Maio regista ligeira subida na compra de habitação face a Abril
Há um aumento da procura por imobiliário em Lisboa, Setúbal, Porto e Faro, contrariando a tendência do mercado. Subida da taxa de juro pode justificar quebra de procura

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No mês de Maio, a procura de imobiliário para compra registou uma ligeira diminuição quando comparado a Abril. O decréscimo ocorreu sobretudo no caso das quintas e herdades (-14%), mas também nas categorias de apartamentos (-7,6%), moradias (-7,4%) e terrenos (-7,2%), segundo dados do portal Imovirtual.
A nível regional, apesar do decréscimo geral da procura nas diversas categorias, há alguns distritos que se destacam por manterem um aumento na procura em Maio, face a Abril. O caso mais evidente é a procura de terrenos em Lisboa (+29%), Setúbal (+14%), Porto (+12%) e Faro (+10%). A procura por quintas e herdades também sobe ligeiramente no Porto (+11,5%) e em Lisboa (6,5%). No caso das moradias, da mesma forma se regista um ligeiro crescimento da procura no Porto (+ 3,2%) e em Lisboa (+0,2%). Em regiões como Lisboa e Porto, a procura caiu apenas na categoria de apartamentos (-7% e -3,5%, respectivamente).
“Nas diversas análises que temos vindo a fazer, este ano, temos verificado uma tendência geral para aumento de procura de casa. O que estes dados agora revelam é um decréscimo em Maio. Uma das explicações pode ser a instabilidade no crédito habitação com a subida anunciada da taxa de juro, que aumentou pela primeira vez em 2022 em Abril, cerca de 0,8%, assim como pelo aumento das taxas Euribor. A inflação geral devido ao contexto internacional também influencia o mercado imobiliário” explica Ricardo Feferbaum, director geral do Imovirtual.
De acordo com o último barómetro do Imovirtual, os distritos onde se mantém o aumento de procura nas categorias mencionadas são precisamente aqueles que registam os preços médios de venda mais elevados, nomeadamente Lisboa, Faro, Porto e Setúbal. “O facto de a procura não diminuir nestes distritos, na maioria das categorias, mostra o dinamismo destes mercados e o motivo pelo qual são das regiões mais procuradas e as mais caras”, analisa Ricardo Feferbaum.