O projecto da Empark para a Praça de Sete Rios
Empark investiu 5 milhões de euros na construção de um parque de estacionamento subterrâneo com 301 lugares
Pedro Cristino
AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros
Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025
Matilde Mendes assume a direcção de Desenvolvimento da MAP Real Estate
Signify mantém-se pelo oitavo ano consecutivo no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones
Porta da Frente Christie’s adquire participação na mediadora Piquet Realty Portugal
Obras da nova residência de estudantes da Univ. de Aveiro arrancam segunda-feira
Worx: Optimismo para 2025
SE celebra a inovação centenária dos TeSys e dos disjuntores miniatura
União Internacional dos Arquitectos lança concurso de ideias destinado a jovens arquitectos
Filipa Vozone e Luís Alves reforçam área BPC & Architecture da Savills
A Praça de Sete Rios, em frente ao Jardim Zoológico de Lisboa, vai ter, no final do ano, um aspecto renovado, com uma zona de usufruto público a substituir um terminal rodoviário obsoleto. A acompanhar esta intervenção urbana, a Empark investiu 5 milhões de euros na construção de um parque de estacionamento subterrâneo com 301 lugares. Ao CONSTRUIR, José Correia, responsável pelo projecto e coordenação do projecto desta empreitada da Empark, revela que esta infra-estrutura tem uma área de implantação de cerca de 3 mil metros quadrados, distribuídos por três pisos. A obra, que arrancou em Outubro do ano transacto, resulta de uma parceria com o Jardim Zoológico, e visa dotar a cidade de mais opções de estacionamento. Finalizado o parque de estacionamento subterrâneo, a Câmara Municipal de Lisboa transformará a Praça de Sete Rios num espaço público de lazer, com um anfiteatro.
Projecto e escavação
“Começámos por construir uma contenção periférica, para podermos escavar”, refere José Correia, revelando que as fundações recorreram a estacas de 600 milímetros, que entram mais de três metros no terreno “para garantir a estabilidade”. Finalizado este processo, passou-se à execução das ancoragens, “uns cordões que entram de 7 a 10 metros no terreno, criando uma espécie de bolbo”, iniciando-se, a posteriori, a escavação. Os pilares são convencionais, com sapatas de fundação directa, “porque o terreno era consistente”, explica José Correia, revelando que utilizou também lajes maciças em betão armado, com capitéis na zona dos pilares. A cobertura é uma laje maciça aligeirada. “É, fundamentalmente, uma estrutura em betão”, sublinha o engenheiro, acrescentando que, feita a estrutura, será criado “um invólucro interior que lhe dá logo outro aspecto”. No que concerne aos desafios, José Correia frisa que o maior consistiu em “conseguir encaixar uma infra-estrutura destas dentro de uma cidade”. “Aqui temos espaço, mas há uma série de coisas para articular”, como edifícios classificados, “aos quais não podemos aproximar-nos”, o metro e as próprias condições do solo – “se nos afastássemos um pouco, o solo seria diferente”. Para o coordenador do projecto, trabalhar dentro da cidade com um projecto desta dimensão “exige muito cuidado para conciliar tudo”, contudo, destaca que este não é dos projectos mais difíceis em que já esteve envolvido. Apesar disso, “foi necessário conciliar o projecto com a solução que o arquitecto tinha para os arranjos de superfície”, bem como com a acessibilidade ao metro. Todavia, “este [local] é um rectângulo perfeito, enquanto outros parques têm de ser recortados para conseguir salvaguardar algumas situações, como condutas de grande secção ou condutas de água”.
Rácios e rentabilidade
No sentido de prever a rentabilidade da construção de um parque, José Correia revela que existe um rácio de investimento por número de lugares. “Se o valor for 12 mil euros, é um excelente valor por lugar, se for 20 mil euros já é mau”, ressalva, apontando “uma obrigação de procurar o equilíbrio”. “Como? Aumentando o número de lugares no mesmo espaço, dentro das regras”, afirma este engenheiro, acrescentando que a Empark, por vezes, adquire outros parques ou vence concessões “e uma das coisas que faz para melhorar a rentabilidade desses parques é aumentar, no mesmo espaço, só com o traçado, o número de lugares”. Paralelamente, a empresa dedicou-se a tornar os parques de estacionamento mais aprazíveis. “A Empark mudou o paradigma em Portugal – aquela ideia do parque ser uma cave escura”, afirma o projectista, acrescentando que, quando se entra num parque de estacionamento desta empresa, “encontra-se um parque cheio de cores e de luz”, um factor que considera “importante e diferenciador” porque “quando a concorrência aumentar, as pessoas optarão por um parque com melhores condições”. Sobre o número ideal de lugares de estacionamento num parque, José Correia é directo: “o valor ideal é entre 200 e 300 lugares porque acima disso pode ser um desperdício, uma vez que não há procura localizada para enbcher o parque”.