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Os grandes temas da energia renovável vão estar em análise na conferência da APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis, a Portugal Renewable Energy Summit 2022, que decorre nos próximos dias 16 e 17 de Novembro no Grande Auditório da Culturgest, em Lisboa.
A Portugal Renewable Energy Summit, que ao longo dos últimos dez anos já se impôs como o grande fórum de debate na área da energia trará mais uma vez a debate os temas chave do sector. Entre eles o REPowerEU, a nova ambição europeia. A situação geopolítica gerada pela ilegítima invasão da Ucrânia por parte da Rússia trouxe para a agenda a urgência da autonomia da Europa em termos energéticos e, por consequência, a necessidade de acelerar a transição energética e diversificar as fontes de abastecimento.
No plano REPowerEU, lançado este ano, a Comissão Europeia propõe aumentar a meta de consumo final de energia a partir de fontes renováveis, dos actuais 40%, previstos no pacote FIT for 55, para os 45% em 2030. O plano passa por duplicar a capacidade instalada de energia solar e aumentar a potência instalada de energia eólica, em terra e no mar, dos 190 GW para 480 GW nos próximos oito anos. Também por isso estão no programa da conferência as renováveis oceânicas e o hidrogénio verde que fazem parte integrante e significativa desta estratégia europeia. As oportunidades e ameaças do desenvolvimento destas tecnologias, particularmente no contexto ibérico, serão analisadas em dois dos painéis dedicados da conferência.
O desenho do mercado europeu de electricidade e o modelo europeu de contenção dos preços da electricidade – pontos nevrálgicos da mudança que está a ser operada em termos europeus – são dois outros grandes temas a focar, com o objectivo de analisar a efectiva adaptabilidade do mercado actual ao presente e ao futuro.
A ambição que o REPowerEU trouxe exige entidades licenciadores mais robustas e apetrechadas, com os meios necessários, mas também mais flexibilidade e menos burocracia na hora do licenciamento de projectos renováveis. A revisão do “simplex ambiental” vai por isso ser analisada ao pormenor na conferência que trará igualmente novidades sobre o guia de licenciamento de projectos renováveis onshore, que a APREN está a desenvolver.
Outro desafio é a necessidade de densificar territorialmente a rede eléctrica de serviço público para receber toda a nova potência renovável e por isso não passará em claro a discussão sobre a capacidade e acesso à rede, e as interligações.
A matriz eléctrica portuguesa na próxima década será alvo de análise por algumas das entidades mais relevantes do sector. Serão debatidas as tecnologias centrais para o cumprimento das metas de descarbonização e também será dado destaque ao papel fulcral das comunidades de energia e autoconsumo individual e colectivo no quadro da transição para um modelo energético mais verde, mais democrático e mais seguro.
Na conferência deste ano marcará presença o ministro do Economia e do Mar, António Costa Silva, e o secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba, bem como várias entidades europeias relevantes, como a WindEurope, a SolarPower Europe, a EREF ou a Hydrogen Europe, entre outras.
“Acreditamos que esta será mais uma oportunidade de fazer luz sobre os temas que interessam ao sector, à semelhança do que já tem acontecido nas edições anteriores, sinalizar constrangimentos e ajudar a encontrar respostas para fazer fluir a energia renovável para acelerar a transição energética que todos ambicionamos”, antecipa o Presidente da direcção da APREN, Pedro Amaral Jorge.
A conferência inclui também a atribuição do Prémio APREN 2022, uma iniciativa que visa distinguir as melhores dissertações académicas de mestrado e doutoramento relacionadas com electricidade de origem renovável.