Antigo edifício de cariz industrial dá lugar a escritórios em Santos
Com promoção da Períptero e assinatura de Carrilho da Graça, o novo edifício de escritórios Pier III vem dar resposta à necessidade de escritórios na cidade de Lisboa
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O novo empreendimento de escritórios e serviços Pier III encontra-se já em fase avançada de construção, com data prevista de conclusão no decorrer deste ano. Com promoção da Períptero, este edifício vem dar resposta à grande necessidade de espaços de novos escritórios que se fazem sentir na cidade de Lisboa e parece ter sido uma aposta ganha. O montante de aquisição do imóvel ou de investimento total não foi revelado.
À semelhança de muitas das construções originais da primeira metade do século XX, de um e dois pisos, originalmente destinadas à actividade industrial e logística que caracterizava a zona de Santos e da Boavista, em Lisboa, também neste local se encontrava um antigo armazém que à data do início da construção deste novo empreendimento já se encontrava devoluto, cujo uso original, se afigura hoje economicamente desadequado face à evolução que se perspectiva para esta área. Neste sentido, a nova edificação destina-se exclusivamente ao uso terciário e abrange a totalidade da área da nova parcela, com quatro pisos acima do solo e três pisos abaixo do solo.
Mesmo tendo arrancado em tempos de pandemia e numa altura em que muitas empresas se encontravam em teletrabalho, o empreendimento tem já os seus escritórios totalmente arrendados, confirmou ao Construir José A. Fernandes, administrador da Períptero.
Com três pisos de construção, correspondente aos espaços destinados aos escritórios, com um total de 3 500 m2 e 100 lugares de estacionamento, o Pier III contabiliza cerca de 8100 m2 de área bruta de construção (ABC). No piso O vão ser construídas duas lojas, uma com 400 m2 (na esquina do Boqueirão do Duro com a Rua Dom Luís I) e que se encontra por arrendar e uma outra, mais pequena, com 240 m2 (na esquina do Boqueirão do Duro com a Rua Cais do Tojo) já arrendado.
O empreendimento contempla, ainda, um rooftop, correspondente ao piso 4, com 380 m2, para uso exclusivo dos utilizadores dos escritórios.
No piso térreo localizam-se a entrada principal do edifício e a entrada pedonal do estacionamento (ambas com acesso a partir do Boqueirão do Duro, estabelecendo o eixo central do edifício), o acesso automóvel aos pisos de estacionamento (a partir da Rua do Cais do Tojo), duas fracções destinadas a comércio (ambas com instalações sanitárias de apoio), um posto de transformação e o compartimento de armazenagem de contentores de resíduos sólidos (ambos com acesso directo e autónomo a partir do Boqueirão do Duro).
Nos pisos 1, 2 e 3 (este último recorrendo ao aproveitamento do volume da cobertura), organizam-se axialmente, em open-space, as restantes fracções destinadas a serviços, que integram nas suas áreas mais interiores, com menos iluminação, as respectivas áreas de apoio (instalações sanitárias e copas).
No eixo central do edifício, em comunicação directa com o átrio de entrada situado no piso térreo, localiza-se o núcleo de acessos verticais, constituído por duas escadas e quatro ascensores, que ligam a totalidade dos pisos acima o solo, incluindo a cobertura.
Imagem exterior evoca passado industrial
Relativamente à sua imagem urbana, o edifício adopta um carácter unitário, fortemente determinado pela métrica homogénea dos seus vãos exteriores e pela neutralidade do revestimento das suas paredes a tijolo maciço na cor cinza-claro, “uma discreta evocação matérica do passado industrial desta zona da cidade”, refere o arquitecto Carrilho da Graça.
A cobertura, parcialmente plana e acessível, adopta na sua periferia uma tipologia amansardada, pontuada por trapeiras, com revestimento a zinco pré-patinado.
“Nas situações de gaveto, a transição entre os arruamentos é boleada, ao nível do piso térreo. Já nos pisos 1 e 2 acusam-se claramente as arestas definidas pelo ângulo diedro das respectivas fachadas, projectando-as sobre a via pública como uns corpos balançados.
A fachada Norte da actual parcela da Rua Cais do Tojo, nº 7, é preservada e apropriada como parte integrante do novo alçado, estabelecendo aliás a métrica planimétrica e altimétrica dos novos vãos”, descreve a memória descritiva acerca da proposta para o novo edifício.
Ficha Técnica
Empreendimento: Pier III
Promotor: Períptero – empreendimentos imobiliários
Construtora: HCI Construções
Arquitectura: Atelier Carrilho da Graça
ABC – Abaixo do Solo: 3.600 m2 (3 pisos + 100 lugares de estacionamento)
ABC – Acima do Solo: 4.500 m2
Piso 0
Loja A – 400m2
Loja B – 240 m2
Lobby
Piso 1,2 e 3
Escritórios fracções com 3.500 m2
Piso 4
Rooftop 380 m2