ESI Robotics e Universidade do Minho testam impressão 3D com materiais cimentícios
A fabricação aditiva com materiais cimentícios, impulsionada pela robótica, está a “transformar” a indústria da construção e da arquitetura. Com benefícios “significativos” em termos de sustentabilidade e eficiência, esta tecnologia promete um futuro onde a construção é mais “rápida, barata e ecológica”

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Desenvolvido em parceria com o ACTech Hub, da Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho, a ESI Robotics, especialista em automação industrial e robótica, desenvolveu uma tecnologia que permite a fabricação aditiva com materiais cimentícios.
Impulsionada pela robótica, este tipo de fabricação está a transformar a indústria da construção e da arquitectura, já que permite “redefinir” a forma como construímos, “combinando a precisão da impressão 3D com a robustez dos materiais cimentícios”.
Esta, que é uma das “grandes inovações” da última década, tem benefícios “significativos” em termos de sustentabilidade e eficiência. Os seus braços robóticos, que têm como ferramenta um sistema de extrusão, permitem uma maior economia no uso de material, afinar melhor o tipo de misturas e de materiais que são usados, podendo utilizar materiais compósitos mais sustentáveis, tornando o processo mais “rápido, barato e ecológico”, destaca Gil Sousa, co-fundador da ESI Robotics.
A tecnologia permite a construção de elementos construtivos como pilares, paredes, vigas, entre outras estruturas, assim como soluções à medida, adaptando o extrusor para misturar diferentes componentes. Muitas das peças, desenvolvidas no AC Tech Hub, são de argamassa cimentícia, mas é necessário adicionar outros componentes, como fibras, reforços, entre outros.
“Os seus braços robóticos, que têm como ferramenta um sistema de extrusão, permitem uma maior economia no uso de material, afinar melhor o tipo de misturas e de materiais que são usados, podendo utilizar materiais compósitos mais sustentáveis, tornando o processo mais “rápido, barato e ecológico””
Parcerias
A parceria entre a ESI Robotics e a Universidade possibilita a integração e convergência de diferentes áreas, criando equipa de trabalho multidisciplinares.
Esta definição de uma rede de colaboração mais alargada é “muito positiva”, reforça Gil Sousa, já que contribuiu para alterar a “percepção do arquitecto profissional que está apenas no atelier, mas que se expande para o estaleiro de obra associando-se a outros sistemas de desenho, mas também sistemas de construção e produção”, conclui.
Também Bruno Figueiredo, professor na Universidade do Minho, destaca a importância de parcerias com empresas com a ESI. “Sendo um dos grandes desafios da construção e da arquitectura o processo de digitalização, que incorpora, também, sistemas de automação, estas parcerias permitem cobrir esses desafios e fazer investigação nessas áreas”.
Testar a sua aplicação
Os alunos procuram cada vez mais os temas relacionados com digitalização e automação e na Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho, encontram a possibilidade de aplicar, de testar sistemas e de desenvolver novos materiais.
As soluções aqui desenvolvidas podem fazer a diferença, uma vez que são testadas em funcionamento e podem depois, ser comercializadas e transferidas para a indústrias.
Neste caso, sendo o projecto instalado na Universidade do Minho, a sua principal aplicação é para investigação. “Aqui, os alunos e investigadores, têm oportunidade de testar, efectivamente, elementos construtivos, como vigas, paredes, pilares, entre outros”, explica o responsável da ESI Robotics.