Bruxelas quer linha entre Sines e Madrid que suporte 200km/h
Essa linha suportaria mercadorias de Sines e a CE refere que poderia ser adaptada, a médio prazo, a alta velocidade
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Lusa
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Bruxelas enviou uma carta aos Governos de Portugal e de Espanha a defender a construção de uma linha ferroviária, quanto antes, entre Sines, Lisboa e Madrid, que possa suportar velocidades de pelo menos 200km/H, segundo um jornal espanhol.
O “El Periodico de Extremadura” refere que a carta, datada de 18 de Maio, foi enviada pelo coordenador de Transportes da Comissão Europeia, o italiano Sechhi ao ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, e à ministra do Fomento espanhol, Ana Pastor.
Nessa carta, e segundo o jornal, Sechhi defende a construção da ligação, quanto antes e independentemente se a linha é para comboios convencionais ou de alta velocidade, que una as duas capitais em menos de cinco horas com comboios a 200 km/h.
Essa linha suportaria mercadorias de Sines e a CE refere que poderia ser adaptada, a médio prazo, a alta velocidade.
Bruxelas defende a construção de uma ligação entre Évora e a fronteira para garantir uma ligação mais directa do que a actual.
Declarando-se consciente das dificuldades financeiras que atravessa Portugal, Sechhi refere na carta, ainda segundo o mesmo jornal, que uma das hipóteses poderia ser construir uma linha convencional.
Posteriormente, e quando a conjuntura económica melhorasse, modernizar-se-ia o traçado para aguentar comboios de 250 ou 300 km/h.
Detalhando a sua proposta, Secchi refere que, numa primeira fase, seria construída a plataforma do traçado Évora-Caya com via dupla, com linhas de bitola ibérica (1,666 metros) como as existentes em toda a rede convencional dos dois países.
Esta “seria adaptada à bitola internacional (1,435 metros e usado na maior parte da Europa para a alta velocidade) no futuro”, refere.
Isso “permitiria garantir de forma relativamente rápida o funcionamento da linha de mercadorias entre Sines e Madrid e, ao mesmo tempo, efectuar a conexão entre Lisboa e Madrid em quatro horas e meia ou cinco com velocidades de 200 km/h”.
Desta forma, Portugal poderia garantir “em um relativamente curto espaço de tempo, ligar o porto de Sines com Espanha e até França, proporcionando, além disso, uma melhor conexão de passageiros” entre as duas capitais e “permitindo fechar o ramal de Cáceres”.
Para uma fase posterior, à espera de que Espanha termine as obras do AVE (TGV) até Badajoz, ficaria pendente a eletrificação da linha e a instalação dos sistemas de segurança e sinalização para comboios de alta prestação.
Contempla também a proposta, quando “a disponibilidade financeira o permita”, realizar a modernização dos traçados atuais de Évora a Lisboa e a Sines.
Secchi defende a viabilidade económica da proposta já que a curto prazo se reduziriam os custos face ao abandonado TGV e sendo que o grosso das obras seriam co-financiadas “até 95%” com fundos europeus.
Sem referir o custo estimado da infra-estrutura, o responsável europeu defende que o desenvolvimento da linha por fases “possibilitaria minimizar as necessidades de financiamento próprio” por parte de Portugal, utilizando Fundos de Coesão do período 2007-2014, parte das ajudas concedidas pela Rede Transeuropeia de Transportes ao troço Caya-Poceirão (245 milhões de euros) e com fundos adicionais do próximo orçamento 2014-2020.
O responsável europeu pede uma reunião das três partes para discutir a proposta e assegura que, com este plano, Espanha teria garantida a obtenção de fundos europeus aprovados para o AVE a Badajoz no período 2007-2014.