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    Arquitectura

    Porque os arquitectos portugueses devem responder à Open Call da FAP ?

    “Trata-se da única plataforma que permite a apresentação simultânea de uma ideia a 20 das mais importantes instituições culturais (pan-)europeias”, Manuel Henriques, Director Adjunto da Trienal de Lisboa

    Ana Rita Sevilha
    Arquitectura

    Porque os arquitectos portugueses devem responder à Open Call da FAP ?

    “Trata-se da única plataforma que permite a apresentação simultânea de uma ideia a 20 das mais importantes instituições culturais (pan-)europeias”, Manuel Henriques, Director Adjunto da Trienal de Lisboa

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    Ana Rita Sevilha
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     A plataforma europeia, Future Architecture Platform (FAP), da qual a Trienal de Arquitectura de Lisboa faz parte desde 2015 e a Fundação Calouste Gulbenkian desde 2017, lançou o 3º Open Call, no sentido de convidar arquitectos e colectivos multidisciplinares a participar no Programa Europeu de Arquitectura 2018. As candidaturas estão abertas até 8 de Janeiro de 2018.

    “Com a certeza da ligação entre excelência em Arquitectura e promoção de uma geração de novos talentos, a Trienal reafirma esta iniciativa para dar a conhecer projectos nacionais em diferentes países como Ucrânia, Itália, Alemanha, Suíça ou Dinamarca a Roma passando por Berlim”, sublinha a Trienal de Arquitectura.

    Recorde-se que, a FAP, é uma plataforma, coordenada pelo Museum of Architecture and Design de Ljubljana, que se enquadra na iniciativa europeia Europa Criativa, uma acção que visa promover a mobilidade e visibilidade de artistas e obras e promover o desenvolvimento de talentos emergentes. Entre as instituições que fazem parte da plataforma estão museus, festivais, agências, produtores e instituições académicas da União Europeia, que promovem a criatividade para aproximar as cidades e a arquitectura do público.

    A FAP, com o objectivo de promover o intercâmbio e o networking, reúne 20 instituições e organizações ligadas à Arquitectura – a Trienal de Arquitectura e a Fundação Calouste Gulbenkian são as portuguesas – que, neste contexto, “não são mais que a montra europeia e o palco em que as sinergias acontecem no sentido de fazer brilhar os projectos e ideias transformadoras dos profissionais em começo de carreira”, refere a Trienal de Lisboa.

    Todas as candidaturas feitas serão publicadas no site oficial da Future Architecture Platform sendo, numa primeira fase, avaliadas pelo conselho dos membros e pelo público.

    Os candidatos selecionados serão posteriormente convidados a apresentar a sua ideia na Conferência de Matchmaking no Museu de Arquitectura e Design, em Liubliana, onde os membros da Future Architecture levarão a cabo uma segunda selecção dos participantes para integrar as suas actividades.

    Em 2018, os eventos previstos são 3 exposições, 5 conferências, quatro ciclos de palestras, workshops, Summer Schools, assim como actividades de edição e de prototipagem.

    A plataforma compromete-se a cobrir despesas de deslocação e alojamento aos seleccionados da primeira fase. Aos seleccionados da segunda fase, serão oferecidas as despesas de viagem (dentro da UE), de alojamento assim como um honorário pela sua participação nos eventos.

    Nota ainda para o facto de, o anterior Call for Ideas, ter contado com cerca de 300 candidaturas, 26 das quais portuguesas.

    “A FAP é muito mais do que uma plataforma”

    Filipe Estrela e Sara Neves (www.estrelaneves.com), são dois arquitectos que têm vindo a desenvolver projectos juntos desde 2008 e, desde 2015, dedicam-se em exclusividade a uma prática conjunta.

    Gostam de projectos imersivos de longa-duração, que lhes permita participar nas três fases que consideram essenciais para produzir impacto a longo prazo: Tradução (diagnóstico e planeamento), Transformação (projecto e construção) e Transmissão (investigação, consciencialização e capacitação). Acreditam que o arquitecto não deve de ser um executante passivo, por isso procuram fazer parte da construção das problemáticas e definição dos programas. Além de responderem a encomendas desenvolvem também projectos auto-propostos para necessidades e oportunidades que identificam. Trabalham geralmente em parceria com outros profissionais, instituições publicas e/ou privadas e com os beneficiários de cada projecto, de forma integrada, procurando contrariar a sobreposição de layers das diferentes especialidades e responsabilidades.

    Em 2016 e 2017, Filipe Estrela e Sara Neves, responderam ao convite da 1ª e 2ª Open Call da Future Architecture Platform e das duas vezes, foram seleccionados.

    Ao CONSTRUIR explicaram o que os levou a aceitar o desafio: “desde o inicio da nossa actividade em conjunto que gostamos de nos auto-propôr para desenvolver projectos, de procurar soluções para problemas e/ou oportunidades que identificamos à nossa volta. Isto permite-nos ter mais poder de decisão sobre o programa e o propósito dos projectos, em oposição ao modus operandi mais tradicional de um arquitecto que dá forma a uma intenção específica pré-definida. A maior parte dos concursos para arquitectos alinha-se com o método de trabalho mais tradicional: é lançado um desafio específico, com um programa, um sítio, um cliente, um orçamento… até mesmo quando são apenas concursos de ideias, sendo esperado que nós arquitectos consigamos traduzir – o mais literalmente possível – todos estas directrizes em espaço.

    A Future Architecture Platform fascinou-nos desde o início pela liberdade que concede, porque não impõe um programa, um lugar, uma forma de pensar ou um caminho a seguir, apenas convida-nos a partilhar as nossas convicções, o que pretendemos mudar com estas, e o que temos feito para as pôr em prática. Quando encontrámos o Open Call, identificámo-nos de imediato com a iniciativa e percebemos que era uma oportunidade que queríamos agarrar”.

    Na primeira edição, em 2016, submeteram um projecto de habitação desenvolvido para o Norte da India. “Foi um projecto a longo prazo, com muitas vertentes – foi desenvolvida e construída uma casa modelo, um modelo de capacitação da mão de obra local, um modelo de dinamização da economia local – e também com muitos actores, de diferentes culturas, contextos e áreas do saber. Um projecto com múltiplos objectivos – melhorar as condições de habitabilidade, a emancipação da mulher, a reformulação dos padrões de higiene…etc. – em que a arquitectura é apenas uma pequena parte e um veículo para materializar intenções mais amplas. O projecto foca-se na importância de desenhar paradigmas mais do que formas, segundo processos colaborativos, com forte participação de quem for viver esses paradigmas diariamente. Daí submetemos a nossa ideia sob o nome ‘Self-constructed Paradigms’.

    No 2º Open Call, que decorreu durante este ano, submeteram um projecto que consideram “mais especulativo” e que partiu de uma inquietação de ambos, enquanto habitantes da cidade do Porto e que, explicam, “cresceu enquanto desenvolvíamos um projecto de reabilitação de um prédio”, também no Porto. “É um exercício de procura de uma tipologia habitacional para as ‘cidades ocidentais’ que estão a ser directamente influenciadas pela 4ª Revolução Industrial – em que tudo é interoperável e coordenado remotamente. Esta revolução está a transformar os padrões de emprego (trabalho temporário, trabalho á distância, prevendo-se inclusive a extinção de milhões de postos de trabalho) e consequentemente está a modificar a forma como a sociedade se organiza, permanece e desloca no espaço. Alterações que acontecem a uma velocidade muito superior às respostas para garantir segurança, liberdade e equidade no processo de transformação. Na nossa proposta, que (ironicamente) chamámos ‘airpnd – air profit and dwell’, especulamos como poderá ser desenhada uma matriz que intersecte harmoniosamente a diversidade nas cidades, sendo que essa diversidade hoje tem duas categorias adicionais e estruturais na actual organização das cidades: os habitantes permanentes e os habitantes temporários, os trabalhadores e os turistas.

    Em entrevista ao CONSTRUIR, Filipe Estrela e Sara Neves, referem que o mais positivo da iniciativa “é o facto de ser muito mais do que uma plataforma. Por detrás do que vemos online está uma rede de relações pessoais e profissionais activa, que tem vindo a crescer e a solidificar-se”.

    Prova disso, sublinham, é o facto de, paralelamente às actividades do programa já terem feito “concursos e propostas com outros participantes da plataforma, já os visitámos nos seus países, já os recebemos em nossa casa. É efectivamente uma rede de relações humanas, física, à moda antiga! Isto tudo deve-se, na nossa opinião, ao modelo da Future Architecture Platform, que oferece aos jovens seleccionados a oportunidade de, em conjuntos com outros participantes, desenvolver exposições, conferências, workshops em várias cidades da Europa. Experiências intensivas que fomentam processo de criação conjunta, de reconhecimento de novos lugares em conjunto, jantares, debates. Experiências que juntam pessoas de várias nacionalidades e culturas, com projectos, convicções e objectivos muito distintos mas que partilham a vontade de querer propor coisas que mudem e melhorem a sociedade actual”.

    Filipe Estrela e Sara Neves, sublinham ainda que “a rede não é exclusiva aos participantes, este espírito é aliás impulsionado pela disponibilidade e abertura dos organizadores, que diluem as hierarquias e nos envolvem num só circulo. Mas, apesar deste espírito comum, a oportunidade que tivemos de conhecer, discutir e trabalhar com outros arquitectos que, tal como nós, estão agora a iniciar os seus percursos, foi o que mais nos marcou ao longo do percurso neste programa. Fomos crescendo profissionalmente agarrados a referências que actuaram noutro tempo. A Future Architecture Platform fez-nos compreender o poder de sermos influenciados por pessoas que, estão tal como nó,s à procura de respostas para o futuro do nosso tempo. Pessoas que ainda não têm percursos consolidados e se permitem questionar mais, ter mais dúvidas e olhar mais em volta à procura. A nossa expectativa é continuar a fazer parte deste círculo”.

    Uma ideia, 20 instituições

    Manuel Henriques, Director Adjunto da Trienal de Arquitectura de Lisboa, recorda ao CONSTRUIR, porque os arquitectos e criativos portugueses devem responder à Open Call da Future Architecture Platform. “Trata-se da única plataforma que permite a apresentação simultânea de uma ideia a 20 das mais importantes instituições culturais (pan-)europeias. É um acesso privilegiado às pessoas que dirigem os programas que estas instituições gerem e que está à distância de um upload. A simples participação é em si uma semente para uma potencial colaboração, mesmo que aquela ideia não venha a ser seleccionada por nenhuma das instituições. Desde já porque as instituições podem interessar-se por essa proposta para outros programas mas também porque o processo de candidatura é público, tornando-se uma montra de enorme visibilidade”. Manuel Henriques lembra que, “frequentemente as colaborações com os membros vão para além do projecto que deu origem ao primeiro contacto”.

    Por outro lado, continua, “notámos que a adesão de ideias vindas de Portugal não foi muito expressiva nos dois primeiros anos pelo que nos parece uma óptima aposta submeter uma ideia, dar a conhecer o trabalho ao mundo e receber um convite para voar até Copenhaga, Tirana ou Kiev para a apresentar em contextos diversos e sempre intelectualmente muito estimulantes”.

    Para o Director Adjunto da Trienal de Arquitectura, a plataforma tem duas grandes valências.“Por um lado é um extraordinário mecanismo para a difusão da cultura mundial de forma geral e da arquitectura em particular. O facto de convidar pessoas de todo o mundo a participar com ideias sem qualquer barreira ou briefing, permite que aconteça o que de facto acontece, uma diversidade de países participantes e de projectos artísticos extraordinária. Além de ser de participação muito simples, do ponto de vista prático, rege-se também por regras muito simples, uma das quais o facto dos membros da plataforma apenas poderem escolher para os seus programas, emergentes residentes em países diferentes do da sua sede, fomentando o intercâmbio de experiências e ideias entre países e entre participantes. Por outro lado, a plataforma funciona como uma extraordinária rede de estruturas que, trabalhando nas mesmas áreas ou em áreas conexas, vão encontrando, dentro e fora do âmbito da plataforma, projectos comuns e colaborações que vão neste momento para além do financiamento da União Europeia”.

     

     

     

     

     

     

     

     

    Sobre o autorAna Rita Sevilha

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    Arquitectura

    Trienal: ‘Conversas et Al’ junta fundador da Noarq e ilustrador Gémeo Luís

    Este terceiro momento do ciclo de tertúlias, acontece esta quinta-feira, dia 20 de Fevereiro, A conversa constrói-se em torno de uma peça de puzzle, símbolo da importância da unidade para a construção do todo

    CONSTRUIR
    Em 2025, a Trienal iniciou mais um ciclo de tertúlias em torno da arquitectura e os seus desdobramentos em que participam quatro ateliers com prática estabelecida. Estes contam com um vasto leque de obras construídas de diversas escalas, que vai desde um plano de requalificação de arquitectura paisagista a um restaurante de acção social que convidam figuras cúmplices que se cruzam com a disciplina para conversas informais em torno de um objecto.
    Esta quinta-feira, dia 20 de Fevereiro, acontece o terceiro momento das conversas de arquitectura ‘Conversas et Al.’ que junta José Carlos Oliveira, fundador do atelier portuense Noarq, e Gémeo Luís, ilustrador consagrado em diversos formatos nacionais e internacionais. A conversa constrói-se em torno de uma peça de puzzle, símbolo da importância da unidade para a construção do todo. O desafio deste momento, aberto à participação do público, é “explorar as pertinências dos contributos numa equipa e como cada pessoa não só é imprescindível como se torna antídoto para uma solidão intelectual e processual que tende a tornar-se viciada e estéril”.

    Fundado há 23 anos, o Noarq concentra a sua pesquisa no desenho da paisagem, arquitectura e objectos quotidianos e conta com vitórias em concursos nacionais e internacionais, destacando-se as Piscinas na praia de Vila Garcia de Arousa e o Ascensor Público Halo de Vigo, em Espanha, ou a Ponte Ferreirinha sobre o Douro para o Metro do Porto.

    O último momento da terceira ronda de Conversas et Al., marcada para dia 6 de Março, conta com o atelier SIA e a presença da escultora Fernanda Fragateiro.

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    crédito Ricardo Cruz

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    Arquitecto Gonçalo Pires Marques finalista no “Building of the Year 2025”

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional

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    O arquitecto português Gonçalo Pires Marques está entre os finalistas do prestigiado prémio “Building of the Year 2025” do ArchDaily, um dos mais importantes reconhecimentos internacionais na área da arquitectura. O seu projecto, a Casa Donavan, destaca-se pelo uso inovador da madeira e pelo compromisso com a sustentabilidade, tornando-se um exemplo de excelência na arquitectura contemporânea.

    A Casa Donavan distingue-se pela sua abordagem única à construção em madeira, um processo que o próprio arquitecto descreve como “quase artesanal”. O trabalho próximo com o mestre carpinteiro foi essencial para garantir a precisão e a qualidade da execução. Além disso, a escolha da madeira termotratada, sem utilização de químicos, reforça o compromisso com a sustentabilidade.

    Além dos materiais escolhidos, o desenho da casa foi pensado para reduzir a necessidade de sistemas de climatização. O aproveitamento inteligente da exposição solar e a ventilação natural transversal contribuem para um menor impacto ambiental. Houve também um esforço consciente na selecção de fornecedores locais, minimizando deslocações e importações para reduzir a pegada ecológica.

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional. O arquitecto entende que “arquitectura portuguesa é uma área reconhecida entre pares a nível mundial como poucas áreas. Como no cinema português, é regularmente mencionada e até premiada. Aliás, Portugal é o único país do mundo com dois vencedores do Prémio Pritzker ainda vivos, o que reflecte a qualidade e a influência do nosso trabalho.”

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    OASRA promove debates sobre requalificação do património da Sinaga

    Discussão pública pretende discutir a intervenção e requalificação da Fábrica do Açúcar, no concelho de Ponta Delgada, e da Fábrica do Álcool, no concelho da Lagoa, ambas na ilha de São Miguel

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    A Ordem dos Arquitectos – Secção Regional dos Açores, no âmbito do Protocolo de Colaboração celebrado com a Secretaria Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública do Governo dos Açores, de 11 de Novembro de 2024, promove a discussão pública sobre a intervenção e requalificação da Fábrica do Açúcar, no concelho de Ponta Delgada, e da Fábrica do Álcool, no concelho da Lagoa, ambas na ilha de São Miguel.

    O período para a discussão pública sobre a intervenção e requalificação das antigas Fábricas do Açúcar e do Álcool já teve início e pode ser feito através da plataforma www.sinaga.pt. Este é um espaço dedicado à participação activa da comunidade na reflexão sobre o futuro das antigas Fábricas do Açúcar e do Álcool, com vista a enriquecer o debates e ajudar a definir soluções viáveis para a requalificação destes espaços industriais.

    Os encontros para o debate de ideias irão ocorrer nas próprias fábricas, sendo que a 22 de Fevereiro acontece um primeiro na Fábrica do Álcool e a 22 de Março na Fábrica do Açúcar e que contarão com a participação de especialistas nas áreas disciplinares da arquitectura, do património industrial e cultural, do turismo industrial, da economia, da museologia e da sustentabilidade.

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    Segunda edição do “Porto de Arquitectura” regressa entre Março e Julho

    São seis os edifícios representativos da arquitectura contemporânea portuense que integram a segunda edição do projecto e que serão apresentados esta quarta-feira em conferência no bar do Cinema Batalha

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    A Câmara Municipal do Porto e a Casa da Arquitectura apresentam esta quarta-feira, dia 12 de fevereiro, às 11 horas, em conferência de imprensa, a segunda edição do projecto “Porto de Arquitetura”. O objectivo passa por desenvolver, entre Março e Julho de 2025, um ciclo de visitas de arquitectura gratuitas e abertas ao público, num conjunto de seis edifícios representativos da arquitectura contemporânea portuense. A apresentação decorre no bar do Batalha Centro de Cinema.

    O ciclo de visitas tem como principal objetivo aproximar a comunidade da arquitectura portuense, dando a conhecer de forma privilegiada o processo de concepção, construção e recuperação de espaços icónicos da cidade.

    Os edifícios seleccionados representam algumas das mais relevantes intervenções recentes na cidade, desde a habitação até às infraestruturas, passando por edifícios destinados ao desporto, turismo, cultura e economia.

    A conferência de imprensa é seguida de uma visita guiada ao Batalha Centro de Cinema, reaberto em Dezembro de 2022, acompanhada dos arquitectos responsáveis pela requalificação, Alexandre Alves da Costa e Sérgio Fernandez.

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    ‘How to Build the Future?’ dá o mote para o novo ciclo de talks da Masslab

    A segunda edição das Mass Talks, o ciclo de conversas organizadas pelo atelier de arquitectura Masslab, inícia esta sexta-feira, dia 31 de Janeiro, pelas 17 horas, no Porto. Nuno Sampaio e Ana Neiva são os convidados desta sessão que irá explorar como a arquitectura, a educação e a cultura influenciam a forma como vivemos, aprendemos e construímos

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    O primeiro mês do ano de 2025 começa com a segunda edição das Mass Talks, o ciclo de conversas organizadas pelo atelier de arquitectura Masslab, que partem da investigação e curiosidade em explorar uma questão central: Como vamos construir o futuro?

    Com o tema “How to Build the Future?” como pano de fundo, a segunda edição gira em torno da Educação e da Cultura enquanto disciplinas essenciais para moldar o futuro e terá lugar no escritório da Masslab no Porto, esta sexta-feira, dia 31 Janeiro, pelas 17 horas.

    A conversa contará com a participação de Nuno Sampaio, arquitecto e director da Casa da Arquitectura, e Ana Neiva, investigadora, curadora e professora e irá explorar como a arquitectura, a educação e a cultura influenciam a forma como vivemos, aprendemos e construímos. Os convidados abordarão o papel destas áreas como catalisadores de transformação social e urbana, assim como o “paradoxo” de olhar para o futuro enquanto aprendemos com o legado do passado.

    Na primeira edição, o debate centrou-se nos desafios da indústria da construção, explorando o equilíbrio entre a necessidade de crescimento urbano e a responsabilidade ambiental com dois convidados: Sílvia Mota, CEO da MEXT: Mota-Engil Next e Francisco Rocha Antunes, presidente da MOME.

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    Passive House Institute certifica primeira Passive House Plus em Portugal

    Um edifício certificado como Passivhaus Plus não apenas reduz drasticamente o uso de energia, mas também produz a mesma quantidade de energia que os ocupantes consomem

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    É o segundo projecto certificado pela norma Passivhaus no Distrito de Lisboa, o primeiro no Concelho de Mafra e o primeiro em Portugal a receber a classificação Passive House Plus, ambos, da autoria do arquitecto passive house designer João Pedro Quaresma, da Nurture-AD.

    Passivhaus é um conceito construtivo que define um padrão de elevado desempenho, eficiente do ponto de vista energético, saudável, confortável e economicamente acessível e sustentável. A diferença entre uma Passivhaus Classic e uma Passivhaus Plus está relacionada principalmente à produção e ao consumo de energia renovável e ao grau de auto-suficiência energética. Ambos os tipos de casas seguem os rigorosos critérios de eficiência energética estabelecidos pelo padrão passivhaus, mas o nível de sustentabilidade e a integração de sistemas de energia renovável diferem.

    Um edifício certificado como Passivhaus Plus não apenas reduz drasticamente o uso de energia, mas também produz a mesma quantidade de energia que os ocupantes consomem.

    A moradia localizada em Mafra já havia obtido a classificação A+ e nZEB pelo sistema de Certificação Energética, e a comunicação do Passive House Institute (PHI) confirmando esta certificação validou todos os objectivos propostos.

    Este projecto de arquitectura foi desenvolvido, desde o início, com a determinação do cliente de obter a certificação pela norma Passivhaus. Em Portugal continental, os valores máximos de radiação ocorrem na região de Lisboa, com mais de 3.000 horas de sol por ano, factor que foi determinante no conceito programático do projecto. A geometria particular do terreno, com o lado maior e a inclinação natural orientados a sul, favoreceu a adopção de uma estratégia bioclimática e a optimização de um padrão de elevado desempenho passivo. Esse conceito esteve presente desde o início, tanto como desejo do proprietário quanto como estratégia do projecto.

    Na organização funcional da moradia, essa realidade climática permitiu que as zonas de permanência da casa fossem todas orientadas a sul, enquanto as circulações e os espaços complementares de uso foram posicionados a norte.
    Dessa forma, optimizou-se os ganhos solares através de vãos envidraçados generosos, garantindo o sombreamento permanente ou temporário durante os meses de Verão com alpendres e pérgulas solares. Essa solução também reduz a necessidade de iluminação artificial durante o Inverno, garantindo excelentes níveis de luminosidade natural.
    A moradia foi construída com o sistema construtivo ICF (Insulated Concrete Form), que permitiu eliminar pilares no interior, favorecendo maior flexibilidade espacial.

     

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    © Studio Ossidiana, Bird’s Palace Vondelpark, Riccardo de Vecchi

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    CCB lança bolsas de arquitectura Diogo Seixas Lopes

    Diogo Seixas Lopes, figura central do pensamento arquitectónico português e primeiro consultor da Garagem Sul, dá o nome às Bolsas de Criação, com o objectivo de “consolidar e incentivar” a construção colectiva de pensamento crítico e conhecimento em torno das linhas temáticas anuais. As propostas podem ser enviadas até 16 de Fevereiro

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    Destinadas a apoiar a “criação, investigação e experimentação”, o CCB lançou as primeiras duas  Bolsas de Criação ‘Diogo Seixas Lopes’. As candidaturas decorrem de 17 de Janeiro a 16 de Fevereiro de 2025, devendo ser formalizadas em formulário próprio. A linha temática da primeira edição é ‘Interespécies’.

    Criadas pelo Centro de Arquitectura MAC/CCB em homenagem ao arquitecto Diogo Seixas Lopes, falecido em 2016 e figura central do pensamento arquitectónico português e primeiro consultor da Garagem Sul, estas bolsas de criação, atribuídas por concurso, procuram “consolidar e incentivar” a construção colectiva de pensamento crítico e conhecimento em torno das linhas temáticas anuais do Centro de Arquitectura.

    O concurso, aberto a todas as pessoas ou colectivos cuja investigação incida sobre a arquitectura, procura proporcionar apoio financeiro à investigação ou criação e execução de projectos, com um valor anual de 10 mil euros, com acompanhamento da curadora-chefe do Centro de Arquitectura do MAC/CCB, Mariana Pestana.

    O processo de avaliação e selecção de candidaturas decorre durante os meses de Fevereiro e Março de 2025. O júri é composto por Julia Albani (externo), Marta Mestre (curadora, MAC/CCB) e Sofia Passadouro (educação e mediação, MAC/CCB). Os projectos seleccionados serão anunciados no dia de reabertura do Centro de Arquitectura, a 2 de Abril de 2025.

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    OA discute alteração ao RJIGT

    Este evento reunirá, hoje, 21 de Janeiro, a partir das 18H, na sede nacional da OA, em Lisboa, diferentes personalidades de relevo nas áreas do ordenamento do território, do urbanismo e da habitação. Debate poderá ser acompanhado em directo através do canal de YouTube da Ordem

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    A Ordem dos Arquitectos discute hoje, 21 de Janeiro, as alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, RJIGT. Debate poderá ser acompanhado em directo através do canal de YouTube da OA.

    Este evento reunirá, a partir das 18H, na sede nacional da OA, em Lisboa, diferentes personalidades de relevo nas áreas do ordenamento do território, do urbanismo e da habitação para uma discussão aprofundada sobre as alterações propostas ao regime jurídico que orienta os instrumentos de gestão territorial, com impacto significativo na gestão urbanística e no ordenamento do território.

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    Créditos: Santos Diez

    Arquitectura

    Habitação em Vila do Conde premiada em diferentes iniciativas internacionais

    A obra de habitação colectiva, da autoria do arquitecto Raulino Silva foi distinguida em quatro prémios internacionais, tendo recebido o primeiro prémio no 2A Architectural Awards no Dubai, o Architecture Masterprize 2024 nos USA, o BLT Awards 2024 na Suiça e, recentemente, o IDA Design Awards 2024, nos USA

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    A obra de habitação colectiva, situada no centro de Vila do Conde, da autoria do arquitecto Raulino Silva foi distinguida em quatro prémios internacionais. No final do ano passado venceu o primeiro prémio no 2A Architectural Awards no Dubai, o Architecture Masterprize 2024 nos USA, o BLT Awards 2024 na Suiça e, agora, o IDA Design Awards 2024, nos USA.

    A intervenção no Gaveto das ‘Alminhas’ de São José, no centro da cidade de Vila do Conde, tem como programa a construção de uma habitação unifamiliar e de um edifício de habitação colectiva para arrendamento com dois apartamentos e uma loja para comércio ou serviços.

    A habitação unifamiliar implanta-se no local da construção existente que tinha apenas um piso, e mantém a fachada antiga para a rua Comendador António Fernandes da Costa, sendo que o segundo piso ficou recuado em relação à rua para se afastar da fachada da casa do Instituto de S. José da Congregação das Irmãs Doroteias, permitindo assim visualizar também a cobertura da Capela Dos Passos que se encontra no lado Norte do quarteirão.

    As fotografias da obra de Héctor Santos-Díez mostram a inserção dos dois edifícios no centro histórico da cidade de Vila do Conde, em duas ruas com escalas distintas, mas unidas pelo gaveto do muro de granito.

    No piso térreo temos a garagem para dois carros, a lavandaria, a sala comum que comunica com a cozinha, um sanitário, a área técnica e o quarto das visitas com quarto de banho privativo. No piso superior, temos a suite principal com quarto de banho e dois quartos de vestir, três quartos mais pequenos também com quarto de banho privativo, e o escritório no topo Sul que se abre para um grande terraço e espreita a cidade.

    O segundo edifício, para arrendamento, foi construído na rua Conde D. Mendo, um arruamento mais movimentado e com vários pequenos prédios com comércio no rés-do-chão.

    No piso térreo temos, ainda, o estacionamento automóvel atrás do muro e uma loja para comércio ou serviços com entrada independente.

    Raulino Silva, nascido em Vila do Conde em 1981, abriu seu atelier em 2011. Além do seu trabalho enquanto arquitecto, tem participado em diversas exposições internacionais e em publicações sobre arquitectura habitacional. Participou, ainda, como orador em diversos eventos e integrou júris de concursos e prémios internacionais. Em 2019, recebeu a medalha de mérito de Vila do Conde.

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    OA e FAUL celebram protocolo de cooperação para “Nova Geração de Habitação”

    No âmbito do projecto formativo Aliança “Nova Geração de Habitação”, estão previstas condições especiais para os membros da OA. A oferta formativa para 2025 já está decidida e a primeira edição tem início a 1 de Abril com término a 27 de Maio, com o tema ‘Inovação em Habitação’

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    A Ordem dos Arquitectos (OA) celebrou um Protocolo de Cooperação com a Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa (FAUL), no âmbito do projecto formativo Aliança “Nova Geração de Habitação”, que prevê condições especiais para os membros da OA.

    A inscrição nos cursos é efectuada directamente pelo membro da OA junto da FAUL/CIAUD, devendo este indicar o respectivo número, ficando a gestão e organização das inscrições nos cursos de formação a cargo da FAUL/CIAUD.

    A oferta formativa para 2025 já está decidida e a primeira edição tem início a 1 de Abril com término a 27 de Maio, com o tema ‘Inovação em Habitação’, de 21 de Abril a 26 de Junho está prevista a formação sobre ‘Instrumentos de Politica de Habitação’ e a seguinte será de 23 de Abril a 16 de Julho, sobre ‘Cartas Municipais de Habitação’.

    Depois, entre Setembro e Dezembro, ainda sem data definida, está previsto formação sobre ‘Reabilitação Habitacional’.

    No âmbito das pós-graduações abrangidas pelo Protocolo, serão atribuídos prémios de mérito académico aos três estudantes que tenham obtido uma das três melhores classificações da edição do curso em causa, desde que esta seja superior a 16 valores.

    O Prémio de Mérito Académico FA.ULisboa “Impulso Adultos” é de natureza pecuniária, consistindo na atribuição de uma verba de valor igual a duas vezes o montante dos custos totais  fixados para a frequência do curso a que respeita no ano lectivo de atribuição do prémio.

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