MITH representa investimento de 167M€
A primeira fase do Minho Innovation and Techology Hub foi inaugurada formalmente em Outubro e representou um investimento de 17 milhões de euros, englobando um hotel, uma área de co-work e uma área residencial. Durante os próximos dez anos o grupo Casais pretende investir mais 150 milhões de euros nas componentes “work+tech” e habitação, que ocuparão uma área adicional de 56 000 m2
Manuela Sousa Guerreiro
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O Minho Innovation and Technoloy Hub (MITH) é um projecto do Grupo Casais, ao qual se associam a Universidade do Minho, a Câmara Municipal de Guimarães, TECMINHO e a Sitio, com o objectivo de promover a “centralidade da cidade de Guimarães, assim como o Polo de Engenharia da Universidade do Minho, para a inovação e desenvolvimento do projecto”, sintetiza António Carlos Rodrigues, CEO do Grupo Casais.
A primeira fase do projecto foi oficialmente inaugurada no final de Outubro e abrange um Hotel B&B, com 95 quartos, um edifício de 44 apartamentos corporativos de tipologia studio e uma área de co-work de 1200 m2 que será gerida pela Sitio. O investimento realizado ronda os 17 milhões de euros. Mas o projecto não irá ficar por aqui, uma segunda fase contempla uma área de 16.000 m2 adicionais de construção dedicados à dinâmica “Work + Tech”, dos quais 10.000m2 estão previstos num lote cedido pelo Grupo Casais à Camara Municipal de Guimarães e 6.000m2 num lote do grupo Casais, aos quais se adicionam 40.000 m2 destinados à construção de habitação. “Este segmento de habitação reflecte uma parte da resposta do Grupo Casais ao desafio da falta de habitação em Portugal”, afirma António Carlos Rodrigues. Segundo o CEO do grupo “segunda fase do projecto será mais expansiva e, para a concretização desta visão abrangente, está previsto um investimento adicional de 150 milhões de euros ao longo dos próximos 10 anos”.
Um HUB para atrair tecnológicas
Os primeiros beneficiários do projecto serão os 3700 alunos de engenharia, arquitectura e urbanismo, ambiental e sustentabilidade, design, bem como Centro de Valorização de Resíduos, o Centro de Computação Gráfica, o Centre for Innovation in Polymer Engineering, o Digital Transformation CoLab, o supercomputador Deucalion, Fibrenamics e os vários centros de investigação que se localizam nas instalações da Universidade do Minho. Mas é expectável várias empresas do grupo, como a TopBIM, a BluINT, a BluFab e BluMEP, venham a ser deslocadas para o MITH “com o intuito de motivar a presença de especialistas do sector, das áreas de arquitectura, engenharia e construção, mas também especialistas de BIM, alunos, recém-licenciados e empresas que pretendam dinamizar a transformação digital na componente da sustentabilidade e digitalização”, acrescenta o CEO da Casais. O mesmo responsável acrescenta que “a vantagem, nesta fase, é a de podermos utilizar este espaço de forma mais flexível. Estamos ainda a tempo de criar soluções à medida de cada empresa.
Algumas entidades dos domínios de investigação e desenvolvimento têm, por vezes, especificidades, como, por exemplo, a altura do pé direito do edifício. Neste momento, conseguimos ainda realizar a adaptação da solução à própria empresa. Podemos vir a ter empresas que ocupem gabinetes ou um edifício inteiro e trabalhar em soluções adaptadas a cada necessidade, porque há condições para ajustar o projecto. Relativamente à área de apartamentos, a segunda fase comportará uma oferta desde studios, como nesta primeira fase, mas também tipologias maiores, que permitem incluir famílias”, adianta António Carlos Rodrigues.
Sobre o papel que as diferentes entidades terão no projecto o empresário refere que o grupo, enquanto promotor e proprietário irá fazer a gestão do espaço. “Relativamente ao primeiro espaço de co-working, da Sitio, será esta entidade a responsável por fazer a gestão desse local em específico, coordenando as empresas naquele espaço. Uma vez que avançámos, entretanto, para uma segunda fase e, por isso, existirá a extensão da área actual, surgirão mais empresas e dar-se-á também uma extensão desta gestão, com a ponte a ser feita pela Sitio”.
Quanto aos espaços onde a Câmara é detentora da propriedade, é provável que possam existir lotes de edifícios totalmente dedicados a uma única empresa e, nesse caso, esta passa a fazer parte do campus, mas com gestão independente. A componente habitacional irá também vai ser promovida pelo Grupo Casais, da mesma forma que acontece já com os 44 apartamentos que integram o MITH.