Lisboa considerada uma das cidades mais atractivas para novos hotéis
Málaga, Madrid, Barcelona e Lisboa são os quatros mercados hoteleiros mais atractivos na Península Ibérica, segundo um estudo desenvolvido pela Cushman & Wakefield Hospitality. “Hotel Operator Beat” revela o interesse que o território ibérico desperta nos investidores

CONSTRUIR
APLOG realiza terceira edição do ‘Imobiliário Logístico’
Presidentes de Câmara europeus apelam à União Europeia para soluções urgentes na habitação
Fundo Valor Prime compra edifício de escritórios em Matosinhos por 13M€
Cantanhede investe 3,3M€ em 24 habitações a custos acessíveis
Abrantes lança concurso de 6,5M€ para construção de nova escola superior
Setúbal: Alterações ao Regulamento de Edificação e Urbanização vão a discussão pública
Assimagra lança 2ª edição do prémio internacional “Stone by Portugal”UGAL”
O ‘Portugal 2030’ na Construção, a expansão do Metro Sul do Tejo, o Masterplan Arcaya e a estratégia da Corum na edição 525 do CONSTRUIR
Urbanitae lança nova oportunidade de investimento premium em Lisboa
Ateliermob apresenta Coopmmunity, a nova plataforma para projectos colaborativos
As principais conclusões do estudo “Hotel Operator Beat” desenvolvido pela Cushman & Wakefield Hospitality para a Península Ibérica, relativas ao primeiro semestre de 2023, demonstram que a península Ibérica continua a atrair operadores hoteleiros nacionais e internacionais. Lisboa é a quarta cidade mais apelativa para os operadores hoteleiros.
Para a elaboração do relatório, foram entrevistados 42 directores de empresas hoteleiras que representam mais de 1.100 hotéis na Península Ibérica. De acordo com os dados do estudo, o mercado hoteleiro urbano de Málaga é o mais atractivo da Península Ibérica (4,3 em 5), seguido de Madrid (4,2), Barcelona (4) e Lisboa (3,9). As duas cidades que mais cresceram em termos de atractividade para os operadores, em relação ao ano passado, foram Andorra e San Sebastián, ambas com mais 7%. Embora o total de San Sebastián (3,7) seja consideravelmente superior ao de Andorra (2,5).
“Os resultados obtidos confirmam, sobretudo, a apetência da Península Ibérica para a prática do turismo, consagrando-se na vontade de operadores e investidores em aumentar a sua exposição aos diferentes mercados. A diversidade de oferta de lazer, de resort e urbana, complementam-se e criam vantagens competitivas face a outros destinos turísticos”, explica Gonçalo Garcia, Head of Hospitality, Cushman & Wakefield Portugal.
No que diz respeito aos destinos de férias, as respostas revelam um grande interesse pelos destinos de sol e mar, com Maiorca a liderar o ranking. O Algarve, enquanto destino de sol e mar por excelência, enquadra-se no patamar de interesse com Tenerife, Gran Canária e Costa Brava. As ilhas espanholas reuniram a preferência dos operadores para destinos de resort.
A pandemia acelerou a tendência internacional para contratos de arrendamento com ponderação variável, o que reduz o risco para os inquilinos e aumenta as hipóteses de rendas mais elevadas para os proprietários.
Especificamente, 33% dos operadores entrevistados estão a oferecer mais contratos híbridos. O número de contratos de arrendamento variável também aumentou 31%, enquanto o contrato fixo, que era o contrato mais tradicional, apenas cresceu 7%.
56% dos operadores aceitariam pagar rendas mais elevadas por hotéis que cumprissem critérios ambientais mais rigorosos.
O relatório questionou os operadores sobre o peso dos critérios ESG nas suas estratégias de desenvolvimento hoteleiro. Os resultados mostram que 65% dos inquiridos estariam dispostos a considerar a possibilidade de abdicar das remunerações de serviços de acompanhamento técnico se o imóvel cumprisse os mais elevados critérios ambientais e 56% considerariam mesmo a possibilidade de oferecer rendas mais elevadas neste caso. O sector está também a considerar a possibilidade de reduzir as taxas ou de aumentar o key money para incentivar a gestão ESG.
36% dos inquiridos não registam qualquer atraso no desenvolvimento de novos projectos hoteleiros. Este facto demonstra a recuperação da actividade na Península Ibérica, uma vez que a maioria dos projectos foram interrompidos ou sofreram atrasos significativos durante a pandemia.
Quando questionados sobre as razões para os atrasos ou cancelamentos de novos projectos hoteleiros, 62% dos inquiridos afirmaram que tal se devia ao aumento dos custos do projecto. As dificuldades de financiamento ou a incerteza económica, em 45% e 38% dos casos, foram outras razões apontadas para estes atrasos.