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    Fernando Guerra FG+SG

    Arquitectura

    A modularidade ou a inversão do processo criativo da arquitectura [c/ galerias de imagens]

    A construção modular ganha protagonismo no trabalho desenvolvido pelo gabinete de arquitectura Summary, onde a forma e a função são não o fim, mas o princípio de tudo. Paradinha, Creches de Lisboa ou o Centro Desportivo de Aveiro são três exemplos da arquitectura despojada e pragmática deste atelier que ousou romper com o tradicional processo criativo do arquitecto

    Manuela Sousa Guerreiro

    Fernando Guerra FG+SG

    Arquitectura

    A modularidade ou a inversão do processo criativo da arquitectura [c/ galerias de imagens]

    A construção modular ganha protagonismo no trabalho desenvolvido pelo gabinete de arquitectura Summary, onde a forma e a função são não o fim, mas o princípio de tudo. Paradinha, Creches de Lisboa ou o Centro Desportivo de Aveiro são três exemplos da arquitectura despojada e pragmática deste atelier que ousou romper com o tradicional processo criativo do arquitecto

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    Manuela Sousa Guerreiro
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    Os projectos desenvolvidos pelo gabinete Summary despertam a atenção pelo recurso à construção modelar. O atelier de arquitectura liderado por Samuel Gonçalves nasceu em 2015 num contexto de pós crise que cedo lhe influenciou a forma de estar e de trabalhar. “A prefabricação e o recurso a sistemas de construção modelar foi uma resposta concreta e eficaz à necessidade de simplificar e acelerar os processos construtivos e que se impôs no momento de criação do atelier”, sublinha Samuel Gonçalves.

    Um dos primeiros sistemas construtivos trabalhados e desenvolvidos pelo Summary, e que resulta de um projecto de I&D empresarial, em parceria com a indústria, foi o Sistema Gomos, o qual tem por base um sistema modular em betão armado. É um sistema evolutivo em que cada um dos módulos (ou Gomos) sai de fábrica completamente pronto, incluindo todos os acabamentos interiores e exteriores, isolamentos, caixilharias, instalações de água e electricidade e até as peças de mobiliário fixas. A montagem do edifício in loco faz-se em poucos dias, simplesmente juntando estes módulos. Este é um dos sistemas utilizados pela equipa do Summary mas não é o único.

    “Prefiro falar de sistemas de uma forma geral do que falar só de um tipo. Trabalhamos com vários sistemas construtivos com vários materiais e isso leva-nos a assumir diversas parcerias com empresas diferentes porque não temos produção própria e para produzir estes sistemas que vamos projectando precisamos desta rede parceiros”, argumenta Samuel Gonçalves.
    E esta além de não ser uma escolha do tipo certou ou errado, por vezes também não é uma escolha do arquitecto. “Por vezes é uma exigência do projecto, ou do cliente ou das condicionantes existentes, a escolha do material nem sempre é uma escolha pessoal”.

    Impõe limites à criação do arquitecto? “Diria que coloca um desafio acrescido, sendo certo que altera por completo a forma de pensar a arquitectura, disso não tenho dúvidas!”, sublinha Samuel Gonçalves. Pedimos que explicasse: “de forma muito simplificada, na arquitectura tradicional o que nós arquitectos fazemos é pensar no resultado final do edifício a projectar e só depois pensamos como é que esse edifício vai ser construído. Com a pré-fabricação este processo sofre uma inversão. Primeiro temos de perceber quais os módulos que temos disponíveis, as suas dimensões ou o tipo de encaixe e muitas vezes perceber quais as limitações logísticas associadas ao terreno onde vamos intervir e só depois é que podemos pensar no resultado final dos edifícios que vamos desenhar. Há esta inversão muito clara do processo criativo, mas eu não vejo isso como uma limitação”, considera Samuel Gonçalves.

    11 habitáculos na floresta, Paradinha

    O primeiro dos projectos que aqui trazemos é o projecto que se localiza na Paradinha, em Arouca e que mistura dois programas distintos, turismo e habitação. O projecto ficou classificado em 2º lugar do prémio de arquitectura Concreta Under 40.

    O projecto contempla onze pequenos habitáculos, com quatro tipologias distintas que variam entre 28m2 e 58m2.
    “Considerando a situação remota e a irregularidade da topografia do terreno, seria difícil (e extremamente dispendioso) formar estaleiro de obra para construção tradicional neste local. Assim, neste caso, o uso de estruturas pré-fabricadas não foi apenas uma escolha, mas antes a única opção eficiente para simplificar o processo de construção, dentro das referidas condições”, explica Samuel Gonçalves. “Num primeiro momento, o objectivo do cliente era distribuir vários quartos turísticos pelo terreno. Propusemos, em vez de quartos, pequenas casas, com as condições e equipamentos necessários para uma estadia permanente, de forma que algumas delas possam funcionar não como unidades turísticas, mas como habitações de longo termo. Este foi o conceito que apresentamos à Syntony Hotels, que foi rapidamente acolhido”, continua.

    Assumiu-se este projecto como uma oportunidade para fazer novas experiências com o sistema pré-fabricado Gomos: em cada casa, todas as instalações técnicas (água, electricidade e climatização) estão concentradas num só módulo, sendo conduzidas para os restantes módulos externamente. Este procedimento foi repetido em toda a obra, acelerando os seus processos de produção e montagem.

    A implantação destas unidades foi definida pelas condições naturais do terreno, reduzindo ao mínimo indispensável o seu impacto na topografia e na vegetação do local. Os antigos muros de suporte em xisto foram preservados, mantendo a configuração original do terreno, e todas as árvores foram mantidas – as casas foram cuidadosamente implantadas entre elas.


    Edifício-bancada
    Centro de treinos do estádio municipal de Aveiro

    A versatilidade do uso da construção modular fica patente neste projecto localizado nas imediações do Estádio Municipal de Aveiro e que se constitui como uma estrutura de apoio à prática desportiva, treinos e jogos oficiais para os escalões jovens. O projecto é constituído por quatro campos de futebol, um edifício de apoio aos atletas, bancadas para o público, estacionamentos públicos e restantes equipamentos complementares.
    “A solução funcional assenta na clareza dos percursos e na separação inequívoca entre as áreas de acesso do público e as áreas de acesso reservado. Optou-se por compactar o edifício de apoio e as duas bancadas numa única unidade, de forma a optimizar o tempo e o custo de construção, simplificar os percursos públicos e ocupar um menor espaço. Assim, as bancadas são simultaneamente cobertura deste edifício, que alberga todos os compartimentos exigidos pelo Programa.”
    O edifício responde às variações altimétricas do terreno, colocado na transição de cotas entre campos este elemento funciona também como contenção do terreno.
    A imagem geral do edifício e o seu sistema construtivo estão fortemente interrelacionados. A materialidade do edifício, especificamente o uso de betão na sua cor natural é, para além de uma opção estética também uma medida de poupança.
    O recurso à cor é usado intencionalmente onde se pretende criar um forte efeito visual, em particular nas áreas de circulação e simbolicamente para identificar as áreas de acesso público.

    4 creches modulares em Lisboa

    As freguesias de São Domingos de Benfica, Parque das Nações e Beato receberam as primeiras creches modulares de Lisboa. O concurso lançado pela Câmara Municipal de Lisboa envolvia a concepção/construção para construir quatro creches modulares, num montante de 3 milhões de euros. A proposta vencedora foi construída pela FARICMAR (uma empresa especializada em pré-fabricados de betão) e o projecto de arquitectura foi assinado pelo estúdio Summary.
    “Os edifícios propostos baseiam-se na sobreposição de peças em betão armado com secção em forma de “U”, unificadas por uma zona central de painéis simples e cobertas por peças com platibanda incorporada. O esquema funcional é muitíssimo simples: nos módulos em “U”, que compõem os espaços laterais/perimetrais dos edifícios, temos todos os compartimentos principais (salas de actividades, refeitórios, berçários, etc…); na zona central, temos todos acessos verticais e horizontais (corredores, escadas e elevadores)”, descreve.
    Emboras os vários edifícios sejam implantados em locais diferentes, aplicou-se a mesma filosofia de implementação para as quatro creches, garantindo a tipificação das soluções técnicas, de forma a acelerar a produção dos módulos em fábrica e o processo de montagem in-situ.

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    Trienal: ‘Conversas et Al’ junta fundador da Noarq e ilustrador Gémeo Luís

    Este terceiro momento do ciclo de tertúlias, acontece esta quinta-feira, dia 20 de Fevereiro, A conversa constrói-se em torno de uma peça de puzzle, símbolo da importância da unidade para a construção do todo

    Em 2025, a Trienal iniciou mais um ciclo de tertúlias em torno da arquitectura e os seus desdobramentos em que participam quatro ateliers com prática estabelecida. Estes contam com um vasto leque de obras construídas de diversas escalas, que vai desde um plano de requalificação de arquitectura paisagista a um restaurante de acção social que convidam figuras cúmplices que se cruzam com a disciplina para conversas informais em torno de um objecto.
    Esta quinta-feira, dia 20 de Fevereiro, acontece o terceiro momento das conversas de arquitectura ‘Conversas et Al.’ que junta José Carlos Oliveira, fundador do atelier portuense Noarq, e Gémeo Luís, ilustrador consagrado em diversos formatos nacionais e internacionais. A conversa constrói-se em torno de uma peça de puzzle, símbolo da importância da unidade para a construção do todo. O desafio deste momento, aberto à participação do público, é “explorar as pertinências dos contributos numa equipa e como cada pessoa não só é imprescindível como se torna antídoto para uma solidão intelectual e processual que tende a tornar-se viciada e estéril”.

    Fundado há 23 anos, o Noarq concentra a sua pesquisa no desenho da paisagem, arquitectura e objectos quotidianos e conta com vitórias em concursos nacionais e internacionais, destacando-se as Piscinas na praia de Vila Garcia de Arousa e o Ascensor Público Halo de Vigo, em Espanha, ou a Ponte Ferreirinha sobre o Douro para o Metro do Porto.

    O último momento da terceira ronda de Conversas et Al., marcada para dia 6 de Março, conta com o atelier SIA e a presença da escultora Fernanda Fragateiro.

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    crédito Ricardo Cruz

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    Arquitecto Gonçalo Pires Marques finalista no “Building of the Year 2025”

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional

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    O arquitecto português Gonçalo Pires Marques está entre os finalistas do prestigiado prémio “Building of the Year 2025” do ArchDaily, um dos mais importantes reconhecimentos internacionais na área da arquitectura. O seu projecto, a Casa Donavan, destaca-se pelo uso inovador da madeira e pelo compromisso com a sustentabilidade, tornando-se um exemplo de excelência na arquitectura contemporânea.

    A Casa Donavan distingue-se pela sua abordagem única à construção em madeira, um processo que o próprio arquitecto descreve como “quase artesanal”. O trabalho próximo com o mestre carpinteiro foi essencial para garantir a precisão e a qualidade da execução. Além disso, a escolha da madeira termotratada, sem utilização de químicos, reforça o compromisso com a sustentabilidade.

    Além dos materiais escolhidos, o desenho da casa foi pensado para reduzir a necessidade de sistemas de climatização. O aproveitamento inteligente da exposição solar e a ventilação natural transversal contribuem para um menor impacto ambiental. Houve também um esforço consciente na selecção de fornecedores locais, minimizando deslocações e importações para reduzir a pegada ecológica.

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional. O arquitecto entende que “arquitectura portuguesa é uma área reconhecida entre pares a nível mundial como poucas áreas. Como no cinema português, é regularmente mencionada e até premiada. Aliás, Portugal é o único país do mundo com dois vencedores do Prémio Pritzker ainda vivos, o que reflecte a qualidade e a influência do nosso trabalho.”

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    OASRA promove debates sobre requalificação do património da Sinaga

    Discussão pública pretende discutir a intervenção e requalificação da Fábrica do Açúcar, no concelho de Ponta Delgada, e da Fábrica do Álcool, no concelho da Lagoa, ambas na ilha de São Miguel

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    A Ordem dos Arquitectos – Secção Regional dos Açores, no âmbito do Protocolo de Colaboração celebrado com a Secretaria Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública do Governo dos Açores, de 11 de Novembro de 2024, promove a discussão pública sobre a intervenção e requalificação da Fábrica do Açúcar, no concelho de Ponta Delgada, e da Fábrica do Álcool, no concelho da Lagoa, ambas na ilha de São Miguel.

    O período para a discussão pública sobre a intervenção e requalificação das antigas Fábricas do Açúcar e do Álcool já teve início e pode ser feito através da plataforma www.sinaga.pt. Este é um espaço dedicado à participação activa da comunidade na reflexão sobre o futuro das antigas Fábricas do Açúcar e do Álcool, com vista a enriquecer o debates e ajudar a definir soluções viáveis para a requalificação destes espaços industriais.

    Os encontros para o debate de ideias irão ocorrer nas próprias fábricas, sendo que a 22 de Fevereiro acontece um primeiro na Fábrica do Álcool e a 22 de Março na Fábrica do Açúcar e que contarão com a participação de especialistas nas áreas disciplinares da arquitectura, do património industrial e cultural, do turismo industrial, da economia, da museologia e da sustentabilidade.

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    Segunda edição do “Porto de Arquitectura” regressa entre Março e Julho

    São seis os edifícios representativos da arquitectura contemporânea portuense que integram a segunda edição do projecto e que serão apresentados esta quarta-feira em conferência no bar do Cinema Batalha

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    A Câmara Municipal do Porto e a Casa da Arquitectura apresentam esta quarta-feira, dia 12 de fevereiro, às 11 horas, em conferência de imprensa, a segunda edição do projecto “Porto de Arquitetura”. O objectivo passa por desenvolver, entre Março e Julho de 2025, um ciclo de visitas de arquitectura gratuitas e abertas ao público, num conjunto de seis edifícios representativos da arquitectura contemporânea portuense. A apresentação decorre no bar do Batalha Centro de Cinema.

    O ciclo de visitas tem como principal objetivo aproximar a comunidade da arquitectura portuense, dando a conhecer de forma privilegiada o processo de concepção, construção e recuperação de espaços icónicos da cidade.

    Os edifícios seleccionados representam algumas das mais relevantes intervenções recentes na cidade, desde a habitação até às infraestruturas, passando por edifícios destinados ao desporto, turismo, cultura e economia.

    A conferência de imprensa é seguida de uma visita guiada ao Batalha Centro de Cinema, reaberto em Dezembro de 2022, acompanhada dos arquitectos responsáveis pela requalificação, Alexandre Alves da Costa e Sérgio Fernandez.

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    ‘How to Build the Future?’ dá o mote para o novo ciclo de talks da Masslab

    A segunda edição das Mass Talks, o ciclo de conversas organizadas pelo atelier de arquitectura Masslab, inícia esta sexta-feira, dia 31 de Janeiro, pelas 17 horas, no Porto. Nuno Sampaio e Ana Neiva são os convidados desta sessão que irá explorar como a arquitectura, a educação e a cultura influenciam a forma como vivemos, aprendemos e construímos

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    O primeiro mês do ano de 2025 começa com a segunda edição das Mass Talks, o ciclo de conversas organizadas pelo atelier de arquitectura Masslab, que partem da investigação e curiosidade em explorar uma questão central: Como vamos construir o futuro?

    Com o tema “How to Build the Future?” como pano de fundo, a segunda edição gira em torno da Educação e da Cultura enquanto disciplinas essenciais para moldar o futuro e terá lugar no escritório da Masslab no Porto, esta sexta-feira, dia 31 Janeiro, pelas 17 horas.

    A conversa contará com a participação de Nuno Sampaio, arquitecto e director da Casa da Arquitectura, e Ana Neiva, investigadora, curadora e professora e irá explorar como a arquitectura, a educação e a cultura influenciam a forma como vivemos, aprendemos e construímos. Os convidados abordarão o papel destas áreas como catalisadores de transformação social e urbana, assim como o “paradoxo” de olhar para o futuro enquanto aprendemos com o legado do passado.

    Na primeira edição, o debate centrou-se nos desafios da indústria da construção, explorando o equilíbrio entre a necessidade de crescimento urbano e a responsabilidade ambiental com dois convidados: Sílvia Mota, CEO da MEXT: Mota-Engil Next e Francisco Rocha Antunes, presidente da MOME.

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    Passive House Institute certifica primeira Passive House Plus em Portugal

    Um edifício certificado como Passivhaus Plus não apenas reduz drasticamente o uso de energia, mas também produz a mesma quantidade de energia que os ocupantes consomem

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    É o segundo projecto certificado pela norma Passivhaus no Distrito de Lisboa, o primeiro no Concelho de Mafra e o primeiro em Portugal a receber a classificação Passive House Plus, ambos, da autoria do arquitecto passive house designer João Pedro Quaresma, da Nurture-AD.

    Passivhaus é um conceito construtivo que define um padrão de elevado desempenho, eficiente do ponto de vista energético, saudável, confortável e economicamente acessível e sustentável. A diferença entre uma Passivhaus Classic e uma Passivhaus Plus está relacionada principalmente à produção e ao consumo de energia renovável e ao grau de auto-suficiência energética. Ambos os tipos de casas seguem os rigorosos critérios de eficiência energética estabelecidos pelo padrão passivhaus, mas o nível de sustentabilidade e a integração de sistemas de energia renovável diferem.

    Um edifício certificado como Passivhaus Plus não apenas reduz drasticamente o uso de energia, mas também produz a mesma quantidade de energia que os ocupantes consomem.

    A moradia localizada em Mafra já havia obtido a classificação A+ e nZEB pelo sistema de Certificação Energética, e a comunicação do Passive House Institute (PHI) confirmando esta certificação validou todos os objectivos propostos.

    Este projecto de arquitectura foi desenvolvido, desde o início, com a determinação do cliente de obter a certificação pela norma Passivhaus. Em Portugal continental, os valores máximos de radiação ocorrem na região de Lisboa, com mais de 3.000 horas de sol por ano, factor que foi determinante no conceito programático do projecto. A geometria particular do terreno, com o lado maior e a inclinação natural orientados a sul, favoreceu a adopção de uma estratégia bioclimática e a optimização de um padrão de elevado desempenho passivo. Esse conceito esteve presente desde o início, tanto como desejo do proprietário quanto como estratégia do projecto.

    Na organização funcional da moradia, essa realidade climática permitiu que as zonas de permanência da casa fossem todas orientadas a sul, enquanto as circulações e os espaços complementares de uso foram posicionados a norte.
    Dessa forma, optimizou-se os ganhos solares através de vãos envidraçados generosos, garantindo o sombreamento permanente ou temporário durante os meses de Verão com alpendres e pérgulas solares. Essa solução também reduz a necessidade de iluminação artificial durante o Inverno, garantindo excelentes níveis de luminosidade natural.
    A moradia foi construída com o sistema construtivo ICF (Insulated Concrete Form), que permitiu eliminar pilares no interior, favorecendo maior flexibilidade espacial.

     

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    © Studio Ossidiana, Bird’s Palace Vondelpark, Riccardo de Vecchi

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    CCB lança bolsas de arquitectura Diogo Seixas Lopes

    Diogo Seixas Lopes, figura central do pensamento arquitectónico português e primeiro consultor da Garagem Sul, dá o nome às Bolsas de Criação, com o objectivo de “consolidar e incentivar” a construção colectiva de pensamento crítico e conhecimento em torno das linhas temáticas anuais. As propostas podem ser enviadas até 16 de Fevereiro

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    Destinadas a apoiar a “criação, investigação e experimentação”, o CCB lançou as primeiras duas  Bolsas de Criação ‘Diogo Seixas Lopes’. As candidaturas decorrem de 17 de Janeiro a 16 de Fevereiro de 2025, devendo ser formalizadas em formulário próprio. A linha temática da primeira edição é ‘Interespécies’.

    Criadas pelo Centro de Arquitectura MAC/CCB em homenagem ao arquitecto Diogo Seixas Lopes, falecido em 2016 e figura central do pensamento arquitectónico português e primeiro consultor da Garagem Sul, estas bolsas de criação, atribuídas por concurso, procuram “consolidar e incentivar” a construção colectiva de pensamento crítico e conhecimento em torno das linhas temáticas anuais do Centro de Arquitectura.

    O concurso, aberto a todas as pessoas ou colectivos cuja investigação incida sobre a arquitectura, procura proporcionar apoio financeiro à investigação ou criação e execução de projectos, com um valor anual de 10 mil euros, com acompanhamento da curadora-chefe do Centro de Arquitectura do MAC/CCB, Mariana Pestana.

    O processo de avaliação e selecção de candidaturas decorre durante os meses de Fevereiro e Março de 2025. O júri é composto por Julia Albani (externo), Marta Mestre (curadora, MAC/CCB) e Sofia Passadouro (educação e mediação, MAC/CCB). Os projectos seleccionados serão anunciados no dia de reabertura do Centro de Arquitectura, a 2 de Abril de 2025.

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    OA discute alteração ao RJIGT

    Este evento reunirá, hoje, 21 de Janeiro, a partir das 18H, na sede nacional da OA, em Lisboa, diferentes personalidades de relevo nas áreas do ordenamento do território, do urbanismo e da habitação. Debate poderá ser acompanhado em directo através do canal de YouTube da Ordem

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    A Ordem dos Arquitectos discute hoje, 21 de Janeiro, as alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, RJIGT. Debate poderá ser acompanhado em directo através do canal de YouTube da OA.

    Este evento reunirá, a partir das 18H, na sede nacional da OA, em Lisboa, diferentes personalidades de relevo nas áreas do ordenamento do território, do urbanismo e da habitação para uma discussão aprofundada sobre as alterações propostas ao regime jurídico que orienta os instrumentos de gestão territorial, com impacto significativo na gestão urbanística e no ordenamento do território.

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    Créditos: Santos Diez

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    Habitação em Vila do Conde premiada em diferentes iniciativas internacionais

    A obra de habitação colectiva, da autoria do arquitecto Raulino Silva foi distinguida em quatro prémios internacionais, tendo recebido o primeiro prémio no 2A Architectural Awards no Dubai, o Architecture Masterprize 2024 nos USA, o BLT Awards 2024 na Suiça e, recentemente, o IDA Design Awards 2024, nos USA

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    A obra de habitação colectiva, situada no centro de Vila do Conde, da autoria do arquitecto Raulino Silva foi distinguida em quatro prémios internacionais. No final do ano passado venceu o primeiro prémio no 2A Architectural Awards no Dubai, o Architecture Masterprize 2024 nos USA, o BLT Awards 2024 na Suiça e, agora, o IDA Design Awards 2024, nos USA.

    A intervenção no Gaveto das ‘Alminhas’ de São José, no centro da cidade de Vila do Conde, tem como programa a construção de uma habitação unifamiliar e de um edifício de habitação colectiva para arrendamento com dois apartamentos e uma loja para comércio ou serviços.

    A habitação unifamiliar implanta-se no local da construção existente que tinha apenas um piso, e mantém a fachada antiga para a rua Comendador António Fernandes da Costa, sendo que o segundo piso ficou recuado em relação à rua para se afastar da fachada da casa do Instituto de S. José da Congregação das Irmãs Doroteias, permitindo assim visualizar também a cobertura da Capela Dos Passos que se encontra no lado Norte do quarteirão.

    As fotografias da obra de Héctor Santos-Díez mostram a inserção dos dois edifícios no centro histórico da cidade de Vila do Conde, em duas ruas com escalas distintas, mas unidas pelo gaveto do muro de granito.

    No piso térreo temos a garagem para dois carros, a lavandaria, a sala comum que comunica com a cozinha, um sanitário, a área técnica e o quarto das visitas com quarto de banho privativo. No piso superior, temos a suite principal com quarto de banho e dois quartos de vestir, três quartos mais pequenos também com quarto de banho privativo, e o escritório no topo Sul que se abre para um grande terraço e espreita a cidade.

    O segundo edifício, para arrendamento, foi construído na rua Conde D. Mendo, um arruamento mais movimentado e com vários pequenos prédios com comércio no rés-do-chão.

    No piso térreo temos, ainda, o estacionamento automóvel atrás do muro e uma loja para comércio ou serviços com entrada independente.

    Raulino Silva, nascido em Vila do Conde em 1981, abriu seu atelier em 2011. Além do seu trabalho enquanto arquitecto, tem participado em diversas exposições internacionais e em publicações sobre arquitectura habitacional. Participou, ainda, como orador em diversos eventos e integrou júris de concursos e prémios internacionais. Em 2019, recebeu a medalha de mérito de Vila do Conde.

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    Assinatura do Protocolo

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    OA e FAUL celebram protocolo de cooperação para “Nova Geração de Habitação”

    No âmbito do projecto formativo Aliança “Nova Geração de Habitação”, estão previstas condições especiais para os membros da OA. A oferta formativa para 2025 já está decidida e a primeira edição tem início a 1 de Abril com término a 27 de Maio, com o tema ‘Inovação em Habitação’

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    A Ordem dos Arquitectos (OA) celebrou um Protocolo de Cooperação com a Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa (FAUL), no âmbito do projecto formativo Aliança “Nova Geração de Habitação”, que prevê condições especiais para os membros da OA.

    A inscrição nos cursos é efectuada directamente pelo membro da OA junto da FAUL/CIAUD, devendo este indicar o respectivo número, ficando a gestão e organização das inscrições nos cursos de formação a cargo da FAUL/CIAUD.

    A oferta formativa para 2025 já está decidida e a primeira edição tem início a 1 de Abril com término a 27 de Maio, com o tema ‘Inovação em Habitação’, de 21 de Abril a 26 de Junho está prevista a formação sobre ‘Instrumentos de Politica de Habitação’ e a seguinte será de 23 de Abril a 16 de Julho, sobre ‘Cartas Municipais de Habitação’.

    Depois, entre Setembro e Dezembro, ainda sem data definida, está previsto formação sobre ‘Reabilitação Habitacional’.

    No âmbito das pós-graduações abrangidas pelo Protocolo, serão atribuídos prémios de mérito académico aos três estudantes que tenham obtido uma das três melhores classificações da edição do curso em causa, desde que esta seja superior a 16 valores.

    O Prémio de Mérito Académico FA.ULisboa “Impulso Adultos” é de natureza pecuniária, consistindo na atribuição de uma verba de valor igual a duas vezes o montante dos custos totais  fixados para a frequência do curso a que respeita no ano lectivo de atribuição do prémio.

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