“Fazemos parte de um sector fundamental para o sucesso das iniciativas de sustentabilidade ambiental e transição energética”*
Luís Fonseca, managing director da Hager, não tem dúvidas o “futuro será cada vez mais eléctrico” e por isso empresas deste sector “fazem parte de um sector fundamental para o sucesso das iniciativas de sustentabilidade ambiental e transição energética”
Manuela Sousa Guerreiro
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A sustentar a afirmação estão as principais tendências actuais que impulsionam o mercado de material eléctrico em Portugal que, o managing director da Hager resume a quatro. A sustentabilidade surge no topo das tendências com “a crescente preocupação com a mobilidade eléctrica, a eficiência energética e o uso de energia renovável por parte dos clientes residenciais, terciários e industriais. Desta forma, a procura por produtos mais eficientes e por sistemas que garantam uma gestão mais inteligente dos edifícios tem sido uma tendência crescente”. Da mesma forma, “o elevado investimento que o país tem feito na implementação de sistemas de energias renováveis, com destaque no solar e eólico, a procura por equipamentos ligados à produção e distribuição de energia eléctrica tem impulsionado o mercado de forma muito positiva. Luís Fonseca destaca ainda a crescente “incorporação de tecnologia de controlo e monitorização dos sistemas eléctricos é uma tendência cada vez mais notória, pela procura de mais conforto, segurança e eficiência nas habitações” e a tecnologia IoT, que está a “transformar o mercado, sendo os dispositivos conectados à internet e acessíveis por aplicações móveis, cada vez mais comuns e com preços mais acessíveis”.
Acresce que “a utilização da inteligência artificial (IA) em sistemas que promovam a eficiência energética, a segurança e a automação dos edifícios, tem a capacidade de transformar o mercado do material eléctrico e domótica de várias formas”, sublinha o managing director da Hager.
As soluções que já estão no mercado e as que serão lançadas brevemente incluem várias características importantes: “Optimização do consumo de energia eléctrica, por intermédio da análise de dados, os sistemas de “machine learning” podem identificar padrões de consumo, sugerir ajustes e automatizar o uso de equipamentos para maximizar a eficiência energética; Aumento da segurança dos sistemas domóticos, a informação proveniente de sensores, serve de “aprendizagem” face a comportamentos anteriores, permitindo maior rigor na identificação de ameaças; Adaptação contínua das instalações de automação residencial, num cenário em que os assistentes virtuais passarão a ser cada vez mais uma peça fundamental na interligação entre os sistemas e os seus utilizadores.
Novas soluções
Neste domínio a habitação, a hotelaria e os escritórios concorrem para o crescimento do mercado da automação de edifícios. “A Hager está presente de igual forma em todos, tendo soluções que se adaptam às necessidades especificas dos investidores e utilizadores de cada segmento. As principais diferenças correspondem às diferentes prioridades, que em cada momento, os sistemas de domótica devem dar resposta. No entanto existem preocupações de base que são transversais a todos os utilizadores, tais como o conforto, a segurança, a personalização da utilização e a gestão de energia e às quais temos resposta adequada.
Segundo Luís Fonseca, o design desempenha aqui um papel crucial “no desenvolvimento de novos produtos e soluções de domótica e material eléctrico e é por nós considerado desde as fases iniciais do processo para garantir que os produtos atendam às necessidades dos utilizadores e se destaquem no mercado”. Funcionalidade e estética, “usabilidade”, inovação, utilização de novos materiais, com maior consciência para os “ecofriendly”, estão a contribuir também para a mudança das soluções.
“O aumento do conforto na sua utilização, da segurança e da eficiência energética são um investimento com retorno garantido, em função das preocupações actuais dos investidores e utilizadores de edifícios, com destaque para os segmentos residencial e terciário.
O mercado imobiliário português tem ainda bastante potencial de crescimento nesta incorporação tecnológica, que deverá passar por todos os agentes do sector”, considera Luís Fonseca. Para acelerar esta indústria é preciso, entre outras, apostar na “formação dos profissionais da construção e sensibiliza-los para os benefícios e importância da automação de edifícios”, actualizar a regulamentação do sector, “incluindo normas e regras específicas que conduzam a um aumento da incorporação de tecnologia de automação em edifícios para aumentar a segurança, a qualidade de vida dos utilizadores e a sustentabilidade dos edifícios”, “parcerias entre fabricantes de sistemas tecnológicas e empresas imobiliárias e de construção para incentivar a criação e desenvolvimento de soluções inovadoras e personalizadas”, e “divulgação de projectos modelo de automação em edifícios, demonstrando os benefícios alcançados na âmbito da eficiência energética, segurança, redução de custos operacionais e melhoria da qualidade de vida dos utilizadores”, inúmera o managing director da Hager.
*Este trabalho integra o Especial Domótica, Material Eléctrico e Iluminação publicado na edição 501 do Jornal que está presente na Feira Light + Building, a decorrer até 8 de Março em Frankfurt.