Construção nova em Espanha atinge mínimos históricos em 2012
Os preços ao longo de 2013 vão continuar a baixar devido ao excesso de oferta de produto, e da própria situação económica e de emprego no país
Ana Rita Sevilha
Espanhola ARC Homes tem plano de investimento de 180 M€
“Um futuro sustentável para a Construção” domina programação da 31ªConcreta
Casa cheia para a 31ª edição da Concreta
Signify ‘ilumina’ estádio do Sporting Clube de Portugal
Savills comercializa 2.685 hectares de floresta sustentável em Portugal e Espanha
Tecnológica Milestone com 36% de mulheres nas áreas STEM supera média nacional
Sede da Ascendi no Porto recebe certificação BREEAM
KW assinala primeira década em Portugal com videocast
LG lança em Portugal nova gama de encastre de cozinha
CONCRETA de portas abertas, entrevista a Reis Campos, passivhaus na edição 519 do CONSTRUIR
Segundo o mais recente estudo da Aguirre Newman Espanha, em 2012 continuou o declínio no número de vendas de novas habitações em relação aos anos anteriores.
De acordo com a consultora, o contexto económico tem sido muito desfavorável para a procura, com uma alta taxa de desemprego, diminuição do poder de compra das famílias, dificuldades de acesso ao financiamento, incertezas sobre a evolução futura da economia e uma opinião generalizada de que os preços de venda continuarão a decrescer.
Em comunicado enviado ao Construir, a Aguirre Newman revela que o ano de 2012 foi o que registou um maior ajuste nos preços de habitação desde o início da crise imobiliária, com uma quebra de aproximadamente 13%.
“O ajuste acumulado desde 2008 é de 29%”, refere a consultora, explicando ainda que, “a nova oferta construída para o mercado residencial está abaixo dos mínimos históricos”. Segundo a Aguirre Newman, “a previsão para 2012 é que se incorporaram no mercado 75.000 novas casas novas, longe das 597.632 de 2006”. No final de 2012, continua a mesma fonte, “o stock de novos edifícios concluídos, situava-se à volta das 650.000 casas, mantendo a tendência descendente iniciada em 2011. A acompanhar o decréscimo do número das vendas, o número de novas construções também é menor, o que diminui a pressão sobre o stock disponível”.
Quanto ao mercado de arrendamento, continua a crescer, informa a consultora, “representando actualmente 16% do mercado residencial”. Uma mudança que segundo a Aguirre Newman “tem sido significativa nos últimos anos pois este mercado não representava mais de 7% em 2006. No entanto, Espanha está longe de outros países europeus onde a média se situa acima dos 30%”.
Para 2013 as previsões da consultora são que as condições que afectaram a procura de imóveis residenciais em 2012 continuem a existir, e ainda com maior incidência. Para a Aguirre Newman as compras de imóveis não vão recuperar em 2013, mantendo-se em níveis ainda mais baixos do que os observados em 2012.
Para além disso, os preços ao longo de 2013 vão continuar a baixar devido ao excesso de oferta de produto, e da própria situação económica e de emprego no país. A contribuir para este cenário de arrefecimento de mercado estão ainda o aumento do IVA e o desaparecimento da dedução para a compra de habitação
Em suma, “o mercado de arrendamento vai continuar a ser o principal beneficiário da actual situação económica, pois dada a dificuldade de aceder ao crédito para habitação, o arrendamento é a opção alternativa à compra. A promoção de novos projectos será residual, centrando-se em nichos de mercado. Não haverá financiamento para projectos especulativos, e mesmo para aqueles que apresentem um nível de pré-venda elevado, o acesso será muito limitado”.