Campus de Azurém, Guimarães
UMinho quer melhorar eficiência energética das habitações sociais
O projecto chama-se ARCAS e conta até 2023 com 1,3 milhões de euros do Programa Interreg Sudoe/FEDER. O município de Braga (com os bairros das Andorinhas, Enguardas e Santa Tecla) está entre os parceiros associados
CONSTRUIR
AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros
Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025
Matilde Mendes assume a direcção de Desenvolvimento da MAP Real Estate
Signify mantém-se pelo oitavo ano consecutivo no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones
Porta da Frente Christie’s adquire participação na mediadora Piquet Realty Portugal
Obras da nova residência de estudantes da Univ. de Aveiro arrancam segunda-feira
Worx: Optimismo para 2025
SE celebra a inovação centenária dos TeSys e dos disjuntores miniatura
União Internacional dos Arquitectos lança concurso de ideias destinado a jovens arquitectos
Filipa Vozone e Luís Alves reforçam área BPC & Architecture da Savills
A Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM) e cinco parceiros europeus estão a criar um modelo para tornar as habitações sociais sustentáveis e energeticamente eficientes. O projecto chama-se ARCAS e conta até 2023 com 1,3 milhões de euros do Programa Interreg Sudoe/FEDER, segundo a Universidade do Minho (UMinho).
“Queremos ajudar os governos nacionais, regionais e locais na reabilitação energética de bairros sociais e de edifícios de habitação colectiva, através da criação de uma ferramenta com indicadores-chave e as melhores técnicas ao dispor que permita maximizar a arquitectura energética, promovendo assim a eficiência, a qualidade do ar e o bem-estar social”, explica Manuela Almeida, professora do Departamento de Engenharia Civil da EEUM e investigadora do Instituto de Sustentabilidade e Inovação em Estruturas de Engenharia (ISISE).
A ferramenta vai juntar metodologias de avaliação e projecto, valorizando a reabilitação de áreas urbanas e as energias renováveis. A intenção é ser aplicável e reproduzível por administrações públicas, construtores e associações profissionais, entre outros. A sua utilização visa nomeadamente o sudoeste europeu, que tem um clima mediterrânico, mas não está de parte que possa suscitar adaptações a outros contextos. O ARCAS insere-se nas políticas da UE no combate à pobreza energética, a qual atinge várias regiões e faixas populacionais.
Este projecto é coordenado pela Fundación de Estudios sobre la Edificación de Asturias, em Espanha, incluindo ainda daquele país o Governo de Cantábria, a Universidade do País Basco, bem como a Universidade La Rochelle e a Plataforma Tecnológica e Inovadora para a Eficiência Ambiental, ambas em França, além da UMinho. O Município de Braga (com os bairros das Andorinhas, Enguardas e Santa Tecla) está entre os parceiros associados, a par de entidades do país vizinho como o Ministério de Transição Ecológica, o Ministério dos Transportes e Agenda Urbana, a Direcção-Geral de Habitação das Astúrias, a Xunta da Galiza, municípios ou associações profissionais de arquitectura e construção e, do lado francês, a Comunidade Intermunicipal e o Gabinete de Habitação Pública de La Rochelle.
O consórcio já cumpriu metade do período de execução do projecto e avança com o desenvolvimento da ferramenta digital ARCAS para apoiar a reabilitação de edifícios de habitação de interesse social, centrada na poupança de energia e na qualidade do ar. Esta iniciativa multidisciplinar procura aproveitar edifícios existentes para encontrar novas alternativas e soluções para alguns problemas causados pelas alterações climáticas e pela pobreza energética. A ferramenta apoia-se em tecnologias de machine learning para diagnosticar o estado inicial do edifício e propor novas estratégias de melhoria a médio e longo prazo a implementar na fase de reabilitação.