“Turnover” na indústria alemã de máquinas aumenta 3% em 2016
Em 2016, os fabricantes alemães de equipamento de construção alcançaram um “turnover” de 9,3 mil milhões de euros
Pedro Cristino
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A Associação da Indústria de Equipamento e Máquinas de Construção (VDMA), da Federação Alemã de Engenharia, anunciou que, em 2016, os fabricantes alemães de equipamento de construção alcançaram um “turnover” de 9,3 mil milhões de euros, o que traduz um crescimento de 3% relativamente ao ano anterior.
Segundo os dados da VDMA, durante o período em questão, as vendas mundiais de equipamentos de construção caíram 1% e, desta forma, a associação considera que a indústria alemã teve uma performance “ligeiramente melhor” face ao mercado mundial. Para este ano, a fileira germânica prevê alcançar outro aumento de vendas na ordem dos 3%.
De acordo com a nota de imprensa desta associação, à imagem do ano anterior, as empresas tiraram partido da sua “forte posição económica nos mercados europeu e, especialmente, alemão”. “Após um já forte 2015, o mercado interno cresceu mais 20% e atingiu um nível quase tão alto como o ano recorde de 2017, com as vendas da indústria alemã no mercado nacional a totalizarem 3 mil milhões de euros”, refere a VDMA.
“Considerando este nível alto, parece difícil um novo crescimento, mesmo que os nossos clientes continuem a fazer bons negócios na Alemanha”,afirmou Johann Sailer, presidente da VDMA.
Os dados desta associação concluem que, em comparação com o ano anterior, o mercado europeu cresceu 8%. Depois da Alemanha, França foi o motor de crescimento seguinte. Foram registadas quebras apenas no Reino Unido e na Europa Central. As regiões norte e ocidental deste continente deverão manter-se “mercados estáveis” também em 2017. Paralelamente, a indústria prevê que o Sul da Europa continue, “de forma modesta”, a recuperar. Neste sentido, a associação considera que os números das vendas de equipamento de construção na Europa não sofra alterações significativas este ano.
Por sua vez, o mercado da América do Norte “promete estabilidade”. A indústria testemunhou um declínio de dois dígitos nas vendas nesta região mas as empresas prevêem que este mercado se torne mais estável em 2017. Os programas e os investimentos em infra-estruturas anunciados pela nova administração dos Estados Unidos deveriam “simular a procura na indústria da construção como um todo”. Paralelamente, “não podem ser reportados” melhorias de mercado na América Latina. No geral, os mercados da região foram”arrastados” pela fragilidade da fileira brasileira de construção.
Por sua vez, a Ásia apresenta “bons impulsos”. “Após quatro anos de quedas, a China testemunhou um novo regresso ao crescimento em 2016”, enquanto que o mercadio indiano cresceu 30%, “alimentado por fortes investimentos na construção de estradas”. Também em 2017 este sector “continuará a crescer”. Neste cenário, a VDMA estima ainda que o Sudeste Asiático apresente sinais positivos, “especialmente na Indonésia e na Birmânia”. Todavia, no Médio Oriente não é esperada “uma retoma substancial”.
A VDMA ressalva ainda as eleições que se aproximam nos Países Baixos, em França e na Alemanha e explica que a indústria de equipamento de construção vocacionada para a exportação depende “de uma Europa politica e economicamente integrada como espinha dorsal para o sucesso económico, emprego e para o bem-estar das populações no geral”.
“Apenas continuaremos a crescer no futuro se continuarmos a lutar por soluções e cooperação internacionais”, sublinha Sailer, frisando que, “num sector altamente especializado como o nosso, onde as máquinas especiais não estão disponíveis em todas as regiões do mundo, os mercados abertos são altamente essenciais”. “Todos dependemos do comércio livre e de um bom sentido económico”, acrescentou o presidente da VDMA, referindo que isto aplica-se tanto à Europa como aos Estados Unidos.