(Imagem ilustrativa)
Investidores imobiliários traçam prioridades
Os sectores de living e logística juntam-se aos escritórios nas zonas CBD na lista de investimentos mais apetecíveis dos principais investidores europeus, revela inquérito da Savills
CONSTRUIR
Jamor: Aires Mateus assina projecto de renovação do Estádio Nacional
Engenheiros: Fernando de Almeida Santos recandidato a bastonário em lista única
As implicações da nova directiva EPBD em debate no Tagus Park
AEP: BOW arranca 2025 com presença na Alemanha
Portugal no centro do design global na Maison&Objet 2025
Dstgroup lança LYRICAL Design Windows
Stoneshield Investments reforça em Lisboa
Portal Poupa Energia com mais de 1,6M de visitas
Aquisição da Hempel Industrial reforça presença europeia da CIN
AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros
De acordo com um inquérito realizado pela Savills a investidores imobiliários com um total de activos na região EME sob gestão superior a 500 mil milhões de euros, os projectos Multifamily na Europa, big box, logística urbana, escritórios da zona CBD e residências de estudantes são os cinco sectores onde os investidores prevêem um maior investimento ao longo dos próximos 12 meses.
Quando questionados sobre o avanço da sua estratégia, mais de 55% dos inquiridos indicaram que procuram agora seguir uma abordagem mais defensiva, concentrando-se nos denominados sectores de “beds and sheds”, juntamente com os escritórios localizados em zonas CDB, nos mercados com maior liquidez da Europa. Isto deve-se, em grande parte, ao facto de mais de 76% dos inquiridos terem confirmado que o refinanciamento terá um impacto significativo nos seus rendimentos totais nos próximos dois anos.
Em termos de países, Alemanha, França, Holanda, Reino Unido e Espanha são os cinco principais locais de interesse europeu.
“O nosso survey confirma que certos segmentos imobiliários continuarão a registar procura por parte dos investidores enquanto outros têm, actualmente, sentido um decréscimo significativo desta procura. Os segmentos que apresentam um maior potencial de crescimento do arrendamento estão no topo da lista, associados, por exemplo, a uma indexação mais forte no mercado continental europeu de escritórios”, sublinha Chris Gillum, head of offices, European Capital Markets.
Por outro lado, “mais de 90% dos inquiridos relataram que a adopção de certificações de edifícios verdes, tais como BREEAM e LEED e as melhorias em termos de eficiência energética, incluindo o investimento em energias renováveis, fazem parte das suas estratégias de investimento imobiliário. 97% confirmaram que já dispõem de uma estratégia ESG que mostra a importância crescente de tais planos para os investidores imobiliários”, refere Mike Barnes, associate director european research, Savills.
Os resultados do inquérito chegam numa altura em que a pesquisa preliminar da Savills sugere que o volume total do investimento imobiliário europeu para o terceiro trimestre do ano atingirá os 55 mil milhões de euros, o que elevaria os valores acumulados desde o primeiro trimestre a mais de 200 mil milhões de euros. Estes números, no entanto, representam uma queda de 10-11% em comparação com o mesmo período do ano passado.
“Prevemos que o volume total de investimento imobiliário europeu deste ano oscile entre os 275 mil milhões de euros e os 280 mil milhões de euros. Tal como confirmado pelo nosso inquérito, acreditamos que os “sheds and beds” continuarão a ser as classes de activos preferidas. Em ambos os sectores, um desequilíbrio estrutural da oferta e da procura acaba por favorecer o crescimento do arrendamento”, avança Lydia Brissy, director, european research da consultora.
Em Portugal o valor acumulado entre o 1º e o 3º trimestre de 2022 está bastante próximo dos dois mil milhões de euros, um resultado acima de 30% do mesmo período do ano passado e muito assente em transacções fechadas no sector industrial & logístico. “Ainda que a actual conjuntura económica possa conduzir a processos de tomada de decisão mais prolongados e cautelosos, o mercado nacional permanece particularmente atractivo e o ano irá fechar acima dos valores do ano transacto”, refere Alexandra Portugal Gomes, head of research da Savills Portugal.