Cascais: Como a renovação de um espaço comercial requalifica todo um quarteirão
O novo empreendimento Bayview nasceu junto ao antigo ‘Jumbo’ de Cascais, que agora se apresenta renovado. O projecto da Fragmentos, em parceria com o atelier Next Architects, permitiu, não só, dar uma nova vida àquele espaço comercial, como requalificar toda a zona envolvente incidindo ao nível do quarteirão com nova habitação e uma nova mobilidade
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O programa pretendia reorganizar e requalificar toda a área urbana da Estrada Nascente de Cascais, com mais de 50 mil metros quadrados (m2). Não só este espaço incluía o espaço comercial da Auchan, com mais de três décadas e que estava obsoleto, como impactava negativamente uma das principais entradas da vila.
Todo o processo teve início em 2015 e envolveu loteamento, reorganização dos eixos viários e, por fim, a construção de três edifícios de habitação e de um novo espaço comercial. Um projecto que conta com assinatura da Fragmentos, em parceria com o atelier Next Architects, com sede nos Países Baixos.
Inserido no empreendimento Bayview, o princípio orientador do projecto do novo Auchan foi a “integração desta nova volumetria na envolvente, minimizando significativamente o impacto visual e ambiental inerente a tipo de infraestruturas”
Desta forma, inserido no empreendimento Bayview, o princípio orientador do projecto do novo Auchan foi a “integração desta nova volumetria na envolvente, minimizando significativamente o impacto visual e ambiental inerente a tipo de infraestruturas”, de acordo com o atelier.
A nova disposição dos volumes acompanha o declive do território, “fazendo com que o edifício se apresente como que enterrado, camuflado na paisagem”. A sua relocalização numa zona mais afastada da Avenida Marginal, permitiu ainda “reenquadrá-lo numa extensa praça pedonal rodeada de vegetação”.
As áreas de estacionamento e cargas e descargas passam a ser subterrâneas, libertando a superfície e potencializando os acessos pedonais. Acima do solo, a edificação desenvolve-se em três pisos pelos quais se distribuem as áreas comerciais e de serviços, onde “grandes janelas e claraboias” permitem a entrada de luz natural. O último piso organiza-se em torno do Food Court, virado a Sul, e possui uma fachada envidraçada, ladeada a toda a largura por diversos espaços de esplanadas.
“Esta disposição vem reinterpretar uma ambiência de comércio de rua, que não se encerra sobre si mesma, mas que se quer aberta e em relação com o território”. Outro factor distintivo são as coberturas ajardinadas, que não são apenas um elemento estético, mas verdadeiros espaços de fruição.
Na realidade, os espaços verdes públicos e privados são elementos marcantes de todo o empreendimento, constituindo uma verdadeira barreira de protecção e integração do património classificado, ao mesmo tempo que funciona como um “elo que une os vários lotes”.
“A implantação em L, permitiu criar um amplo espaço exterior protegido dos ventos e debruçado sobre o mar, que se integra e mistura com os restantes espaços verdes que pontuam o quarteirão”, destaca o site da Fragmentos.
A implantação em L, permitiu criar um amplo espaço exterior protegido dos ventos e debruçado sobre o mar, que se integra e mistura com os restantes espaços verdes que pontuam o quarteirão”
Três lotes, três abordagens
O empreendimento Bayview apresenta três lotes distintos. O primeiro, o Horizon, foi o primeiro a ser concluído no âmbito deste projecto de reorganização e requalificação urbana e é aquele que mais de destaca no conjunto. Os seus cinco pisos e 35 apartamentos desenvolvem-se em socalcos direccionados para Norte e Poente. A tardoz, estes vão recuando em altura, permitindo libertar as vistas mar a Sul. Neste alçado, desenrolam-se predominantemente as zonas sociais das fracções, rematadas por terraços a toda a largura, privilegiando a exposição solar e a vista sobre a baía de Cascais. “A transparência predomina nesta fachada, feita de grandes planos envidraçados que trazem o exterior e a proximidade com o mar para o interior das habitações”.
Esta transparência contrasta com a fachada principal, que se apresenta opaca, com vãos contidos e alinhados na vertical, protegendo o edifício do ruído e do movimento viário a poente. “A disposição assimétrica dos vãos marca o ritmo desta fachada e as molduras em azulejo azul evocam o oceano e antecipam o enquadramento que se abre a tardoz”.
Já a linguagem arquitetónica do Atlantic destaca-se pela forma como os amplos terraços e varandas vivem harmoniosamente com os espaços interiores, convidando os seus residentes a desfrutar em pleno das suas casas.
O Bayview Atlantic oferece 17 fracções de tipologias T1 a T3 duplex, com varandas, terraços privativos e espaços interiores amplos. Qualquer um dos espaços interiores do Bayview Atlantic, foi desenhado para aproveitar o máximo da luz.
Os quatro edifícios do Cascais Bay representam a última fase do projecto Bayview, actualmente em construção. Cada recebeu o nome das praias da vila que ali se encontram nas proximidades: Ribeira, Conceição, Rainha e Duquesa. Com tipologias que vão desde o T0 ao T4 duplex com piscina, cada unidade tem áreas funcionalmente diferentes, assim como “amplas” varandas e terraços.
Com “extensas áreas” de jardins, o Cascais Bay conta, ainda, com a integração de jardins verticais nas fachadas dos edifícios e nas suas coberturas. Cada um dos quatro edifícios conta com serviço individual de portaria e segurança 24h, garagens equipadas para carregamento eléctrico, um centro fitness e piscina interior e exterior.
A sustentabilidade foi uma preocupação transversal às várias fases do projecto. O loteamento e respectivas obras de urbanização foram submetidos a um Estudo de Impacto Ambiental, e a componente comercial do empreendimento possui certificação LEED, reconhecendo assim os padrões internacionais de construções sustentáveis.