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    Arquitectura

    Prémio Vasco Vilalva recebe candidaturas até 30 de Outubro

    O Prémio Vilalva, criado pela Fundação Calouste Gulbenkian, tem sido atribuído desde 2007

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    Até ao próximo dia 30 de Outubro, estão abertas as candidaturas ao PrémioVasco Vilalva. No valor de 50 mil euros, a décima edição do Prémio apresenta uma novidade no regulamento em relação aos anos anteriores, ao privilegiar uma área de intervenção particular. Nesta edição, referente a 2016, o tema em destaque será os Jardins, não estando excluídas, no entanto, candidaturas de projectos referentes a outros bens móveis e imóveis.

    Recorde-se que o galardão nasceu em homenagem a Vasco e Maria Teresa Vilalva, “mecenas a quem o país muito deve na área da recuperação e da valorização do Património”, explica a Fundação Calouste Gulbenkian, que  decidiu criar este prémio anual com o seu nome, destinado a assinalar “intervenções exemplares em bens móveis e imóveis de valor cultural que estimulem a preservação e a recuperação do Património”.O Prémio Vilalva, criado pela Fundação Calouste Gulbenkian, tem sido atribuído desde 2007, ano em que distinguiu o projecto de Tratamento e Divulgação da Biblioteca da Casa Sabugosa e São Lourenço, em Lisboa.

    Ao Prémio, podem candidatar-se projectos de intervenção, intervenções em curso e intervenções concluídas, no ano a que se reporta o Prémio.

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    Ndarja é o mais recente projecto da OODA na capital albanesa

    Arquitectura

    OODA: A “ofensiva” de Tirana [c/galeria de imagens]

    Ndarja, Dritan Hoxha, Hora Vertikale, e a Klan TV são quatro os projectos que o gabinete português OODA assina em Tirana. Quatro distintas propostas, uma já em construção, que concorrem para a transformação da capital albanesa através da arquitectura. Quatro edifícios distintos, marcantes e impactantes. Diferentes leituras de uma mesma cidade, mais cosmopolita e sustentável

    Recentemente Edi Rama, primeiro-ministro albanês, afirmou haver três razões pelas quais gostava de Portugal: José Mourinho, António Costa e… a arquitectura portuguesa, incluindo aqui não só os nomes sonantes, mas, sobretudo, os jovens arquitectos, a nova geração de arquitectos portugueses. A alimentar a paixão do responsável albanês estarão quatro novos projectos assinados pelo atelier OODA, os quais terão um forte impacto na paisagem e no meio urbano da sua vibrante capital: Tirana.

    Há pelo menos duas décadas que a cidade tem conhecido um processo de transformação e revitalização urbana e social. Um processo que começou precisamente com o actual primeiro-ministro, então responsável pela edilidade, e que introduziu mudanças significativas contribuindo para a modernização das suas infraestruturas, requalificação de espaços urbanos, criação de espaços verdes, mobilidade e aposta em projectos habitacionais e revitalização de bairros, ou não fosse Tirana a maior cidade da Albânia. Mais tarde, já sob o “comando” de Erion Veliaj, actual perfeito da cidade, o processo de transformação acentuou-se com foco em áreas como a sustentabilidade ambiental e na aposta em projectos arquitectónicos inovadores, que ajudaram a redefinir o skyline da cidade e a atenuar a sua herança soviética. Mas, apesar desta ser já considerada um exemplo de como a criatividade e o planeamento estratégico podem revitalizar uma cidade, a transformação de Tirana, qual elemento vivo, ainda está em curso. E é neste quadro que as propostas arrojadas da OODA ganham sentido, contribuindo e acentuando a mudança em curso.

    O percurso do gabinete português, fundado em 2010 por Diogo Brito, Rodrigo Vilas-Boas, Francisco Lencastre, João Jesus e Julião Pinto Leite, na Albânia começou em 2023, com a sede da Klan TV, “um canal de televisão em Tirana, na Albânia, que pretende ser um “edifício icónico” e “o farol” da nova fase crescimento da cidade”, assim o descreveu a imprensa. A proposta que venceu o concurso público teve por inspiração bobines de filme, adicionando-lhes “pitadas” da arte e arquitectura locais.

    Seguiram-se três projectos de uso misto, cada qual oferecendo um elemento único e diferenciador, potenciado a “nova”, “moderna” e “sustentável” Tirana: “Hora Vertikale”, uma torre empilhada, com uma área acima do solo de 55.000 metros quadrados e uma imponente altura de 140 metros, que recria uma aldeia, agora, vertical; “Dritan Hoxha”, localizada numa avenida com o mesmo nome, a torre dupla, com os seus 50 andares; e, mais recentemente, “Ndarja”, que em albanês significa “divisão” ou “separação”, um nome que transmite bem a essência da proposta que parte de um vulgar edifício rectangular e o divide, literalmente, em duas torres. Localizada no centro de Tirana, Ndarja será uma obra-prima de 41.000 m², com um design único e a sustentabilidade em mente. Nas páginas seguintes mergulhamos nas diferentes propostas começando pela mais recente, que era, confessamos, o foco do trabalho proposto, mas que não ficaria completo sem esta abordagem global à visão que a OODA nos traz da capital albanesa.

     

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Bruno Marques, vice presidente da OASRN

    Arquitectura

    OASRN acolhe o 7º ‘International Formal Methods in Architecture’

    Com foco na aplicação de tecnologias emergentes e métodos formais em desafios sociais e técnicos, o 7FMA reforçou o papel central da arquitectura na criação de soluções inovadoras e sustentáveis para o ambiente construído

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    A cidade do Porto foi palco do ‘7th International Formal Methods in Architecture’ (7FMA), que decorreu entre os dias 3 e 6 de Dezembro na sede da Ordem dos Arquitectos – Secção Regional do Norte (OASRN).

    Com foco na aplicação de tecnologias emergentes e métodos formais em desafios sociais e técnicos, o 7FMA reforçou o papel central da arquitectura na criação de soluções inovadoras e sustentáveis para o ambiente construído.

    O simpósio destacou-se pela participação de alguns dos principais nomes da investigação e prática em arquitectura a nível global, que partilharam as suas perspectivas sobre os desafios e inovações em métodos formais e computacionais aplicados à arquitectura e ao urbanismo.

    José Pinto Duarte, do Penn State College of Arts and Architecture, Stuckeman School, especialista em construção aditiva e aplicações práticas para habitação sustentável em contextos terrestres e espaciais, Wassim Jabi, pela Welsh School of Architecture, Cardiff University, investigador de métodos computacionais aplicados ao design paramétrico e fabrico digital, Tasos Varoudis, da Bartlett School of Architecture, UCL), que explorou avanços em inteligência artificial e análise de redes urbanas, Meta Berghauser Pont, da Chalmers University of Technology, que destacou a importância da morfometria urbana para o design baseado em evidências e Franklim Morais, da Porto Higher Arts School, que reflectiu sobre o impacto da inteligência artificial no futuro da arquitectura, cidades e sociedade.

    Além das sessões de keynote, a programação incluiu apresentações de artigos científicos, workshops práticos e debates interdisciplinares, promovendo a troca de conhecimento entre investigadores, profissionais e estudantes, provenientes de 25 países (Argélia, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Chipre, Dinamarca, Egipto, Estónia, França, Grécia, Índia, Israel, Itália, Moçambique,  Países Baixos, Perú, Portugal, Sérvia, Singapura, Espanha, Suécia, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos) e de 64 entidades.

    O evento, organizado conjuntamente com o Laboratório de Investigação em Arquitetura da Escola Superior Artística do Porto (LIA-ESAP), contou, também, com o apoio institucional da Cooperativa de Ensino Superior Artístico do Porto (CESAP), do Departamento de Arquitetura e Multimédia Gallaecia, da Universidade Portucalense (DAMG-UPT) e do Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design, polo da Universidade Portucalense (CIAUD-UPT).

    Sobre o autorCONSTRUIR

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    Palacio Sinel de Cordes © FG+SG

    Arquitectura

    O que nos trás o Palácio (Sinel de Cordes) em 2025

    Enquanto espaço cultural de referência, o edifício sede da Trienal de Arquitectura de Lisboa antecipa um conjunto de iniciativas, nacionais e internacionais, entre tertúlias, exposições, Open House e a nova edição da Trienal

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    No polo cultural que habita o Palácio Sinel de Cordes, 2025 começa em Janeiro com uma Summer School da University of Western Australia, que traz um grupo de estudantes para um programa imersivo que combina visitas de campo, conversas, troca de ideias, sessões de trabalho e apresentações, uma iniciativa com direcção do atelier Aurora Arquitectos e coordenação de Kirill de Lancastre Jedenov e Sérgio Antunes.

    Ainda no registo das colaborações internacionais, a Trienal inicia no primeiro semestre do ano mais um Periple Duet, uma viagem que une o local onde dois colectivos emergentes residem a Lisboa, no âmbito da rede europeia LINA.

    O novo ano abre, também, mais um ciclo de tertúlias Conversas et al. no Pólo Cultural da Trienal (Quintas-feiras, às 18h30), com a presença de ateliers com prática estabelecida que trazem figuras cúmplices do seu trabalho para uma conversa directa com o público.

    A 23 de Janeiro, o atelier VASSCO convida o reitor António Sampaio da Nóvoa a reflectir sobre três obras que valorizam o espaço público, nomeadamente o edifício de Habitação em Entrecampos, o Museu do Ambiente de Gaia e a Biblioteca de Genève.

    A 6 de Fevereiro, é a vez da FC Arquitectura Paisagista convidar Tiago Monteiro Henriques, investigador e consultor no projecto de requalificação do Martim Moniz, para uma tertúlia à volta do inestimável valor dos nossos solos.

    A 20 de fevereiro, José Carlos Nunes de Oliveira do atelier NOARQ convida o ilustrador Gémeo Luís a pensar o trabalho colaborativo numa equipa a partir de uma peça de puzzle.

    A última tertúlia tem lugar a 6 de Março com a presença do atelier SIA e da artista Fernanda Fragateiro, uma conversa sobre um protótipo de ferro e ráfia criado para um restaurante que estão a desenvolver em parceria com a Associação de intervenção comunitária CRESCER.

    Já a 8 de Março inaugura a exposição dupla ‘Tirar mais do que há para dar’, em Lisboa (Palácio Sinel de Cordes) e em Praga (na Galeria Vi PER), que explora a forma como a energia se move, se transforma e se dissipa, tanto no interior dos corpos como no mundo material. A associação entre arquitectura e energia tem ganho um novo relevo, evidenciando um ciclo contínuo de esforço e sobre-extracção em toda a cadeia de produção arquitectónica, das matérias-primas à mão-de-obra. A curadoria cabe à designer espacial brasileira Alina Paias, investigadora que se debruça sobre a produção de arquitectura através do envolvimento com a filosofia feminista e da tecnologia, o novo materialismo e as humanidades ambientais.

    A 10 e 11 de Maio a Trienal vai ocupar a capital com o Open House Lisboa. Através do olhar da dupla Daniela Sá e João Carmo Simões, vamos pensar como chegamos e partimos dos lugares, quais os panos de fundo das nossas memórias e por fim o que é afinal Lisboa que reinventamos em contínuo?

    De 2 de Outubro a 8 de Dezembro abre ao público o fórum internacional de arquitectura para mais uma edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa, com o tema ‘How Heavy is a City?’.

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    Edificio Industrial BWII (arquitectura Multiprojectus e fotografia Ivo Tavares)

    Arquitectura

    Quem disse que um edifício industrial tem de ser aborrecido e sem presença?

    Com arquitectura e engenharia da Multiprojectus e construção a cargo da Garcia Garcia, o BW II destaca-se pela sua fachada esculpida com lâminas de betão pré-fabricado. No interior, a entrada principal apresenta um foyer de pé-direito duplo e uma escada suspensa, que se destaca como elemento escultórico

    Lâminas de betão pré-fabricado ao longo da fachada do BW II marcam o “ritmo” e a sua “continuidade”. Composto por dois volumes – uma ampla nave industrial e um bloco social e administrativo – o edifício industrial em Lanheses, Viana do Castelo, conta com arquitectura e engenharia da Multiprojectus e construção a cargo da Garcia Garcia.

    O edifício destaca-se pela sua fachada esculpida com pátios, que concebidos de uma forma estratégica permitem a entrada de luz natural, desmontando o volume. No interior, a entrada principal apresenta um foyer de pé-direito duplo e uma escada suspensa, que se destaca como elemento escultórico.

    “Devido ao grande desenvolvimento do alçado principal, vão acontecendo vários pátios exteriores que, estrategicamente, “escavam” e desconstroem o volume. Este “jogo” de “cheio vs vazio” cria uma maior flexibilidade e variedade no jogo de luz que se faz viver no interior do edifício”

    O projecto é composto por dois volumes “aparentemente” autónomos e de cérceas distintas. O primeiro volume com uma grande nave industrial que integram uma área de armazenagem e zonas técnicas com uma pala que protege a zona de expedição. Já o segundo volume, dedicado à zona social e administrativa, composto por dois pisos acima da cota de soleira e que “desenha” o alçado principal do edifício.

    A proposta concentra-se no volume principal bloco social e administrativo, optando-se por uma linguagem de arquitectura que dá unidade e continuidade ao conjunto. A pesquisa foca-se na “pele” do alçado principal, baseando-se na procura de um só material de revestimento (painel de betão pré-fabricado), que se adapta e uniformiza todas as situações e necessidades de projeto.

    O alçado principal desenha-se através da repetição das “lâminas” verticais em painel de betão pré-fabricado, assente numa matriz que define a solução. A “regra” impõem-se e compõem a linguagem principal do conjunto. Devido ao grande desenvolvimento do alçado principal, vão acontecendo vários pátios exteriores que, estrategicamente, “escavam” e desconstroem o volume. Este “jogo” de “cheio vs vazio” cria uma maior flexibilidade e variedade no jogo de luz que se faz viver no interior do edifício.

    A entrada principal do edifício compõe-se pelo desenho do foyer com pé-direito duplo e uma escada “suspensa”, que se assume como elemento principal deste espaço. A escada solta-se das paredes e da laje e vem receber um volume solto, em betão, que nasce do pavimento e desenha os três primeiros degraus das escadas. Ambos os volumes não se tocam, criando um momento de tensão entre ambos.

    Ficha Técnica:

    Nome do Projecto: BW II – Edifício Industrial em Viana do Castelo

    Localização: Lanheses, Viana do Castelo

    Ano de conclusão da obra: 2024

    Área total construída (m2): 27 mil m2

    Atelier de Arquitectura: Multiprojectus

    Arquitecto responsável: Arqº João Pinto de Sousa

    Colaboração: Arqº António Sousa e Arqª Fernanda Araújo

    Construtora: Garcia Garcia, S.A.

    Fiscalização: N/A

    Engenharia: Multiprojectus

    Paisagismo: N/A

    Projecto Luminotécnico: Multiprojectus

    Acústica: Multiprojectus

    Hidráulica: Multiprojectus

    Térmica: Multiprojectus

    Identidade Visual: Multiprojectus

    Sobre o autorTraço (Construir)

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    Escola Secundária do Restelo

    Arquitectura

    Secundária do Restelo procura proposta para ‘futura’ escola

    A proposta passa por requalificar a Escola Secundária do Restelo e dotá-la dos padrões actualmente exigidos. Seja através de reabilitação, ampliação ou construção nova, as opções apresentadas deverão ter uma articulação funcional, com soluções eficientes e que privilegiem elementos construtivos reciclados e com o menor impacto no ambiente

    Cidália Lopes

    Fotos: Cedidas pela OASRS

    A aposta do município de Lisboa na melhoria dos equipamentos escolares insere-se no Programa Municipal Escola de Futuro, um programa que tem como objectivo o aumento e a requalificação da rede escolar do 1º ciclo e educação pré-escolar, e inclusão das escolas básicas 2/3 e secundárias, transferidas para a Câmara Municipal no âmbito da descentralização de competências da educação do Estado para os municípios.

    Neste sentido, encontra-se a decorrer o concurso público de concepção para a elaboração do projecto de requalificação e ampliação da Escola Secundária do Restelo, em Lisboa. Promovido pela SRU (Sociedade de Reabilitação Urbana) Lisboa Ocidental, e com a assessoria técnica da OA-SRLVT, o futuro projecto tem como guidelines a nova Bauhaus europeia. As propostas podem ser enviadas até 11 de Janeiro de 2025.

    O objectivo deste concurso tem como ponto de partida a possibilidade de requalificação, com a inerente adaptação do espaço construído existente, e ampliação, ou a sua total construção de raiz, com a intenção de “corrigir” as necessidades detectadas, quer do ponto de vista de articulação funcional, quer do ponto de vista das condições físicas e ambientais do imóvel, dos seus espaços internos e externos, de modo a aproximá-los tanto quanto possível, dos padrões actualmente exigíveis para um ensino de qualidade.

    Essa possibilidade deverá ser equacionada, numa perspectiva de eficaz resposta ao programa preliminar, de economia de custos, de critérios de sustentabilidade e de melhor adequação aos objectivos pretendidos, com o intuito de criar as condições de conforto e funcionalidade necessárias as actividades lectivas e em sintonia com o Projecto Educativo da Escola Secundária do Restelo.

    “A proposta deve apresentar soluções construtivas e técnicas eficientes, utilizando preferencialmente estratégias passivas de conforto ambiental, nomeadamente através da optimização da utilização da luz e ventilação naturais, permitindo reduzir gastos energéticos e garantir uma elevada certificação energética do edifício”

    Clareza, consistência e materiais reciclados

    A proposta deve articular as características do lugar com uma visão contemporânea. Valoriza-se a clareza e consistência da proposta, que deve conjugar a sustentabilidade da solução ao nível da adequação ao programa funcional, da adequação às áreas definidas em quadro de áreas, da utilização de materiais reciclados provenientes ou não da demolição, da eficiência energética da solução proposta, da superfície impermeabilizada e da adequação aos custos da intervenção, contribuindo para a valorização arquitectónica e urbanísticas do conjunto.

    As soluções técnicas devem ser adequadas ao uso do edifício, garantindo a qualidade, durabilidade e fácil manutenção dos sistemas construtivos e materiais utilizados, enquadradas na estimativa orçamental da obra.

    São incentivadas soluções que preconizem o baixo custo construtivo total no ciclo de vida do imóvel, incluindo os custos de manutenção e conservação e a utilização de sistemas construtivos eficientes em termos de tempo, custo e ambiente.

    Deve ser tido em consideração a utilização de materiais reciclados e o impacto dos resíduos de construção e demolição, devendo existir uma relação vantajosa entre o custo da intervenção e as soluções de sustentabilidade energética.

    A proposta deve apresentar soluções construtivas e técnicas eficientes, utilizando preferencialmente estratégias passivas de conforto ambiental, nomeadamente através da optimização da utilização da luz e ventilação naturais, permitindo reduzir gastos energéticos e garantir uma elevada certificação energética do edifício.

    Devem ser privilegiados sistemas construtivos compostos por materiais de reduzida pegada ambiental e um ciclo de vida que garanta a sua durabilidade e baixa manutenção. A escolha dos materiais deve conjugar estética, durabilidade, fácil manutenção e fácil substituição e ser compatível com a racionalização de custos intrínseca ao projeto. As soluções preconizadas devem garantir os meios que permitam a obtenção de um certificado de avaliação em sustentabilidade ambiental, a emitir por um sistema de certificação.

    “A escola encontra-se integrada no perímetro do Parque de Monsanto, pelo que a intervenção no espaço exterior do recinto escolar deverá assegurar e reforçar a continuidade deste corredor verde e a articulação dos sistemas naturais presentes na zona”

    Espaços exteriores como “potenciador” do ensino

    A concepção dos espaços exteriores privados e de recreio deve garantir a diferença e diversidade de cada aluno criando zonas de uso colectivo, zonas calmas e tranquilas para pequenos grupos, zonas de recantos e refúgio e áreas de aprendizagem ao ar livre, potenciando o devido desenvolvimento das capacidades motoras e sensoriais, em articulação com o ambiente envolvente.

    Este espaço deverá ser potenciador” para a expansão da área da educação encarado como “, formação e desenvolvimento pessoal dos alunos, além da sala de aula tradicional. Deverá ser pensado, também, o equilíbrio entre zonas verdes permeáveis e zonas pavimentadas, e apresentar soluções de ensombramento que permitam um equilíbrio entre estruturas construídas e soluções mais naturalizadas.

    Deve assegurar e promover a acessibilidade e permanência no espaço envolvente, para todos os que utilizam o equipamento escolar. A escola encontra-se integrada no perímetro do Parque de Monsanto, pelo que a intervenção no espaço exterior do recinto escolar deverá assegurar e reforçar a continuidade deste corredor verde e a articulação dos sistemas naturais presentes na zona.

    Os revestimentos arbustivos e as árvores a plantar devem ter em consideração os diferentes espaços a criar e serem espécies autóctones, tendo em consideração o racional aproveitamento da água. Além disso, deverá ser preservado e mantido o arvoredo existente.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

    Jornalista
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    Paulo Jervell, founding partner Openbook Group, Tiago Falcão, managing partner Openbook Real Estate, Diana Noronha Feio, managing partner Openbook Studio e Pedro Pires, founding partner Openbook Group
    Sentados, da esquerda para a direita:
    Marianne Caupers, managing partner Openbook Design, Rodrigo Sampayo: founding partner Openbook Group e João Cortes, founding partner Openbook Group

    Arquitectura

    Openbook: A reestruturação da Firma

    Fruto de um processo de reestruturação e rebranding nasce o Grupo Openbook, o qual integra agora cinco entidades: Architecture; Real Estate; Design; Studio e Engineering. Uma transformação que evidencia, desde logo, crescimento do volume de negócios, dos projecto e das geografias onde actua. Paulo Jervell, um dos sócios fundadores do Grupo explica-nos o processo de transformação do escritório, o âmbito de actuação das novas entidades e o seu impacto na arquitectura que praticam e nos valores que defendem

     

    “Pretendemos reforçar o posicionamento do grupo como líder em inovação, com uma oferta integrada ao cliente. Este é o grande motor desta reestruturação”, afirma à Traço Paulo Jervell, um dos sócios fundadores da Openbook. A firma deu lugar a um grupo, que compreende cinco entidades, e que emprega mais 90 colaboradores. No centro de tudo está a arquitectura e a defesa das premissas e dos valores que nos acompanharam a actividade da Openbook ao longo dos anos: “rigor, qualidade, obsessão pelo detalhe e pela funcionalidade”

    Paulo Jervell, um dos sócios fundadores a Openbook

    Esta apresentação recente que fizeram ao mercado é o resultado de um trabalho que vem sendo feito há pelo menos uns dois anos. Correcto?
    São áreas que já trabalhávamos e que criaram universos diferentes. Mas 2024 foi um ano marcante para a Openbook, em que consolidámos o nosso reposicionamento como grupo multidisciplinar. Este movimento estratégico impulsionou o crescimento financeiro – no final de 2024 a Openbook vai ultrapassar os 10 milhões de euros em facturação – a expansão da equipa e a entrada em novos mercados. Com o rebranding lançado este ano pretendemos reforçar o posicionamento do grupo como líder em inovação, com uma oferta integrada ao cliente. Este é o grande motor desta reestruturação.

    O que vem mudar este rebranding?
    No que diz respeito à evolução das áreas de negócio, este rebranding ou esta reestruturação, aliás, são as duas coisas em simultâneo, surge para clarificar a nossa estratégia de crescimento. Vamos passar a adoptar uma nomenclatura de grupo, grupo esse que vai ter cinco empresas: Openbook Architecture, Openbook Real Estate, Openbook Studio, Openbook Engineering e Openbook Design. Algumas destas empresas são lideradas por parceiros que já colaboravam com a Openbook mas que agora assumem estas áreas de negócio de uma forma independente, mas sempre sob uma visão de grupo. O que queremos é que estas empresas possam desenvolver-se nos segmentos onde são especializadas, com estratégias e objectivos de negócios bem definidos, consolidando o nosso posicionamento enquanto grupo multidisciplinar.

    Como é que estas entidades vão operar?
    Sempre sob o chapéu do grupo Openbook, no universo de serviços que o grupo presta, mas para um conjunto de áreas de actuação muito mais diversifica daquele que o grupo actuava actualmente. Falando um pouco sobre cada uma destas entidades: A Openbook Architecture, que é, como vocês sabem, é uma empresa fundada em 2007, muito focada na concepção de espaços, muito alicerçada na criatividade e no padrão de qualidade que oferecemos aos clientes e que fomos, ao longo dos anos, expandindo em termos de actuação. Mantemos sempre as premissas e os valores que nos acompanharam ao longo destes anos – rigor, qualidade, obsessão pelo detalhe e pela funcionalidade – valores que, de alguma forma, pautam o crescimento da área da arquitectura. Dada a nossa estratégia de diversificação, o peso dos projectos corporativos foi-se equilibrando com o crescimento de projectos em áreas como saúde, residencial e de hotelaria, que acabaram por assumir, eu diria, uma fatia do bolo muito relevante e neste momento conseguimos inverter a balança. Estávamos muito alicerçados em projectos corporativos, agora temos uma balança muito mais equilibrada e mais diversificada.
    No que diz respeito ao Openbook Real Estate, o que é que pretendemos com a criação desta empresa? Oferecer uma experiência global que permite proporcionar aos clientes serviços de análise financeira e planeamento estratégico, orientar os clientes para novas oportunidades de investimento e criar soluções personalizadas que combinem uma visão independente com profundo conhecimento no sector, seja através de mercado de capitais, consultoria imobiliária, estruturação de operações de investimento e mesmo gestão de activos.

    O que vos leva a passar da arquitectura para a consultoria em real estate?
    Não estamos a passar da arquitectura para a real estate. Desde a criação da Openbook nunca nos revimos como um ateliê de arquitectura. eu costumo dizer que somos uma empresa, neste momento um grupo de empresas, mas éramos uma empresa com um ateliê de arquitectura. Esta sempre foi a nossa estratégia. A consultoria em real estate, como diz e bem, surge também pela mesma razão da criação de outras empresas, aproveitar oportunidades. Através da relação que todas as empresas que hoje em dia fazem parte do grupo, surge um conjunto de oportunidades que, tendo um acompanhamento integral com as várias expertises que existem, permite-nos oferecer um serviço de maior de abrangência, diversidade e qualidade. Isso é a grande, eu diria, atractividade do grupo em ter todas estas empresas. Consoante as necessidades do cliente, conseguimos dar-lhe uma resposta e uma solução final.

    O que nos leva então à Openbook Studio. Que serviços oferece esta empresa?
    Openbook Studio surge potenciada por um histórico que tínhamos com uma parceira nossa nesta área de interior design. Adquirimos a empresa, na qual temos uma participação maioritária, e assim nasceu a Studio, que está muito focada em hospitality, hotelaria e residencial. A Openbook Studio está já a fazer o novo Choupana Hills, um hotel de cinco estrelas na Madeira, um projecto que teve vários momentos, mas que agora está a todo o vapor. Tem também em curso um projecto de mais de dois mil apartamentos em Hanói, no Vietnam. São quatro torres residenciais e o interior design foi entregue à Openbook Studio.

    Temos ainda a Openbook Design…
    Openbook Design, à semelhança da Studio, também era uma área de negócio onde já actuávamos com parceiros e, mais uma vez, o que fizemos foi adquirir esta empresa com integração no grupo. A Openbook Design faz única e exclusivamente trabalho de design em termos de wayfinding, sinalética e branding. E é uma área de negócio que acompanha muito a Openbook Architecture e o Openbook Studio. Por exemplo, num projecto corporativo do Openbook Architecture, toda a componente de sinalética, de nomenclatura das salas, de wayfinding em termos de sinalética, naming do edifício, é realizada pela Openbook Design.

    Por fim, temos a Openbook Engineering.
    Que vem transformar esta visão em realidade na componente técnica, através da gestão do projecto para o cliente. Esta entidade trabalha única e exclusivamente para projectos do grupo. Esta sim, foi criada sem nenhuma aquisição orgânica, foi criada internamente do zero. Obviamente, para efeitos de expertise, fomos buscar ao mercado o responsável desta área, que vem do mundo da engenharia.

    Em termos de peso dentro do grupo qual a área que terá maior peso?
    Neste momento, a Openbook Architecture continua a ter um peso muito destacado e significativo no que diz respeito ao volume de negócios. No entanto, é expectável, e isso tem vindo já a concretizar-se que a Openbook Real Estate tenha no futuro um peso muito considerável no volume de facturação do grupo e depois todas as outras áreas, afinal, são empresas startup e que obviamente estão a fazer o seu percurso. Não obstante, é importante referir que todas elas, na data zero de criação, sendo todas elas startups, vão ter resultados positivos no final do ano.

    Mantêm-se os quatro partners, mas agora temos outros responsáveis. Como está organizado o grupo?
    Os quatro partners mantêm-se como os partners da holding do grupo, depois a Openbook Real Estate, a Openbook Studio e a Openbook Design, uma vez que foram adquiridas, são geridas por sócios, managing partners, que têm uma parte do capital de cada empresa. A Openbook Engineering é a única que ainda é detida a 100% pela Holding.

    Em que é que se traduz este crescimento em termos orgânicos?
    Hoje temos 90 colaboradores, reforçámos as áreas de suporte, da arquitectura, do design e real estate. E depois, como último, daria nota deste reconhecimento internacional, que obviamente é alicerçado no portfólio da empresa e no track record de grande relevância que temos vindo a conseguir e que despoletaram uma série de oportunidades internacionais em várias geografias.

    Maior projecção internacional e projectos com impacto

    Essa maior projecção internacional vai levar a Openbook para que mercados? A base permanece em Portugal?
    Em termos físicos, mantemo-nos com base em Portugal. Ainda estamos no mesmo escritório, mas tivemos que obviamente expandir, neste momento já temos mais um piso aqui no edifício onde estamos. Neste momento, produzimos de Portugal para todas as geografias onde estamos envolvidos. Mantemos o escritório do Brasil em São Paulo e estamos, neste momento, a arrancar, com o escritório no Dubai. Contamos a partir de Janeiro já ter uma presença no Dubai.

    Porquê Dubai?
    Estamos sempre atentos a novas oportunidades. Tivemos um conjunto de desafios por parte de alguns clientes, internacionais, para desenvolver alguns projectos no Dubai e depois resultado de uma análise estratégica de prospecção de mercado, entendemos que o Dubai é uma excelente base para todo o mercado do Médio Oriente, não só Dubai, mas Arábia Saudita e Qatar. Este é um mercado que está em forte crescimento, valoriza muito os parâmetros de qualidade e de inovação que o grupo detém e entendemos que era um momento para dar o salto

    Qual o peso dos diferentes mercados para o grupo?
    Diria que neste momento o mercado internacional já poderá representar cerca de 30% do volume de facturação do grupo, com tendência a crescer bastante.

    Que projectos destacaria? No panorama nacional este ano têm sido destacados a “nova cidade” para o Novo Banco e a Sede da Galp…
    Adicionaria a esses o campus do BNP Paribas, que compreende mais de 30 mil m2, que é um projecto que está em construção. Fora do mercado corporativo destacaria, por exemplo, o projecto do Lote 10 em Alcântara, que é um projeto de um edifício de uso misto, cuja construção irá arrancar no início de 2025, terá mais de 20 mil m2 e vai ser também um projecto muito, eu diria, inovador, quer através das suas técnicas construtivas quer através das soluções que introduzimos no edifício em termos de soluções bioclimáticas, de toda a componente de sustentabilidade. Vai ser adoptada uma solução construtiva metálica, portanto, muito descarbonizada, se assim lhe posso dizer, com uma componente de pré-fabricação, pré modelação para, obviamente, fazer face a grandes problemas que temos hoje em dia no mercado, que é a mão de obra. E essa falta de mão de obra exige quer dos promotores, dos construtores, dos arquitectos e dos engenheiros novas soluções construtivas que permitam de alguma forma colmatar estes aspectos. Estamos ainda a desenvolver os projectos para dois novos hospitais, o Hospital da Luz de Setúbal e o Hospital da Luz do Porto.

    E em termos internacionais?
    No Luxemburgo estamos a desenvolver um projecto de um novo edifício de escritórios para uma empresa luxemburguesa. Estamos a desenvolver vários projectos em Luanda, que vão ser projectos com uma referência muito forte, e já temos oportunidades concretas em várias geografias, nomeadamente no Dubai, na Indonésia, onde estamos também a explorar um conjunto de projectos em Jakarta.

    Pode especificar um pouco o que está a ser feito em Angola?
    São três projectos grandes em Luanda. Dois são edifícios de escritórios, entre os 10 a 15 mil metros quadrados, para dois operadores angolanos diferentes. E depois estamos a fazer o masterplan para uma entidade internacional, que vai ser um projeto muito grande, são mais de 160 mil metros quadrados e vai ser um projeto de uso misto, habitação, escritórios, leisure, landscape.

    A escolha do momento e o impacto na arquitectura

    Este é o timing certo para esta restruturação?
    Pensamos que sim, é um culminar de um ano muito forte de grandes transformações e que faz sentido ser agora e faz sentido clarificar esta estratégia, faz sentido dar e começar a trabalhar também numa estratégia de comunicação e de marca para cada uma destas empresas, que têm targets específicos, que vão ser autónomas nas suas áreas e, portanto, precisam também de adequar a sua comunicação aos segmentos onde são especialistas.

    Qual foi o investimento realizado?
    É muito elevado. Ou seja, há aqui uma grande preocupação do grupo em ter um crescimento sustentado, sempre o tivemos, aliás. Este crescimento prossupõe um investimento numa estrutura local, estabelecermos nestas geografias, e neste caso específico no Dubai, mas passa também por um fortíssimo investimento em termos de crescimento e de consolidação de algumas áreas de suporte, quer na área financeira quer na área dos recursos humanos, quer na comunicação, comercial. Um investimento que o grupo tem vindo a fazer, de forma muito sustentada, sempre recorrendo a capitais próprios.

    Qual o impacto deste processo transformador na arquitectura que praticam?
    A arquitectura que praticamos será focada nos mesmos valores de sempre: elevada qualidade e rigor com foco no cliente e sempre procurando exceder as expectativas, inovando nas soluções apresentadas. Com esta nova nomenclatura, vamos consolidar um posicionamento multidisciplinar que nos vai permitir ser mais competitivos noutros os segmentos e mercados bem como oferecer uma proposta serviços integrados sempre que faça sentido, mas o ADN com que desenvolvemos os projectos, esse será o de sempre: qualidade, criatividade, inovação e uma grande responsabilidade para com as necessidades e aspirações dos nossos clientes. Queremos estar à frente do mercado e consolidar a nossa liderança no sector.

    A nível pessoal, para o Paulo, arquitectura é algo que já só consegue acompanhar à distância?
    Somos quatro sócios, três dos quais arquitectos e um financeiro, cada um de nós tem a sua expertise muito própria e às vezes acumulamos responsabilidades, mas cada um tem as suas áreas também bastante bem definidas.
    A título pessoal, a arquitectura continua a ser a minha paixão, e mesmo se hoje em dia tenho uma componente muito forte ou relevante em termos de exigência na gestão do grupo, sem a paixão pela arquitectura é difícil incutir toda esta componente de inovação e de transformação do talento interno que temos na empresa, se não estivermos envolvidos nos projectos. O crescimento da empresa para 90 colaboradores, por mais asset que estes colaboradores já o sejam, toda a cultura, e agora vou-me desfocar dos valores do grupo, mas focar-me nos valores da arquitectura, todo o ADN da arquitectura do grupo, linguagem arquitectónica que nós defendemos esta preocupação pelo detalhe, pela qualidade, pela funcionalidade, se isto tudo não é passado e incutido na equipa, o grupo não consegue crescer de forma sustentada mantendo este foco.

     

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Hannelore Caenepeel, senior exhibition manager & business developer

    Arquitectura

    Architect@Work cresce em área de exposição e consolida presença em Lisboa

    Nos dias 4 e 5 de Dezembro, a FIL Lisboa, abre as portas para a segunda edição do Architect@Work, onde são esperados 147 expositores e largas centenas de produtos em exposição. Com uma forte componente de seminários e debates, o tema central deste ano tem como foco os ‘Materiais Saudáveis’, onde factores-chave como a pegada de carbono, a reciclabilidade e a energia incorporada são cada vez mais uma preocupação quando se projecta

    Cidália Lopes

    Architect@Work 2023 (foto cedida pela organização do evento)

    Depois do “sucesso” da primeira edição e que demonstrou que “os arquitectos e designers de interiores precisavam definitivamente de um evento B2B de alto nível especificamente dedicado à sua profissão”, o Architec@Work (A@W) Lisboa regressa para dois dias de debates e exposições.

    São esperadas um total de 147 marcas que vão apresentar as suas inovações, “representando um crescimento de 21% no número de expositores”, face à edição do ano anterior e mais de 450 inovações em exposição, indica Hannelore Caenepeel, senior exhibition manager & business developer do A@W. A responsável destaca, ainda, a “forte presença de empresas portuguesas”, que representam cerca dos 70% dos expositores.

    No arranque desta segunda edição, a organização confirma, entretanto, a realização de mais uma edição em 2025, nos dias 3 e 4 de Dezembro, também na FIL, em Lisboa.

    Concebido num formato disruptivo, pensado para criar uma conexão “informal” entre os fabricantes, arquitectos e designers, a marca surge em 2003, na Bélgica, depois de se verificar uma lacuna neste tipo de eventos.

    Com o foco na inovação, os expositores são obrigados a trazer para o evento as principais novidades, cujos produtos são primeiramente sujeitos a uma avaliação por parte de um júri de arquitectos e designers de interiores.

    Mais do que um espaço de exposição, o Architect @ Work pretende ser um espaço “único, dinâmico e acolhedor”, semelhante a um lounge. Os corredores tradicionais da FIL são transformados em áreas lounge onde se pode relaxar, ter reuniões de uma forma mais informal e privada e o mais importante: onde se pode desfrutar do catering gratuito que é fornecido durante todo o evento para os visitantes bem como para os expositores.

    Com o tema ‘Materiais Saudáveis’, a organização vai contar com a curadoria da MaterialDriven, que irá focar-se no impacto que os materiais têm no ambiente, tendo em conta factores-chave como a pegada de carbono, a reciclabilidade e a energia incorporada

    Com o olhar nos ‘Materias Saudáveis’

    Tendo como ponto de partida nesta edição os ‘Materiais Saudáveis’, Hannelore Caenepeel reconhece que se trata de um tema que “pode ser interpretado de forma abrangente”.

    Para o efeito, a organização vai contar com a curadoria da MaterialDriven, que irá focar-se especialmente neste tema e na importância que a curadoria de materiais tem para qualquer arquitecto ou designer. O impacto que os materiais têm no ambiente, tendo em conta factores-chave como a pegada de carbono, a reciclabilidade e a energia incorporada são cada vez mais uma preocupação antes de estes serem seleccionados para os projectos.

    Além desta componente está previsto uma série de palestras, com temas que vão desde a aprendizagem e prática de arquitectura à ligação entre Espaço, Natureza e Identidade, ou, ainda, da arquitectura das emoções, património e contemporaneidade à profissão do arquitecto.

    O evento conta ainda com uma instalação itinerante temporária. “A cidade imaginária”, da autoria de Raffaele Salvoldi, foi desenhada para “juntar as pessoas” e “provocar emoções” em espaços culturais. Segundo a autora, a peça representa um “horizonte imaginário de uma cidade” com formas “monumentais”, feito de centenas de milhares de blocos de madeira Kapla, colocados “cuidadosamente” uns sobre os outros sem a utilização de cola nem juntas.

    Também, e pela terceira vez, o Mural de Projectos Architect@Work mostra a diversidade do trabalho das empresas membros da World-Architects. Enquanto as duas primeiras edições se centravam, exclusivamente, no trabalho dos arquitectos, a selecção de 60 projectos que vão estar expostos nesta edição reflectem a “orientação multidisciplinar” da World-Architects.

    No arranque desta segunda edição, a organização confirma, entretanto, a realização de mais uma edição em 2025, nos dias 3 e 4 de Dezembro, também na FIL, em Lisboa

    Programa:

    4 de Dezembro

    Materiais Saudáveis em Arquitectura: Criar Espaços de Bem-Estar

    Tiago Rebelo de Andrade – Rebelo de Andrade

    O arquitecto português Tiago Rebelo de Andrade aborda a importância dos materiais saudáveis no design de espaços, explorando a sua influência no bem-estar do Cliente. Na sua apresentação, destacará exemplos práticos de projectos onde a selecção de materiais, com elementos como a iluminação, a ventilação e a acústica, desempenham um papel essencial na criação de ambientes que promovem a tranquilidade e a desconexão. O arquitecto partilhará, também, os desafios e as abordagens utilizadas pelo seu atelier para criar espaços atraentes e saudáveis.

    Aprendizagem e Prática de Arquitectura

    Miguel Marcelino – Atelier Miguel Marcelino 

    Numa viagem por vários temas arquitectónicos reflecte-se sobre o processo de aprendizagem de arquitectura por extrospecção. Especula-se a influência que esse mesmo processo estabelece na prática de arquitectura, inflectindo a reflexão num exercício de introspecção. Pelo meio são apresentados alguns projectos.

    Arquitetura Sensível: Ligação entre Espaço, Natureza e Identidade

    Inês Vieira da Silva e Miguel Vieira – SAMI-arquitectos

    Desde o aclamado Centro de Visitantes da Gruta das Torres, nos Açores, o estúdio adopta uma abordagem sensível e consciente que busca a integração e a coerência em cada projecto. Nesta palestra, partilharão a sua visão sobre como o design pode criar espaços tecnicamente sofisticados e esteticamente intemporais, promovendo uma ligação única entre as pessoas, a arquitectura e a natureza.

    5 de Dezembro

    A arquitectura das emoções

    Paulo Jorge de Bastos Martins – Paulo Martins 

    A arquitectura molda as emoções humanas ao responder às necessidades essenciais, desde as fisiológicas até à auto-realização. A utilização de materiais saudáveis, tangíveis e intangíveis — como luz, ar, som, cores, design activo e ligação à natureza — desperta emoções que promovem o bem-estar e criam experiências enriquecedoras. Espaços bem projectados têm o poder de afectar profundamente os sentidos, provocar sentimentos e incentivar interacções significativas. Assim, a arquitectura torna-se um meio de evocar emoções positivas e elevar a qualidade de vida, respondendo de forma harmoniosa às diferentes necessidades humanas.

    Património e Contemporaneidade: Um Diálogo Necessário

    Marta Pavão e Guilherme Bivar – Atelier Cais

    A dupla de arquitectos irá falar sobre a construção sustentável na reabilitação de casas, com foco na preservação das fachadas existentes e de como essa estratégia contribui para a salvaguarda da memória do lugar, para a valorização do património histórico e para a criação de cidades mais vibrantes e autênticas. Serão, ainda, abordados os desafios e as vantagens da reabilitação sustentável, através do recurso a técnicas e materiais inovadores que permitem aliar a preservação histórica à eficiência energética, assim como os benefícios sociais e económicos desta abordagem.

    Profissão

    Avelino Oliveira – presidente da Ordem dos Arquitectos 

    A Comissão Europeia e a OCDE, apoiadas pelas Autoridades da Concorrência, têm promovido reformas economicistas, sob o argumento de aprimorar o mercado interno e aumentar a competitividade. Essas acções reduziram os mecanismos de controlo, prejudicando o interesse público relativo à qualidade dos serviços, a protecção dos consumidores e formação dos profissionais. “A arquitectura é exemplo do insucesso dessas políticas, com perda de referenciais para a justa compensação pelos serviços prestados”, considera Avelino Oliveira, que irá abordar esta temática no evento, tendo como foco a necessidade de “estabelecer um quadro regulatório que combata a concorrência desleal e valorize o papel dos arquitectos”.

     

    Visões Elementares para Projectar o Futuro

    João Jesus – OODA Architecture 

    A arquitectura vai além de uma resposta técnica às necessidades humanas de construir espaços, sendo uma combinação de forma, materiais e contexto que procura equilibrar natureza, cultura e inovação, permitindo a transformação do ambiente natural e construído. Nesta conferência, o arquitecto João Jesus vai explorar a forma como são abordados os diferentes desafios, “equilibrando elementos para criar soluções que respondam às necessidades actuais e, ao mesmo tempo, abram novas possibilidades para o futuro”.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

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    Veja os melhores momentos do HAS 2024 (c/ galeria de imagens)

    No evento, que decorreu a 26 de Novembro, no Monsanto Montes Claros, participaram 45 empresas fornecedoras, de cerca de 20 segmentos, nomeadamente revestimentos, pavimentos, equipamentos de ginásio, mobiliário, climatização, amenities, fechaduras eletrónicas, iluminação, elevadores, lavandarias, têxteis, entre outros

    CONSTRUIR

    A revista Publituris Hotelaria voltou a unir-se ao Jornal CONSTRUIR e à revista Traço – ambas publicações do grupo Workmedia – para organizar o Hotels | Arquitects | Suppliers (HAS), onde os fornecedores do setor tiveram a oportunidade de mostrar as novidades que têm em catálogo a hoteleiros e gabinetes de arquitetura.

    No evento, que decorreu a 26 de Novembro, no Monsanto Montes Claros, participaram 45 empresas fornecedoras, de cerca de 20 segmentos, nomeadamente revestimentos, pavimentos, equipamentos de ginásio, mobiliário, climatização, amenities, fechaduras eletrónicas, iluminação, elevadores, lavandarias, têxteis, entre outros.

    O evento, que vai já na sua 8ª edição, começou como Hotels & Suppliers, ganhando uma nova designação, HAS, no ano passado, ao aliar a vertente de arquitetura. O objetivo passa por proporcionar reuniões one-to-one de 15 minutos entre fornecedores e profissionais de arquitetura e hoteleiros, facilitando negócios e oferecendo um ambiente dinâmico para conhecer os mais recentes produtos e equipamentos para o setor.

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    Paulo Jervell, founding partner do Grupo Openbook

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    Grupo Openbook: um rebranding e uma nova organização

    Fruto do intenso crescimento registado nos últimos anos o escritório de arquitectura apresenta-se agora ao mercado com uma nova orgânica: a de grupo empresarial composto por cinco entidades e uma nova imagem. A nova dinâmica reflecte a aposta em projectos de grande escala, aposta em mercados internacionais, com abertura de escritório no Dubai já em Janeiro, e o reforço em todas as áreas de negócio

    CONSTRUIR

    O Grupo Openbook, anuncia o lançamento oficial do seu rebranding, marcando uma nova etapa estratégica para consolidar o seu posicionamento enquanto grupo multidisciplinar.

    Esta transformação reflecte o crescimento orgânico da Openbook e a diversificação das suas áreas de actuação, que agora incluem Arquitectura, Environmental Graphic Design & Wayfinding, Real Estate, Interior Design e Engenharia. Esta transformação marca uma nova etapa para a Openbook, destacando a sua ambição de liderar em mercados nacionais e internacionais, oferecendo soluções integradas e de excelência.

    Com uma equipa de 90 colaboradores, o grupo projecta alcançar uma facturação superior a 10 milhões de euros no final de 2024, o que representa um aumento de 70% face ao ano anterior.
    “O rebranding da Openbook simboliza o nosso compromisso em continuar a redefinir os limites da arquitectura, design, engenharia e consultoria imobiliária, oferecendo soluções integradas que combinam inovação, sustentabilidade e excelência técnica. Esta transformação reforça a nossa capacidade de actuar de forma multidisciplinar, adaptando-nos aos desafios globais e criando projectos que impactam positivamente não apenas os espaços, mas também as comunidades e as pessoas que os habitam“, sublinha Paulo Jervell, founding partner do Grupo Openbook.

    O rebranding apresenta uma identidade visual mais vanguardista e internacional, traduzindo a ambição do grupo de expandir para novos mercados e reforçar a sua liderança em segmentos como residencial, hoteleiro, comercial e corporativo. A assinatura de marca – “Space x Expertise” – simboliza a sinergia entre as diversas disciplinas da Openbook e o compromisso com a excelência e inovação em todas as fases dos seus projetos. O símbolo da multiplicação significa que um elemento potencia ao mesmo tempo que se refere aos conceitos de sinergia e cruzamento de valências.

    A reorganização em cinco empresas especializadas (Openbook Architecture, Openbook Real Estate, Openbook Design, Openbook Studio, Openbook Engineering permite que cada área actue de forma autónoma, ganhando agilidade e profundidade nos respectivos mercados, mas também possibilita a criação de sinergias para responder a projectos de maior escala e complexidade.

    Estas novas empresas são lideradas por managing partners que colaboravam anteriormente com a Openbook como parceiros da Openbook e que agora integram a estrutura do Grupo.

    Este crescimento reflecte, sobretudo, a aposta em projectos de grande escala e em mercados internacionais, incluindo geografias como Dubai, Angola, Vietname, Indonésia, França e Espanha, bem como a especialização em novas áreas de negócio.

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    IPO de Lisboa escolhe Saraiva + Associados para projectar novo edifício de ambulatório

    A garantia foi deixada pela própria equipa de Miguel Saraiva que, nas redes sociais, revela que “ao fim de mais de trinta anos de espera e uma geração perdida, a S+A foi escolhida para transformar o projeto em realidade e contribuir com a nossa experiência para o sistema público de saúde”

    Ricardo Batista

    O Instituto Português de Oncologia de Lisboa (IPO Lisboa) vai ter um novo edifício de ambulatório e a escolha do conselho de administração recaiu sobre o projecto de arquitectura da Saraiva + Associados.

    A garantia foi deixada pela própria equipa de Miguel Saraiva que, nas redes sociais, revela que “ao fim de mais de trinta anos de espera e uma geração perdida, a S+A foi escolhida para transformar o projeto em realidade e contribuir com a nossa experiência para o sistema público de saúde”.

    “O que torna este projeto tão único é que vai além da incorporação das mais modernas tecnologias de atendimento, análise e tratamento enquadradas no futuro. Foi planeado como um espaço de trabalho humanizado, de qualidade para todos, diariamente. Isto tem um impacto positivo tanto nos pacientes, como nos seus cuidadores”, pode ler-se na página da Saraiva + Associados, que acrescenta que as “décadas de experiencia e estudos interdisciplinares resultaram num projeto de excelência, onde a luz é protagonista no edifício”.

    Este é um processo longo e que, em 2022, teve um importante passo com a publicação, em Diário da República, do anuncio para a contratação do projecto de execução. A decisão tem agora um novo capítulo com o anuncio do projecto vencedor. O custo global do investimento ascende a 57 milhões de euros. O novo edifício de ambulatório vai concentrar uma parte significativa da atividade de ambulatório e unidades de investigação.

    Este investimento vai permitir rentabilizar meios técnicos e humanos e melhorar as condições de atendimento aos utentes e de trabalho dos profissionais. Pretende-se ainda um edifício energeticamente sustentável e funcionalmente flexível. O imóvel deverá ocupar os terrenos do lado nascente do IPO e terá uma área útil superior a 24 mil metros quadrados.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

    Director Editorial
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