainda que “a rede não é exclusiva aos participantes, este espírito é aliás impulsionado pela disponibilidade e abertura dos organizadores, que diluem as hierarquias e nos envolvem num só circulo. Mas, apesar deste espírito comum, a oportunidade que tivemos de conhecer, discutir e trabalhar com outros arquitectos que, tal como nós, estão agora a iniciar os seus percursos, foi o que mais nos marcou ao longo do percurso neste programa. Fomos crescendo profissionalmente agarrados a referências que actuaram noutro tempo. A Future Architecture Platform fez-nos compreender o poder de sermos influenciados por pessoas que, estão tal como nó,s à procura de respostas para o futuro do nosso tempo. Pessoas que ainda não têm percursos consolidados e se permitem questionar mais, ter mais dúvidas e olhar mais em volta à procura. A nossa expectativa é continuar a fazer parte deste círculo”.

Uma ideia, 20 instituições

Manuel Henriques, Director Adjunto da Trienal de Arquitectura de Lisboa, recorda ao CONSTRUIR, porque os arquitectos e criativos portugueses devem responder à Open Call da Future Architecture Platform. “Trata-se da única plataforma que permite a apresentação simultânea de uma ideia a 20 das mais importantes instituições culturais (pan-)europeias. É um acesso privilegiado às pessoas que dirigem os programas que estas instituições gerem e que está à distância de um upload. A simples participação é em si uma semente para uma potencial colaboração, mesmo que aquela ideia não venha a ser seleccionada por nenhuma das instituições. Desde já porque as instituições podem interessar-se por essa proposta para outros programas mas também porque o processo de candidatura é público, tornando-se uma montra de enorme visibilidade”. Manuel Henriques lembra que, “frequentemente as colaborações com os membros vão para além do projecto que deu origem ao primeiro contacto”.

Por outro lado, continua, “notámos que a adesão de ideias vindas de Portugal não foi muito expressiva nos dois primeiros anos pelo que nos parece uma óptima aposta submeter uma ideia, dar a conhecer o trabalho ao mundo e receber um convite para voar até Copenhaga, Tirana ou Kiev para a apresentar em contextos diversos e sempre intelectualmente muito estimulantes”.

Para o Director Adjunto da Trienal de Arquitectura, a plataforma tem duas grandes valências.“Por um lado é um extraordinário mecanismo para a difusão da cultura mundial de forma geral e da arquitectura em particular. O facto de convidar pessoas de todo o mundo a participar com ideias sem qualquer barreira ou briefing, permite que aconteça o que de facto acontece, uma diversidade de países participantes e de projectos artísticos extraordinária. Além de ser de participação muito simples, do ponto de vista prático, rege-se também por regras muito simples, uma das quais o facto dos membros da plataforma apenas poderem escolher para os seus programas, emergentes residentes em países diferentes do da sua sede, fomentando o intercâmbio de experiências e ideias entre países e entre participantes. Por outro lado, a plataforma funciona como uma extraordinária rede de estruturas que, trabalhando nas mesmas áreas ou em áreas conexas, vão encontrando, dentro e fora do âmbito da plataforma, projectos comuns e colaborações que vão neste momento para além do financiamento da União Europeia”.

 

 

 

 

 

 

 

 

Sobre o autorAna Rita Sevilha

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Archi Summit abre última fase de candidaturas a expositores

O maior festival de arquitectura do País está de volta à capital para a 8ª edição. Nos dias 9, 10 e 11 de Julho, o Beato Innovation District transforma-se num espaço de partilha de conhecimento sobre arquitectura e outras áreas do sector da construção para receber a 8ª edição do Archi Summit

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Após duas edições no Porto, o festival de arquitetura Archi Summit está de volta a Lisboa para a sua 8ª edição. Durante os dias 9, 10 e 11 de Julho, o Beato Innovation District, sob a curadoria dos arquitectos Joanna Helm e António Choupina, recebe um espaço de partilha de conhecimento e de aprendizagem, networking e inspiração para os participantes, reunindo grandes nomes da arquitectura nacional e internacional.

“Estamos muito entusiasmados por regressar a Lisboa e por levar a 8ª edição do Archi Summit ao Beato Innovation District. Contamos ter ainda mais participantes do que nos anos anteriores, esperando mais de dois mil arquitectos, dos vários ramos da arquitectura, e outros profissionais das áreas da construção, para trocar experiências e conhecer novas técnicas. O objectivo é juntar ainda mais valências até à data, como a cerâmica, a iluminação, revestimentos, mobiliário urbano, impermeabilização, carpintaria, para que os participantes encontrem aqui tudo o que precisem para os seus projectos”, explica Bruno Moreira, arquitecto e mentor do Archi Summit.

O evento, que ao longo dos últimos 10 anos tem procurado expandir o debate sobre a actuação da arquitetura, conta já com oradores de excelência, como Amanda Ferber, arquitecta brasileira, fundadora e CEO da Architecture Hunter, uma plataforma dedicada à arquitectura que conta com mais de três milhões de seguidores, e que foi nomeada para a lista Forbes 30 Under 30 em 2020. Apesar de ainda não estar fechado, o cartaz conta com oradores como Fran Silvestre, arquitecto espanhol, Romullo Baratto, arquitecto e urbanista brasileiro, Gabriela Carrillo, arquitecta mexicana, Gloria Cabral, arquitecta paraguaia-brasileira e Martha Thorne, reitora da IE School of Architecture and Design, em Madrid, e directora-executiva do Prémio Pritzker de Arquitectura, conhecido como o “Nobel da Arquitetura”.

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Prepare a sua piscina antes da chegada do Verão com o Grupo Puma

A cada ano, com a aproximação do verão, todos pensamos na manutenção de nossas piscinas, sejam elas particulares, públicas
ou comunitárias. Em outros casos, encontramos piscinas de nova construção que precisam de um tratamento completo de impermeabilização.

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Neste artigo, Selena Dorado, do Departamento Técnico do GRUPO PUMA, disponibiliza as principais orientações para realizar a melhor impermeabilização das nossas piscinas, qualquer que seja o caso de aplicação, com o Sistema Drypool.

PISCINAS A REABILITAR OU DE NOVA CONSTRUÇÃO

Em qualquer um dos casos, o primeiro ponto a ser trabalhado e, provavelmente, o mais importante de todos, é o tratamento do suporte.

Para o correto funcionamento de qualquer sistema de impermeabilização, o suporte deve estar limpo, seco e livre de poeira ou elementos mal aderidos.

Em ambos os casos, devemos levar em conta a porosidade do suporte, pois é importante que esteja suficientemente liso para evitar um consumo excessivo de material, mas também que não tenha uma resistência superficial à tração insuficiente, o que poderia afetar a aderência dos produtos de impermeabilização.

ESCOLHA DOS PRODUTOS MAIS ADEQUADOS

Para piscinas de nova construção (suporte de betão)

Antes de iniciar a instalação, devemos preparar os pontos críticos (como mudanças de plano, elementos da instalação, etc.) com nossa banda elástica Bandtec.

Em primeiro lugar, aplicaremos a membrana impermeabilizante cimentícia contínua Morcem Dry SF Plus em duas camadas reforçadas com a Malha Drypool antialcalina.

Uma vez seca a membrana impermeabilizante, instalaremos o nosso revestimento cerâmico com o adesivo cimentício de alto desempenho Pegoland Profesional Flex e, para o rejuntamento das peças, utilizaremos a argamassa para juntas Pegoland Profesional Junta ou Morcemcolor Epóxi.

Para renovação de piscinas existentes (suporte cerâmico)

Da mesma forma que numa obra nova, antes de iniciar a instalação, devemos preparar o suporte e reparar os danos encontrados com a argamassa de reparação Morcemseal Todo 1. Também será necessário preparar os pontos críticos (como mudanças de plano, elementos da instalação, etc.) com nossa banda elástica Bandtec.

Em primeiro lugar, aplicaremos a membrana impermeabilizante cimentícia contínua Morcem Dry Fix em duas camadas reforçadas com a Malha Drypool antialcalina.

Uma vez seca a membrana impermeabilizante, o processo de revestimento é o mesmo que para uma obra nova: instalaremos nosso revestimento cerâmico com o adesivo cimentício de alto desempenho Pegoland Profesional Flex e, para o rejuntamento das peças, utilizaremos a argamassa para juntas Pegoland Profesional Junta ou Morcemcolor Epóxi.

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Garagem Sul no CCB reabre Centro de Arquitectura

O espaço da Garagem Sul foi reconfigurado para acolher exposições, mas também espaços de trabalho, programação e convívio, num projecto da autoria do atelier suíço-português Bureau. O primeiro ciclo programático será dedicado ao tema Interespécies, que “explora o desejo humano de compreender, conectar-se e viver com outras espécies”

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Vai reabrir ao público, a 2 de Abril, o Centro de Arquitectura do Museu de Arte Contemporânea (MAC) do Centro Cultural de Belém (CCB). O espaço da Garagem Sul foi reconfigurado para acolher exposições, mas também espaços de trabalho, programação e convívio, num projecto arquitectónico da autoria do atelier suíço-português Bureau, de Daniel Zamarbide, Carine Pimenta e Galliane Zamarbide.

A partir de uma perspectiva interdisciplinar e com carácter experimental, o Centro de Arquitectura abre espaço para ensaiar e testar possibilidades, com a intenção de materializar espaços conviviais, mais-do-que-humanos e interseccionais.

A este pretexto, o primeiro ciclo programático do Centro de Arquitectura será dedicado ao tema Interespécies. Uma exposição que “explora o desejo humano de compreender, conectar-se e viver com outras espécies” e que decorre em três passos: aproximar , coabitar e conspirar.

A arquitectura é aqui celebrada para lá da sua função utilitária, nas suas funções relacionais e críticas. Uma vez que os materiais, as técnicas e os modos de intervenção no espaço moldam sempre conexões entre lugares, pessoas e seres, considera-se que os “usuários” da arquitectura são humanos, pássaros, plantas, minerais e outros.

Com curadoria de Mariana Pestana, a equipa de investigação é composta por Anna Bertmark, Fernanda Costa, Valentina Demarchi, Bernardo Gaeiras, Mathilde Gouin, Katerina Iglezaki, Carlos Pastor e Mariana Simões, que integram também, o grupo de investigação Bauhaus of the Seas.

Sobre o autorCONSTRUIR

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Maria do Rosário Jacinto e Fernando Flora
Arquitectura

“O projecto nasce sempre no papel, num processo criativo interno de tentativa e erro”

Com um percurso de 30 anos, o atelier Fragmentos começou como uma “banda de garagem” até se tornar numa estrutura que “concebe projectos à escala de cidade” e que reflecte a trajectória de uma equipa que acredita no colectivo, na sustentabilidade e no impacto da arquitectura no quotidiano. Com um olhar para o futuro, o território e a sociedade continuam a ser o ponto de partida para a criação de novos espaços

Cidália Lopes

Fundado por um colectivo de quatro arquitectos (Duarte Pinto-Coelho, Marcus Cerdeira, Miguel Martins Santos e Pedro Silva Lopes), o Fragmentos conta, actualmente, com oito sócios. Maria do Rosário Jacinto e Fernando Flora, dois dos sócios, falaram à Traço sobre o crescimento do atelier e das “expectativas” para o futuro. Um percurso que tem andado de mãos dadas com a sustentabilidade, hoje uma “prioridade” e “não uma opção” e que passou a integrar todas as áreas do atelier e que segue lado a lado com a inovação e as inevitáveis alterações ao processo de trabalho e à construção, fruto das novas ferramentas de IA. Estas permitem “reduzir os tempos de execução e automatizar processos, criando assim mais disponibilidade para o processo criativo”, acreditam.

“Iniciar um novo projecto implica um conhecimento profundo do território, da envolvente, das suas condicionantes, do cliente e das suas expectativas. Esta fase de análise permite contar uma história coerente e trazer o cliente para o imaginário da solução”

30 anos depois do início do vosso percurso, que balanço fazem?
A evolução foi natural, mas sem dúvida que o crescimento dos últimos 10 anos teve um impacto enorme. Acompanhar as necessidades do país e dos clientes obrigou-nos a pensar numa escala diferente, com projectos maiores e usos distintos do residencial, aquele em que mais trabalhávamos. Começámos como uma “banda de garagem”, a fazer pequenas reabilitações para amigos e familiares, e hoje, com uma estrutura bastante maior, concebemos projectos à escala da cidade. O balanço é, por isso, muito gratificante, e aguardamos expectantes os desafios que o futuro nos trará.

Como definem a essência do vosso atelier? Existe algum elemento que procuram incorporar sempre nos projectos?
O Fragmentos nasce de um princípio de trabalho colaborativo que se mantém até hoje. Não há uma forma linear de projectar, nem uma linguagem comum a todos os projectos. O que existe é a convergência de diferentes formas de pensar o espaço e a procura constante por um processo que envolva vários intervenientes. Sempre encarámos o nosso trabalho como um verdadeiro trabalho de equipa, onde todos contribuem para a melhor solução. Com o crescimento do atelier, tornou-se essencial criar equipas especializadas que orbitam em torno da arquitectura, como engenharia, sustentabilidade e interiores, e que estão presentes desde o primeiro dia do projecto. Esta abordagem torna a nossa forma de trabalhar distintiva.

Como costuma ser o processo criativo no atelier? Qual é o ponto de partida para um novo projecto?
A procura por conhecimento e a criação de valor são eixos fundamentais para os próximos anos, e isso traduz-se na forma como encaramos o processo de projecto. Este não é apenas um meio para um fim, mas um fim em si mesmo. Iniciar um novo projecto implica um conhecimento profundo do território, da envolvente, das suas condicionantes, do cliente e das suas expectativas. Esta fase de análise permite contar uma história coerente e trazer o cliente para o imaginário da solução. Apesar da evolução das ferramentas digitais, o projecto nasce sempre no papel, num processo criativo interno de tentativa e erro que permite que as ideias fluam de forma mais natural.

“Com a crescente limitação de espaço nos centros urbanos, a flexibilidade dos espaços passará a ser uma característica essencial, integrando a sustentabilidade neste processo e garantindo que os projectos conciliam inovação e responsabilidade ambiental”

Quais são as ferramentas ou métodos indispensáveis durante o desenvolvimento dos projectos?
A proximidade com o cliente desde a primeira reunião é essencial ao longo de todo o processo, especialmente na fase de desenvolvimento do conceito. Procurar o encontro entre o que o cliente deseja e aquilo que é possível realizar é um exercício complexo, mas extremamente estimulante, pois, para além de criativos, somos também técnicos que respondem a desafios específicos.

Depois, é o território que nos guia. A relação com o espaço é um passo fundamental. A localização, o contexto, a orientação solar e a topografia são factores que nos permitem pensar a peça arquitectónica de uma forma única.

Por fim, a integração e colaboração com as equipas de especialidades e entidades envolvidas desde o início do processo garantem que, no final, quem ganha é o projecto. No fundo, procuramos abordar cada projecto de forma holística desde o primeiro momento.

Há algum projecto que considerem um marco na trajectória do atelier? Porquê?
Escolher um único projecto é sempre difícil, pois todos deixam uma marca de alguma forma. No entanto, diríamos que o Bayview, devido à importância da sua localização na entrada de Cascais, à sua dimensão, complexidade e parceria internacional, simboliza a viragem de escala do atelier. Voltando à ideia de processo, não podemos deixar de referir que este projecto começou em 2016 e, neste momento, estamos a construir a sua última fase. O acompanhamento de um projecto com estas particularidades, ao longo de vários anos, acaba inevitavelmente por marcar tanto a trajectória do atelier como o percurso dos profissionais que nele trabalham.

Como abordam a sustentabilidade nos projectos?
O crescimento do atelier ocorre numa era em que a sustentabilidade é uma preocupação central e não pode ser ignorada. Esta é uma das bases da nossa responsabilidade social empresarial e constitui uma meta essencial no nosso processo de criação de valor. Reconhecemos que ainda há um longo caminho a percorrer, mas procuramos implementar mudanças a várias escalas, desde a forma como são feitas as deslocações para o atelier até à sensibilização dos promotores para as vantagens de uma certificação específica ou a escolha criteriosa de materiais locais. Para isso, contamos com uma equipa interna dedicada ao tema, que se integra de forma transversal no nosso fluxo de trabalho. A sustentabilidade deixou de ser uma opção e passou a ser uma prioridade em todas as áreas do atelier.

A quem está a iniciar o seu percurso, aconselhamos que use os primeiros anos para algo que parece simples, mas que pode trazer muito retorno: observar e exercitar a curiosidade

Como olham para a evolução da arquitectura nos próximos anos?
A responsabilidade social da arquitectura será cada vez mais trazida para primeiro plano, exigindo um conhecimento profundo do território onde se actua e um compromisso real com soluções que beneficiem tanto as cidades como as pessoas que nelas habitam. Com a crescente limitação de espaço nos centros urbanos, a flexibilidade dos espaços passará a ser uma característica essencial, integrando a sustentabilidade neste processo e garantindo que os projectos conciliam inovação e responsabilidade ambiental.

Paralelamente, a inovação — nomeadamente a utilização de ferramentas de inteligência artificial — trará alterações ao processo de trabalho e à construção, permitindo reduzir os tempos de execução e automatizar processos, criando assim mais disponibilidade para o processo criativo.

O impacto da arquitectura na sociedade é cada vez mais evidente, e isso faz com que a própria disciplina se relacione com um número crescente de áreas, procurando soluções mais abrangentes e transformadoras.

Que conselhos dariam a quem está a começar a carreira em arquitectura?
A quem está a iniciar o seu percurso, aconselhamos que use os primeiros anos para algo que parece simples, mas que pode trazer muito retorno: observar e exercitar a curiosidade. Para além disso, esse é também o momento ideal para explorar as diferentes possibilidades da profissão. A arquitectura, para além de arte, é resolver problemas, desbloquear desafios e relacionar o ser humano com o construído.

Actualmente, há muita procura por arquitectos em Portugal, o que representa uma grande oportunidade. Existem ateliers de várias escalas e especializações, e a experiência de trabalhar num atelier pequeno ou grande, mais autoral ou comercial, é substancialmente diferente. Independentemente do caminho escolhido, há uma certeza: a arquitectura só se faz com verdadeira paixão pela profissão.

Sobre o autorCidália Lopes

Cidália Lopes

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Openbook expande para o Médio Oriente e abre nova delegação no Dubai

A expansão para o Médio Oriente, com a abertura de uma delegação no Dubai, já tinha sido comunicada em entrevista ao Construir pelo Partner Paulo Jervell, como mais um passo na estratégia de internacionalização do Grupo que no final de 2024 anunciou o seu rebranding e reorganização estrutural

CONSTRUIR

O Grupo Openbook anuncia a abertura da sua nova delegação no Dubai, marcando um “novo passo na sua estratégia de internacionalização” e que visa “reforçar” a sua presença no mercado do Médio Oriente.

Reconhecendo o Dubai como um dos “principais centros mundiais de negócios e inovação”, a aposta do Grupo Openbook nesta região visa “fortalecer” parcerias estratégicas e “responder” à crescente procura por soluções integradas de arquitectura, design e engenharia.

“A presença do Grupo Openbook no Dubai representa um novo capítulo na nossa trajectória de crescimento. Esta expansão permitirá consolidar a nossa posição num dos mercados mais dinâmicos do mundo, estabelecendo um ponto de contacto directo com clientes e parceiros estratégicos e fortalecendo a nossa rede de projectos internacionais”, afirmou Paulo Jervell, partner do Grupo Openbook.

A internacionalização do Grupo Openbook surge num momento de grande evolução para a empresa, que recentemente anunciou o seu rebranding e reorganização estrutural. Paralelamente, tem vindo a conquistar reconhecimento internacional, com projectos emblemáticos como a sede da Galp, distinguida com certificações LEED Platinum e WELL Platinum, e o premiado Ritz Pool Bar, que arrecadou o prestigiado prémio Architizer A+Awards na categoria de Bares e Adegas.

Com uma equipa de cerca de 90 colaboradores e tendo alcançado uma facturação de cerca de 10 milhões de euros em 2024, o Grupo Openbook continua a consolidar a sua presença em mercados estratégicos, incluindo Portugal, França, Espanha, Angola, Vietname, Indonésia e agora, o Dubai.

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Como Foster+Partners transforma Old Trafford

O design e as linhas gerais do projecto de Estádio Old Trafford entregue pelo gabinete Foster+Partners foram apresentados esta semana. O novo estádio promete ser um marco icónico e sustentável que tem por base a história do Manchester United e a identidade de Manchester

CONSTRUIR

O Manchester United revelou os planos para o novo estádio de Old Trafford, um projecto ambicioso desenvolvido pelo estúdio de arquitetura Foster + Partners. A nova infraestrutura promete elevar a experiência dos adeptos e transformar a região com um design inovador, tecnologia avançada e um forte compromisso com a sustentabilidade.
O novo estádio será um marco globalmente reconhecido, inspirado na história do Manchester United e na identidade industrial da cidade de Manchester.

O conceito do novo estádio inverte o modelo tradicional de design de estádios de futebol: será aberto e voltado para o exterior, com varandas panorâmicas que oferecem vistas para toda a área envolvente. Localizado no centro do distrito, será um marco globalmente reconhecível, encapsulando o espírito do Manchester United e a herança da cidade. A estrutura será caracterizada por três mastros imponentes, inspirados no tridente dos “Red Devils”, reflectindo a verticalidade do horizonte industrial de Manchester. Esses mastros sustentarão uma cobertura translúcida que envolverá o estádio, protegendo as arquibancadas e uma ampla praça pública das chuvas frequentes.

Inspirado pela rica história da cidade, este projecto de regeneração impulsionado pelo desporto transformará uma área industrial de um milhão de metros quadrados em um distrito vibrante de uso misto, com uma rede de espaços verdes, ruas, pontes e zonas à beira-mar. Estabelecendo um novo padrão internacional para o desenvolvimento sustentável de cidades, o projecto criará conexões directas para transportes públicos e pedestres entre comunidades novas e existentes – e com o restante da cidade –, além de incorporar tecnologias de captação de água da chuva e energia renovável.

A praça coberta contará com uma série de experiências interactivas para adeptos do Manchester United e visitantes globais. O design prevê ainda um percurso processional que levará os adeptos de uma nova estação ferroviária até a praça, criando um ponto de encontro acolhedor para eventos desportivos e comunitários.

O novo estádio terá capacidade para 100.000 espectadores.

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Nova Solução | Sistema Gyptec Protect para Fachadas

Cada vez mais o mercado da construção pede soluções rápidas e fáceis de executar não comprometendo a qualidade.

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Particularmente importante, são soluções que permitam resolver os problemas, já identificados, dos edifícios em Portugal e promover a sua reabilitação energética. Isto num contexto de reabilitação e reconversão do edificado. Paralelamente existe uma urgência em cumprir com os objetivos do PRR e disponibilizar mais habitação, preferencialmente confortável e energeticamente eficiente.

Respondendo às solicitações do mercado e em particular de muitos dos nossos clientes, o Grupo Preceram vem apresentar o Sistema Gyptec Protect para Fachadas, desenvolvido em conjunto com a Mapei.

Tirando partido das excelentes características da placa Gyptec Protect, resistência mecânica, à água e ao fogo, foi possível a Mapei estudar e testar um conjunto de sistemas de revestimento e acabamento que permitissem estender a sua aplicação também a fachadas.

Tornou-se assim possível apresentar um sistema completo de isolamento pelo exterior, com lã mineral Volcalis, leve, fácil de instalar, incombustível e com excelentes propriedades de isolamento térmico e acústico.

 

As placas Gyptec Protect são compostas por gesso, tratado com agente hidrorrepelente para diminuir a absorção de água, revestido com uma tela especial em fibra de vidro de alta qualidade e incombustível. Estas placas foram desenvolvidas para utilizar em zonas que requerem alta resistência à humidade e ao fogo (classificação A1) e para as quais não se recomenda o uso de placas de gesso tradicionais.

Volcalis Alpha Plus é uma lã mineral semirrígida com uma condutibilidade térmica muito baixa – 0,032 W/(m.K) -, incombustível e hidrorrepelente. Estas características técnicas permitem soluções de isolamento com elevado desempenho térmico mesmo com espessuras mais reduzidas.

Este sistema, aplicado sobre uma fachada existente, permite eliminar as pontes térmicas associadas à estrutura e aos pontos singulares, funcionando como uma segunda pele do edifício. Para além da redução dos consumos energéticos, tanto no inverno como no verão, resolve eventuais problemas de humidade e condensação, aumentando o conforto e a qualidade do ar interior.

Fundamental para o bom funcionamento da solução é o esquema de revestimento e acabamento preconizado pela Mapei especialmente para as placas Gyptec Protect.

No seguimento deste trabalho, foram também desenvolvidas soluções para a aplicação de isolamento sobre as placas Protect (sistema ETICS), o que permite a sua utilização em construções em aço leve, LSF, ou sistemas mistos com fachadas leves industrializadas.

 

Mais informação em: www.gyptec.eu/sistema-gyptec-protect-para-fachadas

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Missão ‘Built by Brazil’ une arquitectos brasileiros e portugueses

A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura, através do seu programa de internacionalização, ‘Built by Brazil’, vem a Portugal para trocar experiências sobre o que se está a fazer no Brasil e em Portugal a nível arquitectónico, construção, promoção imobiliária, engenharia e inovações e estreitar relações e conhecimento entre os dois países

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A missão ‘Built by Brazil’ Europa 2025 chega a Portugal no dia 15 de Março e prolonga-se até ao dia 18 de Março, culminando com o evento “Conexões Arquitectónicas: Brasil e Portugal – Mesa Redonda sobre Arquitectura de Hospitalidade e Reabilitação”.

Depois de uma passagem pelo MIPIM, em Cannes, França, a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA), através do seu programa de internacionalização, ‘Built by Brazil’, vem a Portugal para trocar experiências sobre o que se está a fazer no Brasil e em Portugal a nível arquitectónico, construção, promoção imobiliária, engenharia e inovações e estreitar relações e conhecimento entre os dois países.

Para os dias 15, 16, 17 e 18 de Março, a comitiva do Brasil tem agendado vários momentos de trabalho, como a visita a projectos de reabilitação como por exemplo, a Fundação Albuquerque, projecto de reabilitação do Bernardes Arquitectos, assim como, o projecto de regeneração do escritório ADOC. Está, igualmente, agendado um encontro com a Associação Portuguesa de Projectistas e Consultores e com a Ordem dos Arquitectos.

Do Brasil vêm arquitectos de vários gabinetes, nomeadamente os Natureza Urbana (SP), Archscape (SP), D&P Arquitetura (MG), Grupo Myr (MG) e Heliomar Venâncio Arquitetura (ES), Addor e Associados (SP) e M&T Arquitetura (RJ).

Para terminar esta passagem por Portugal, irá realizar-se o evento “Conexões Arquitectónicas: Brasil e Portugal – Mesa Redonda sobre Arquitetura de Hospitalidade e Reabilitação”, que irá decorrer no dia 18 de Março, no Auditório da Casa de Cultura de Cascais e que irá contar com a presença de Raimundo Carreiro, embaixador do Brasil em Portugal, e de Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais.

O objectivo da mesa-redonda é “fomentar o debate” sobre as particularidades de projectos de arquitectura nos segmentos de hospitalidade e reabilitação, trazendo exemplos de sucesso em ambos os países, e provocando a discussão sobre as oportunidades da cooperação entre os arquitectos brasileiros e portugueses.

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18ª edição do Europan aborda o “Re-sourcing”

Estão a concurso 47 locais em 12 países europeus, com as propostas a poderem ser apresentadas até 29 de Junho. Com o subtema “Re-sourcing from natural elements – Dealing with Water”, Lisboa apresenta-se com uma das áreas de intervenção que se localiza em Campolide

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A fragilidade do ecossistema da Terra e as crises sociais levam à imaginação de práticas alternativas à extracção prejudicial de recursos, ao consumo excessivo e à poluição de ambientes vivos.

Devem, por isso, ser pensados ​​e implementados projectos de regeneração que abracem a natureza e a cultura. A pensar nesta realidade, o tema da 18ª edição do Europan aborda o “Re-sourcing”. Estão a concurso 47 locais em 12 países europeus, com as propostas a poderem ser apresentadas até 29 de Junho.

Com o subtema “Re-sourcing from natural elements – Dealing with Water”, Lisboa apresenta-se com uma das áreas de intervenção que se localiza em Campolide e que corresponde à solução para a cobertura de um grande tanque e túnel integrados no Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL).

Esta cobertura deve relacionar a área de intervenção com o tecido urbano envolvente, pois encontra-se isolada devido à existência grandes infraestruturas como linhas de comboio e rodovias. A intervenção deverá incluir, ainda, edifícios de habitação de baixa escala pré-existentes, expressão de herança de uma cidade pré-industrial.

Como podemos criar formas de usar sabiamente os recursos naturais no ambiente construído e impulsionar o equilíbrio ecológico entre os fluxos naturais e as necessidades urbanas?, Como podemos ligar a urbanidade para além dos limites das infraestruturas? E como podemos dar forma a um futuro sustentável, bonito e inclusivo, proporcionando habitação e habitat? São algumas das perguntas que se colocam aos concorrentes na área de intervenção em Lisboa.

Os resultados serão anunciados a 17 de Novembro de 2025.

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Mork-Ulnes Architects apresenta ‘The Craft of Place’

Editado por Casper Mork-Ulnes, ‘The Craft of Place’ destaca a dedicação do estúdio ao contexto, ao vernáculo local e à materialidade, enquanto explora a interacção entre arquitectura e paisagem, tradição e inovação

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‘The Craft of Place’ é a primeira monografia da Mork-Ulnes Architects, um atelier internacional com escritórios em São Francisco e Oslo, e que explora a abordagem distinta do estúdio à arquitectura e a sua reinterpretação das tradições regionais da construção.

Editado por Casper Mork-Ulnes, com contribuições de Joseph Becker (curador associado de Arquitectura e Design no Museu de Arte Moderna de São Francisco) e Anne Marit Lunde (curadora, editora e escritora sediada em Oslo), ‘The Craft of Place’ destaca a dedicação do estúdio ao contexto, ao vernáculo local e à materialidade, enquanto explora a interacção entre arquitectura e paisagem, tradição e inovação.

Fundado por Casper Mork-Ulnes em 2005, o estúdio equilibra o pragmatismo escandinavo com a criatividade californiana e o espírito empreendedor de inovação, criando edifícios que misturam brincadeira e contenção.

“Baseado em contextos físicos e culturais discretos, o nosso ponto de vista é informado pela convergência das origens distintas onde o nosso trabalho nos leva. À medida que as áreas geográficas onde trabalhamos se estão a expandir, somos desafiados a pesquisar e explorar novas e antigas condições culturais relacionadas com a arquitectura e o lugar. A agenda estética e formal que surge da negociação destes impulsos culturais muitas vezes bastante diferentes resulta também na interacção de contenção e ludicidade que pode ser rastreada em todos os nossos projectos. É exatamente esta tensão que veio a de definir a nossa prática”, observa Casper Mork-Ulnes.

“Os edifícios vernaculares que se desenvolveram por necessidade são um testemunho físico do conhecimento tradicional e ainda hoje podem estabelecer a base de uma lógica de construção. Esta arquitectura artesanal tem qualidades materiais intrínsecas e aparentes que podem criar ligações entre gerações e culturas. Um profundo envolvimento com o material e a sua utilização tradicional é, portanto, uma parte central da nossa prática. Ao explorar métodos, materiais e formas tradicionais em novos contextos, somos capazes de criar ligações dinâmicas, ao mesmo tempo que preservamos e aprendemos com o vernáculo”, acrescenta o arquitecto.

Publicado em Dezembro de 2024 pela Park Books, este novo volume está estruturado em torno de temas de materiais, tradições, sustentabilidade, escala e luz e revela o método Mork-Ulnes Architects de integrar a arquitectura em diversos ambientes através de projectos como The Silver Lining House em São Francisco; Octothorpe House em Bend, Oregon (EUA); e Skigard Hytte em Kvitfjell, Noruega.

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