Gonçalo Ribeiro Telles distinguido com o “Nobel” da arquitectura paisagista
Para a APAP, Gonçalo Ribeiro Telles “é premiado por uma excepcional carreira de setenta anos, poucos meses depois de ver garantida a continuidade do Corredor Verde de Monsanto, em Lisboa, uma ideia que lançou em 1968”
Ana Rita Sevilha
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O arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles foi distinguido com o “Nobel” da Arquitectura Paisagista, o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, atribuído em Auckland, na Nova Zelândia, pela federação internacional do sector, revelou à agência Lusa fonte ligada à organização.
De acordo com a Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas (APAP), o galardão foi anunciado esta quarta-feira, durante a realização do congresso, em Auckland, da Federação Internacional dos Arquitectos Paisagistas (IFLA).
Segundo o jornal Público, o Prémio IFLA Sir Geoffrey Jellicoe foi criado em 2004 e tem como objectivo “reconhecer um arquitecto paisagista cuja obra e contribuições ao longo da vida tenham tido um impacto incomparável e duradoiro no bem-estar da sociedade e do ambiente e na promoção da profissão”.
De acordo com a mesma fonte, para a APAP, Gonçalo Ribeiro Telles “é premiado por uma excepcional carreira de setenta anos, poucos meses depois de ver garantida a continuidade do Corredor Verde de Monsanto, em Lisboa, uma ideia que lançou em 1968”.
O júri do prémio inclui arquitectos paisagistas das quatro regiões da IFLA, “que representam o âmbito académico, a prática pública e privada, e possuem um profundo conhecimento da profissão, dos seus profissionais-chave e da prática internacional”.
Nascido em Lisboa, a 25 de Maio de 1922, Gonçalo Pereira Ribeiro Telles licenciou-se em Engenharia Agrónoma e formou-se em Arquitectura Paisagista, no Instituto Superior de Agronomia, na capital portuguesa, onde iniciou a vida profissional como assistente e discípulo de Francisco Caldeira Cabral, pioneiro da disciplina em Portugal, no século XX.
São da autoria de Ribeiro Telles, entre outros, os jardins da sede da Fundação Calouste Gulbenkian, que assinou com António Viana Barreto (Prémio Valmor de 1975).