Opinião: “Será de esperar que a hotelaria e o retalho sejam os dois segmentos mais afectados”
Sobre o impacto do surto de Covid-19, Pedro Lancastre, da JLL Portugal, acredita que o sector residencial será mais resiliente
CONSTRUIR
Apesar de considerar ainda cedo para apresentarmos conclusões muito fundamentadas sobre os impactos no sector imobiliário em Portugal, acreditamos que, com base no estudo que a JLL elaborou a nível global sobre este tema, o investimento em imóveis possa diminuir no primeiro semestre deste ano, o que não significa que os investidores estrangeiros deixarão de ter o país na sua mira. A procura e o “apetite” dos investidores pelo nosso país mantêm-se, antecipando-se uma recuperação do setor no segundo semestre de 2020, caso o vírus seja contido a curto-prazo, como apontam as previsões dadas pelas autoridades de saúde.
Olhando mais a fundo por área será de esperar que a hotelaria e o retalho sejam os dois segmentos mais afetados pelo surto, enquanto a área residencial se mostrará mais resiliente.
E por fim: embora o turismo, grande impulsionador do nosso setor nos últimos anos, esteja atualmente parado por causa das medidas de contenção e isolamento social, acreditamos que Portugal continuará a estar na moda. Estou otimista em crer que o estatuto que Lisboa e Porto conquistaram a nível internacional, entre as melhores cidades turísticas da Europa, não se perderá!
Importante é ainda recordarmos que este é um surto mundial, e não apenas nacional, logo o seu impacto será generalizado. Temos é de nos unir, certos de que o mesmo terá o seu fim, voltando todos os países à sua normalidade.
NOTA: O Construir manteve a grafia original do artigo