Arquitectura

“A arte pública tem um papel importante na regeneração urbana”

Poderá a arte pública dinamizar um centro urbano? Qual o seu papel na regeneração urbana e na criação de uma sociedade mais crítica e consciente do seu património?

Ana Rita Sevilha
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“A arte pública tem um papel importante na regeneração urbana”

Poderá a arte pública dinamizar um centro urbano? Qual o seu papel na regeneração urbana e na criação de uma sociedade mais crítica e consciente do seu património?

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A edição de 2017 do VIArtes está lançada e até ao próximo dia 9 de Abril, está aberto o período de candidaturas ao concurso promovido pelo ViaCatarina Shopping, que desafia artistas, escultores, designers e arquitectos a criarem uma obra de Arte Pública na emblemática fachada do Centro, o antigo edifício da sede do jornal “O Primeiro de Janeiro”, situado na Rua de Santa Catarina, no Porto. No ano em que o concurso se abre ao estrangeiro, Tomás Furtado, director do ViaCatarina Shopping, sublinha que “hoje podemos afirmar que o VIArtes já faz parte do círculo artístico da cidade do Porto. Desde o lançamento da primeira edição do concurso, há quatro anos, o ViaCatarina Shopping tem reforçado a sua proximidade com a comunidade artística. Temos a missão de fazer chegar a arte a mais públicos e ter uma participação cada vez mais activa junto das iniciativas artísticas e culturais da cidade e dar oportunidade de torná-las visíveis e memoráveis”. No âmbito desde desafio e à luz do que tem sido o concurso no passado, o CONSTRUIR foi ao encontro dos responsáveis e anteriores vencedores, no sentido de perceber de que forma arte pública e edifícios históricos se harmonizam e qual o seu potencial naquilo que é a dinamização de um centro urbano e o seu espaço público.

Arte como veículo de comunicação
Para Tomás Furtado, director do ViaCatarina Shopping, no caso específico do VIArtes, as obras vencedoras até então, têm contribuído para evidenciar a fachada do já emblemático edifício do Porto e destacar a sua presença na Rua de Santa Catarina. Mas não só. “Tratando-se de um edifício histórico da cidade (antiga sede do jornal O Primeiro de Janeiro), a arte pública funciona enquanto veículo de comunicação e envolvimento com a comunidade residente e visitante da cidade do Porto. Exemplo disto, são as obras vencedoras das edições anteriores do VIArtes, que transformaram a fachada do ViaCatarina Shopping num acontecimento cultural e conseguiram captar a atenção de todos, ao trazer uma marca de modernidade a uma das mais antigas ruas da cidade”.

Construção colectiva
Nuno Pimenta e Frederico Martins, dois jovens arquitectos, foram os vencedores da 1ª edição do VIArtes com a instalação “W(E)AVING”. Ao CONSTRUIR explicaram que o grande desafio foi o de “equilibrar as lógicas patrimoniais e comerciais com a activação e envolvimento local. Queríamos que a construção desta intervenção tivesse um carácter participativo, por isso fizemos o convite a todos aqueles que nela queriam participar para também eles, de certa forma, fazerem parte da história deste edifício. Foi uma construção ao vivo durante uma semana, uma performance urbana na qual participaram mais de 2400 pessoas, uma construção colectiva para a cidade”. Arquitectos de formação, Nuno e Frederico são naturalmente sensíveis às questões da cidade e às mais-valias deste tipo de iniciativas e intervenções, que dizem ser “vastas”. Contudo, sublinham o “estimular as relações sociais com o património construído e o relacionamento intelectual com a história, espaços e lógicas culturais da cidade. O estímulo à reflexão acerca do espaço social ligado a estas actividades artísticas tem, por base, um dos maiores desafios da Arte Pública que é o consenso, na medida em que, sendo difícil de atingir, gera questionamento e desperta curiosidade. O substrato deste questionamento, do interesse e do envolvimento é muito importante e saudável para uma cidade e para os seus habitantes. A Arte Pública, além de ser um importante veículo para a democratização da arte e para uma educação estética alargada, tem a capacidade de gerar interesse, discussão e capacidade crítica e isso são características fundamentais para uma cidade que se quer desenvolvida”.

Potenciar o espaço público
Sendo um país com todas as condições meteorológicas para o usufruto do espaço público, mas curiosamente não o usufruir assim tanto, a arte pública poderá ajudar a cativar os habitantes das cidades a darem uso às praças, jardins e lugares de paragem. Nuno Pimenta e Frederico Martins referem isso mesmo: “Interessa-nos, particularmente, a versatilidade temporal da Arte Pública, a forma como pode potenciar o espaço público com dinâmicas temporárias e gerar um questionamento permanente, como pode, também, envolver uma comunidade mais ou menos alargada, alertar para espaços negligenciados da cidade e renovar os motivos de orgulho de uma vizinhança. A Arte Pública tem esse poder, de se voltar inteiramente para a cidade e criar novos pólos de interesse através de intervenções críticas e focadas”.

Projecto colectivo
Também Alberto Vieira (ceramista e escultor) e José Pedro Santos (arquitecto e designer) – vencedores da 2ª Edição do Concurso VIArtes, com o projecto AZULagir -, quiseram chamar a população a participar na sua intervenção. “O principal desafio foi projectar uma intervenção de forma a que o público contribuísse para gerar o painel de ‘azulejos’ que veio a revestir a fachada do ViaCatarina Shopping. Quisemos cativar o maior número de pessoas e, assim, concretizar um projecto colectivo, construído a várias mãos, cujo resultado final reflecte a presença das pessoas, adquirindo assim uma dimensão mais humana. Essa humanidade é, também, reforçada pelo produto final, que de alguma forma evoca o ambiente das festas tradicionais (como o S. João), caracterizado pela alegria, cor e movimento próprios dos encontros sociais onde todos podem e gostam de participar”, explicam ao CONSTRUIR. Para Alberto e José, “os espaços públicos, e os edifícios que os confinam, além de serem locais de livre acesso, devem ser capazes de desencadear a vida social. Estando a arte pública vocacionada para uma fruição imediata e democrática, tem o potencial de tornar os espaços socialmente mais atractivos e activos”. Em declarações ao CONSTRUIR, a dupla recorda ainda que a arte pública tem um papel importante na regeneração urbana: “faz uma chamada de atenção ao observador, envolve-o no espaço, dá-lhe uma sensação de novo lugar. Uma obra de arte pública associada a um espaço transforma a sua percepção, permitindo ao observador fazer novas leituras do mesmo”.

 Acrescentar valor
Para Sónia Rocha, responsável pelo Programa de Arte Pública da Sonae Sierra, “uma iniciativa como o VIARTES permite a renovação cíclica da imagem do edifício e promove a apresentação de obras de arte interessantes que acrescentam valor aos edifícios e aos espaços públicos adjacentes. O convite à participação cidadã torna-os, também, apelativos para a dinâmica da cidade. A fachada do ViaCatarina transforma-se, uma vez por ano, numa tela em branco à espera de propostas de intervenções artísticas. Sendo estas intervenções reversíveis, esta iniciativa permite ao mesmo tempo respeitar o Património que constitui a fachada do edifício já com história na cidade do Porto. Conseguimos, portanto, identificar benefícios para os artistas vencedores, para os transeuntes no espaço público e para o edifício, pelo destaque que acaba por ter ao acolher uma obra de arte na sua estrutura”. Sónia Rocha sublinha a participação: “os registos fotográficos de quem lá passa são constantes, basta parar na fachada por uns minutos para nos apercebermos da curiosidade de quem passa e da interpelação que a obra cria. Quanto ao facto da obra ser ou não bonita, como estamos no registo da Arte Contemporânea aceitamo-la enquanto obra de arte. E como não se podem aplicar os cânones académicos da escultura, estando perante uma instalação de larga escala que ‘pinta’ a fachada do edifício de outras cores é difícil enquadrá-la em critérios estéticos. Resta-nos o registo hermenêutico: O que significa a obra? Que desloca a questão estética da obra para o seu significado. Acreditamos que o maior valor foi percebido por todos, e está relacionado com a intenção dos autores em envolver a comunidade local de Santa Catarina, tecendo um tapete azul ou uma parede de azulejos com inspirações São Joaninas, que ilustra essas relações geradas pelo processo de criação”.
Para a responsável pelo Programa de Arte Pública da Sonae Sierra, não restam dúvidas de que a Arte Pública potencia o Espaço Público. Quando falamos de Arte Pública estamos a referirmo-nos a uma obra de arte, a uma instalação, a um conceito ou até a uma performance que é pensada com uma matriz essencial de duas entradas: o local e o público a quem se dirige. O autor da Arte Pública responde nos seus projectos a duas questões pertinentes: ‘para quem?’ e ‘para onde?’. É destas respostas que nasce o catalisador da esfera pública em forma de obra de arte. Um processo de construção, uma alteração de imagem, uma curiosidade suscitada e um envolvimento em algo que se dirige a todos, além dos habituais públicos dos museus e das galerias”.
“A programação artística e cultural em construção nos Centros Comerciais geridos pela Sonae Sierra tem como objectivo fundamental fazer chegar a Arte a mais públicos, lapidando consciências mais distraídas e demonstrado que a Arte, quando feita para o Público e para o Lugar, não é difícil de assimilar! Com o aparecimento de colecções artísticas ou culturais dentro dos Centros Comerciais, com símbolos de pertença (como é exemplo disso o azulejo da proposta do AZULAgir) e transmissores da memória colectiva do Lugar (como foram exemplo algumas propostas, não vencedoras, mas que referiam a existência da redacção de O Primeiro de Janeiro naquele edifício onde hoje está o ViaCatarina), estamos a criar novos hábitos que promovem uma sociedade mais adulta, civilizada e sensível”, conclui.

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Lionesa Business Hub celebra o Dia Mundial da Arte com galeria a céu aberto no campus

Centro empresarial assinala data com exposições a céu aberto, ofertas culturais aos colaboradores e parcerias locais, demonstrando que a arte no quotidiano potencia criatividade, produtividade e bem-estar

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No próximo dia 15 de Abril, para celebrar o Dia Mundial da Arte, o Lionesa Business Hub (Lionesa BH) vai transformar o seu campus numa verdadeira galeria de arte a céu aberto. A iniciativa Open Air Gallery, já implementada como política activa de bem-estar corporativo e atracção de talento, ganha destaque com uma programação cultural especial para colaboradores e comunidade. A arte e a cultura, presentes no dia a dia deste hub empresarial, são colocadas no centro das atenções, reforçando a aposta em proporcionar um ambiente de trabalho inspirador e criativo.

No Dia Mundial da Arte, o Lionesa BH preparou uma programação especial que convida a comunidade a mergulhar na experiência artística do campus e da região envolvente. Ao longo do dia, será distribuído um roteiro ilustrado que destaca as principais obras e instalações artísticas espalhadas pelo espaço, incentivando colaboradores e visitantes a explorarem este verdadeiro museu a céu aberto. Para além do campus, e em parceria com a Área Metropolitana do Porto, serão também oferecidos cartões Andante com duas viagens incluídas, permitindo aos membros da comunidade descobrir uma rota de arte pública pela cidade, que inclui museus de referência e intervenções artísticas emblemáticas na região. Como gesto simbólico e inspirador, cada uma das 120 empresas presentes no Lionesa BH receberá ainda um exemplar do livro “Happy Hour is 9 to 5”, de Alexander Kjerulf, uma obra que reforça a importância da felicidade no local de trabalho, lembrando que um ambiente criativo e positivo é essencial para o bem-estar e a produtividade.

“A celebração do Dia Mundial da Arte é mais um capítulo da constante integração entre cultura e vida empresarial promovida pelo Lionesa BH”, diz António Pedro Pinto, head of marketing & mood lab. “Diversos estudos comprovam a relação positiva entre o acesso à arte/cultura e a produtividade, criatividade e bem-estar dos colaboradores. Uma revisão internacional recente quantificou melhorias significativas na qualidade de vida e na produtividade associadas à participação em actividades culturais. (The Guradian). No contexto empresarial, a presença de arte nos locais de trabalho está associada a aumentos de produtividade de até 35% e de bem-estar dos colaboradores em até 42%”, adianta.

De salientar que o campus já conta com exposições permanentes que fazem parte do seu quotidiano: o Gate Gallery – instalação artística de grande escala na entrada principal –, o Mural da Rua da Lionesa (com cerca de 1400 m², considerado o maior mural de arte urbana no norte do país e o espaço expositivo The Museum, onde regularmente se apresentam obras e colecções. Além destas, o Lionesa BH organiza exposições temporárias e pop-up em colaboração com parceiros de renome, como a Ferrari, a marca Tashan, a agência criativa The Martin Agency, a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e o Museu Nacional Soares dos Reis.

Essas parcerias permitem trazer ao campus desde arte contemporânea e design automóvel até projectos académicos e acervo museológico, num intercâmbio cultural único entre o mundo empresarial e as instituições artísticas. A estratégia cultural do Lionesa BH estende-se também para lá do seu recinto, através de parcerias com instituições emblemáticas da região. A colaboração com a histórica Livraria Lello e com a Torre dos Clérigos reforça a ligação entre a comunidade empresarial do Lionesa BH e a riqueza cultural local. Estas parcerias visam democratizar o acesso à cultura, oferecendo experiências exclusivas e benefícios aos colaboradores e residentes do campus, e criando uma ponte entre o ambiente de trabalho e a herança cultural da cidade.

 

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SunEnergy conclui projecto de autoconsumo com painéis solares em Idanha-a-Nova

O projecto, para a Associação de Regantes e Beneficiários de Idanha-a-Nova (ARBI) consistiu na instalação de quatro unidades de produção em autoconsumo, que contemplou a instalação de 796 painéis solares fotovoltaicos de 550W para produção de energia eléctrica a partir do sol

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A SunEnergy, especialista em soluções de produção de energia eléctrica a partir do sol, conclui mais um projecto de autoconsumo fotovoltaico, desta vez para a Associação de Regantes e Beneficiários de Idanha-a-Nova (ARBI), responsável pela gestão e manutenção do Aproveitamento Hidroagrícola da Campina de Idanha-a-Nova, localizado no distrito de Castelo Branco.

Este projecto consistiu na instalação de quatro unidades de produção em autoconsumo, que contemplou a instalação de 796 painéis solares fotovoltaicos de 550W para produção de energia eléctrica a partir do sol.
Com uma potência de 550 kW, este projecto vai permitir à ARBI reduzir de forma significativa a sua factura energética e a nível ambiental irá permitir, também, uma redução de emissões de CO2 em 350 toneladas por ano, totalizando 9.000 toneladas ao longo de 25 anos.

Um dos aspectos mais relevantes deste projecto relaciona-se com o facto de uma das quatro unidades de produção, a maior de todas, com 608 painéis, ter sido instalada num lago com estrutura flutuante. Esta solução sustentável, ainda rara em Portugal, permite aproveitar uma área que não serviria para outras aplicações e que permite, inclusivamente, melhorar a qualidade da própria água armazenada no lago e reduzir a sua evaporação durante o Verão. Adicionalmente, o facto de os painéis se encontrarem instalados na água faz com que a temperatura à superfície dos painéis seja mais baixa do que no solo e, como tal, a sua eficiência e, em consequência, a sua produção, serão maiores. Outro dos projectos, com 132 painéis, foi instalado com recurso a uma estrutura desenvolvida à medida sobre um dos canais de distribuição de água.

Paulo Tomé, Presidente da ARBI, sublinha que “temos como missão garantir a melhor gestão possível dos recursos hídricos da nossa região. Com este investimento na produção de energia solar, reforçamos o nosso papel na promoção da sustentabilidade ambiental e asseguramos uma redução significativa dos custos energéticos das nossas operações, o que nos permitirá alocar recursos para prestar um serviço ainda melhor aos nossos beneficiários.”

“Este é um projecto que nos orgulha não só pela sua dimensão, mas sobretudo pela forma inovadora como aliámos a produção de energia solar à optimização dos recursos hídricos. Esta instalação flutuante é também um excelente exemplo de como a agricultura pode beneficiar da energia renovável, contribuindo ao mesmo tempo para a sustentabilidade do nosso planeta”, afirma Paulino Oliveira, responsável técnico da SunEnergy.

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Quelfes integra Rede Espaço Energia

Novo balcão oferece apoio directo à eficiência energética, conforto térmico e acesso a programas de incentivo à reabilitação e uso de energias renováveis

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O novo Espaço Energia de Quelfes, no concelho de Olhão, passa a integrar a Rede Espaço Energia, uma iniciativa coordenada pela ADENE no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com o objectivo de aproximar os cidadãos das soluções de eficiência energética, conforto térmico e uso de energias renováveis.

“A adesão de Quelfes a esta rede é um exemplo inspirador de liderança local, assente na proximidade, inovação e capacitação dos cidadãos. A transição energética não se faz apenas com tecnologia. Exige políticas públicas próximas e territórios capacitados. Com os Espaços Energia, colocamos as pessoas no centro das decisões”, afirmou a ministra Maria da Graça Carvalho, durante a cerimónia de inauguração que contou também com a presença do presidente da Câmara Municipal de Olhão, António Pina, presidente da ADENE, Nelson Lage, e do presidente da Junta de Freguesia de Quelfes, Bruno Alves.

O Espaço Energia de Quelfes oferece atendimento gratuito e personalizado sobre eficiência energética, reabilitação urbana, autoconsumo, energias renováveis e conforto térmico. Está vocacionado para apoiar os cidadãos na adoção de soluções sustentáveis e no acesso a programas de incentivo público, contribuindo para combater a pobreza energética e promover uma verdadeira cidadania energética.

“Estes espaços não são apenas balcões de atendimento, mas sim pontos de transformação comunitária. A ADENE coordena esta rede com o propósito claro de garantir que, em todo o país, os cidadãos têm acesso à informação e às soluções que lhes permitem fazer parte da transição energética. Continuaremos a apoiar, formar e ouvir cada entidade local, porque é com esta proximidade que garantimos uma transição energética para todos”, sublinhou Nelson Lage, Presidente da ADENE.

A Rede Espaço Energia, lançada oficialmente a 29 de Janeiro de 2025, integra a reforma RP-C21-r44 do PRR e já ultrapassou a meta dos 50 balcões com cobertura nacional em todos os distritos de Portugal continental.

Além de apoiar directamente os cidadãos, os Espaços Energia funcionarão como pontos de recolha de dados para o Observatório Nacional da Pobreza Energética e serão canais para a disseminação de programas futuros, como o E-Lar e os Bairros Mais Sustentáveis.

As candidaturas para a criação de novos Espaços Energia, com apoio do Fundo Ambiental, estão abertas até 30 de Maio de 2025.

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Castelo Branco acolhe Observatório sobre futuro da habitação no interior de Portugal

Intitulado “Que futuro para a habitação no interior”, o Observatório tem como objectivo “fomentar a reflexão e a troca de ideias” entre os principais agentes do sector público e privado. O evento é promovido pela Century 21 Diamond, com o apoio da Century 21 Portugal

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No próximo dia 15 de Abril, o Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco, será palco do evento de debate sobre o futuro da habitação no interior do País. Intitulado “Que futuro para a habitação no interior”, o Observatório é promovido pela Century 21 Diamond, com o apoio da Century 21 Portugal, e tem como objectivo “fomentar a reflexão e a troca de ideias” entre os principais agentes do sector público e privado.

Além disso, promove o diálogo directo entre os territórios do interior, as entidades públicas e os setores financeiro e imobiliário, assim como servirá para lançar pistas concretas para políticas que promovam mais equidade territorial e melhores condições de vida nas regiões do interior.

A iniciativa conta com a presença de representantes de oito municípios da Beira Baixa, da Comunidade Intermunicipal da região e de várias entidades nacionais com responsabilidade directa no planeamento e desenvolvimento territorial. Estarão em destaque temas como o acesso à habitação, o arrendamento, o rendimento das famílias, o custo e tipologia dos imóveis, o crédito à habitação, a nova Lei dos Solos e o impacto da reclassificação de terrenos rústicos em urbanos.

Entre os oradores confirmados, contam-se os presidentes de Câmara de Castelo Branco, Fundão, Penamacor, Oleiros, Vila de Rei, Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão e Idanha-a-Nova. o presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, representantes do IHRU e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional e do Turismo do Centro, entre outros. A sessão de abertura ficará a cargo de Patrícia Gonçalves Costa, secretária de Estado da Habitação.

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Herdade do Canhão
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Herdade em Mourão vai a leilão por 2,8 M€

Com 430 hectares, a Herdade do Canhão caracteriza-se por vinha, olival, cereais, azinhal e duas albufeiras. As licitações podem ser enviadas até 22 de Abril

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A Herdade do Canhão, em Mourão, junto ao Alqueva, encontra-se em leilão electrónico, no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER) da Farmácia Alcântara Guerreiro. A Leilosoc.com está a recepcionar licitações até 22 de Abril deste ano. A propriedade, composta por um lote único com nove artigos rústicos e um artigo urbano, contíguos entre si, está avaliada em 2.800.000 euros.

A Herdade do Canhão estende-se por 430 hectares de terreno, caracterizados por vinha, olival, cereais, azinhal e duas albufeiras, cuja captação e uso dos recursos hídricos está atribuída pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo.

O imóvel situa-se no Alqueva, numa das zonas mais valorizadas do território alentejano, cuja localização é reforçada pela proximidade à fronteira com Espanha, a apenas 15 minutos do acesso rodoviário ao país vizinho.

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Prata Riverside Village (Créditos: Ricardo Oliveira Alves)
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VIC Properties homenageia legado fabril de Marvila em novo edifício

Constituído por 53 apartamentos, o Factory vem juntar-se aos restantes oito edifícios do empreendimento projectado por Renzo Piano: The One, Riverside, West, Square, Urban, Park, Art e South

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A VIC Properties iniciou a construção do Factory, o novo edifício do Prata Riverside Village, cujo nome pretende homenagear o legado fabril da freguesia de Marvila. Constituído por 53 apartamentos, o Factory vem juntar-se aos restantes oito edifícios do empreendimento projectado por Renzo Piano: The One, Riverside, West, Square, Urban, Park, Art e South.

Através da construção do Factory, a VIC Properties dá mais um importante passo rumo à finalização do Prata Riverside Village. Neste momento, o projecto conta com seis edifícios completamente construídos e vendidos. Sendo que neste momento estão também a ser desenvolvidos os edifícios Art e South, com conclusão prevista para 2026, e cuja taxa de venda se encontra, respetivamente, em 85 e 65 por cento.

Com tipologias que variam entre o T0 e o T4, o Factory procura, tal como todos os edifícios do Prata, oferecer resposta a clientes com diferentes tipos de perfis e necessidades. No âmbito da promoção de medidas sustentáveis, os moradores do edifício poderão usufruir de um sistema de domótica, através do qual conseguirão tirar mais proveito do ensombramento das janelas, diminuindo a quantidade de energia despendida para regular a temperatura das suas casas.

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As diferentes “Formas (s)” da RAR Imobiliária

A43, Correia/Ragazzi Arquitectos, hori-zonte, José Carlos Cruz, Masslab e Nuno Valentim Arquitectura aceitaram o desafio e, a partir, de um conjunto de peças em madeira, apresentaram seis visões “criativas” sobre o espaço e o conceito de habitar

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Um jogo, seis gabinetes de arquitectura, uma exposição e seis visões dão uma nova “Forma” ao stand da RAR Imobiliária no Salão Imobiliário de Portugal (SIL), que se encontra a decorrer na FIL, em Lisboa.

A partir de um kit de materiais composto por 100 peças de madeira, abraçadeiras e cola, a RAR Imobiliário fez a proposta, a seis ateliers, para criarem, a partir desses elementos, um módulo arquitectónico, “habitável e inspirador”, que configurasse uma “verdadeira expressão de criatividade e funcionalidade”.

O jogo, aceite pelos gabinetes de arquitectura A43, Correia/Ragazzi Arquitectos, hori-zonte, José Carlos Cruz, Masslab e Nuno Valentim Arquitectura, resultou na criação de seis visões “criativas” sobre o espaço e o conceito de habitar, dando, assim, origem à primeira exposição de arquitectura da promotora – “FORMA – Expressões de Arquitectura”.

Na resposta ao jogo, cada um dos gabinetes usou os elementos para criar a sua visão “única” sobre a habitação, materializando-a através de maquetes e conceitos que exploram identidade, funcionalidade e expressão artística.

Para Paula Fernandes, CEO da RAR Imobiliária, a exposição representa o “compromisso” da RAR Imobiliária com a inovação e a diversidade na arquitectura. “Queremos promover um espaço de diálogo onde diferentes perspetivas sobre a habitação possam ser exploradas, incentivando a criatividade e novas formas de pensar o espaço habitacional”, refere.

No SIL. a RAR levou também para a ‘exposição’ os projectos, actualmente, em desenvolvimento, tais como o Montebelo Villas e o Boavista 5205.

A RAR Imobiliária está focada na expansão em mercados estratégicos, mantendo a aposta no segmento alto e em localizações de prestígio. Porto e Lisboa continuam a ser as áreas prioritárias.

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Metropolitano de Lisboa lança novo concurso para a construção da Linha Violeta

O Metropolitano de Lisboa lança no dia 15 de Abril novo concurso para a construção do metro ligeiro de superfície Odivelas-Loures, também designado por Linha Violeta

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A sessão de lançamento no novo concurso para a construção do metro ligeiro de superfície Odivelas-Loures está agendada para 15 de Abril e contará com a presença do Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.

A linha Violeta resulta de um protocolo de colaboração assinado pelo Metropolitano de Lisboa, a Câmara Municipal de Loures e a Câmara Municipal de Odivelas para o estudo, planeamento e concretização de um projecto de expansão da cobertura intermodal da actual linha Amarela do Metropolitano de Lisboa.

Recorde-se que o primeiro concurso lançado a 15 de Março do ano passado não teve resposta por parte das empresas. Já em Março deste ano o Governo autorizou novo aumento de 150 milhões de euros para a empreitada, face ao investimento previsto, que era de 527 milhões de euros. O custo da linha deverá ascender, assim, a 677 milhões de euros.

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Krest investe 120 M€ no novo empreendimento Arcoverde

O Arcoverde deverá começar a ser construído ainda este ano e arranca, numa primeira fase, com 175 apartamentos, aos quais se juntam mais 45, numa fase posterior

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Entre Quinta da Fonte e Paço de Arcos vai nascer o mais recente projecto da Krest. O Arcoverde deverá começar a ser construído ainda este ano e arranca, numa primeira fase, com 175 apartamentos, aos quais se juntam mais 45, numa fase posterior. O investimento total é de 120 milhões de euros.

Promovido em conjunto com a belga Revive, o Arcoverde tem assinatura do gabinete Saraiva + Associados e pretende dar resposta à “grande falta de habitação” que existe naquela zona.

Pela sua localização, o projecto tem despertado “grande interesse”, revela Claude Kandyoti, CEO da Krest, estando em lista de espera largas centenas de pessoas. O lançamento no Salão Imobiliário de Portugal, que se encontra a decorrer na FIL, em Lisboa, marca, também, o início da comercialização. Logo no primeiro dia, foram assinaladas 15 reservas, revelou Claude Kandyoti.

O projecto será desenvolvido numa área exclusiva de 34 mil m2, dos quais 25 mil correspondem aos espaços residenciais e comerciais, rodeados por zonas verdes e áreas comuns, assim como piscinas comuns, jacuzzis privados, áreas desportivas e de fitness, comércio e lazer, parque infantil, estacionamento e arrecadações e, ainda, serviços de mobilidade eléctrica e partilhada.

Os apartamentos são construídos de acordo com mais “elevados” padrões ecológicos e económicos, utilizando materiais locais, de forma a que cada residência mantenha custos de energia baixos e uma pegada de emissões quase nula.

O corredor verde que se desenvolve ao longo da encosta onde o projecto será construído, estratégias de redução de tráfego que minimizam o uso de carros, com uma rua interna apenas acessível a veículos de emergência, recurso a energia renovável, percursos pedonais, iniciativas de envolvimento social, entre os quais agricultura urbana e arte local, assim como uma gestão da água que asseguram a sustentabilidade deste projecto.

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Consórcio do TGV equaciona construção de duas novas pontes sobre o Douro

Quanto à travessia do Rio Douro, “a solução agora apresentada volta a separar, em duas pontes distintas, o modo ferroviário e o modo rodoviário”, pode ler-se em documentos municipais agora conhecidos

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O consórcio LusoLav, responsável pela linha de alta velocidade entre Porto e Oiã, quer mudar em dois quilómetros a localização da estação de Gaia e fazer duas pontes sobre o Douro em vez de uma rodoferroviária.

A proposta consta de um conjunto de documentos que serão apresentados e votados junto das Câmaras de Gaia e Porto, com esta última a manifestar surpresa e desconhecimento sobre qualquer intenção do consórcio.

Relativamente à estação, “é proposta uma alteração da localização anteriormente prevista – Santo Ovídio -, que constava dos estudos elaborados pela IP e que serviram de base ao concurso, deslocando a estação cerca de 2km para sul”.

“A nova localização proposta para a Estação de Vila Nova de Gaia fica compreendida entre a Rua da Junqueira de Cima (a norte e poente), a Rua e Travessa do Guardal de Cima (a sul) e a Travessa de Belo Horizonte (a nascente)”, na zona de São Caetano, em Vilar do Paraíso.

Além de um conjunto de acessbilidades rodoviárias a construir, a proposta inclui “o prolongamento da linha Rubi, desde Santo Ovídio até à Estação de Alta Velocidade (lado poente)”, com custos repartidos entre o consórcio (obra pesada) e a Metro do Porto (instalação da linha e dos respectivos equipamentos).

“Relativamente ao prolongamento da Linha Rubi desde a Estação de Santo Ovídio, importa referir que, dada a elevada densidade e sobreposição de infraestruturas neste local, esta obra afigura-se bastante complexa, obrigando a desviar o acesso rodoviário para poente, sobre um talude ajardinado, adivinhando-se impacto negativo, face à proximidade aos edifícios de habitação existentes”, aponta.

Os serviços municipais dizem ainda que, apesar da estação poder ser retirada de Santo Ovídio, entre as atuais estações de metro Santo Ovídio e D. João II, “o município deverá dar continuidade ao Plano de Pormenor que está em elaboração para o local”.

Quanto à travessia do Rio Douro, “a solução agora apresentada volta a separar, em duas pontes distintas, o modo ferroviário e o modo rodoviário”, pode ler-se em documentos municipais agora conhecidos.

Os mesmos apontam que “o consórcio sustenta essa opção na necessidade de redução do risco de financiamento, redução do risco de incumprimento do prazo e na clara separação das futuras responsabilidades de manutenção de cada uma das pontes”.

A proposta do consórcio implica ainda menos construção em túnel, pois “no projeto que consta do Estudo Prévio, a maior parte da extensão da linha no concelho de Vila Nova de Gaia encontra-se prevista em túnel, feito em escavação subterrânea, com menor impacto à superfície”, com 9,2 quilómetros em túnel do total de 12 quilómetros percorridos no concelho.

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