Prémio Valmor distingue estações de metro pela primeira vez, e Manuel Salgado pela terceira
Manuel Salgado, arquitecto e vice-presidente da Câmara de Lisboa foi também galardoado, pela terceira vez com este Prémio, a par com Teotónio Pereira, Gonçalo Byrne e Carrilho da Graça
Ana Rita Sevilha
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O júri do Prémio Valmor de Arquitectura distinguiu pela primeira vez duas estações de metropolitano: a do Cais do Sodré, um trabalho da dupla Teotónio Pereira/Pedro Botelho, e a do Terreiro do Paço, desenhada por Artur Rosa.
Manuel Salgado, arquitecto e vice-presidente da Câmara de Lisboa foi também galardoado, pela terceira vez com este Prémio, a par com Teotónio Pereira, Gonçalo Byrne e Carrilho da Graça também contemplados nas edições 2007-2009. O Prémio Valmor de arquitectura, distinguiu Manuel Salgado pelo Hospital da Luz, em Carnide, um trabalho que levou a cabo com a sua equipa do atelier Risco para o grupo Espírito Santo, antes de se mudar para os Paços do Concelho.
Desenhada por Gonçalo Byrne e em plena Avenida 24 de Julho, a sede do antigo banco Mais, hoje Banif, foi outra das obras premiadas. Segundo o Público, o arquitecto designou-a de “reciclagem” em vez de reabilitação. A intervenção consistiu em transformar um antigo armazém do séc. XIX num edifício de escritórios. Carrilho da Graça foi outro dos premiados destas três novas edições, com a Escola Superior de Música, no campus de Benfica do Politécnico de Lisboa.
O júri do Prémio decidiu ainda atribuir várias menções honrosas, uma das quais outra vez a Carrilho da Graça por um projecto de habitação no número 14 da Rua do Quelhas. Autor da mesquita de Lisboa, João Paulo Conceição é, embora a título póstumo, outro destinatário das menções honrosas, desta vez graças a um trabalho feito em Santos, no número 3 da Rua das Janelas Verdes. Um projecto de residências infantis, a casa Ronald McDonald, junto ao hospital da Estefânia, da autoria de Maria Alvarez foi outros dos premiados.
Também uma das reabilitações do controverso programa Parque Escolar – a Escola Secundária D. Dinis, em Chelas, da autoria de Ricardo Bak Gordon foi distinguida com uma menções honrosas. Victor Mestre e Sofia Aleixo também viram a recuperação de uma habitação da Rua da Amendoeira, em Alfama, premiada.
Bartolomeu Costa Cabral, recebeu outra das menções honrosas pelo trabalho desenvolvido na reconstrução de uma moradia unifamiliar na Travessa da Oliveira à Estrela. As duas últimas menções honrosas do ano de 2009 premeiam Frederico Valsassina, responsável por um novo edifício de estúdios para a RTP na Avenida Marechal Gomes da Costa, e Manuel Aires Mateus, com um edifício de escritórios na Rua do Mar da China, no Parque das Nações.
Brevemente serão também divulgados os Valmor das edições entre 2007 e 2009 – edições estas que sofreram um atraso, justificado pela câmara em Janeiro último, pela burocracia existente, pelas dificuldades de organização de um prémio que não funciona por candidaturas, e pela reforma da técnica responsável por este assunto.
Instituído há mais de um século pelo último visconde de Valmor, o galardão destina-se a premiar a qualidade arquitectónica. O Prémio, embora tenha sido concebido para galardoar edifícios novos, neste momento contempla igualmente obras de reabilitação e espaços verdes.