Colégio em Alcântara (Lisboa)
Investidores habituais de residencial apostam cada vez mais no comercial
Os investidores habituais em imobiliário residencial estão a ganhar confiança no sector comercial, onde procuram retornos mais elevados, segurança e uma gestão mais despreocupada, A promoção imobiliária através do crowdsourcing é outra das tendência de investimento no mercado actual
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Os investidores habituais em imobiliário residencial estão a diversificar cada vez mais a sua carteira e a “aventurar-se” no mundo do imobiliário comercial. Rentabilidades mais elevadas, uma gestão descomplicada ou novas oportunidades num mercado onde os modelos de financiamento também estão a mudar são os principais motivos para esta procura.
Segundo a Athena Advisers, um em cada 18 clientes da consultora imobiliária é um investidor em imóveis comerciais, “uma proporção que adquire um peso mais significativo se tivermos em conta que a Athena Advisers é sobretudo reconhecida pela sua actuação no mercado residencial, embora nos últimos anos tenha reforçado a actividade comercial” explica David Moura-George, director da Athena Advisers Portugal.
Ainda que o fim dos programas de incentivo ao investimento estrangeiro através da aquisição de imobiliário no mercado nacional ou até mesmo as alterações registadas nas regras do Alojamento Local possa ter levado muitos investidores em imóveis residenciais a refugiarem-se noutra classe de activos, de acordo com David Moura-George, “essas limitações não explicam por si só esta viragem, até porque a tendência é global”, sustenta.
“Estes clientes tanto podem ser investidores individuais que aplicam dois milhões de euros na compra de lotes de terreno para a construção de escolas na Grande Lisboa ou consórcios que investem 100 milhões de euros em hotéis nos Alpes franceses”.
Na opinião da Athena Advisers os investidores ou proprietários habituais de imobiliário residencial estão a ganhar confiança no mercado comercial à medida que ficam mais familiarizados com as suas especificidades e complexidade e a partir do momento em que estes investidores conhecem a fundo o mercado local e os players do sector comercial, muito rapidamente passam de investimentos em activos de dois a três milhões de euros para activos de seis a oito milhões de euros, ou mais. É a isto que chamamos passar de “resi-normal” a “commercial-climber”, esclarece.
Para este novo tipo de investidor em imóveis comerciais, há também novas classes de activos mais acessíveis à sua capacidade de investimento e/ou endividamento. Os segmentos mais tradicionais dos grandes edifícios de escritórios ou de centros comerciais podem não estar ao alcance destes investidores, mas há um conjunto diversificado de imóveis mais adequados à sua carteira e que estão a registar uma procura crescente. É o caso de lojas de rua e supermercados, armazéns, parques tecnológicos, pequenos hotéis e residências turísticas com serviços, escolas e residências de estudantes, além de investimentos em promoção imobiliária, muitas vezes com recurso a crowdsourcing.
David Moura-George considera, ainda, que “os imóveis residenciais atraem muitas vezes quem busca uma ligação mais emocional aos seus investimentos, procurando, normalmente, obter rendimentos que podem variar entre 3% e 4%. Nos activos comerciais, o foco é 100% financeiro com retornos que podem ir dos 5% aos 10% no mercado nacional, além de que os arrendamentos de 10 a 20 anos reduzem as dores de cabeça da gestão”.