CONSTRUIR
Espanhola ARC Homes tem plano de investimento de 180 M€
“Um futuro sustentável para a Construção” domina programação da 31ªConcreta
Casa cheia para a 31ª edição da Concreta
Signify ‘ilumina’ estádio do Sporting Clube de Portugal
Savills comercializa 2.685 hectares de floresta sustentável em Portugal e Espanha
Tecnológica Milestone com 36% de mulheres nas áreas STEM supera média nacional
Sede da Ascendi no Porto recebe certificação BREEAM
KW assinala primeira década em Portugal com videocast
LG lança em Portugal nova gama de encastre de cozinha
CONCRETA de portas abertas, entrevista a Reis Campos, passivhaus na edição 519 do CONSTRUIR
No mais recente Renewable Energy Country Attractiveness Index (RECAI), ranking semestral elaborado pela consultora EY que classifica os 40 principais mercados do mundo em função das oportunidades de investimento e de desenvolvimento no sector das energias renováveis, Portugal posiciona-se em 25.º lugar na lista dos países mais atractivos para o investimento neste sector, mas em 8.º lugar no primeiro ranking RECAI normalizado.
O RECAI utiliza várias dimensões e critérios para comparar a atractividade dos mercados de energias renováveis, mas boa parte reflecte a dimensão absoluta da oportunidade de investimento renovável. O que faz com que o índice beneficie, naturalmente, as grandes economias. Esta edição inclui uma nova visão do índice, que normaliza o produto interno bruto (PIB), mostrando assim mercados que estão a ter um desempenho acima das expectativas face à dimensão do seu PIB.
“O ranking RECAI destaca os mercados globais de energias renováveis mais atraentes com maiores fluxos de capital e capacidade. O índice normalizado destaca os mercados mais pequenos com um forte empenho nas energias renováveis – demonstrado através de políticas de apoio governamentais e de projectos bem estruturados – criando alternativas atrativas para potenciais investidores”, explica Arnaud de Giovanni, Leader de Global Renewables da EY.
Esta nova análise da EY mostra Portugal (ranking RECAI normalizado: 8 versus RECAI ranking: 25) como um bom exemplo do compromisso do governo face à importância das energias renováveis e, por exemplo, bem à frente de Espanha (ranking RECAI normalizado:14; RECAI ranking: 8).
“Embora as energias hídrica e eólica tenham sido o foco na última década, 2019 marcou o ponto de inflexão para Portugal e para a energia solar fotovoltaica. Após vários anos de subinvestimento nesta tecnologia, os leilões solares e a nova capacidade do contexto português (cerca de 2,3 GW a mais) mudaram o mercado. Portugal está actualmente no caminho certo para que, até 2030, 80% da sua geração de electricidade advenha de fontes renováveis”, justifica Pedro Subtil, Líder de Energia e Recursos da EY.
Já Marrocos (ranking RECAI normalizado:1, RECAI ranking:19) está a aproveitar as suas características topográficas para introduzir flexibilidade no respectivo sistema energético, prevendo-se que a energia eólica ultrapasse a energia solar na próxima década e que a energia hídrica com armazenamento por bombagem seja desenvolvida nas suas zonas montanhosas. O hidrogénio verde, por sua vez, é visto como um factor chave da descarbonização no Chile (ranking RECAI normalizado: 5, RECAI ranking: 17), que espera tornar-se um exportador de referência do combustível.
Índice PPA
Este RECAI salienta que, após um período de crescimento exponencial prolongado – em virtude dos elevados preços de energia e da extrema volatilidade do mercado – o volume da geração de energia eléctrica autorizado através de Contratos de Aquisição de Energia (CAE) empresariais em 2022 deverá ser inferior a 2021, embora se espere que exceda o ano de 2020. Espanha continua a ser um dos principais mercados de CAE, representando cerca de um terço da capacidade dos novos CAE na Europa em 2022 até ao presente.
A análise da EY realça ainda que a necessidade de resiliência energética nunca foi tão urgente. O aumento da geração de energias renováveis, a aceleração da diversificação energética e o aumento do armazenamento de energia são prioridades globais. Com isto vem outra proposta experimental: como acelerar a integração de maiores quantidades de energia renovável nas redes.
“Para atingir emissões net zero, a integração das energias renováveis tem de melhorar significativamente. Os recursos energéticos distribuídos têm um papel vital a desempenhar, permitindo a integração de uma série de fontes de energia verde na rede. Ademais, o investimento em redes inteligentes será fundamental para assegurar o fornecimento de energia e fazer com que o mundo atinja emissões net zero até 2050”, afirma Arnaud de Giovanni.
Este último RECAI mostra que os governos do mundo estão a acelerar os respectivos programas de energias renováveis, para ajudar na redução da sua dependência de energia importada face às contínuas tensões geopolíticas e à incerteza económica. O relatório classifica os 40 maiores mercados do mundo na atractividade dos seus investimentos em energias renováveis.