Arquitectos apelam à discussão
A petição tem como objectivo colocar na ordem do dia, temas que consideram de extrema importância e que dizem ter vindo a ficar fora da agenda da Ordem dos Arquitectos

Ana Rita Sevilha
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Um grupo de arquitectos, preocupados com o rumo da profissão e da prática no actual contexto do País, lançou uma petição pública com o objectivo de colocar na ordem do dia, temas que consideram de extrema importância e que dizem ter vindo a ficar fora da agenda da Ordem dos Arquitectos.
Patrícia Santos Pedrosa, uma das arquitectas por detrás desta subscrição, explica ao CONSTRUIR que “a petição nasceu de uma forma bastante informal, de uma discussão entre vários arquitectos que sentem vontade de reflectir – de formas diferenciadas, mas que encontram alguns pontos em comum -, sobre a profissão e o papel da Ordem dos Arquitectos”.
Os quatro eixos apontados como fundamentais para um princípio de discussão foram o “Fim dos estágios profissionais como forma de exploração do trabalho de recém-licenciados/as”, a “Criação de mecanismos de protecção e participação de arquitectos/as desempregados/as ou em dificuldades financeiras a partir da Ordem dos Arquitectos”, a “Participação da Ordem dos Arquitectos no desenho de vários caminhos para a prática profissional – que não apenas o do/a arquitecto/a como profissional liberal – construindo diversas maneiras de pertencer e trabalhar com a Ordem, garantindo o pleno direito à participação, construindo uma associação profissional mais representativa, útil e democrática”, e “Garantir o papel da Ordem dos Arquitectos enquanto organização profissional activa nos temas estruturais que afectam o país e as pessoas e na reivindicação de políticas públicas, transparentes e orientadas para o bem comum”.
O objectivo principal, conta Patrícia Santos Pedrosa, é “fazer sair para a rua e para a discussão, colocando estes pontos à subscrição e que permitam ter a força que os subscritores entendam”.
Em ano de eleições e com o Congresso dos Arquitectos à porta, Patrícia sublinha que “é o momento certo para levar para cima da mesa assuntos que são altamente relevantes”. “Se é ano de eleições, logo é ano de discutir e de concretizar programas. Não nos interessam pessoas, interessam-nos temas”.
Patrícia Santos Pedrosa reforça ainda que “o papel desta petição é o que tiver sentido ser, não estamos predestinados a ser coisíssima nenhuma”. É certamente um protesto, mas “no sentido de que é uma colocação à discussão de assuntos que não nos parecem de modo algum estar resolvidos e nem sequer equacionados”.
Em jeito de conclusão, a arquitecta reforça que, “não sendo uma configuração ortodoxa, não é ingénuo mas não tem planos secretos”.