China impulsiona sector da construção com investimento em infra-estruturas
Segundo Li Keqjang, primeiro ministro chinês, o país investirá mais de 122 mil milhões de dólares (106 mil milhões de euros) no seu sector de infra-estruturas em 2016

Pedro Cristino
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O desafiante estado actual da economia global levou a República Popular da China a impulsionar o seu sector da construção através de um forte investimento em infra-estruturas.
Esta é a conclusão dos responsáveis da Bauma, que citam dados de uma análise económica feita pela Off-Highway Research, de acordo com os quais a venda de máquinas de construção na China tem vindo a cair continuamente desde o seu pico de 435 mil unidades registadas em 2011, para 131 mil unidades em 2015 – “uma queda de 70% em quatro anos”. Para este ano, os analistas esperam apenas “um ligeiro acréscimo de cerca de 4%, com as vendas a estabilizarem provavelmente em menos de 138 máquinas”.
No geral, esta esperança tem como base o facto de que este país do Extremo Oriente continua a expandir, de forma massiva, a sua infra-estrutura. Segundo a Associação Americana de Fabricantes de Equipamento, a China investiu o equivalente a 130 mil milhões de dólares (113 mil milhões de euros) em construção ferroviária tanto em 2014 como em 2015.
Segundo Li Keqjang, primeiro ministro chinês, o país investirá mais de 122 mil milhões de dólares (106 mil milhões de euros) no seu sector de infra-estruturas em 2016. No geral, os analistas esperam que o 13.º Plano a Cinco Anos, que se inicia este ano, irá tornar disponível um financiamento de 650 mil milhões de dólares (quase 570 mil milhões de euros) para a construção de linhas férreas entre este ano e 2020.
Segundo o comunicado da Bauma, a China espera que, ao investir nas infra-estruturas de transportes, irá não apenas dar um novo impulso à sua economia, mas também eliminar défices que, entre outros factores, resultaram da urbanização do país, que continua a aumentar.
Neste âmbito, a empresa cita a análise da Germany Trade & Invest (GTAI), segundo a qual 65% de todo o povo chinês viverá em cidades em 2020, o que torna “bastante apropriada” a decisão de Pequim em expandir a sua rede de transporte ferroviário subterrâneo, que tem actualmente 527 quilómetros de comprimento, para mil quilómetros.
A expansão da rede rodoviária do país também tem decorrido a um ritmo intenso, o que está a levar a uma maior procura por máquinas de construção de estradas. De acordo com as estatísticas da GTAI, a produção chinesa de rolos de compactação aumentou 17% durante os primeiros oito meses de 2015, comparando com o mesmo período do ano anterior.
Por outro lado, os novos regulamentos de emissões constituem um incentivo adicional para a aquisição de novas máquinas de construção. A partir do dia 1 de Abril de 2016, todos os motores a diesel utilizados pelas máquinas na China têm de cumprir, pelo menos, com o Padrão Mínimo de Emissões da China III. Segundo a revista chinesa “Economy & Nation Weekly”, esta é uma exigência mais rigorosa, que significa que cerca de 2,5 milhões de velhas máquinas de construção não podem mais ser utilizadas no país. Como resultado, prevê-se que a procura por máquinas mais ecológicas aumente de forma acentuada.