Harpa em Reiquejavique vence Prémio Mies van der Rohe
Foi ainda atribuída uma menção honrosa para arquitectos emergentes à dupla espanhola María Langarita e Víctor Navarro, pela Nave de Música Matadero em Madrid
Ana Rita Sevilha
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A Fundação Mies van der Rohe e a Comissão Europeia, atribuíram o Prémio Mies van der Rohe à sala de concertos e centro de conferências Harpa, em Reiquejavique, na Islândia, da autpria dos ateliers Henning Larsen Architects, Batteríið Architects e do estúdio do artista Olafur Eliasson. Foi ainda atribuída uma menção honrosa para arquitectos emergentes à dupla espanhola María Langarita e Víctor Navarro, pela Nave de Música Matadero em Madrid. De fora ficaram os arquitectos portugueses Aires Mateus, cujo projecto do Lar de Idosos construído em Alcácer do Sal para a Santa Casa da Misericórdia estava na shortlist para o prémio principal.
O Harpa é uma estrutura cristalina que “ajudou a transformar e a revitalizar o porto de Reiquejavique e aproximou mais a cidade e a zona portuária”, diz a organização na nota enviada às redacções. O projecto islandês foi ainda escolhido por ter “captado o mito de uma nação – a Islândia – que agiu conscientemente em prol de um edifício cultural híbrido a meio da Grande Recessão em curso”, explica Wiel Arets, presidente do júri.
A estrutura, descrita pelo facto de usar um “’quase tijolo’ transparente e poroso”, surge como uma superfície reflectora que parece estar sempre em mudança num “jogo de luz colorida” que promove um diálogo entre a cidade e “a vida interior do edificio”, prossegue Wiel Arets no mesmo comunicado.
O traço identitário do projecto é sublinhado pelo presidente do júri, que atribui ao projecto da Henning Larsen Architects, Batteríið Architects e Olafur Eliasson o mérito de terem trabalhado interdisciplinarmente para enviar “uma importante mensagem ao mundo e ao povo islandês, ao cumprir o seu sonho há muito aguardado”.
Entre os finalistas para o prémio Mies van der Rohe – escolhidos a partir de um conjunto de 355 obras de 27 países da União Europeia pré-nomeadas por várias instituições representativas de cada país, estavam também a dupla portuguesa Manuel e Francisco Aires Mateus, o BIG Bjarke Ingels Group, com o projecto para um parque urbano intercultural em Copenhaga (Dinamarca), a belga Marie-José Van Hee (do atelier Robbrecht en Daem Architecten) pelo desenho da Câmara Municipal de Gand e o atelier Jürgen Mayer-Hermann (Berlim), pelo espaço comercial e cultural Metropol Parasol, em Sevilha.
Entre os vencedores das passadas edições do prémio contam-se nomes como o de Zaha Hadid (Car Park and Terminus Hoenheim North, em Estrasburgo), Norman Foster (Aeroporto de Stansted, em Londres), David Chipperfield (Neues Museum, Berlim), Peter Zumthor (a Kunsthaus Bregenz, na Áustria) ou Rem Koolhaas (Embaixada da Holanda em Berlim).
A cerimónia de entrega do premio está agendada para 7 de Junho, no Pavilhão Mies van der Rohe, em Barcelona, onde assinalará o 25.º aniversário deste prémio bienal.